Meu pai

967 Words
Daniel Ela está em meus braços, seu corpo nu quente pressionado contra o meu. Sua cabeça repousando sobre o meu peito. Ela traça minha tatuagem no meu peito, suspirando levemente. Eu também estou assim, me sinto pacífico agora que o desejo foi satisfeito e ao mesmo tempo agitado diante dos últimos acontecimentos. — Você já trouxe meninas para cá? — De repente, ela me pergunta. Eu abro os olhos e a encaro. Eu não consigo dizer que sou virgem. Sinto vergonha. Sempre se espera que um homem seja experiente. Isso explica a ausência da c*******a. Kate é a primeira mulher que tive r************l. Sempre trabalhei até a exaustão. E as garotas daqui nunca me interessaram. Ela fica tensa. —Oh, desculpe-me. Eu não quero saber... —Você é a primeira. —Digo sem muitas explicações. Melhor! —Sério? Eu aceno um sim, ela sorri. Eu amo seu sorriso. Parece tão errado ela aqui do meu lado. Tenho tão pouco a oferecer do muito que ela merece. Sem querer bocejo. Estou cansado, não dormi nada essa noite pensando na proposta de Antony. Ela me beija nos lábios e deita nos meus braços. Eu fecho os olhos por um momento. Kate Daniel acabou dormindo. Ele parece visivelmente cansado. Acho que não anda dormindo direito. Tadinho. Eu o observo. Ele é lindo. Não gosto dessas lutas, mas a realidade dele é como esse soco no rosto. Dura e c***l. Eu me aconchego mais em seus braços e dou um sorriso feliz. Aos poucos o quarto vai escurecendo, ouvindo o coração ritmado e tranquilo de Daniel, acabo adormecendo. Mais tarde quando desperto olho para cima e vejo o rosto de Daniel iluminado pela luz do luar que vem da janela. Ele está olhando para o teto pensativo, quase carrancudo. —Oi. —Digo pairando sobre ele, lhe dou um beijo na boca com carinho. Ele abre um sorriso lindo e me puxa para os seus braços com um suspiro. Eu fico lá, quietinha. Mas a imagem de seu rosto não me sai da cabeça. Ele deve estar preocupado com sua condição. Quero tanto ajudar. Ao menos ouvir o que o preocupa. —Você pode compartilhar seus pensamentos comigo? — Posso. Estou pensando que ficará muito tarde. Melhor irmos agora. Claro que ele não estava pensando nisso! A minha garganta se fecha quando vejo que ele não se abrirá comigo. Eu respiro com dificuldade, mas me recuso a chorar ou reclamar. Não quero parecer chata. Deve ser difícil se abrir para uma pessoa que só o ouvirá e não poderá ajudar. Eu também sou dependente do meu pai. Ele vira seu rosto para frente quando me vê olhando muito para ele. Ele então se senta e eu o observo vestir a calça e calçar os sapatos. Ele está arredio, desde a hora que impliquei com seu rosto. —Sinto muito por não te apoiar nessa vida que leva. Mas entenda, é difícil ver o homem que amo ferido. Ele se levanta. —Eu sei. Melhor irmos. Está ficando tarde. —Ele diz, cortando o assunto. —Está certo. Ele olha para mim por um momento e sai do quarto. Eu me levanto e me visto. Escuto lá fora o som da moto sendo ligada. Daniel está louco para se livrar de mim. Quando saio para fora, ele já me espera sentado na moto com o capacete na cabeça. Eu tranco a porta dele e lhe dou a chave. Depois pego o capacete que ele estende para mim e me sento na garupa. Logo partimos. Subir em sua moto sempre me dá aquele friozinho na barriga e uma sensação de liberdade fora do comum. Quando eu o abraço e partimos, sinto aquela emoção dividida, aquela cumplicidade ainda mais refinada entre nós. Pouco tempo depois Daniel estaciona do outro lado da rua. Ele tira o capacete, eu também. Quando estou para descer da moto e dar um beijo nele, um carro para do nosso lado. Deus! Meu pai. Meu pai na hora sai do carro e fixa os olhos em nós. Antes de eu dizer para Daniel se afastar, meu pai fica em frente a moto. —Kate desça já daí. Eu desço da moto. —Senhor Jones. —Daniel o cumprimenta. Meu pai parece um touro enfurecido. —O que você está fazendo com esse marginal? Meu coração salta agitado e ao mesmo tempo se aperta em desgosto. —Nós estamos namorando. —Deus! Você perdeu o juízo! —Ele diz para mim com desgosto e olha para Daniel. —E você! Seu marginalzinho de meia-tigela. Suma da minha frente e da vida da minha filha, se eu souber que andou a procurando, irá se ver comigo. Daniel o olha calado. Ele é bom em esconder seus sentimentos. Eu prefiro vê-lo com raiva do que com o rosto vazio como agora, pois sei que ele está sofrendo. —Você me ouviu seu desgraçado? Daniel olha para mim e depois para ele. —Ouvi. Vou sair da sua frente como pediu, mas da vida de Kate, só sairei se ela assim quiser, do contrário não. Eu amo sua filha. Meu coração dá um salto de satisfação por ele enfrentar meu pai e confessar que me ama. Meu pai fecha as mãos e avança para cima dele. Eu rapidamente me coloco no meio dos dois e seguro meu pai, pois Daniel o olha passivo. —Deus! Pai! —Olho horrorizada para meu pai e depois busco os olhos de Daniel. —Daniel, melhor você ir. Ele assente e liga a moto, que faz aquele barulho estridente, quebrando o silêncio tenso que ficou. Então, arranca com ela e o vejo partir, quando ele some no final da rua, eu encaro meu pai. —Entre Kate! Vou estacionar o carro e depois teremos uma conversa séria.
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