- Entao... você vai mesmo passar seu cio com Cris? - a mãe de Henri perguntou enquanto tomavam café naquela manhã fazendo o ômega engasgar e tossir.- Mãe...Ela riu - Eu ate achei que vocês demoraram demais, quase um ano ai namorando, preciso conversar com você sobre métodos contraceptivos? - ela disse pensando.
- Mãe! - Henri respondeu envergonhado.- Vai saber, ai que engravida... você é novo ainda, se bem que... se for pra esperar vocês vão ter um filho só daqui uns... oitos anos? Muito tempo...Henri riu - Eu não vou engravidar mãe, fique tranquila, primeiro que isso destruiria todos os nossos planos, meus e dele.
Seria injusto com ele, e comigo também, sem falar que a família dele me odeia, imagina se apareço grávido do filho de dezoito anos dele que passou pra harvard?
- Se eles te destratassem seria minha chance de dar um soco da na cara daquela Min nojenta...Henri riu - Mãe, ta tudo bem, o importante é que ele me ama e que... vamos passar por isso, vai dar tudo certo.
- Tem certeza disso meu amor? Cinco anos é muito tempo, você acha que vão conseguir...- Vamos - Henri disse sério - Vamos sim, não tem como não dar certo, eu amo o Cris, amo de verdade, não me vejo amando mais ninguém.
- Você tem só dezessete anos meu bem, é muito novo pra saber...
- Não diga que sou muito novo pra saber o que é amor mãe, eu sei o que é, eu sinto... Cris é meu alfa e sempre vai ser, eu só não faço ele me marcar agora porque sei que não é justo. Eu tenho certeza que espero ele, mas... Sua mãe pegou sua mão em cima da mesa -
Eu sei, eu to aqui viu? Mesmo você indo pra Seul... - ela suspirou
- acho que vai ser bom, você respirar novos ares, conhecer novas pessoas também, não vai ficar aqui com as lembranças. Vai ser bom pra vocês dois e se tiver que ser, vai ser.- Vai ser - Henri disse assentindo.
E o tempo passou, e o cio de Henri chegou. Faltavam apenas duas semanas para Cris ir para os Estados Unidos. Ele ia um mês antes pra arrumar tudo, porque ao que parecia, sua família também se mudaria pra lá pra aumentar os negócios. Eles passavam o maior tempo que podiam juntos mas tanto Cris quanto Henri estavam nos corres para arrumar os papéis da faculdade e tudo que precisavam pra mudança e para a separação.
Cris levou Henri para a casa no campo que seus pais tinham, isolada do mundo onde passariam os três dias juntos. Sabia que Henri ia precisar de toda paciência e amor possivel, por isso resolveu ir a um lugar onde ninguem os escutaria ou atrapalharia.
Seria a primeira vez de Henri, a primeira vez dos dois, tinha que ser especial. Eles se olhavam sentados na cama, Hennri já sentia as dores e o t***o começar a tomar conta, mas queriam fazer tudo com calma. Cris beijava todo seu rosto, ainda vestidos, dando beijos delicados por suas palpebras, seu nariz, sua orelha, seu pescoço, seus braços, seu pulsos. Henri tremia, completamente. Seu coração batia acelerado dentro do peito, querendo se entregar logo mas também queria aproveitar cada momento.
Sentia cada beijo, cada eu te amo sussurrado, cada olhar de amor que recebia. Tinha vontade de chorar. Cinco anos era realmente muito tempo. As vezes ele pensava que nunca queria ter conhecido Cris. Que não tivesse dado bola pra ele naquela aula de educação fisica. Que não tivesse aceitado seu convite de ir ao cinema. Porque assim, quem sabe, não estaria sentindo a dor que estava sentindo.
Mas ao mesmo tempo ele não conseguia enxergar sua vida sem Cris nela.
Ele deu cor, deu amor, deu vida. Ele era vivo por esse amor. Eles se olharam nos olhos, Henri admirando aquelas íris uma de cada cor. Azul e preto. Amava tanto aqueles olhos... o amava tanto. As roupas foram sendo tiradas devagar, queriam aproveitar cada segundo. Cada toque foi dado com todo cuidado e cris cuidou muito bem de henri.
O tocava com amor, sem pressa, dando ele prazeres que ele ainda não conhecia, mesmo no meio de um cio, henri conseguiu controlar seus instintos e aproveitar tudo que cris oferecia. Era seu alfa afinal, o amor de sua vida. Os outros dois dias foram mais... intensos. Com o cio em seu ápice e com henri já sem dor e acostumado eles aproveitaram bastante, e foi bom estarem isolados porque cris acabou descobrindo que henri bem escandaloso no sexo.- Eu te amo tanto... - Cris disse no final do terceiro dia, deitados de frente um ao outro, passando a mão em seu rosto.- Eu tambem te amo, to tão feliz de ter passado esses dias com você - disse sorrindo e cris desceu a mão, passando o polegar em seus lábios.- Vou sentir tanta falta desse sorriso... vou sentir tanto a sua falta - e o puxou para seus braços.
Naquele momento, pela primeira vez desde que falaram da separação, eles choraram. Choraram nos braços um do outro, reafirmando o amor que sentiam, dando as certezas de que ficariam juntos sim, que passariam por esse tempo juntos, que venceriam tudo aquilo.-
Mas por favor, se você se interessar por alguem... - Henri começou mas Cris o interrompeu.- Não vai acontecer.- Mas se acontecer...-
Não vai - Cris disse mais duro.
Henri suspirou - Me conte, só... seja sincero.- Não vou ter o que contar porque não vai acontecer. Nós vamos continuar em contato, fazendo video chamadas, e mensagens, não vai ser fácil mas vou tentar vir pelo menos uma vez no ano pra te ver... amor... vai dar certo sim! O ômega assentiu, deitando em seu peito. Fizeram amor de novo antes de irem embora, e se sentiam mais conectados que antes.
De repente Henri sentiu uma confiança única, poderia dar certo, não poderia? Ia dar, tinha que dar. O baque veio quando, do nada, recebeu uma mensagem de Yoongi de madrugada três dias depois, dizendo que seus pais tinham achado o lugar ideal para morarem e que estavam de partida. Henri saiu correndo as duas horas da manhã de casa, correndo pelas ruas do bairro nada movimentado, correndo ate a frente da casa dos Mins.
Apertou o botão do interfone um monte de vez mas nenhuma resposta, ligou milhares de vezes para Cris mas ele também não atendia, e na mensagem apenas dizia que ele já ia entrar no avião então ficaria incomunicável.
Ele respirava fundo, sem acreditar que nem uma despedida eles tiveram, que nem teve tempo de raciocinar, ou o levar ao aeroporto.
Ele ajoelhou no chão, chorando duro, sentindo todo seu corpo tencionar e chacoalhar tamanha era a dor que sentia.
- Henri! - ele escutou a voz da mãe perto. Ela estava de pijama e tinha visto o filho sair desesperado de casa. - Calma... tenho certeza que deve ter acontecido algo, quando ele chegar lá ele vai te ligar...
Mas alguma coisa dentro de Henri não acreditava nisso. Seria o fim ou eles iriam mesmo dar conta da distância?
💙🖤
CINZA ESCURO