A mãe deAdam

1294 Words
Adam saiu do hotel logo apos Donna. Levou o carro para Levi, e foi para sua casa de infancia para o tradicional almoço de domingo. Mesmo Levi insistindo em levar Adam, ele recusou. Precisava de tempo para pensar em como tudo acabou, antes de enfrentar sua familia, ou então eles iriam perceber que tinha algo errado E Adam não estava pronto para responder nenhuma pergunta sobre o que aconteceu. Ele ainda queria entender como terminaram trocando palavras du.ras e cr.ueis no final, como algo que tinha tudo para dar certo e ser a melhor a coisa da vida dele, terminou daquele jeito? Adam preferiu ir de onibus, apesar de ser um bairro perigoso, durante o dia as coisas eram mais calmas e ele teria tempo para pensar em tudo e aproveitar um pouco mais do perfume que Donna deixou em seu corpo antes de partir. Se Adam fechasse os olhos, ainda podia ver os olhos verdes de Donna irritados com ele. Ele nunca iria esquecer a forma como Donna o encarou antes de ir embora daquele quarto de hotel. Adam se lembrou de quando era criança. Será que sempre seria assim? Ele sempre iria ter um lembrente constante de que nunca fazia nada certo? Quando criança Adam sempre agia por impulso. Sera que ele ainda era aquele garoto? Aquele que sempre conseguia estragar as escolhas certas?Sera que ele nunca seria capaz de fazer algo certo?Será que algum dia ele conseguiria segurar sua lingua antes de falar algo e perceber quando ele chateasse alguem? Ou sera que ele estava fadado a sempre estragar tudo? Chegando proximo da casa em que cresceu, Adam foi entrando. A porta emperrada, em que ele teve que usar um pouco de força pra abrir. Ele precisava concertar isso. --é você meu filho? Uma voz veio da cozinha. --Não.. Adam odiava quando sua mãe estava na cozinha. Sempre que ela estava ali ela queria conversar. E nunca eram conversas boas ou faceis --Venha ao meu escritorio querido.. Sua mãe sempre falou da cozinha nesses momento como seu escritorio. Adam lembrava de cada conversa complica e dificil teve com ela sentado nas cadeiras da cozinha. Adam ficou parado na porta observando sua mãe, enquanto ela fazia café. Cabelos presos, ela ainda usava o uniforme da lanchonete que trabalhava, Adam sabia que sua mãe era uma mulher bonita, mas que a vida foi muito dura com ela. Com todos na verdade. Para sua mãe piorou um pouco quando seu pai foi asssa.ssi.na.do a 16 anos atras, e Adam resolveu expressar sua dor aprontando nas ruas. Andando com pessoas que não eram boas companhias. Fazendo coisas que hoje ele se enver.gon.ha. Darcy olhou para o filho, e fez sinal com a cabeça para que ele sentasse na cadeira. --Eu vi você chegando... foi uma noite daquelas na boate hein.. Adam relutou um pouco mas acabou sentando. Sua mãe colocou uma caneca com café a sua frente, Adam segurou com as duas mãos, como se aquilo fosse o liquido mais precioso do mundo, olhou pra usa mae --eu sei que encontrei a mulher certa quando ela conseguir fazer um café igual ao seu. Os dois riram e falaram junto --com muito amor.. A mãe de Adam voltou a ficar séria, e sentou em sua frente com uma xicará do café. --então meu filho, o que aconteceu? --ah, foi tudo bem na boate ontem.. Eu que... é, tive um encontro.. um normal.. com beijinho e tudo mais.. --Seria uma bela historia se fosse verdade. Me conte o que aconteceu.. --Mãe.. não é uma história.. é uma mulher.. Adam sabia que sua mãe estava reciosa. Ele sabia que ela tinha medo que ele voltasse a antiga vida. --Uma mulher é? Então me conte sobre ela.. --mãe, eu tenho quase 31 anos não preciso ficar falando sobre minha vida amorosa pra senhora. --seu protesto foi anotado. Agora me conte, quem é ela? --Nome dela é Donna.. --Alguma chance de ser a mesma Donna, que você mencionou umas mil vezes quando dava aula? --Como é? Eu quase não falei dela.. --Adam.. Adam se remecheu na cadeira, desconfortavel. Sem conseguir olhar pra mãe dele, ele começou a olhar pro chão, as vezes para o teto. --sim, e a mesma pessoa mãe.. Sua mae continuou olhando pra ele e tomando pequenos goles do seu café. Sem conseguir suportar mais muito tempo o silencio dela, ele resolveu perguntar --porque ta me olhando assim? --voce que esta evitando a conversa. Então imagino que tenha feito algo por impulso e não esta pronto pra conversar sobre o assunto. Adam encolheu os ombros, como pode ela conhecer tão bem o filho que tem.. --Seria otimo se voce não me conhecesse tão bem mãe.. --Conversa comigo. Me conte o que aconteceu. --Algo que deveria ser simples, derepente ficou.. Adam soltou um suspiro e se soltou na cadeira.. --ficou complicado.. --complicado quanto? Adam começou a girar a caneca na mesa, ja estava quase vazia.. --é complicado mãe.. --me diz uma coisa Adam.. --Claro, manda.. --Ela é importante pra você? --Nossa mãe.. Adam se levantou e levou a xicara ja vazia até a pia, e lavou a caneca.. --Adam.. Ele terminou de lavar a caneca, se encostou no armario, de cabeça baixa reunindo coragem e força pra olhar pra sua mãe. Antes que ele conseguisse, ela levou a xicara na boca e tomou um gole de café antes de falar --ja disse o bastante meu filho.. --eu não disse nada mãe.. --E isso foi suficiente meu filho. Ela se levantou, e entregou a xicara pra ele lavar --estarei aqui quando estiver pronto pra falar sobre o que deu errado. --eu só quero seguir minha vida, mas nada nunca é tão simples. Adam passou as mãos no rosto, e soltou um grunido.. --ela esta trabalhando comigo mãe, no Segunda Chance --isso é uma complicação, mas não é insuperavel meu filho.. Adam bufou e cruzou os braços. --Ela não me disse que iria estagiar la. Eu não teria saido com ela se soubesse. Isso pode custar meu emprego, e eu não posso permitir que isso aconteça, nem agora nem nunca mãe. --mas por acaso, você mencionou que Você estarria trabalhando la? Quando ela mudou a entonação para falar a palvra Voce, Adam sentiu um pouco de culpa. --Não, mas.. Adam respirou fundo.. --não, eu não contei.. --então ela não tem tanto direito quanto voce de estar com raiva? --ela só esta fazendo um estagio mãe, esse e meu primeito emprego sério, não é a mesma coisa. --Aham.. e porque isso? --Eu tenho muito mais a perder. Se eu soubesse que teria esse conflito etico, eu teria ficado longe dela. Darcy, cruzou os braços parando na frente de Adam. --Voce esta soando um pouco arrogante aqui meu filho. --Olha mãe, ela vai sair depois que cumprir as 80horas. Esse é meu emprego. eu que vou ter que ficar e limpar a bagunça, se eu ao menos tiver a oportunidade de continuar, eu não precisava disso.. Darcy deu um sorriso de canto, respirou fundo --eu posso apostar que ela também não precisava disso meu filho.. --Voce sabe o quanto esse emprego é importante pra mim mãe. Adam respirou fundo, meio irritado por sua mãe não ficar ao seu lado. --O que eu sei meu filho, é que voce esta sendo um pouco hipocrita, quando voce tambem pode ter prejudicado ela na mesma medida que voce acha que foi prejudicado. O almoço sai em uma hora.. Antes que ele pudesse falar algo, Darcy levantou a mão e saiu da cozinha. Sua mãe nunca passou a mão na cabeça para nenhuma das coisas erradas que ele fazia. Ele agradeceu por suas irmãs não estarem presentes, porque se não teria sido pior. Elas adoravam se meter na vida dele e dar palpite sobre as coisas.
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