Amigas

1109 Words
Donna estava sentada na lanchonete de crepes esperando sua amiga Gretchen. Ela precisava encontrar a amiga pra devolver o celular antes que ela fosse para sua nova vida em São Francisco. Donna iria de onibus, mas quando a amiga atendeu, Donna sentiu aquele conforto, e aquela paz que so as amigas proporcinavam a ela a tantos anos, que Donna acabou desabafando metade dos acontecimentos pelo telefone, Gretchen enterrompeu ela pra dizer que ja estava chegando. Donna sabia que Gretchen iria questiona-la. E estava se preparando pra isso. Tinha coisas que Donna sabia que a amiga iria perguntar, mas nem tudo ela queria responder. Tinha coisas que ela nem saberia como responder. Como explicar que Adam foi um cavalheiro de noite, e um baita hipoc.rita de manha? Como explicar pra sua amiga que Adam a culpou por estragar a vida dele? Donna estava cogitando deixar essa pequena informação de fora. haveria perguntas sobre o desempenho dele? Com certeza. mas ela não queria responder pra não reviver tudo novamente. Na verdade ela queria poder parar de reviver tudo, ela conseguia sentir ainda o toque dele, o perfume, os labios dele percorrendo todo seu corpo. E ela não queria dividir esses detalhes com ninguém. Nem com suas amigas. Donna estava pensativa sobre tudo isso. Em contar o que aconteceu, ela não queria que sua amiga falasse m*l de Adam para defender ela. E mesmo sabendo que não seria algo m*l intensionado, Donna sabia que Gretchen faria só pela lealdade de amiga, mas mesmo assim, ela não queria que falassem m*l dele. Enquanto Donna estava cutando suas cuticulas, perdida em pensamentos. Sabendo que suas amigas tinham coisas pra se preocupar, ela não queria ficar sozinha. Ela queria o apoio de alguem, de saber que não esta sozinha, e que não fez nada errado. Logo, a porta da lanchoente se abre, e suas amigam entram. As tres juntas. Lynn, Grecthen, e Meg. Toda se sentaram junto de Donna na mesa Donna ainda não tinha olhado no rosto das amigas, ficou encarando as proprias mãos e de cabeça baixa falou --uau, toda a cavalaria --Gretchen foi buscar a gente depois que voce ligou. Essa é a ultima vez que estaremos todas juntas, então achamos melhor enfrentar essa crise juntas. Meg segurou uma mão de Donna, enquanto falava, pra ver se ela parava de mecher nas cuticulas das unhas. --Eu queria devolver o celular.. Donna começou a mexer na bolsa pra pegar o aparelho, empurrando pela mesa, quando percebeu seu dedo sangrando, ainda evitando contato direto com as amigas. Gretchen deu uma cutucada com o pé em Donna. --Ei, nós queremos ajudar. --Eu sei disso.. Eu provavelmente devia ter pego o onibus e ido pra casa. Gretchen ignorou a frase --Voce esta com frio? ela tirou o casaco e colocou em volta de Donna. Gretchem sempre foi a mãe do grupo. --Obrigada.. Donna apertou o casaco contra si, e fechou os olhos respirando fundo. Relembrando tudo, e saber que o que mais doia nela era ter acreditado em Adam. Mesmo que por um curto momento. Ela realmente acreditou que tinha algum significado pra ele, que ela não era só algo passageiro. Lynn se inclinou e acariciou o braço de Donna --Voce tem que nos contar os detalhes, pra saber se a gente exalta ele, ou se a gente o pendura sem roupa em uma arvore e o deixa pra mo..rer. Donna deu um leve sorriso, --voce me assusta um pouco as vezes sabia.. --Ele é um stri.per. Subir no palco com as frases sou r**m de cama, sou fedorento, não vai ajuda-lo a conseguir muito dinheiro. E se isso não for suficiente Donna, eu penso em algo pior.. Donna ate tentou, mas não conseguiu segurar a risada. --não, nada pior.. cruzando os braços, ela lutava contra a vontade de soltar tudo, de contar tudo cada detalhe. De como ele venerou o corpo dela, de como ele a fez se sentir se.x.y e desejavel. De como ele sabia exatamente onde tocar pra fazer ela ver estrelas, mas quando ela abriu a boca pra falar, nada saiu. --Donna? Ela forçou e com muita força ela levantou a cabela pra encarar sua amiga Grethen --Eu? --Tenho certeza que não preciso dizer isso agora, mas mesmo assim. Voce não deve se envolver com ninguem agora querida. Pelo menos não a serio. Voce tem planos, tem sonhos. Sonhos grandiosos, e voce lutou tanto pra realizar esses sonhos. Sumir de Seattle, sair de perto de sua mãe, e se meter com um strip..er vai estragar tudo. --eu sei disso. voce esta certa.. Obrigada por se importar e falar isso em voz alta. --tudo bem.. mas ele é um str.iper.. certamente você se divertiu ne?? Todas as tres tentanram segurar um riso, e todas seguraram a mão de Donna por cima da mesa. --E o seguinte, eu vou dar um detalhe, e ai voces me deixam resolver a coisa toda antes de me fritar ta bom? Donna olhou pra cada uma esperando a confirmação. --Ele beija como um De.us, melhor que qualquer coisa que ate mesmo voce seria capaz de imaginar Lynn. --o que voc.. --Não, voces concordaram sem perguntas --Dro.ga, não quero mais --Vem, vamos conversando no caminho da casa de sua mãe.. é melhor Gretchen foi levantando enquanto falava. Donna sabia que era fora de caminho da Grethen leva-la ate la, mas antes que pudesse falar algo, viu a amiga negar com a cabeça, que estava tudo bem. No fundo Donna sabia que Gretchen deixaria ela em casa primeiro a polpando de todos os comentarios ácidos porem divertidos sobre a sua noite com um s.tri.per. Dentro do carro foram conversando sobre a noite passada as meninas. Meg pagou por uma dança sozinha com Nick, enquando Lynn dançou no palco com um dançarino chamado Derek. Todas foram rindo e brincando e conversando sobre a noite divertida que tiveram. Donna se despediu antes de sair do carro. Sabendo que logo cada uma iria pra uma cidade. Donna agradeceu quando foi deixada na porta da casa com risadas ao inves de lagrimas. Seria dificil essas duas semanas seguintes sem suas amigas. Se não fosse por elas talvez Donna nem teria terminado a faculdade. Donna foi ate a calçada da casa em que iria ficar pelas proximas semanas. Ficar ali parada na calçada era quase a mesma coisa que pedir pra ser assaltada ou baleada. Era um bairro perigoso. Ignorando o cheiro de cerveja velha e cigarro, que mesmo que limpase o cheiro não saia, ela entrou em casa repetindo mentalmente 'so mais duas semanas'. Graças a forma como Adam conseguiu estragar tudo, não havia nada que ela iria sentir falta quando fosse pra Baltimore.
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