Capitulo 18

1222 Words
Donna ficou ali sentada acompanhando a conversa que Adam estava tendo. A raiva e a adrenalina no seu sangue correndo juntas. Ele estava tentando se livrar dela. Sem nem conversar antes. A mente de Donna estava uma confusão. Entre a adrenalina de saber que iria participar ativamente nas consultas, para a rai.va que ela estava sentindo de Adam no momento. Como assim ele queria realoca-la? Só se vira, procura outro emprego e sai da minha vida? Quem ele pensa que é pra fazer isso? As milhares que perguntas que estava passando na mente de Donna, enquanto ela olhava Adam no telefone. --Não senhor, prefiro não entrar em detealhes, só achei que seria melhor pro interesse dela que outra pessoa a orientasse .. Uma pausa.. --Sim senhor, eu tenho capacitade para tal mas.. Mais uma pausa.. --Entendo. Obrigada pela ajuda senhor.. Donna observou atentamente ele desligar o telefone e respirar fundo. --Então Donna, sinto em dizer, mas estamos presos nisso.. Serão 10 dias.. Donna olhou pro relogio, 10 dias, duas semanas de dias letivos, setenta e sete horas ao lado do homem que a tinha levado ao ponto mais alto e mais baixo que qualquer outro homem ja havia conseguido. Porque seu corpo o desejava tanto? Porque ela queria sorrir ao ver ele sorrir? Como depois de tudo o corpo dela ainda deseja Adam?? Donna respirou fundo.. --E se eu desistir? Adam piscou varias vezes sem acreditar no que tinha escutado --Nem mesmo brinque com isso Donna. Donna repetiu lentamente --Se. Eu. Desistir. Adam respirou fundo, e olhou para Donna --Voce teria que esperar ate o proximo semestre e candidatar-se para uma nova vaga de estagio. Essa com certeza não era uma opção para Donna. Ela precisava ir embora dessa cidade o quanto antes. Ela tinha guardado tudo. Cada centavo que ja recebeu. Cada moedinha que recebeu das bolsas de estudos, das mentorias, das horas extras que fez, tudo para começar novamente longe dessa cidade. Ja tinha inclusive comprado algumas peças de roupas, que ela poderia usar como profissional, peças chaves que poderiam ser combinadas entre si, e sempre parecer uma muda de roupa diferente. Havia comprado algumas coisas pro apartamento novo que iria morar com sua amiga.. Ela só conseguia pensar em sair dali e recomeçar sua vida. Só faltava o estagio. Ela não podia desistir de tudo isso assim. Adam tinha razão. Eles teriam que dar um jeito de fazer funcionar. Donna tirou o terninho que usava, e se afundou mais na cadeira. --então, como vamos fazer isso? Adam a encarou.. --Voce não levou 5 minutos pra brigar comigo ontem, e agora esta de acordo com isso? --Sim.. Donna respondeu com um nó na gargante --Porque? --Se eu arruinei sua vida, voce me fez lembrar de algo importante. --e o que é? --sobrevivencia. Uma resposta quase sussurrada. Adam a olhou com curiosidade no olhar, mas Donna deu de ombro, ela não iria conseguir falar nada agora. Não quando a vontade de chorar estava se acumulando. E ela não seria capaz de se perdoar se chorasse na frente dele. --Olha a melhor coisa a fazer é encontrar outro mentor para você. Alguem que possa lhe dar uma nota imparcial. --Voce pretende me deixar na mão? --Como é? Não.. Adam respirou fundo e cruzou os braços --eu daria a nota que eu achasse que voce merece. --então eu vou ficar. Antes que Adam pudesse falar algo, Donna continuou --O que rolou entre a gente nunca deveria ter acontecido, eu ja aceitei isso, e entendo. Mas não posso bancar mais um semestre na faculdade, Adam, eu preciso arranjar um emprego e dar o fora daqui, e eu não posso fazer isso sem esse estagio. --Isso parece errado pra mim. --Se voce não da minima para nada se não pra seu impulso narcisista de ser visto como alguem correto e acima de qualquer suspeita, voce vai enteder que o melhor pra mim é deixar eu continuar aqui. Voce discorda o fato de que parte da definição de certo e errado tem a ver com justiça? --não. --Se isso for verdade, voce acredita que é justo me punir, fazer eu adiar minha vida por 6 meses só porque voce esta bravo? Donna estava falando firme, mas suas mãos estavam suando. Ela estava segurnado lagrimas, e dando tudo de si pra converncer Adam, de que eles iriam conseguir fazer isso dar certo. --Eu estou com raiva porque voce fugiu de mim, não porque voce esta aqui. Adam fechou os olhos, respirou fundo antes de continuar falando --voce não arruinou minha vida Donna. --Palavras ditas não voltam. Não se corrigem, E é mais ou menos por isso que temos um emprego. Adam riu, os olhos azuis tomados por uma emoção que Donna não identificou. --voce sempre ameniza a dor com humor? --tenho medo do que poderia acontecer se eu não fizesse Antes que pudesse pensar Donna ja havia respondido. --e do que você tem medo? Mentalmente Donna se xingou. Nunca que ela iria revelar pra ele seu maior medo. Donna mantinha o pensamento de que o condicionamento comportamental era aprendido. Ela sustentava a teoria de que ela não conseguia amar alguem, porque na infancia ela não teve o condicionamento direcionado para contatos amorosos, carinho. Sera que isso era verdade? Sera que as escolhas de sua mãe a haviam condenado a nunca experimentar o amor? ou nunca da lo ou recebe-lo? Donna lutava contra seus pensamentos. Lutava contra sua respiração. Balançando a cabeça com uma leve risada ela conseguiu reunir as palabras --ah não, voce não vai me usar pra fazer um aquecimento pra suas avaliações. Investigue a cabeça dos seus pacientes, e deixe a minha em paz. Sou perfeitamente feliz nesse meu mundinho doido. --Eu só estou curioso. --Não Adam, nós vao vamos discutir esse tipo de coisa. Donna esticou as pernas, e limpou a palma das mãos em sua saia, numa tentativa de arrumar sua saia, ao mesmo tempo que secava a palma das mãos. --eu quero entender você. --não a nada pra se entender. é serio.. Eu sou simples, direta, o que voce ve é o que voce recebe. Sempre. --sem pretensões? --isso. Eu não tenho nenhum interesse nisso. Adam a encarou, passou os olhos por todo corpo de Donna, parando em seus sapatos. Donna estava usando um sapato de grife. Ela nem acreditava que tinha conseguido um sapato tão bom, de grife em um brecho. Na verdade praticamente tudo que ela havia comprado era de um brecho, mas ela não iria falar isso pra ele. Não era o tipo de coisa que ele precisava saber. Cruzando as pernas novamente, e dando uma leve balançada no pé, ela olhou pra Adam. --Parece que voce tem uma queda pelos meus sapatos, mas lamento, não são do seu tamanho. Adam respirou fundo. se jogou para tras na cadeira, apoiando os braços em cima da barriga. --eu adoro saltos altos A forma como os olhos dele brilharam, fez Donna dar um leve sorriso. --que gracinha, e só pra constar, se vestir bem não é pretensioso. Chama-se segurança profissional, Doutor eu uso terno e gravata. Adam deu uma leve mexida em seus ombros grandes e largos --eu não disse nada. --não precisou, seus olhos delataram que voce estava analisnado minha roupa e meus acessorios --como faço pra consertar isso Donna? essa coisa entre nós? Me da uma dica, por favor..
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