No carro, enquanto eles passavam pela orla maritima de Seattle, a mente de Adam estava vagando pela mulher ao seu lado no carro. Um camaro emprestado.
O fato dela ter deixado ele tomar a liderença, tinha sido muito atraente no começo, mas se tornou um problema quando ela não se ofereceu pra dirigir nem pra ir pra casa dela. O que ele faria agora? Pra onde iria? Não podia levar ela pro apartamento dele. E o tipo de hotel que ele podia pagar não era muito luxuoso. E ele não era irresponsavel de escolher um em que não pudesse bancar. Ele podia pedir se daria pra ir pra casa dela.. Não isso seria muito presunsoço.. Ainda tinha e opção do apartamento de Levi.. mas isso seria ainda pior..
--Então, o que parece bom pra você?
Adam não conseguia parar de apertar o volante, os nós dos dedos ja estavam começando a ficar brancos.
--Hmm.. Você..
Donna respondeu, e ja soltou uma risada em seguida..
--Eu estava pensando mais na parte de comida, algo como drive-thru ou restaurante?
Adam olhou de canto pra ela, e foi um erro.
Os olhos brilhando conforme a luz da noite clareava dentro do carro, a pele dela clarinha, meio vermelha. Um sorriso de canto, enquanto ela mordia de leve seu labio.
Adam tinha certeza que ela nem percebia o que estava fazendo.
ela estava esfregando uma perna na outra, e Adam duvidava muito que ela se desse conta de tudo que estava fazendo.
--Se você não parar de me olhar desse jeito eu vou destruir esse carro..
Adam falou com a voz meio rouca de desejo
--Assim como?
Adam baixou um pouco a cabeça e balançou de leve, seguido de uma risada baixa.
--Do mesmo jeito que você costumava olhar pra mim na sala de aula, quando pensava que ninguem estava vendo. Me fazendo esquecer sobre o que eu estava falando..
Adam soltou uma das mãos do volante e segurou a mão dela, levando aos labios
A pela dela macia, e com cheiro de baunilha
--Sabe Donna, eu sempre me perguntei qual seria seu sabor se um dia eu disse fod.a-s.e tudo isso.. e a beijasse no meio da sala.
--e porque nunca fez isso?
--Bom, principalmente porque eu precisava do emprego.. mas eu também tinha esse outro lado meu, curioso que se perguntava, e se a gente se esbarrase fora da faculdade, se teriamos a oportunidade de deixar as coisas acontecerem..
--acho que a hora de m***r a curiosidade chegou..
Adam olhou pra ela, e respirou fundo, ja que parecia que todo seu sangue estava indo apenas para seu parceiro, que estava acordado e querendo participar da conversa, e Adam não estava conseguindo manter ele dentro das calças por muito mais tempo.
--voce ja jantou, mas comeu alguma sobremesa?
--não.
--tem uma doceria maravilhosa aqui perto. Pode ser que esteja lotada, mas vale a pena se você gostar de doces..
--Parece otimo.
Donna se sentou de lado no banco, olhando pra Adam
--há quanto tempo você dança na Beaux Hommes?
Adam deu de ombros..
--Eu comecei com 20 anos, então, faz uma decada.
--uau
--porque?
Adam deu olhada rapida com o canto de olho pra ela..
--eu só estava pensando, quanto tempo de penitencia vou ter que cumprir por não perceber que você dançava ali... e por não ter ido assistir antes, aparentemente vou ter que me autoflagelar por 10 anos.
Adam não conseguiu segurar a gargalhada.
--Gostou tanto assim é?
Donna estava passando a mão pelas costas dele, enquanto ele transitava pelas ruas movimentadas.
--Eu gostei mais do que é deve ser considerado legalmennte aceitavel na maioria dos estados.
--Cuidado Srta. Cooper, Não podemos nos dar ao luxo de ter a boate fechada.
Adam estacionou na frente da doceria que foi sorte uma vaga tão perto.
--mas a titulo de curiosidade, qual seria a acusação?
Ela nem pensou em responder
--Exercicio da luxuria agravado por pensamentos indecentes em local publico.
Adam deu um sorriso leve e sincero.
--Voce é rapida.
Dessa vez foi ela quem deu de ombros
--Tenho sofrido por tempo suficiente pra saber
Quando estava prestes a abrir a porta do carro ele parou
--Sofrido?
--Tres anos Adam. Durante tres anos eu observei voce, ri com você, desejei você.. Lembra quando pediu pra que a gente um de cada vez pra defender um trabalho? Eu me sai m*l porque não conseguia parar de olhar pra você. Você era educado e não me criticou pela minha pessima apresentação. Eu gosteii ainda mais de você por isso, e eu não conseguia parar de me perguntar se você tinha pelo menos metade da vontade que eu tinha de m***r aula e brincar de médico.
Donna deu uma pausa, um sorisso que Adam não conseguiu saber se de tristeza ou de alegria.
--Não vou fingir que não era assim, não agora, não mais..
O coração de Adam quase parou..
--Não, chega de fingir.
Adam abriu a porta
--primeira comida, depois conversa..
Ele saiu do carro fechou a porta, e olhou pra ela observando enquanto ela fazia o mesmo
--e vamos discutir as condições especificas do banco imobiliario
Os dois cairam na risada
--feito.
Os dois entraram de maos dadas.
Segurar a mão de Donna foi algo natural para Adam. Como se ele fizesse isso todos os dias.
Se sentaram em uma mesa livre um pouco mais no fundo da doceria. Uma garçonete jovem e bonita chegou para atende-los.
Donna não pode deixar de notar como a jovem olhada pra Adam, mexendo no cabelo, piscando de mais, sorriso timido, e forçando risinhos, claramento dando em cima de Adam.
Donna também não pode deixar de notar a irritação de Adam com a atitude da garçonete.
A ultima coisa que Adam queria era que Donna pensase que ele era um idio.ta. que não respeitava quem estava com ele.
--Senhor? Alguma coisa aqui soa..
A garçonete levou a caneta a boca e continuou
--apetitosa pra você?
Adam esticou o braço, pegando a mão de Donna do outro lado da mesa
--Sim, tem uma coisa perfeita, mas ela não esta no cardapio..
Adam não tirou os olhos de Donna pra falar. E Donna mais uma vez ficou vermelha.
Adam finalizou com um beijo na mão de Donna.
--Vou querer um sanduiche de peru, sem maionesse com batata frita..Donna?
--Eu não olhei o cardapio ainda..
--Voce gosta de baunilha?
--Sim..
--Voce confia em mim?
Donna analisou Adam, buscando o olhar dele antes de responder
--sim..
--Minha garota e eu vamos querer o creme brule com frutas frescas. Traga apenas uma colhar. Obrigada.
--Claro.
A garçõnete saiu de cabeça baixa
--ela pareceu um pouco decepcionada por você estar acompanhado.
Donna tinha um sorriso brincalhao no rosto.
--Sim, bem.. Só ela esta decepcionada aqui
--Que gentil da sua parte fazer isso..
Donna ia falar algo, mas parou.. Adam percebeu o incomo dela.
--Algum problema Donna?
--O que esta acontecendo aqui Adam?
--Como assim?
Donna apontou para o salão
--isso...
--aparentemente as pessaos estão comendo, e logo nos tambem estaremos...
Donna bufou, claramente frustada com a resposta dele
--Não foi isso que eu quis dizer, e você entendeu
Adam aina não tinha soltado a mão dela. Ele ficou esperando que Donna olhasse pra ele, pra que ele pudesse falar.
--Finalmente.. finalmente estamos sentados em um restaurante de maos dadas, e dividindo uma refeição, sem clausula, sem contratos de etica pra atrapalhar. Estamos explorando o que pode acontecer agora que não existe mais nada, só.. a gente.
Donna ficou até sem ar com a fala dele, e apertou um pouco os dedos nos dele.
-- e o que pode acontecer?
--tudo que a gente quiser. havendo consentimento mutuo, nada mais, nada menos.
--Não vou ficar sem Seatle por muito mais tempo Adam, não quero nada sério.. Só quero.. brincar.
Adam sorriu pra ela, e balançou a cabeça
--voce tem uma quedinha por jogos de tabuleiro né
--eu não tinha, ate meia hora atras.
Ignorando os olhares alheios, ele se inclinou por cima da mesa, e beijou Donna.
--Qual peça você vai querer ser?
--Todas, e mais de uma vez.
A resposta rouca o deixou tenso. A luxuria, o desejo, e a fome sex.ua.l criavam um coquetel volatil de sofrimento que circulava dentro dele
--Voce vai poder passar pelo ponto de partida mais de uma vez, eu prometo.
Os dois riram
--Adam, não acredito que estamos aqui sex.ual.iza.do um joogo de tabuleiro de quase 80 anos
--eu acho estremamente atraente que você saiba que o jogo tenha 80 anos
Os dois cairam na risada.