Victor Luxemburgo
Cheguei na sede da máfia e tive várias reuniões, quando entrei no meu escritório eu já estava completamente acabado, tirei meu paletó e o arremessei na poltrona, depois me joguei na minha cadeira de forma despojada tamanho o cansaço. Não sei ao certo quando, mas acabei dormindo, sinto leves cutucadas e uma voz doce chamando meu nome. Eu só pensei " Deus está me chamando ", o que seria bem estranho. Eu sou um mafioso matador, um homem sem fé e libertino. Imagina uma pessoa como eu morrer e ir pro céu ?! Ao menos eu iria ficar em paz, eu não mereço mas quem sou eu para contestar o todo poderoso ?
O chamado começou a ficar mais alto e as cutucadas também, então percebi que não era um sonho. Dei um pulo na cadeira tamanho susto, vejo a senhorita Thaís na minha frente sorrindo e que p***a de sorriso bonito, mas então fico inquieto...
Victor - Thaís ? O que você está fazendo aqui ? Que horas são ? Aconteceu algo ?! - Pergunto preocupado quando percebo que estou com a camisa aberta, era só o que me faltava trepar com ela e nem sequer me lembrar.
Thaís - É que eu preciso limpar sua sala e o senhor está dormindo aí. Já 20:16 agora. - Diz e eu começo a fechar minha camisa percebendo seu olhar sobre meu corpo, fazer o que né ? O papai é um gostosão mesmo.
Victor - Ah claro, é que eu ainda estou me acostumando com a vida de capo... - Digo a verdade pra ela. Realmente tenho andando extremamente cansado com as minhas novas funções. Escuto ela cochichar algo parecendo um insulto.
Victor - Você disse algo ? - Questiono apenas para ter certeza.
Thaís - Eu ? Não senhor ! - Se faz de desentendida e eu assinto com a cabeça, é claro que ela estava me xingando.
Victor - Certo, você disse que já era 20:16, seu turno ainda não acabou ? - Realmente já está tarde para ela estar aqui e para mim também, ela me lança um olhar como se estivesse incrédula.
Thaís - Sim terminou, mas eu só posso sair quando termino minhas tarefas do dia e faltava sua sala, porém achei que o senhor estava trabalhado e não percebeu a hora passando. Por isso só decidi vir aqui agora. - Eu a olho atentamente enquanto fala, percebo que o anjinho doce também pode ser um anjinho irritado e irônico.
Victor - Me desculpe por ter atrapalhado seu trabalho senhorita Thaís. - Me desculpo e lhe lanço um sorriso, ela de fato deveria estar em casa e eu realmente a atrapalhei, então era o mínimo que eu deveria fazer.
Thaís - Tudo bem senhor, de qualquer forma eu já estou acostumada a faxinar então vai ser rápido. - Porque será que uma moça tão linda e inteligente como ela trabalha como faxineira ? Ela já até conseguiu enganar o Domenic coisa que eu nunca vi acontecer.
Victor - Tudo bem então. Tenha uma boa noite senhorita Thaís e novamente me desculpe. - Ela assente e eu saio da sala para não atrapalhá-la mais, se bem que ela poderia ter limpado meu escritório mais cedo, para mim não teria problema algum.
Dia seguinte...
Trabalhei o dia inteiro mas dessa vez fui pra casa mais cedo, hoje era dia de ir para minha balada favorita que fica em um bairro próximo a minha casa. Eu tenho que aproveitar os dias de vida que eu tenho, preciso superar o que aconteceu com o Domenic uma hora ou outra. Coloquei um terno sem gravata de cor preta, despojado do jeito que o lugar pede.
Quando desci as escadas dei de cara com a Safira com um sorriso no rosto, ela me olhou de cima a baixo e o sorriso dela some.
Safira - Onde vais meu capo ? - Pergunta passando suas mãos pelo meu peitoral coberto pela camisa. Ainda não me acostumei com pessoas me chamando de capo, eu sempre me recordo do meu amigo.
Victor - Os patrões não devem satisfação a seus empregados. Boa noite ! - Alerto e saio a deixando sozinha na sala. Meu soldado entrega a chave do carro ( Gordon Murray T.50 ) e eu entro logo saindo da propriedade.
A balada estava lotada como sempre, várias mulheres belíssimas dançando. Fui em direção a área VIP quando trombo com quem eu jamais achei que encontraria aqui...