MELISSA COLEMAN
— Prepare-se muito bem hoje, pois teremos uma visita. — Ouço a voz de Nick e saio dos meus devaneios. Eu ainda me encontrava no quarto do mesmo.
— Visita de quem?— perguntei.
— Minha noiva, chega hoje da viagem. — Diz Nicolas arrumando seu palito. — Não quero joguinhos, Júlia a levará para um quarto. Então Júlia era o nome da mulher que disse-me todas aquelas coisas. Não se atreva a sair de lá, e nada de gritos... Caso me desobedeça, pagará caro cara mia.
Me senti iludida com as palavras que Júlia disse-me, p Nicolas já estava comprometido e nunca haveria de querer nada sério comigo. Era impossível esse romance que Julia tinha criado em sua cabeça.
Rezo para que a máfia russa não desista de mim, e esteja me procurando. Penso no Henzo, um cara que conhece e fiquei com ele. Ele disse que me amava e até demostrou isso. Mas, eu não queria nada sério. Eu deveria ter aceitado ficar com ele, quem sabe, talvez neste momento eu não estaria aqui mas sim fora deste país e da Rússia também. Pois Henzo queria se casar comigo e viajar para Noruega!! Mas a burra aqui recusou o seu pedido, e nunca mais tive contacto com ele.
— Por querias se deitar comigo se tens uma noiva? — Pergunto a Nicolas — Ela não te satisfaz na cama? — Acrescentei. Nicolas lança-me e olhar duro e depois sinto uma forte ardência na bochechas. Nicolas acabava de me golpear.
Apertou meu braço e disse:
— Eu disse para você controlar essa sua língua, você não obedeceu agora te darei uma lição. Eu não sou Ian Castiel ou Liam Russell a qual tu estás habituada. Não me confunda com o teu cunhado e o teu amiguinho— O mesmo disse puxando-me pelos braços, e me levando para fora do quarto.
Nicolas me acompanhou até um lugar que deveria ser o porão, bruscamente me largou fazendo com que eu tivesse contacto com o chão daquele lugar horrível. Fazendo com que eu sentisse uma forte ardência nas costa. Mas não iria chorar, eu jamais demonstraria fraqueza a ele.
Nicolas saiu dizendo que eu não comeria até que ele mandasse. Depois que a porta do porão se fechou, eu cai e me permiti chorar. Como ele pôde ser tão brusco assim? É o ser mais frio que eu já conheci, Lauryn me contou sobre ela e Ian, mas ele nunca a tratou assim.
Nicolas Bianchi
Era só oque me faltava, vejo que essa mulher ainda vai me causar problemas. Mas eu dei a ela o castigo que ela merecia, como se atreve a falar assim da minha noiva? E a falar assim comigo? Além do mais ela é uma inimiga, por culpa da família do marido da melhor amiga dela minha irmã morreu. Eu os odeio, não consegui sequestrar Lauryn Gilbert, mas através da Melissa irei me vingar de todos. Gostaria tanto de ver a cara da Lauryn Gilbert sabendo que sua melhor amiga está sob os meus domínios. Se Lauryn não tem paz, Ian Castiel também não têm paz e esse era o meu objetivo.
Fui até o meu quarto me lavar, e depois usei uma roupa social.
A campainha tocou e eu sabia que era Vanessa. Fui atender e ela recebeu -me com um beijo caloroso, a puxei para dentro do apartamento e continuei o beijo envolvendo meus braços em volta de sua cintura.
Vanessa era uma das filhas do meu sócio, e éramos comprometidos desde pequenos, os nossos pais arranjaram este casamento. Eu não a amava, e sei que ela também não . Seu único objetivo era ser a primeira dama da máfia Cosa Nostra, e o meu era assumir o posto de chefe da máfia italiana.
— Sentiu minha falta meu amor? — Perguntou maliciosa.
— Sempre, o que você quer comer e beber? — Perguntei me desfazendo do abraço e indo até o pequeno bar.
....
Melissa Coleman
Ainda me encontrava no chão imundo deste porão, o lugar me dava medo e calafrios. Além de conter alguns instrumentos de tortura, era todo ele sem nenhuma iluminação.
Não tentei fazer nada de errado pois sabia que as consequências seriam devastadoras para mim já que Nick ameaçou me chicotear.
Eu já estava há dois dias sem comer nem beber, minha garganta estava seca, e eu estava muito fraca!!Meu ódio por esse homem crescia a cada dia. Sei que ele se sentia atraído por meu corp, mas aquele i****a nunca me teria.
Saio dos meus devaneios quando a porta é aberta, revelando uma morena, com cabelos castanhos que iam até os ombros. Tinha o corpo magro, e era elegante. Seu olhar cai sobre me, olhando-me com desdém e eu retribuo o olhar. Óbvio que eu não teria medo dessa sem sal.
— Então você é a coisa nojenta que faz parte daquela máfia de merda. — Falou se aproximando.
— Única coisa nojenta que vejo além do chão imundo deste porão é você. E podes ter a certeza que o capo da máfia Bratva vos encontrara exterminara um por um. Não te esqueças que a Bratva é a maior máfia do mundo!!
— Vejo que a mulher tem uma língua afiada. — A mesma diz para um dos guardas e da uma gargalhada.
— Escute aqui garota, você não sabe com quem está se metendo, eu posso mandar matá-la por ousar falar assim com a futura senhora da Cosa Nostra. Depois que eu me casar com Nick, eu sereia primeira dama da máfia italiana. E se até lá Nick não tiver a matado, eu mesma darei ordem para que acabem com a sua vida. E antes de matá-la vou mandá-la para o bordel mais sujo da Itália, onde você merece estar, para que possa sofrer as piores sanções. — Disse pegando meu queixo. Olho para a mão que encontrava-se no meu queixo e suas palavras acenderam uma raiva dentro de mim.
Fui em cima dela dando um soco no seu rosto plastificado, quebrando o seu nariz que logo começou a sangrar. A mesma pois suas mãos sombras o nariz, pelo impacto da dor, e fez uma expressão de dor...
Tirou suas mãos de lá, e olhou para o sangue que tinha em suas mãos de seguida vindo até mim, tentado agarrar as mechas do meu cabelo.
Desviei-me de suas mãos e chutei forte em sua barriga fazendo com que ela caísse de costas sob o chão do porão. Subi por cima dela e comecei a golpeá-la com socos imaginando que seu rosto fosse saco de pancadas. A mesma estava sem força aproveitei para agarra-la e vira-lá de barriga para o chão, de seguida peguei em seu cabelo e fazendo movimentos de vai vem para que o seu rosto colidisse com o chão
— Agora me diga quem é a mosca morta, você nem se defender sabe. — Digo acelerando o ritmo das batidas que dava a ela. No orfanato onde morei, aprendi a me defender sem contar com as aulas de box que tive.
A loira gritava por socorro, mas por algum motivo os guardas não a ajudavam. Talvez eles não gostassem dela.
— BASTA! — Falou a voz que mais me amedrontava.
Alguns seguranças vieram me tirar de cima da loira e ajudaram-na a se levantar. Seu rosto estava totalmente desfigurado, e olhar de Nicolas caiu sobre mim, só aí me dei conta da burrada que fiz.
—Você me pagará muito carro. — A mesma diz se apoiando em algo.
— Nicolas, quero saber por que me deixou passar por esta humilhação, e não mandou que os guardas viessem me ajudar? — A mesma perguntou eufórica.
— Não me lembro de ter de dado liberdade de ficar cara a cara com meus prisioneiros, agora você ja sabe por si que dos negócios da família quem cuida só eu. Agora saia! — A loira oxigenada não respondeu, e saio do porão pisando duro, deixando eu e Nick sozinhos.
Seu olhar para me era sombrio, óbvio que ele estava com ódio de mim.
— Você se mostrou muito rebelde, eu não queria te machucar!!Mas, isso terei que fazer para que você aprenda a me respeitar e saber que só eu quem manda aqui.
Ele disse, pegando em um chicote, os guardas me amarraram com correntes, rasgaram minha blusa e ele mandou que um deles fizesse o trabalho de me chicotear.
— A cada chicotada você contará estamos entendidos? — Perguntou Nicolas.
— Não sou um dos seus homens para você me dar ordens, por que não me mata de uma vez, seu i*****l. — Assim que terminei de falar senti uma forte ardência sobre o meu rosto, o mesmo estava queimando e eu não conseguia nem tocar por causa das correntes que estavam presas em minhas mãos.
Nicolas acabava de me esbofetear.
— Estamos entendidos Melissa? Ou eu preciso pegar em um dos meus brinquedinhos de tortura para que você possa aprender a me obedecer? Saiba que o chicote é o mais leve de todos.
— Sim. —
— Dez chicotadas! — Disse Nicolas, e esse foi único som que ouvi antes de minha tortura começar.
Nicolas saiu da sala, me deixando a sós com os seus homens que parecia que se divertiam me vendo ali ou fazendo oque estavam preste a fazer.
A cada chicotada eu contava como ele mandou o fazer. Eu já não sentia mais minhas costas, o homem parou quando foram dez chicotadas como Nicolas ordenara. Meu sangue escorria por minhas costas, esse homem descontava todo o ódio que sentia pelos Castiel em mim. O mesmo era covarde porque não ficou para ver enquanto eu era torturada.
Assim terminada a tortura, me levaram para um dos quartos e um médico especialista cuidou das minhas feridas com ajuda de um enfermeiro. Depois de acabado, descansei a cabeça e chorei como nunca chorei por tudo, pelo abandono dos meus pais, pelo sequestro que estou passando e por ter conhecido o pior dos homens "Nicolas Bianchi."
Nick Biachi
— Ainda bem que você deu um castigo a aquela garota, porque se tu não o fizeste eu iria pensar que te importas com uma inimiga e ligaria para o meu pai!! Assim acabaria com os laços de parceria que nós temos e quem ficaria furioso por esse rompimento seria o teu pai. Fazendo com que ele tirasse o teu posto de capô. — Disse Vanessa com aquela voz horrível que a mesma tinha, eu odiava a sua voz, na verdade não gostava de nada nela. Somente aceitei me casar com ela porque fui obrigado. E sim, tive que dar castigo a Melissa porque se não fizesse eu teria problemas com o pai da Vanessa já que o mesmo é consiglere da máfia Italiana!! Não queria problemas com o meu pai, e eu deixando de ser capô mesmo se fosse para salvar Melissa não poderia pois ela estaria sob domínios de pai da Vanessa já que meu pai está com problemas de saúde e não pode comandar máfia fazendo assim com que Melissa fosse morta e torturada da pior forma por pai da Vanessa. Eu não queria que ela fosse chicoteada, mas nada poderia fazer...
Por isso não pude ficar no quarto, e sai de lá não aguentaria ter de ver aquela cena, e não sabia o porque de eu me importar tanto com a Melissa. Eu não poderia gostar de uma inimiga e muito menos defendê-la..
Melissa Coleman
Uma semana se passou, agradeci mentalmente por não ter cruzado com Nicolas. Meu ódio por ele era eminente. Se pensei que ele sentisse algo por mim esse pensamento morreu a uma semana, eu jamais esqueceria aquele dia e pude provar que ele é o pior ser que existe. Eu nunca permitiria ser tocada por ele.
Como não tinha muito o que fazer aqui, passei a maior parte da semana lendo livros.
Eu estava na biblioteca lendo um dos livros até que a porta foi aberta fazendo que eu tomasse um susto. Assim que aquele cheiro amadeirado invade minha narinas digo:
— N-i-c-o-l-á-a... — As palavras me falham fazendo com que eu gaguejasse. E demostrasse que eu o temia.
— Não era minha intenção assusta-la. — Sua voz sai calma.
Então não era sua intenção me assustar? Eu só confirmava que ele era bipolar.
— As vezes acho que você não bate muito bem da cabeça, num momento você mostrasse ser o homem mais frio e c***l. E agora tenta ser gentil? Olha poupe-me das suas falácias. — Levantei-me da cadeira em que eu estava sentada, e caminhei até a porta.
E lembrei que falei mais do que devia,mas eu era assim não conseguia controlar minha língua.
— Onde você pensa que está indo? — Nicolas perguntou.
— Deixando o futuro capô da Cosa Nostra sozinho e em paz!!
— E se eu não quiser que você vá. — Disse sem demonstrar nenhuma expressão. Na verdade Nick nunca demonstrava nenhuma expressão, era o ser mais frio que conheço.
— Por que você não haveria de querer? — Perguntei arqueando uma das minhas sombras.
Ele nem mesmo respondeu e puxou-me para um beijo, sua língua pediu passagem e eu permiti, fazendo com que eu mesma me xingasse mentalmente por isso. Mas assim como ele eu queria aquele beijo, talvez pelo hálito gostoso que o mesmo tinha.
Nicolas começou a explorar cada canto da minha boca, e me sugando parecendo que precisava daquele beijo para respirar.
Um flash das memórias do dia em que fui destratada por Nicolas vieram, e eu mordi seus lábios com força desfazendo nosso beijo. Eu nunca facilitaria e nunca cairia em seus encantos, apesar de ele ser muito tentador. Nick é um homem másculo, com 1,92 de altura, cabelos negros e devidamente alinhados. Com um estilo único de vestir suas roupas, na verdade é muito estiloso. Sem contar com o seu rosto que é extremamente lindo, seus olhos negros mas que continham um certo brilho e o aquela boca belíssima e tentadora rosada.
— Ficou louca? — Perguntou Nick colocando as mãos sobre a boca que sangrava.
— Sim fiquei louca , se você quiser um beijo vá pedir a sua futura esposa para lhe dar ou mesmo uma das garotas que te satisfaz na cama porque você não terá mais nada de mim além do ódio e desprezo que sinto por ti.
— Você acha mesmo? Tenho todas as mulheres aos meus pés quando quero, e com você não será diferente.
— Então para isso você terá que me esforçar.
— Nunca vou esforça-lá a nada, garanto que tu mesma viras implorar a mim para que eu faça amor contigo. — Disse de uma forma extremante sexy na minha orelha. Fazendo com que os meus pelos ficassem todos enrigissados.