Eu não podia acreditar que até mesmo ali no hospital, depois de todos aqueles anos os fantasmas do meu passado ainda vinham me perseguir, como um lembrete de quem eu era. — Nem acredito que é você querido! — Jane se curvou sobre mim, plantando um beijo em meus lábios, me lembrando que para ela eu ainda era o mesmo garoto com quem se pagava para ter sexo. — Quanto tempo, parece até que faz uma eternidade. — respondi me afastando, querendo me ver livre daquelas mãos. — Faz muito tempo mesmo, você sumiu da noite, as pessoas não sabem nem dizer onde você está. — ela falou me tocando a todo instante, como se eu fosse sua propriedade ou algo público que poderia ser tocado e cutucado conforme sua vontade. — Eu não trabalho mais com isso, sou mecânico agora. — respondi curto e grosso, tirando