São Paulo, Terra
Elena acordou decepcionada. Queria ter visto Leonard – e queria que ele a tivesse visto, como aconteceu naquela cidade de ruas de ouro –, mas isto não aconteceu. De fato, não sonhara com coisa alguma, apenas a escuridão. Ela gostava de sonhar, mesmo que não fosse com o namorado.
Ela levantou e tomou banho. Foi para a cozinha; sua mãe e irmã não estavam. A mãe estava trabalhando e a irmã na escola. Ela viu um pedaço de papel na geladeira com os dizeres na caligrafia muito bem desenhada de pintora da mãe: “fique bem”. Tentou forçar um sorriso, mas não conseguiu; não tinha ninguém para vê-lo. Fazia pouco tempo que ele se fora e a ficha não tinha caído. Ainda esperava um dos “bons dias” diários dele ou aquelas frases bonitas que mandava de vez em quando. Ela sentiu os olhos
