1 mês depois
Após o dia da confusão, eu optei por ficar em casa, tentar ser mais reservada, porém, o Pedro continuava insistindo, tentando ficar comigo e provar que não foi um filho da p**a, mas tudo o que eu queria era seguir o meu momento.
O pior de tudo é que meu coração seguia apaixonada e poderia está sendo boba, mas estava pensando seriamente em voltar com ele, mesmo contrariando tudo.
Eu precisava de um conselho, queria que alguém me ajudasse ou falasse algo e a única pessoa do mundo que eu tinha por mim, era o meu irmão, mesmo parecendo loucura, eu pediria conselho ao Henrique.
— Que cara é essa Sofia? — Henrique perguntou assim que me sentei ao lado dele.
— Henrique, eu seria uma i****a se perdoasse o Pedro? Você perdoaria uma traição? — perguntei a ele sem graça.
— O que? Que loucura é essa? Do que você ta falando? Como eu posso perdoar uma traição? Eu nem quero uma namorada, isso seria algo impossível de acontecer — falou sem entender.
— Você não ta me ajudando. Henrique, eu não tenho amiga, só tenho você, se você não me der um conselho, vou ficar perdida — falei fazendo biquinho.
— Por que você é tão antissocial? — perguntou dando uma tapa na minha testa.
— Não sou antissocial, mas você é bonito demais e todas que se aproximam é te querendo, além disso, não tem como fazer amizade com as putas que você pega. Por favor, arranje alguém decente — brinquei.
— Eu conheço uma garota que seria perfeita para ser sua amiga. Ela ainda não me conhece, Mas ela é diferente das mulheres desse morro — ele disse bobo.
— Você está gostando de alguém? — perguntei muito curiosa.
— Para de falar merda, eu não estou gostando de ninguém, apenas, admiro essa garota, mas sei que se eu entrar na vida dela vou fuder tudo, ele nem era para ser minha, pois tem outro que a viu primeiro e… — eu o cortei.
— Se ela for o amor da sua vida? Se for a mulher que vai fazer tudo diferente? Você não pode desistir assim — aconselhei.
— Sofia, esse assunto é sobre você e o Polegar, não tente passar ele para mim — rosnou e eu acabei sorrindo.
— Desculpa, eu fiquei um pouco empolgada — brinquei. — Voltando ao meu assunto, você acha que eu devo perdoar o Polegar? Eu to com saudade dele, se ele me prometer que vai ser tudo diferente, eu acredito que podemos ser felizes juntos — sussurrei.
— Obvio que podem, eu não quero interferir nessa relação de vocês e confesso que o cuzão ta sofrendo para c*****o, eu acompanhei todo o sofrimento dele e acredito que você pode sim dar uma segunda chance já que não ta conseguindo esquecer ele — Henrique alegou.
— Então eu vou fazer isso, eu vou perdoar ele e voltar do inicio, se eu não tentar mais uma vez, vou sofrer ainda mais. Vou conversar com ele, Henrique — disse sorrindo.
Eu de fato queria tentar mais uma vez com o Polegar, queria esquecer tudo o que aconteceu. Eu mesma vir o quanto ele sofreu durante esse 1 mês que ficamos longe um do outro, nós dois somos um casal e nos amamos, isso é o que realmente importa agora na minha vida.
Após o conselho do meu irmão, eu me vir na necessidade de ir atrás dele, de colocar para fora esse amor que estava reprimido dentro de mim, essa vontade alucinada de sentir a boca dele na minha de beijar e dizer o quanto ele é especial para mim, que sem ele a minha vida não teria nenhum sentindo.
Me levantei apresada, procurei por ele em todas as partes do morro e quando o encontrei em uma viela, meu coração parecia sair pela boca, ele estava tão abatido, mas magro e isso demonstrava que estávamos sofrendo que realmente não queremos ficar um sem o outro.
— Sofia, o que ta fazendo aqui? — perguntou.
Eu deixei uma lagrima escorrer dos meus olhos, aquela cena do homem abatido me deixou completamente magoada e triste, me sentir culpada, ele sofreu, talvez a minha ausência na vida dele tenha doido bem mais do que a traição doeu em mim.
— Eu vim para falar contigo, eu queria conversar e resolver a nossa situação — sussurrei.
— Se veio para falar que vai me largar, que não tem volta, por favor, não fale, se isso acontecer vai ser o meu fim, eu não quero ficar sem você — disse me surpreendendo.
Eu corri para os braços dele e de imediato o abracei apertado, as lagrimas molharam meu rosto, eu estava completamente louca de saudade também, queria ficar ao lado dele e dizer o quanto eu amo, o quanto está sendo difícil para mim também.
— Eu também não quero ficar sem você, nós dois já sofremos demais juntos e agora tudo o que resta é vivermos o nosso amor. Eu te perdoo, Pedro. Se eu não te perdoar, não vou conseguir ficar em paz comigo mesmo, to com tanta saudade — sussurrei e ele me afastou.
Vir o sorriso estampado no seu rosto, ele deixou uma lagrima molhar seu rosto.
— Você me perdoa? Vai ficar comigo mesmo? — indagou sorrindo.
— Sim, eu vou ficar contigo por todo sempre, meu amor — falei e ele me abraçou apertado.
Segurou minha cintura e me rodou sorrindo, aquele homem estava feliz. Grudou nossos lábios em um beijo quente, feroz, necessitado de mim.
— Eu preciso matar essa minha saudade, por favor, diga que podemos ficar bem, que você vai me deixar entrar em você do jeito que eu preciso e quero, meu corpo tem fome do seu — pediu tocando meu rosto.
— Não demore, eu também estou faminta, eu quero você, quero sentir novamente o que a gente sentia depois dessa guerra, desse sofrimento e da nossa separação — confessei emocionada.
— Vem comigo, vamos para minha casa agora — sussurrou no meu ouvido.
Polegar estava apresado, ela não se importava com o que as pessoas estavam pensando, pois seguiu o caminho todo me abraçando, segurando minha cintura e beijando meu pescoço enquanto eu sorria e todos viam que estávamos felizes de novo.
— c*****o, eu pedi tanto a Deus para minha baixinha me perdoar. Eu pensei que isso não seria possível, mas Deus resolveu me escutar — disse sorrindo.