Eu estava nas nuvens com o Polegar, ele era perfeito, bem melhor do que eu imaginava e tudo o que eu queria era falar para todos do nosso amor e andar de mãos dadas sem ter que esconder meus sentimentos, porém, eu tinha ciência de como o meu irmão poderia destruir tudo como ne um passe de mágicas.
Segui para a mansão um pouco triste, pois não seguimos para os finalmentes, porém, o Henrique de qualquer forma tentava atrapalhar a minha vida, ele ligou e conseguiu fazer com que eu voltasse para o morro com o Pedro.
Estava distraída vendo minhas fotos com o Pedro, quando o Barão entrou no meu quarto, ele me olhou bravo e eu sabia que viria bronca por ai.
— Onde você estava? — perguntou bravo.
— Estava passeando, não sou uma prisioneira, Henrique — desdenhei dele.
— Eu dei permissão para você passear? — rosnou.
— Você por acaso é o meu dono? — ironizei e ele pegou-me pelo pescoço.
— Estou desconfiado dessas suas saídas, não sou i****a, não tente me passar para trás, pois o cuzão que estiver se envolvendo com você, vai perder a vida — ameaçou.
— Eu sou livre, Henrique! Cadê a Michele? Quando você estava se preocupando com a sua p*****a, nem lembrava de mim, estava tão louco por uma b****a repassada que agora que ela te passou para trás, tenho que ser a i****a que você controla, mas não vou ser. Arranje outra p**a para cuidar desse seu mau humor — gritei brava.
— Uma p**a? Eu não vou arranjar ninguém e você ta condenada a viver esse inferno junto a mim, pois eu não vou sair do seu lado nem fudendo, você entendeu? Aqui nessa p***a de favela não tem cuzão para você — gritou me surpreendendo.
— O que? Você não vai interferir na minha vida, Henrique. Vá a merda com essa sua loucura toda, pois eu não mandei você se apaixonar por uma p**a que na primeira oportunidade te abandonou — fui grosseira.
— Eu vou descobrir, Sofia. Eu vou descobrir quem é o filho da p**a e quando isso acontecer, vou matar ele — disse frio.
Henrique bateu a porta do meu quarto, ele trancou na chave, me deixando completamente nervosa.
— HENRIQUE! Não faça isso comigo — gritei. — Seu Desgraçado, você me paga por isso — gritei chutando a porta.
As lagrimas molharam meu rosto, ele não poderia ser tão inconsequente ao ponto de me trancar no quarto. Meu irmão estava me punindo pelo erro da Michelle, eu sabia disso.
— HENRIQUE! SOCORRO! — gritei desesperada.
O que eu poderia fazer, ele sempre dava um jeito de descontar em mim a raiva que estava sentindo do mundo. Eu era a pessoa que mais pedia a Deus para que esse homem se encontrasse, somente quando ele vivesse feliz, eu poderia ser feliz também.
O tempo passou, eu estava morrendo de fome ao ponto de suplicar ao Pedro que me ajudasse, eu precisava dele.
Disquei o número do meu amor, ele me atendeu de imediato.
— Sofia, o que foi? — ele questionou.
— Me ajuda, pois o Henrique me trancou no quarto, ele está me punindo e eu estou com medo, pois não me alimentei direito hoje — confessei.
— O que? Ele te trancou? Indagou.
— Sim, desde quando eu cheguei, já supliquei por misericórdia, mas ele não me escuta. Eu to morrendo de fome, Pedro, me ajude por favor — pedi chorando.
— Eu vou dar um jeito, marca 10 que vou te salvar — falou desligando.
O Pedro era a minha única salvação naquele momento, eu de fato precisava da ajuda dele de alguma forma. Sabia que desde que o meu irmão descobriu que a p**a da Michelle estava traindo ele com o Pescador, as coisas só pioraram, ele ficou mais sombrio, se fechou para o amor e eu tinha pena da próxima mulher que fosse tentar entrar no seu coração.
— Sofia — a voz do Pedro do outro lado chamou a minha atenção.
— Amor, eu estou aqui, me ajuda por favor — supliquei me tremendo.
— Saia de trás da porta, eu vou arrombar — disse me surpreendendo.
— Cadê o Henrique, ele sabe que você está aqui? — perguntei confusa.
— Sim, eu fui até ele, seu irmão disse que não me entregaria a chave, mas eu vim assim mesmo, não vou deixar você ser punida não posso deixar ele destruir a mulher da minha vida — alegou me emocionando. — Se afaste — ele pediu novamente.
— Estou longe da porta — confessei com a voz tremula.
Em questão de alguns segundos, o Pedro arrombou a porta, ele correu na minha direção e tocou meu corpo, queria analisar se eu estava bem.
— Você está bem? Ele te machucou minha vida? — perguntou.
— Não, mas estou com medo, Pedro! Ele disse que nunca vai deixar eu ser feliz, ta querendo me punir, não sou obrigada a viver infeliz por causa dele — disse chorando e ele me abraçou apertado.
— Calma, vem comigo. Vou te levar para comer alguma coisa, se tiver com medo, pode dormir na minha casa — disse tocando o rosto dele.
— Na sua cama? Eu posso dormir agarrada em você? — fiz dengo.
— Isso ele não precisa saber. Venha comigo — dei a mão para que ele pegasse.
Nós dois estávamos prestes a sair da casa, quando ele apareceu. Meu irmão tinha fogo nos olhos, ele estava completamente drogado, esse era o estado do Barão.
— Onde pensa que vai? — ele rosnou.
— Eu não vou deixar você machucar a Sofia. Ela não tem culpa pela p***a que aconteceu na sua vida. Foi sua escolha ficar com a Michelle, já sabia que ela não prestava e mesmo assim fez o que fez. Você bebeu e se drogou demais, ela vai para minha casa — Polegar assumiu a situação.
— Ela vai para sua casa? Engraçado, você não tem capacidade de tomar conta da minha irmã, pois quando ela sumiu, você não soube dar conta, então, ela não vai ficar contigo, nunca vou confiar a minha irmã… — ele o cortou.
— Você está muito drogado, Barão. Eu vou levar a Sofia e ela volta amanhã — ele disse me puxando.
Eu ainda estava atordoada com essa situação, sem entender o que estava acontecendo direito, querendo apenas sair daquele ambiente para comer alguma coisa.