Como eu era fraca, como eu tinha coragem de permitir que ele me beijasse desse jeito depois da traição? O pior de tudo é que amo esse homem mais que tudo na minha vida.
Seguir para casa atordoada, assim que cheguei no meu quarto, tirei toda a minha roupa, tomei um banho gelado e logo em seguida me deitei na cama, queria dormir, estava sentindo uma dor de cabeça horrível.
Despertei com o Henrique, ele estava no meu quarto e pelo rosto estava furioso comigo, me sentei na cama e abaixei a cabeça, pois com toda certeza viria uma bronca.
— Você é uma inconsequente, Sofia! — falou bravo.
— Irmão, eu… — ele me cortou.
— O PP está m*l, o seu querido ou sei lá o que vocês são, deu uma surra nele que o fez parar na emergência. Não pode brincar desse jeito com homens, qual seu envolvimento com o PP? — perguntou.
— Nenhum, ele é apenas um amigo. Ele ficou ao meu lado ontem, pois eu fui para o morro do Vidigal, bebi muito, dancei e ele estava me protegendo em consideração a você, foi apenas isso — disse abaixando a cabeça.
— A conversa do morro é que você estava de macaquinho nas costas do PP. Isso é coisa de mulher que se respeita, Sofia? — indagou.
— Não, Henrique. Eu errei, estava completamente bêbada, eu coloquei o PP na minha confusão e estou me sentindo muito m*l por isso — abaixei a cabeça.
— Isso mesmo, eu quero que você reflita sobre todas as suas atitudes, pois de hoje em diante, as coisas vão mudar! Se continuar agindo feito uma maluca inconsequente, vou interferir na situação e você não vai gostar, portanto, reflita antes de fazer qualquer merda, entendeu? — perguntou.
— Sim, eu vou pensar bem! Me desculpe por causar essa situação no morro — disse e ele se levantou me deixando sozinha em casa.
Estava me sentindo culpada pela briga, eu coloquei o PP nessa situação, fiz ele apanhar e não queria isso. A minha historia com o Pedro deve ser resolvido por nós dois, não deixar ninguém sofrer as consequências.
Com a mente a mil, tendo uma crise de consciência da minha atitude, eu tomei um banho gelado para curar a ressaca, em seguida, fui até o meu quarto vesti um vestido tubinho na altura da cintura, queria ver ele pessoalmente para pedir desculpas.
Sair de casa e seguir para o postinho, ele realmente estava lá, deitado em uma das macas e seu rosto estava roxo. Eu me senti completamente magoada.
— PP — me aproximei triste.
— Sofia, você veio me ver — disse sorrindo.
— Sim, eu estou me sentindo culpado por tudo o que te aconteceu — sussurrei.
— Sofia, não se sinta culpada, ele é um i****a, te fez sofrer, te traiu e agora está ai procurando confusão sem necessidade, pois não sabe viver sem você. Eu também estou me arriscando e enfrentando um superior a mim, pois se você disser que vai me dar uma… — cortei ele.
— PP, não insista com isso. Nós dois podemos ser grandes amigos. Eu não quero trazer o caos para o morro, não quero que meu irmão brigue com o melhor amigo dele, tudo o que aconteceu foi erro meu e agora, tudo o que posso fazer é seguir em frente e esquecer dessa situação — sussurrei para ele.
— Eu entendo perfeitamente a sua atitude, confesso que te amo de verdade, mas não posso ultrapassar os limites, se você acredita que não está pronta para isso, que não quer agora, eu vou esperar ficar pronta, ta bom? — disse tocando meu rosto.
— Você vai ficar esperando por uma mulher como eu? — indaguei triste.
— Vou ficar, Sofia. Eu te amo — sussurrou e sem jeito, me afastei dele.
Não queria fazer o PP sofrer, não queria uma confusão pior no morro, portanto, fiquei mais alguns segundos com ele e logo em seguida, seguir para a praça.
De longe eu avistei o Pedro, ele estava sentado com o meu irmão e os dois estavam bebendo, passei por um grupo de meninas e uma delas, a Tauane que era apaixonada pelo Pedro se aproximou para me esnobar.
— Olha, a corna do Alemão — disse e eu fingir não ouvir.
— O que vem de você não me atingi — disse tentando ser superior a ela.
— A i****a apaixonada achou mesmo que o traficante iria ficar ao lado dela? O Polegar é um cachorro, ele trepa com o morro todo. Ele, seu irmão, o Caveira e o Indio — desdenhou.
— Problema é deles, não tenho anda haver com isso — disse empurrando ela.
— Hoje, vou trepar com ele, sentar gostoso naquela piroca e depois te mandar o vídeo. Você sabe que ele é bom de cama — desdenhou.
— Problema é seu e dele — rosnei e ela deu uma gargalhada.
— Você ta sofrendo, quer esconder isso? — perguntou.
— Tauana, eu não estou para brincadeira, me deixe em paz — fui rude.
— Passe, segura o chifre, para ele não cair — ela disse e eu perdi a cabeça.
Lhe dei uma tapa forte no rosto, de imediato ela caiu no chão.
— Desgraçada, se continuar me afrontando, eu vou fazer a cabeça do Henrique — gritei.
— O que? Não é mulher de se defender e vai correr para a barra do short do irmão? Só é mulher se o Barão te proteger? — indagou sorrindo.
Aquela cachorra me fez sair do sério, ela estava me provocando e eu iria mesmo revidar, dei outra tapa no rosto dela e a mesma caiu no chão novamente.
Montei por cima dela e com toda a minha fúria comecei a bater, ela tinha me provocando e tinha conseguido o que queria, que eu perdesse a cabeça.
— Eu vou te matar sua vaca — gritei.
— Para com isso, eu não te fiz nada — gritou nervosa.
De imediato a rua ficou cheia, se formou um circulo ao nosso redor, porém, aquela brincadeira não duraria muito, já que meu irmão estava por perto com os meninos, ele deu dois tiros para cima e veio na direção para me separar daquela mulher.
Ela que até então estava me provocando mudou o foco da briga e começou a gritar mentiras.
— Me solta, Sofia. O PP é meu namorado, você não pode achar que vai tomar ele de mim, apenas porque o Polegar te traiu — disse me fazendo paralisar.