A irmã do Barão

Capitulo 29 Polegar

Quando recebi a ligação do hospital a Ingrid pedindo urgência, eu sentir dentro do meu peito que seria algo que destruiria a minha vida e pelo jeito, eu não estava errado, já que assim que entrei escutei a conversa dela.

Aquela mulher estava gravida e eu completamente fudido, pois de um lado tenho o amor da minha vida que me perdoo, nós dois estávamos se recuperando e agora isso.

Sair daquele lugar completamente dessolado, eu não tinha cara para olhar para a Sofia, não sabia como eu iria fazer para falar a ela que estou com a Ingrid gravida, que infelizmente, nós dois não vamos poder ficar juntos. Isso estava me matando por dentro.

Me sentei no bar e não queria sair mais de lá, o Caveira percebeu que tinha algo errado, ele se sentou comigo, pediu uma bebida e logo questionou:

— O que foi? Você tava todo feliz com a Sofia e agora isso? — indagou.

— Estou fudido! Sofia não vai me perdoar e isso está me amando, não tem nenhuma possibilidade de ficarmos juntos — confessei.

— Do que está falando? — perguntei.

— Estou falando que estou fudido, vou ser pai e ela não é a mãe — balbuciei.

— Que p***a é essa? Você tava em um celibato da p***a que eu sou testemunha — ele declarou.

— Ingrid ta gravida, Caveira — declarei.

— Quem te garante que esse filho é seu? Não sofra por antecedência, pois o Barão também estava trepando com ela e… — cortei ele.

— As contas batem com o dia do nosso sexo, eu queria muito que esse filho não fosse meu, mas ele é e você sabe que nunca seria capaz de renegar uma criança, não diante de todas as porras que já passei nessa minha vida fodida — balbuciei com lagrimas nos olhos.

— Eu sei muito bem que você nunca faria isso, que você nunca iria deixar um filho, pois sei dos seus traumas, mas já que a Sofia te perdoou por tudo, eu acredito que pode conversar com ela, você assumi o filho, da suporte a ele, para isso não precisa assumir a Ingrid e… — cortei ele.

— Fazer o que meu pai fez? A minha mãe foi a outra, ele assumiu o filho, mas nunca deu amor, não deu atenção. A minha mãe me criou sozinha e quando ela faltou, eu fiquei sem chão. A minha madrasta tinha mais importância na vida dele do que eu que sou filho. Eu não quero que essa criança passe pelo que eu passei, pois sei como doi, o quanto é difícil essa p***a — declarei chorando.

— Polegar, não ficar com a Ingrid, não significa que vai ser um pai r**m, você não é o seu pai, meu amigo — declarou me consolando.

— Mesmo assim, eu não vou ficar nessa situação, não posso, mas não tenho coragem de magoar a Sofia novamente, eu a magoei a pouco tempo e fazer isso novamente será a pior coisa desse mundo — disse abaixando a cabeça.

— Pense, pense muito bem, antes de fazer ou falar qualquer coisa, pois a Sofia te ama muito você e eu sei que isso é reciproco demais — declarou.

— Eu vou terminar com a Sofia, esse é o certo. A Ingrid espera meu filho, vou ficar com ela — disse abaixando a cabeça.

Respirei fundo, fechei os olhos e me levantei para fazer o que eu realmente precisava fazer, encontrar com a Sofia e confessar que a nossa historia de amor se encerra aqui.

— SOFIA! — gritei por ela que apareceu de imediato.

— Amor, o que foi? — ela perguntou, mas ao perceber a agonia que eu estava sentindo paralisou. — O que foi? Você ta me assustando — falou.

Eu não conseguia terminar com ela, prometi que não partiria seu coração, isso me deixou ferido e de imediato eu abracei ela apertado.

— Sofia, eu espero que um dia você consiga me perdoar, eu destruir o nosso amor, eu fiquei tudo errado na minha vida — falou e eu fiquei ainda mais confusa com a situação.

— Do que está falando? Eu não consigo entender — balbuciou.

— Amor, eu te amo, o meu pior castigo de vida é morrer todos os dias sabendo que te amo e que nós dois acabou aqui — declarei e ela arregalou os olhos.

— O que? Acabou aqui? Do que está falando, Pedro? — disse nervosa.

— Aquela traição, você tão generosa e me perdoou dela, mas a Ingrid está gravida de mim — disse e ela caiu de b***a no chão.

— Daquela traição vai nascer um bebê? — questionou.

— Desculpa, eu queria poder voltar no tempo, mas não dar, ela ta gravida e eu vou ter que assumir esse bebê — disse.

Sofia se levantou rapidamente, enxugou as lagrimas, ela forçou um sorriso e logo em seguida me abraçou.

— Tudo bem, amor. Eu disse que te perdoei, lembra? Se tem uma criança, você precisa assumir ela, vou te apoiar em tudo — declarou sorrindo.

— Como você vai me apoiar em tudo? Eu não pretendo continuar contigo, Sofia — fui frio.

— O que? Você vai ficar com ela? Vai assumir essa mulher aqui no morro? Vai me fazer sofrer desse jeito? — perguntou se tremendo.

— Desculpa, eu não queria te machucar, prometi que não te faria sofrer, mas infelizmente, eu não tenho outra saída, meu filho não vai ser criado sem pai, ele é a minha prioridade — falei e ela avançou em mim dando uma serie de tapas no meu corpo.

— Eu te odeio! Como teve coragem de fazer isso comigo? Por que eu voltei contigo, eu não deveria ter voltado. O que eu fiz? Me magoei ainda mais nessa situação terrível que estou vivendo — balbuciou e eu tentei em aproximar.

— Me perdoa, Sofia. Por favor, me perdoa — supliquei me ajoelhando;

— Nunca mais olhe na minha cara, entendeu? Se você acha que vai ser feliz ao lado dela, então seja feliz e me esqueça. Saia da minha vida, da minha casa, do morro do meu irmão — gritou.

— Eu não posso sair do morro, vou ter que continuar aqui e te magoar ta me fazendo ser um morto vivo, você sempre vai ser a mulher que eu amo, mas infelizmente, esse amor não vai ser vivido, já que eu preciso ficar com a mãe do meu filho — declarei emocionado.

— Tudo bem, eu vou ser motivo de piada nesse morro, você ta trazendo a mulher que destruiu nos dois para ele, vai assumir ela como sua mulher e me destruir. Eu nunca vou te perdoar por isso, Pedro — falou brava.

Eu estava fodido, o que eu acabei de fazer foi a pior coisa da minha vida, eu destruir a Sofia e ela nunca vai me perdoar por isso, eu tenho certeza, mas será melhor assim.