A menina no Barril

1149 Words
Yan Eu nunca gostei muito de lidar com sangue, acho que faz uma sujeira desnecessária, venenos são tão mais limpos, e indesejáveis, mas nem sempre temos tempo para não fazer sujeira. Eu tinha que pensar rápido,o homem estava montando a câmera e o aparato para a filmagem. Ele estava de costas para a porta para a única janela dessas que abrem para fora. Eu entrei e injetei paralisante para abater um cavalo, o homem cai pra frente como um pedaço de bosta. Bom eu tinha umas quatro horas para arrumar tudo. antes de mais nada fui até o barril e tirei a menina de lá, os olhos dela olhava os meus por trás da máscara e ela tremia. —Nao me machuque por favor! — Eu não vou machucar você Ela volta para dentro do barril e fecha a tampa. —Vem comigo, eu vou te tirar daqui, te levar de volta para sua casa, para a sua família —A minha casa e aqui, por favor, se meu pai pegar você aqui ele vai me bater e machucar você. Bom eu não lembro quando foi que alguém imaginou que um bosta como aquele poderia me machucar. Eu abro o barril e falo pra ela, aquele homem não vai mais fazer m*l a você ou a qualquer outra moça, olha! Ela se levanta e olha o homem no chão caído. E me olha com medo e curiosidade! — Como você conseguiu? Eu falo sério — Eu sou o Batman. — Não e não, você não tem capa. — Eu não estou em Gotan cidy. vou levar você e a menina pro meu carro, vocês vão ficar lá até eu voltar está me entendendo? vou até o computador e faço uma cópia de todos os arquivos, coloco a câmera e o lap top na mochila. Olho de novo para a menina do barril A menina estava suja, muito suja, assustada com roupas gastas, quase esfarelada, parecia frágil como um pedaço de cristal, em seus pulsos e mãos marcas das correntes e algemas. Eu paro de olhar para seu corpo magro e desnutrido, e volto para cama, tirando a menina que estava amarrada e a pegando no colo. -Calma queriada eu vou te levar para casa Eu fui caminhando em direção a porta, olho para a menina que ainda estava no barril e eu digo. —Vamos, rápido! A menina olhava assustada para mim, e olhava para o homem caído no chão Ela não ia sair sozinha daquele barril, então eu disse — Fique aí quietinha que eu volto pra te buscar, corri por entre as árvores até chegar na minha caminhonete. Deixei a pequena na caminhonete ela chorava, eu a abracei e disse. — Já volto, eu juro que volto. Pego o querosene na parte traseira da caminhonete, e volto para a cabana. Quando chego na porta eu não estava preparado para aquilo. Nesses anos de vida, vendo gente nascendo e gente morrendo eu nunca vi algo assim. Aquela cena traduzia tudo o que toda vítima gostaria de fazer com seu abusador. Ali eu tive a certeza que quebrar e fácil, mas reconstruir e pior ainda, mas sempre existe recomeço. Aquela mulher que até então eu tratava como menina do barril, tinha se aproveitado que seu algoz estava jogado no chão e assim que eu saí ela pegou uma faca que deveria estar em algum lugar daquela casa e esfaqueou o homem, tantas vezes que eu não consegui contar, ela gritava berrava colocando todo seu ódio para fora. Ela gritava enquanto o esfaqueada —Me chamo Miah e não Deise, Miah.... meu nome e Miah! Eu realmente não imaginada que naquele ser tão pequeno não indefeso poderia ter tanto ódio. Na verdade, sabia sim, e entendia o que ela estava colocando para fora, aquilo não era um assassinato, e sim uma compensação. Eu a tirei décima do corpo sem vida do homem e a abracei, não sei por quanto tempo ficamos ali, duas almas destruídas tentando sobreviver em um mundo caótico. Ela puxou minha máscara minha máscara e eu deixei, se eu tinha motivos para incrima-la porque não dar um a ela, e uma troca justa. Eu a tirei de dentro da cabana peguei os galões de querosene e espalhei em todo lugar, principalmente em cima do corpo do homem, Peguei seus documentos, coloquei em cima do corpo e taquei fogo, esperando aquilo tudo queimar. Ela olhou para mim e disse: —Você não e o Batman —Sou sim,e que filmaram um remaque comigo, mas não fez muito sucesso. Voltamos para a estrada, antes de entrar no carro eu peguei duas garrafas de água, e a fiz, lavar as mãos os pés e os braços, lhe dei uma camisa limpa e um short meu e me, virei de costas para ela se trocar, coloquei fogo em suas roupas esperei até queimar tudo e entramos no carro. No meio do caminho de volta liguei para Zeus, e pedi a ele alguém que seja ligado a polícia de Roraima para pegar os dados do cara comigo e alguém da vara de família e marquei no meio do caminho. Quando cheguei em boa vista uma equipe me esperava na entrada da cidade e fomos para o hospital. A assistente social se chamava Raquel, ela era uma velha conhecida minha, cuidou de uns garotos que eu resgatei anos atrás. E principalmente sem perguntas. —Ola Yan, porque eu não me surpreendi, quando hades me ligou e disse que você havia esbarrado com duas meninas perdidas. —Ele e o Batman - A menina do barril falou de dentro do carro. —Siga o meu carro senhor Wayne. - Raquel falou e fomos para o hospital As duas meninas foram examinadas, normalmente nessas horas eu já teria sumido no vento, porém não conseguia sair do lado da moça do barril. Duas horas depois, Raquel me chamou e disse que haviam localizado a família da menina menor, porém da maior não. — Mas como? Vocês não tem um banco de dados alguma coisa desse tipo? — Ela não consta em nenhuma ficha de desaparecidos, não as digitais, ela deve ter desaparecido mais de 10anos. —Entendo. —E piora tudo porque ela não fala nada —Comigo ela fala. — Te chamar de Batman não e bem uma conversa Bruce. — E o que vai acontecer com ela? — Bem, ela e maior,e está muito abalada, não tem documentos, vamos encaminhar ela para um abrigo, e o melhor que eu posso fazer —Voce está maluca? —Não! Se ela tivesse menos 18 eu arrumava um lar adotivo com a idade dela só o abrigo. —Eu vou levar ela para a minha casa, até você achar a família dela Não deixei Raquel terminar de falar, peguei a menina no colo e levei para a caminhonete. Comigo ela ficaria mais segura que em um abrigo.
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