Capítulo 13

1915 Words
Capítulo 13 JADE NARRANDO O que a minha mãe falou ficou ecoando na minha cabeça... "as nossas almas estão ligadas". Como isso é possível? Mas não importa, eu não vou deixar isso atrapalhar o meu sonho de me casar com um cigano, eu não vou ter a vida da minha mãe. Depois que o Guerreiro saiu da minha casa e o irmão dele também, eu comecei a conversar novamente com a minha mãe. Jade - Como eu faço para desligar as nossas almas mãe, eu não quero sentir o que o Guerreiro sente, e estou falando só fisicamente, eu também sentir uma dor horrível quando eu olhei dentro dos olhos dele. Rubi - Não tem como Jade, essa ligação não tem como desfazer. - Ela fala séria me analisando. Me levanto chateada e vou para o meu quarto, me jogo na cama e fico olhando para o teto. Jade - O que eu vou fazer da minha vida? Eu não quero estar ligada a um homem igual ao Guerreiro, ele não tem amor no coração, ele é frio e sem sentimento. Eu preciso me manter distante dele, eu não quero que os nossos olhos se encontrem nunca mais . Fico pensativa quando alguém bateu na porta . Eu mando entrar, e quando a porta se abre e a Manu entra com a caixa dos colares que faço, eu tinha até esquecido . Manu - Como você está Jade? eu soube o que aconteceu, você salvou a vida do meu primo. E eu achei isso aqui na entrada do morro, os moradores falaram que era seu, então eu trouxe pra você . - A Manu fala colocando a caixa em cima da cama e se sentando . Jade - Obrigada Manu. - Falo mexendo nos meus colares . Procuro entre os colares um que é o meu preferido, é um cristal verde, que parece uma esmeralda. Ele estava na caixa mas não era para vender, eu só esqueci de tirar dela . Jade - Está faltando um colar. - Falo procurando e não achando o mesmo . Manu - Eu vi a dona Rosa com um colar na mão, ele é verde? - Ela pergunta olhando para mim . Jade - Sim, eu tenho que pegar dela, aquele colar é muito importante para mim . Manu - O que o colar significa pra você? - Ela pergunta curiosa . Jade - O cristal do colar tem o meu nome, Jade, que simboliza amor incondicional, a compaixão, a cooperação, a compreensão, a devoção e o sentido de fé, ele não pode ficar na mão de qualquer um, a pessoa especifica que tem que ficar com esse colar é o meu futuro marido. - Falo olhando para ela . Manu - Que legal Jade, vamos lá na casa da dona Rosa pegar na mão dela, mas primeiro, eu quero te fazer um convite . - Ela fala animada . Jade - Que convite? - Pergunto curiosa . Manu - Você já foi no baile alguma vez? - Ela pergunta olhando para mim . Jade - Não, eu nunca fui em uma festa, o meu pai nunca deixou. - O meu pai nunca deixava eu sair, ele mäl gostava quando eu estudava . Manu - Sério? O seu pai é muito chato. Mas você quer ir no baile comigo esse final de semana? Eu peço para sua mãe para você dormir lá em casa, eu sei que ela vai deixar, porque ela gostou de mim. - Ela fala animada . Jade - Eu não sei, eu vou chamar muita atenção com as minhas roupas . - Falo pensativa . Manu - Eu te empresto uma roupa minha, temos o mesmo corpo . - Ela fala tentando me convencer a ir com ela . Jade - Eu não vou me sentir confortável com as suas roupas, Manu . Manu - Então vai com a sua roupa mesmo, essas roupas ficam lindas em você, na verdade você é linda de qualquer roupa Jade . - Ela fala me fazendo rir . Jade - Tudo bem, então eu vou com você . Manu - Vai ser muito legal, eu nunca fui no baile com nenhuma amiga, na verdade eu nunca tive uma amiga, porque as meninas aqui do morro são todas falsas . - A Manu fala ficando séria . Jade - E a sua irmã? - Pergunto curiosa . Manu - Eu amo a minha irmã, mas não nos damos bem, gostamos do mesmo cara . Jade - Ele é daqui do morro? Manu - Sim, mas ele nunca olhou pra mim, mas a Ema já ficou com ele . - Ela fala triste . Jade - Nossa, que chato essa situação, você vai conhecer alguém que vai gostar de você de verdade, pode ter certeza . Manu - Eu não quero gostar mais de ninguém, só quero ficar mesmo, mas ... mudando de assunto, eu soube de algo, aqui no morro todo mundo sabe de tudo, nada fica escondido, é sobre o seu pai . Jade - O que é? Manu - Eu soube que ele começou a trabalhar para o Guerreiro, fazendo entrega das drogäs . Quando a minha mãe souber disso, ela vai ficar muito triste, infelizmente ela gosta do meu pai . Jade - Eu não sei o que falar, a minha mãe vai ficar muito chateada, ele falou que ia conseguir um emprego, mas eu não imaginava que seria esse . - Falo chateada . O meu pai não tem jeito mesmo, a minha mãe ainda acha que ele tem salvação, só ela mesmo . Por isso que ele está passando mais tempo na rua do que em casa . Eu decido não falar nada para a minha mãe, não vou me intrometer nesse assunto . Saímos do quarto para a Manu falar com a minha mãe sobre eu dormir lá na casa dela, no sábado, mas eu não estou com um bom pressentimento em ir nesse baile. Mas eu já falei com a Manu que ia com ela e ela ficou feliz, então não posso mais voltar atrás. Manu - A Jade pode dormir lá em casa, tia? A minha mãe gostou muito dela. - A Manu fala então a minha mãe olha para mim e depois para a Manu. Rubi - O seu pai não vai gostar disso, Jade, você sabe que ele não gosta que temos amizades. - A minha mãe fala com medo do meu pai. Jade - Em breve eu vou embora daqui mãe, e o meu pai não vai mais poder mandar em mim. - Falo sério. Rubi - Depois conversamos sobre isso, Jade, você pode dormir lá, mas volte pela manhã bem cedo. - Ela fala então eu abraço ela. A minha mãe sempre tenta me ajudar, eu sei que ela me ama, ao contrário do meu pai. ( ... ) Depois da minha mãe ter deixado eu dormir na casa da Manu no final de semana, eu fui com ela até a dona Rosa pegar o meu colar . Quando estávamos andando, alguém esbarra em mim e eu acabo caindo no chão. Como eu coloco a minha mão no chão, acabo machucando ela nas pedras que estavam no chão . Manu - Você é cega, não está nos vendo . - A manu fala me ajudando a levantar . Jade - Tudo bem Manu, eu estou bem . Quando eu me levanto, olho para a pessoa que me derrubou. Uma mulher um pouco mais velha que nós duas, seus cabelos são loiros e ela tem um corpão, muito bonita . XXX - Eu não vi essa cigana . - Ela fala olhando para mim com cara de nojo . Manu - Olha a forma que você fala, ela tem nome. Jade - Está tudo bem Manu, vamos embora . - Falo segurando no braço dela e a puxando . Manu - Que garota insuportável, só porque dá para o Guerreiro acha que é alguma coisa, vadiä ! Jade - Quem é ela? Manu - Ela é do outro morro, de vez em quando ela vem para cá, dá para o morro, na verdade a tia dela mora aqui, a tia dela é insuportável dona Rosa , mas deixa pra lá , vamos buscar seu colar logo. - A Manu fala então eu me lembro do que ela falou de uma sobrinha dessa dona Rosa, será que é ela ? ( ... ) Chegamos na casa da dona Rosa e a Manu chama ela, e logo ela abre a porta . Rosa - O que vocês querem aqui na minha porta? - Ela pergunta olhando para a gente de cara feia. Jade - A senhora pegou o meu colar, eu vim buscar. Rosa - Que colar? Tá me chamando de ladra sua cigana malditä! - Ela fala com raiva . Manu - Eu vi você pegando o colar da Jade, pode devolver, se não eu vou falar com o Guerreiro . Rosa - Você está falando daquele objeto horrível? Nunca que aquilo é um colar - Ela fala debochando . Jade - Onde está? Rosa - Está com o Guerreiro, ele tomou de mim, se quiser vai ter que pegar com ele . (...) Manu - Será porque o Guerreiro pegou o colar da mão da dona Rosa mesmo? Muito estranho, será que ela não está mentindo? Jade - Eu Preciso daquele colar, ele não pode ficar na mão do Guerreiro . - Falo me lembrando do significado dele . Manu - Você quer ir na boca para pegar com ele? Jade - Não! - Falo rapidamente ao me lembrar do que ele fez comigo na minha casa após eu salvar a sua vida. Manu - Se você quiser, depois eu pego com ele e te devolvo . Jade - Tudo bem, eu já vou indo para casa, porque está ficando tarde. - Falo me despedindo dela e voltando para casa. Chego em casa e encontro o meu pai sentado no sofá comendo, a minha mãe não está na sala. Roni - Você estava onde? Eu fiquei sabendo que você está entrando e saindo da boca, tá dando para o Guerreiro é sua vadiä ... vagabundä! - O meu pai pergunta se levantando e vindo até mim. Sem eu esperar, ele me empurra contra a parede e pega uma arma da sua cintura. Roni - Se eu souber que você está dando para o Guerreiro, eu mato você . - Ele fala encostando a arma no meu rosto. Sinto o bafo de álcool bater no meu rosto. O meu pai me solta, guarda a sua arma e se senta novamente no sofá, como se nada tivesse acontecido. Eu estou sem reação, eu nunca pensei que ele ia me ameaçar dessa forma, eu não estou reconhecendo ele. Rubi - Eu já separei a roupa para você vestir quando tomar banho Roni. - A minha mãe fala vindo do quarto com o Ravi no colo. Eu passo por ela sem falar nada, só assim ela nota a minha presença. Quando eu era mais nova, o meu pai não me tratava assim, ele começou a ser dessa forma comigo, quando eu fiquei maior . Entro no quarto e tranco a porta, me deito na cama e me vem à mente o dia de hoje e tudo o que aconteceu. Eu não quero mais ficar mais, eu estou sentindo uma sensação estranha no meu peito, como se algo r**m fosse acontecer .
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