Três

1015 Words
Porém, toda aquela felicidade, aquela magia, aquela fofura e pureza, infelizmente chegou ao fim, Melkin e Wanessa foram de mãos dadas pra casa, aquela mistura de amor e amizade que não tinha fim. Ao chegar na ponte que separa os dois caminhos para as casas de ambos, Melkin se ofereceu para deixar a garota em casa, porém, a mesma foi firme e disse que não precisava, a esse momento o seu pai provavelmente já teria chego em casa e como o mesmo era muito bravo, a garota iria evitar alguma confusão, entre os mesmos. Ela não queria perder a amizade com o seu amado amigo e amor. Ela sonhava em algum dia no futuro, ser a namorada dele. —Tudo bem Wan. Você vai, mais eu fico aqui observando você até você dobrar a esquina. - o garoto disse para a sua amada. — Até logo Mel. - ela o chamou pelo apelido que ele aceitava ser chamado somente por ela. E com um sorriso todo bobo deu um abraço bem forte na sua amada. Mal sabia Melkin que aquele seria o último abraço que ele daria nela, m*l sabia ele que aquele dia, seria o último dia feliz, ou pelo menos o que ele imaginava ser dias felizes até aquele exato instante. E ficou ali encontrando na borda da ponte, observando a garota mais linda que ele já tinha visto na vida se afastar cada vez mais. Parecia mais um anjo, uma linda princesa que surgira na sua vida, e no qual ele amava desde sempre e tinha certeza que esse amor, duraria até os últimos segundos da sua vida. No momento em que Wanessa chegou na esquina, parou um instante e olhou para trás, viu que o seu amado cumprira com o que prometera e o mesmo permanecia ali olhando pra ela. Foi então que a garotinha sorriu e acenou para o seu amado que devolveu o aceno juntamente com um largo sorriso. Feito isso a menina dobrou a esquina e desapareça da vista do loiro. Após perceber a ausência da garota, Melkin deu as costas e foi para a sua casa. E foi aí que todo o inferno na sua vida começou. Logo na esquina Melkin viu os vários carros de viatura da polícia na frente da sua casa, assim também como a van da reportagem e tv local, e o que o fez gelar dos pés a cabeça. O carro do IML. Tudo em frente a sua casa, Melkin então correu, passou por baixo das faixas que isolavam o todo o percurso ao redor da sua casa, e após, isso entrou correndo dentro de casa, e a imagem que viu na sua sala, foi de um imenso terror. Ali jaziam seu pai e a sua mãe mortos em uma enorme poça de sangue, primeiramente Melkin se ajoelhou, e foi até seus pais e começou a sacudi-los, tentando acorda-los, mas os mesmos não acordavam, pois já estavam mortos, e da maneira mais c***l possível, através de facadas. — Ei garoto! O que você está fazendo aí? Você está atrapalhando a cena do crime. - um policial de meia idade se aproximou e tirou com muita luta o garoto que se debatia e chorava bastante dali de perto dos cadáveres. — Me solta são meus pais. - Melkin gritou inconformado. — Olha aqui meu filho, eu sinto muito pelo o que aconteceu, porém, você precisa se conter. Eu já irei ligar para o conselho tutelar para que você seja encaminhado para um orfanato, pois pelo o que eu saiba, você não tem outros familiares além desses que estão mortos. - o policial disse friamente e Melkin apenas deixou-se sentar derrotado em frente a sua casa, enquanto observava diversos pessoas estranhos invadi-la para fazer suas tais investigações. De repente a ficha lhe caiu, nada daquilo que vivera aconteceria novamente, nada daquilo que era dele, seria mais seu. De certa forma ele também havia morrido juntamente com os seus pais. De repente uma angústia tremenda lhe acometeu, e tudo o que ele sentiu naquele momento foi a vontade terrível de encontrar a sua Wanessa, queria deitar a cabeça nas pernas dela, e então novamente o garoto correu, ele passou por todos os oficiais que tentaram segura-lo e seguiu correndo rápido para a casa de sua amada, a única pessoa no qual ele amava, que havia restado para ele nesse mundo. Porém, aí chegar na casa de sua amada, a surpresa que teve foi maior, a casa estava coberta em chamas, e havia muitas pessoas ao redor, o corpo de bombeiros haviam chegado e já tentavam controlar o fogo. Novamente ele se aproximou e algumas pessoas que estavam ali tentaram segura-lo. — Pra onde você vai garotinho? Você não pode se aproximar, o fogo está muito alto. - uma senhora que estava próxima a ele tentou lhe alertar. — A Wanessa! Eu preciso salvá-la. - o loirinho disse desesperado. — Meu jovenzinho, infelizmente toda a família dessa casa morreu. Incluindo aquela linda mocinha, acredite em mim, eu sou vizinha deles. - a senhora disse com pesar. — Não, não, a Wanessa, faz poucos tempo que nós nos despedimos. - Melkin disse triste. — Eu a vi quando a mesma entrou em sua residência, alguns minutos depois houve uma explosão e logo o fogo começou a se alastrar. — Não! Não Wanessa. Você não. - Melkin falou já novamente com lágrimas nos olhos. Logo o garoto sentou-se em um canto de uma calçada e começou a chorar copiosamente, ali ao seu redor era como se o mundo todo houvesse parado, como se o mundo todo tivesse acabado, nada mais fazia sentindo para ele. Seus pais mortos, sua Wanessa morta. Naquele momento, ele não sabia mais o que fazer, estava se sentindo afundar em um mar de desespero, no qual só se sentia afundar cada vez mais. E ao seu redor, as pessoas apenas transitavam apressadas, tentando conter todas aquelas chamas, estavam alheias ao o seu desespero, e o garoto se viu sozinho, sem chão, completamente no fundo do poço, e com uma dor enorme no seu coração.
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