PAOLLA Acordei sentindo o colchão afundar de um lado, os braços de Hugo me cercaram com força, mas eu fingi dormir, aproveitando a sensação do seu corpo quente contra o meu, abrir os olhos ou me mexer faria ele me soltar, isso já tinha acontecido muitas vezes quando ele estava alcoolizado. Ele vinha, me abraçava, me beijava no rosto, dizia coisas e quando eu abria os olhos, ele me soltava como se eu tivesse algum tipo de doença contagiosa. Como se estivesse com nojo. — Paolla...? - sua voz me surpreendeu e mesmo que eu não quisesse, abri os olhos, olhando pra ele por cima do ombro. — Posso dormir com você...? - senti o cheiro de álcool em seu hálito e quis chorar. Claro que ele estava bêbado. Ele não ia agir todo carinhoso comigo só porque nós acabamos fazendo sexo de verdade. Sexo