CAPÍTULO 01

2434 Words
CHRISTIAN. (Atualmente). — A Srta. Garden está aqui. — Ouço a voz de Jane, minha secretária. — Já sabe o que fazer. — Deixei ordens que a Jasmine pode entrar sempre que quiser. Desligo a ligação e segundos depois a belíssima ruiva entra no meu escritório, levanto a cabeça encontrando Jasmine impecavelmente arrumada. Um vestido digno do Óscar em tom rosê molda o corpo pequeno e admito... delicioso. Os cabelos estão bem penteados e a maquiagem realça os olhos verdes, que tem umas brasas de raiva queimando enquanto ela me olha como se eu estivesse cometendo um crime. — O que você pensa que está fazendo, Christian? — Caminha até minha mesa, parando bem na frente. Permaneço sério e passo o olhar pelo corpo dela, propositalmente. Sei que isso é o bastante para desmonta-la, graças a timidez que ela tenta esconder. As bochechas coram e ela morde o lábio inferior. — Está belíssima. — Curvo os lábios num sorriso. — E você atrasado. — A voz está mais mansa, mas ainda consigo pegar a preocupação. — Já estou terminando, prometo. Sou o novo CEO da Straklher, pelo menos por enquanto. Desde os meus dezoito quando recebi uma posição alta na empresa, meu pai me treinou para isso. Mesmo assim, o medo de fracassar é tão forte que me faz dar mais do que deveria para essa empresa. Sei exatamente o que meu pai passou para criar e manter a Straklher, agora tudo isso está em minhas mãos. Depois que minha irmã quase morreu, todos ficamos muito abalados. Meu pai entendeu que depois de anos, era a hora de dar um tempo. Agora ele fica mais em casa, com minha mãe, aproveitando o amor que ainda vive entre eles. Faz apenas uma semana que estou no lugar dele e ainda me parece um peso que não consigo carregar. Essa cadeira parece confortável, mas ao mesmo tempo é como se doesse cada vez que sento nela, como se eu estivesse ocupando um lugar que nunca será meu. Eu nunca serei como Nathaniel Patt, ninguém nunca será. — Você tem que parar com isso! Nem em um dia como esse você dá uma pausa? — Quer que eu dê uma pausa? Sabe o que pode acontecer se eu der uma pausa e algo passar despercebido? Eu posso jogar fora todo o trabalho do... — Do seu pai. — Termina a frase revirando os olhos. — Já ouvi esse discurso durante meses, desde que você soube do afastamento do seu pai e sabe exatamente o que eu penso sobre isso. — Se aproxima mais e toca minha mão, me fazendo olhar para ela. — Seu pai te deu esse cargo porque sabe que você é capaz. Então, pare de se diminuir e se comparar com ele. — Obrigado, mas é sério. Preciso mesmo terminar de revisar toda essa papelada que os advogados me enviaram, sou terrível nessas questões legais e... — Não consigo terminar a frase porque tenho que usar todas as minhas forças para segurar meu coração e minha ereção. Jasmine caminha para mim na maior naturalidade e levanta uma perna, mostrando ainda mais a coxa lisa e torneada graças aos seus anos no ballet pela f***a do vestido rodado na parte de baixo. Então empurra minha cadeira giratória para trás, conseguindo me afastar um pouco da mesa. Engulo seco, tentando entender o que está acontecendo aqui. Eu sei exatamente o que fazer para desconcerta-la como fiz antes, mas o r**m do nível alto de amizade e i********e é esse, é uma via de mão dupla. Ela também sabe como me enlouquecer. Os quadris se movem me tirando o fôlego, imagino se ela percebe a força que faço para não deita-la nessa mesa e fode-la de todas as formas possíveis. Jas apoia sensualmente as mãos na mesa, dá impulso e senta bem na minha frente já que não teve forças para me empurrar muito longe. Para completar meu fim, ela dá o último golpe cruzando as pernas deixando a perna totalmente exposta pela f***a. O vestido é tomara que caia, tão justo em cima que além de moldar a cinturinha faz os s***s quase saltarem para fora. Como alça, um cordão de cristais rodeia o pescoço e segura de cada lado do vestido. Já da cintura para baixo ele desce longo e com um leve volume nas saias com alguns detalhes que não entendo bem, além da enorme a******a na coxa. — Vai ter que me tirar daqui primeiro, se quiser continuar. Capeta! Nem parece que é virgem, porque sabe exatamente como me seduzir como se fosse experiente. Na verdade, mulheres experientes no sexo não me enlouquecem assim. Apenas esses olhos verdes, essa pele pálida, esses cabelos cor de fogo que são minha morte e ao mesmo tempo percorre meus sonhos... Se ela soubesse a força que faço para me afastar. É por ela, Chris! – Lembro a mim mesmo. Devo dizer que ela é realmente experiente nessa área - me enlouquecer – já que tem anos de prática. Rosno, numa tentativa falha de parecer bravo quando na verdade estou queimando, louco para dar uma calibrada nessa belezinha bem na minha frente. — Tudo bem, você venceu. — Levanto, minhas coxas tocam seu joelho. — Acho que suas saídas com minha irmã estão te deixando... diferente. — Completo, sem conseguir segurar o instinto de segurar o joelho exposto dela, que pouso firme minha mão. Sinto a respiração de Jas mudar, como se ela também sentisse o mesmo desejo que eu sinto desde que nos conhecemos seis anos atrás. Deslizo as pontas dos dedos pela perna dela, a pele alva e imaculada, tão macia quanto imaginei na primeira vez se arrepia com meu toque. Continuo subindo minha mão, agora apertando suavemente a coxa firme. Ela passa a língua para lubrificar o lábio e consigo ver os s***s subindo e descendo rápido quando minha mão alcança a cintura dela. — Eu só queria te fazer sair daqui, eu não quis ... é... — Gagueja, com os olhos maiores que o próprio rosto me encarando séria. — Eu sei. — Preciso de apenas uma mão para segurar firme a cintura pequena e puxa-la para perto. Jasmine fica de pé, me olhando com os olhinhos verdes mais lindos e frágeis que já vi. A boca desenhada num batom vermelho, tão perto de mim que posso ver os lábios inchados de desejo. Esse desejo vai nos consumir, nos destruir. Não posso deixar isso acontecer . Eu não me importo de descer ao abismo, mas não posso permitir que ela desça junto. Talvez se a Jasmine não tivesse tantos traumas e demônios para assombra-la, se ela não fosse tão frágil que pode quebrar a qualquer momento, eu já teria feito dela minha mulher. Mas a Jasmine não aguentaria ser minha mulher, não depois de ter sua mente e coração destruídos. Seria egoísmo demais tentar. — Christian... — É quase um gemido e eu quase jogo tudo pro ar, olhando encantado para ela. Jasmine é minha jóia, mesmo que não seja minha mulher, meu único papel é adora-la de longe e protege-la. — Não se preocupe, eu não mordo. Pelo menos não você. — Brinco, após tirar forças do meu íntimo para impedir que meu p*u fique ainda maior e não perder o controle. — Pare de brincadeira, é o casamento da sua irmã e não podemos nos atrasar. — Dá um tapinha no meu braço. — Você é padrinho. Saio de perto dela e pego o terno que mandei trazer aqui para a Straklher. Entro no banheiro da minha própria sala e me visto rápido, já tomei banho e me perfumei devidamente então só faço vestir a camisa branca e o terno perfeitamente alinhado de um tom amadeirado. Passo um spray no cabelo do jeito que me instruíram a fazer na hora de me pentear e passo o pente alinhando os fios loiros. Passo a gravata do mesmo tom do vestido da Jasmine pelo colarinho e dou um nó, que acreditava estar perfeito até eu sair do banheiro e ela ajeitar e apertar mais a gravata em meu pescoço. Dirigi o Straklher Gold até a casa do lago dos Patt, o lugar onde nossos pais ficaram noivos. O lugar é incomparável além de ter um valor emocional para todos nós. Ainda é difícil acreditar que minha irmãzinha está casando aos dezenove anos. Faz seis meses que ela se mudou para o apartamento do noivo. Eu já imaginava que não demoraria muito para os dois formalizarem a coisa. Não foi fácil para mim aceitar que minha irmãzinha havia crescido. Fui criado pelo meu pai para sempre protege-la. Mas quando meu melhor amigo, o cara sei que sempre adorou jogar com as mulheres assim como eu, estava transando escondido com minha irmã, foi como a morte. Só pensava que eles tinham escondido de mim. Tinha certeza que o Alejandro estava brincando com ela, mas que logo enjoaria e seria fácil deixa-la para trás. Do contrário por que teria escondido? Eu tinha certeza que ele havia a convencido a esconder a relação para não ter que lidar comigo quando cansasse de brincar com a Cris. Felizmente, percebi a tempo que eu estava redondamente errado. Minha irmã teve o casamento de princesa que muitas meninas sonham. Foi belíssimo. A área verde foi arrumada com cadeiras brancas de madeira, o lugar já naturalmente decorado foi adornado com flores cor de rosa e brancas. Uma estrutura foi montada por cima do lago, como uma passarela de vidro. Entramos eu e Jasmine, Jay e Kamila Medeiros que voou da Espanha apenas para esse momento, tia Phoebe e Sebastian, assim como tia Claire e um novo paquera. Meu pai levou minha irmã para o altar, com toda a dor do mundo entregando a menininha dele nas mãos de Alejandro. Minha mãe, entrou com as alianças acompanha de Aston. Os pais de Alejandro não conseguiram vir ao casamento. Cristal estava radiante, mais bonita que em qualquer outro momento. O vestido foi coberto de cristais desde o decote até a barra das saias cheias, os cabelos dourados brilhavam no por do sol e o que a deixava ainda mais bela é o amor que transmitia em casa passo, em cada olhar. Consegui ver Jasmine derrubar algumas lágrimas durante a cerimônia, ela estava parada de frente para mim do outro lado, junto com as meninas. Não consegui desviar os olhos dela, o brilho no olhar, o sorriso esperançoso que um dia será ela no lugar da noiva. Meu coração dói, porque eu não sou esse homem e é exatamente por isso que preciso ficar longe dela. A moça sensível e quebrada não aguentaria mais um coração partido e é só isso que eu daria a ela. A cerimônia acabou e a festa começou, os noivos estavam tendo sua primeira dança ao som de uma música do Ed Sheeran. Todos fizeram uma roda ao redor do casal, assistindo os dois dominarem a pista. Passo o olho pelo salão, encontrando Jas parada do outro lado. Vou caminhando entre as pessoas, cumprimentando algumas até chegar perto dela. De longe, vejo um homem conversando com ela. Admito que isso não me agrada, mas o que me deixa pior é o olhar que vejo no rosto dela. O olhar de desespero, como se fosse desabar a qualquer momento. Eu conheço esse olhar, o terror estampado. Segure firme, Jas! Meu coração já sente novamente a típica dor de quando a vejo sofrer, a dor que sinto a cada lágrima que ela derrama e não posso fazer nada. Praticamente corro até lá e constato o que eu já sabia, é possível ouvir o que ele fala com ela de onde estou, apenas alguns passos de distância. — É só uma dança, menina. O que há de mau nisso? — Consigo reconhecer quem é, um playboy que adora diversão. Caminho até lá e paro ao lado de Jasmine, sinto que ela está prestes a desmontar e deslizo minha mão na cintura dela apertando firme, mostrando que estou aqui, cuidando dela como sempre. — Ela já disse que não quer, Weller. — Me dirijo a ele, encarando firme o homem mais baixo que eu. Ele segura um copo numa mão e tem um sorriso cínico nos lábios, permaneço sério. — Só que eu não acho muito educado recusar uma dança inocente. — Jas ainda está trêmula, sei que a ideia de dançar em público mesmo que não seja ballet, a traz lembranças horríveis. — Bom... — Suspiro. — Eu acredito que posso ser muito mais m*l educado que isso, se não sair da minha frente agora. — Christian... — Vaza. — Faço menção de ir para cima dele, que levanta a mão em sinal de rendição tirando o sorriso do rosto e depois vai embora alisando os cabelos negros e baixos. — Está tudo bem, você vai ficar bem. Não espero que ela diga nada, apenas a trago para perto de mim cobrindo o corpo pequeno com o meu. A abraço firme em meus braços, sinto as batidas do coração dela pulando na caixa torácica e o corpo pequeno tremendo dentro dos meus braços. — Isso é... — Não consegue terminar a frase entre os soluços. — Por isso odeio festas. Naquela noite no clube, eu subi no balcão com sua irmã mas eu estava totalmente bêbada. Depois que eu caí em mim chorei tanto que... — Você não saiu do quarto por quatro dias, eu me lembro. — Reforço. — Eu entendo, Jasmine, de verdade. Saiba que não importa o que aconteça eu sempre vou estar aqui e sempre vou cuidar de você. Não está sozinha. — Obrigada. — Balbucia baixinho, os batimentos vão se acalmando mas ela ainda não se afasta de mim. — Te conhecer foi a melhor coisa que já aconteceu comigo. Não estaria aqui se não fosse você. — Estaria sim, porque é forte, mesmo que não saiba disso. — Fico agarrado a ela até que ela consiga se sentir melhor e se afaste no tempo dela. — Eu devo estar parecendo o Coringa agora, não estou? — Sorri de leve, passando os dedos no rosto molhado, tentando limpar a maquiagem borrada. — Claro que não. — Sorrio. — Para mim você está mais parecida com aquele palhaço do It a Coisa. Ela me dá um tapa no ombro, mas acaba sorrindo. Esse sorriso... Que ela merecia dar todos os dias mas que há muito tempo, esconde sua verdadeira face. A face da menina que foi destruída a três anos atrás.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD