Cap 12

1010 Words
Emma Eu decidi fazer tudo do jeitinho que o me pai queria, por isso não aceitei a ajuda da mãe do Ítalo. Eu não quis parecer grossa e expliquei para ela, eu só quis mesmo que meu pai guardasse aquela memória do jeitinho que ele imaginou, mesmo que fosse a última A nossa casa tinha um jardim enorme, meu pai fez isso para a minha mãe, comprou as cosas ao redor da nossa e fez um jardim com as flores que ela mais amava. Minha mãe passava horas olhando as suas rosas Pedi para fazerem um gazebo de madeira e coloquei seda branca como adorno, chamei uma amiga minha, decoradora, e ela conseguiu transformar exatamente o que eu pensei em realidade Estava tudo do jeito que eu e meu pão queríamos Arqueiro – Meu Deus, você está simplesmente linda, o Ítalo, com certeza, vai se tornar o homem mais sortudo do mundo a partir de hoje Eu queria deixar a coisa mais informal, por isso, o meu vestido não era bufante, era simples, com o caimento perfeito, delineada as minhas curvas Mas meu pai disse que queria entrar de terno, do meu lado, como manda o figurino Emma – Não exagera, pai, talvez ele nem repare tanto assim em mim. Você não conhece o Ítalo Arqueiro – E nem preciso conhecer desse jeito que você pensa aí, só dele se comprometer em cuidar da minha princesa, em fazer ela feliz, já me é suficiente Se ele soubesse o que estava por trás daquele casamento... se ele soubesse que assim que Deus decidisse o tirar de mim, meu casamento seria desfeito, com certeza o grande Arqueiro não estaria dizendo aquelas palavras Mas eu sorri de volta, fui a melhor filha que poderia ser e caminhei em cima daquele tapete vermelho até o altar, para dizer o meu sim para o Ítalo “Eu prometo ser sua companheira de aventuras, sua confidente e seu porto seguro. Eu te amo por quem você é agora e por quem você ainda vai se tornar.” “Eu prometo fazer tudo o que estiver ao meu alcance para fazer você feliz. Amo a forma com que você enxerga a vida, o seu jeito de olhar e seu sorriso, amo também a sua forma de acreditar... A sua forma de você acreditar em mim. Confesso que ainda não sei o que é amar e que... estou com medo, mas com você ao meu lado, talvez... Prometo estar contigo, compartilhar suas alegrias e tristeza e... pelo menos, tentar” Eu não achei que ele ia me responder assim, na verdade, não sabia se o Ítalo estava fingindo ou se, em alguma parte do seu coração, aquilo que ele me disse se fazia sincero. Não vou mentir, eu queria que fosse, sonhei com aquilo, com aquela verdade, mas sabia que o Ítalo podia ser mestre na arte da enganação, afinal, por quanto tempo ele me enganou... Seus olhos tinham um brilho diferente, o homem a minha frente não me oferecia ódio, desdém ou desprezo, ele simplesmente me olhava com ternura e eu gostei daquilo Nos trocamos as alianças e fomos curtir a festa, eu pedi autorização para o meu pai para não pedir presentes exuberantes de casamento, porque o movimento fazia assim. Era cada um querendo ser melhor do que eu outro, mas pedi para que eles reverteram o valor em cestas básicas, pra eu poder distribuir no morro depois Conseguimos encher dois cômodos de com as cestas, eu fiquei muito feliz. Lógico que havia gente que eu não conhecia, pessoas que meu sogro e meu pai me disseram que era necessário convidar, mas eu não liguei, tudo para mim não passava de um mentira O funk tocava alto, o morro parou para curtir a nossa festa de casamento, o maior baile de favela da história estava acontecendo naquele exato momento, e era para comemorar o casamento entre a filha do dono do Alemão, com o herdeiro da Rocinha Os fogos não paravam de estourar, os sorrisos estavam por todos os cantos, eu fiz exatamente como meu pai queria Como presente de casamento, meu pai me deu uma casa, um sobrado, perto da casa dele. Eu decorei rápido, deixei do meu jeito, nada daquelas coisas chiques, só do meu jeito mesmo Fomos para lá depois que as coisas se acalmaram, mas a festa continuou, a alegria também, mas a partir daquele momento, o Ítalo começou a ser o homem de que eu me lembrava Ítalo – Pode subir, a gente não precisa mais fingir aqui dentro Eu nem respondi, até estava esperando por aquilo, só me virei e subi para o meu quarto, fui direto para o banheiro Tirei minha roupa e entrei debaixo d’água, não sei quanto tempo me demorei ali, mas também não ligava, eu precisava que aquela água levasse até mesmo a minha alma Desliguei o chuveiro, me enxuguei e peguei minha camisola off White no guarda roupas. Não coloquei nada por baixo, eu gostava de seguir a recomendação do meu ginecologista a risca, deixando minha menina livre para poder respirar, pelo menos, durante a noite Os b***s dos meus s***s estavam erguidos, enrugados, talvez pelo contato direto com o tecido fino. Passei meu creme hidratante por todo o corpo e me virei para poder me deitar, mas meu dia ainda não tinha acabado e o Ítalo fez questão de me lembrar Emma – Você vai dormir aqui? Achei que quisesse ficar em quarto separado Ele olhava para os meus olhos, mas parecia que não, não sei explicar. Seus olhos correram o mej corpo e percebi que o Ítalo deu uma pequena mordida em seus lábios, eu não sabia se aquilo era uma coisa boa ou não, mas senti um calafrio tomando conta do meu corpo, engoli seco Ele voltou o seu olhar para o encontro do meu e com passos firmes, caminhou na minha direção, pegou forte na minha cintura e me deu um beijo O que eu podia fazer? Não consegui afasta-lo, só consegui... me entregar àqueles lábios e meu Deus, foi perfeito
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