Cap 22

840 Words
Emma Aquilo me fazia bem, ajudar as outras pessoas, tanto que, no meu casamento, eu usei uma situação um tanto quanto triste, para levar a felicidade para as pessoas, por isso, pedi como presente, cestas básicas e distribui pela comunidade O sorriso daquelas pessoas me trazia paz, me fazia esquecer, por alguns instantes, o que eu estava vivendo, só que. A visão do Ítalo, parado, atrás do meu pai e com o que eu achei ser um sorriso estampado no seu rosto, me deixou confusa Sabe o que era mais engraçado, ele batia no peito para falar que não conseguia me aceitar porque eu era filha da pessoa que orquestrou a morte da sua mãe, mas não via nenhum empecilho em ficar e praticamente, mimar a pessoa que efetivamente puxou o gatilho Não que eu quisesse que aquilo fosse diferente, não, eu do achava que o fato dele querer tanto ficar afastado de mim e usar aquela situação, era apenas uma desculpa para não admitir que a gente podia sim dar certo Só que, com o passar dos dias, eu fui me convencendo de que a saúde do meu pai realmente estava piorando e com isso, o Ítalo, pelo menos na minha cabeça, estava se preparando para ir embora, então, decidi me preparar também para viver sem ele, separei a minha vida da do meu esposo e tentei continuar Engraçado, aquele menor, o Marcos, me fazia muito bem e olha que eu nunca tinha reparado nele antes, meu pai soube escolher a pessoa que me fazia segurança Mas ele não era só isso, na verdade, eu gostava da sua presença e gostava ainda mais quando ele saia do personagem “menor” e se tornava apenas uma pessoa comum, que me escutava, me fazia rir e sentir bem, na verdade, ele conseguia me fazer esquecer o que eu podia encontrar todas as vezes que voltava para casa E naquela noite não foi diferente, depois de algumas semanas com o status de casada, eu realmente estava começando a me sentir bem, desapegada, mesmo que a noite eu ainda sucumbisse às minhas memórias e as minhas vontades Mesmo querendo esquecer, mesmo querendo viver como se nada daquilo estava acontecendo comigo, não me abalar, quando a noite caia, eu me lembrava, as vezes eu até sentia o Ítalo me abraçando, me consolando, fazendo carinho em meu braço, em meu cabelo, Inconscientemente, eu até sentia o seu cheiro, acariciava uma presença que eu materializada em minha memória A verdade era que eu só tinha me conformado, mais uma vez, que ei não poderia tê-lo Só que isso não fez doer menos... Eu vi a foto, mas na sinceridade, eu tentei mentalizar que não era grande coisa, que a imagem a minha frente era só uma imagem fora de ângulo, só isso, mas não pude evitar aquela pontada no meu coração e nem mesmo, o descompasso da minha respiração enquanto eu contemplava aquela imagem “Calma Emma, ele não é seu, mesmo que essa foto fosse verdade, ele não é seu” Foi como um mantra, eu me obriguei a pensar daquele jeito, me obriguei a não acreditar Mas depois de alguns dias, a pedido do meu pai, nós fizemos um churrasco lá em casa, porque ele queria “estrear” a minha laje. Os pais do Ítalo foram, assim como aqueles seus amigos, o Aquiles e a Renata Não sei porquê, mas eu senti tanto ciúme dela desde o primeiro dia que a vi, mas tanto ciúme e naquele dia, foi a nível Hard Emma – Você sabe aonde o Ítalo está? Eu não estou encontrando ele em lugar nenhum Aquiles – Acho que ele tinha ido mostrar alguma coisa pra Renatinha Mais uma pontada no meu peito. Eu deveria ter virado minhas costas e continuado a curtir o churrasco, deveria não ter pensado, não ter ido atrás, mas não consegui, eu fui procurar o Ítalo, a minha mente não me deixou descansar Entrei de volta na casa e saí abrindo cada porta que vi fechada, na minha cabeça, eu ia encontrar o meu marido na cama com outra mulher, se deliciando com o corpo dela Bem... foi quase isso, eu não o encontrei trepando com aquela mulher que ele chamava de amiga, mas vi os dois saindo de dentro do quarto de hóspedes, com o sorriso de orelha a orelha. Na minha mente, aquele brilho no olhar era o resultado de uma pós foda Só que eu não consegui fazer o que devia, porque sim, eu deveria ter confrontado o Ítalo, afinal, eles estavam na minha casa e enquanto aquele casamento não fosse desfeito, eu não iria aceitar aquela p*****a Mas não consegui, aliás, o máximo que eu fiz foi me esconder atrás de uma parede para não ser vista e para ferrar mais ainda com a minha mente, a imagem dos dois no meu celular ficou clara na minha cabeça, ali, eu tive a minha certeza de que o Ítalo nunca seria meu, aliás, que ele já estava até mesmo com outra
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