CAPITULO III

4148 Words
“Querido, não tenho nenhuma história a ser contada Mas ouvi uma das suas E eu vou fazer a sua cabeça queimar Pense em mim nas profundezas do seu desespero Criando um lar lá embaixo Já que o meu não será compartilhado.” (Rolling In The Deep)       KAYA SANCHEZ     Meu sonho era me mudar para Nova York e entrar para umas das melhores companhias de balé do mundo poder participar do espetáculo da Broadway era meu maior sonho, mais assim como tudo na minha vida eu não tinha controle sobre isso. -Muito bem, Plié,- eu tento fazer os movimentos da forma, mas graciosa possível nossa professora de dança Adela Boyer, era uma das melhores bailarinas do Mundo ela já havia participado de vários shows por todo país, ela também era jurada na (NYCB). umas das principais companhias de dança do mundo, ela normalmente passava seis meses no México antes de voltar para Nova York todos queriam impressionar ela o que era bem difícil. ela era uma mulher linda pele branca olhos escuros e um rosto meio aristocrático, nariz fino e bem alta, seus olhos eram profundos sua postura era firme e intimidadora apesar de tudo eu a adorava, embora sua fala fosse arrastada e difícil de acompanhar com seu Sotaque francês. -Kaya Marco mas leve, mas alto- Ela diz com seus olhos frios em mim. Marco me levanta e segura minha cintura éramos parceiros de dança desde o primeiro ano na escola, minha pele começa a suar quando suas mãos firmes apertam minha cintura eu tento não fazer uma careta de dor todas as vezes que suas mãos apertam os machucados em minha pele. -Parfait Dagio- (Perfeito Dagio)Sustentação de pernas no ar não tão difícil. Ela olha para cada movimento nosso sem demostrar nada, a música suave continua tocando enquanto seus olhos críticos nos avaliam. -Jeté.- Esse era difícil. Pular e saltar, eu faço o salto com perfeição eu havia treinado durante semanas para esse dia, os movimentos fluíam naturalmente. -Plus d'energie.- ( mais energia) -Pés fora do chão salto com energia, sorriam Maria seja mas graciosa, parece que está com dor de barriga, Clarice levante as pernas.- ela grita para os outros casais do nosso lado, Marco sorrir enquanto me coloca no chão, Clarice e Maria eram insuportáveis elas eram irmãs gêmeas e filhas de um banqueiro m*l caráter que fazia negócios sujos com Javier, eu não sei por que elas implicavam tanto comigo, Marco disse que era inveja. -Ok pour, aujourd'hui c'est Seulement-( tudo bem, por hoje é só). Eu respiro frustrada quando a aula acaba eu amava dançar e a escola me fazia esquecer do inferno que era minha vida. Eu poderia estar feliz em me mudar para Rússia aliás, lá era onde tinha as melhores companhias de balé do mundo, Itália também seria uma ótima opção se eu não fosse filha de um mafioso é claro, nesse momento eu só queria ser uma garota normal. -Não acha que está quase acima do peso devia ter cuidado com as besteiras que come ou vai ser expulsa da equipe de bale.- Clarice diz passando do meu lado, ela não me olha, mas eu sabia que era pra mim elas sempre estavam fazendo comentários maldosos sobre meu corpo. -E vocês deveria ter medo de morrer envenenadas com seu próprio veneno, suas cobras magricelas.- Marco segura um braço e sai me levando pelo corredor, esbarro no ombro dela propositalmente eu estava cheia dessas duas. -Você devia ter visto a cara delas quando a professora reclamou são duas invejosas isso sim.- Me divirto com suas palavras andamos por vários corredores até achar um canto reservado e escondido dos meus seguranças. -Quando ia me contar que vai se casar.?- Suas palavras me deixam nervosa, Marco não podia sonhar que eu pertencia a Máfia Javier o mataria sem pensar duas vezes, e por mais que minha vontade era de falar tudo para ele, eu queria dizer que Javier não era só um empresário dono de vários hotéis de luxo ele era um ser humano desprezível e c***l. -Como você soube?- Ele sorrir de forma cúmplice. -Eu vi uma mensagem no seu celular, sua madrasta avisando que seu noivo chegou, porque não me disse- Ele me encara triste e eu me sinto mau por ter que omitir tantas coisas pra ele. -É complicado.- Ele contínua esperando uma resposta melhor. -Eu não quero me casar.- Confesso pesarosa, minhas palavras saem baixas e carregadas de dor. Marco levanta meu queixo me obrigando a olhar para ele. -Mi princesa, você não precisa fazer nada se não quiser.- Como eu queria acreditar ou concordar com isso, como dizer que eu não mandava em nada na minha vida. -Eu não tenho escolha.- Sussurro contendo as lagrimas que queriam descer dos meus olhos. Desvio o olhar do seu eu não conseguiria mais olhar para ele sem contar tudo. -Kaya não estamos mais na idade média onde os pais decidiam por nós, você é livre vai fazer o que quiser aliás vai fazer dezoito anos no próximo mês vamos aproveitar. Eu tenho certeza de que depois do último espetáculo vamos ser chamados pra Broadway não é um máximo.- Eu queria ter a liberdade de decidir minha vida onde comer com quem casar mais as coisas não eram assim, e a Broadway estava cada vez mais longe pra mim. -Eu queria tanto te contar tudo- Ele me olha intrigado. -Você sabe que pode me contar, não é?- Antes que eu abra a boca para falar recebo outra mensagem de Lucrécia. Droga amanhã seria meu noivado. -Que tal agente sair hoje e você me conta tudo sem aqueles brutamontes te seguindo.- Ele diz divertido. ir em festas experimentar bebidas me apaixonar, era tudo que eu desejava. de repente a imagem do homem misterioso vem a minha mente eu trato de apagar eu não o veria, mas de qualquer forma, eu estava presa a Arturo. “Você sabe que eu não posso” digo frustrada. -Seu pai não precisa saber podemos sair escondido, eu sempre faço isso.- Sim, mas seu pai não era um assassino psicopata. -Você já viu quantos seguranças eu tenho é impossível sair sem que eles me vejam.- Ele fica em silêncio por alguns minutos, mas logo seus olhos brilham divertidos. -Não me diga que não sabe que horas seus abutres trocam de turno é só você sair quando isso acontecer eu te espero uma rua depois da sua casa vai ser divertido- O plano era cheio de falhas, mas eu precisava sair nem que fosse uma última vez. -Tudo bem,  eu vou tentar não estou prometendo nada, eu te aviso até lá.- Ele se despede de mim assim que Alessandro e Luiz se aproximam ótimo, eu estava de volta a prisão. eles me encaram como sempre sem expressão nenhuma, eu os sigo e entro no carro toda tensão e medo caindo sobre meus ombros de novo. Quando eu chego em caso percebo que a segurança foi redobrada e vejo, mas carros chegando Arturo estava aqui. Minhas mãos começam a suar e minha respiração fica acelerada eu não estava preparada pra ver ele não agora. Lucrécia me escolta logo em seguida para o meu quarto ela falava sem parar do meu noivado que seria anunciado amanhã. -Já preparei seu vestido vou pegar algo para você comer enquanto toma banho, e por favor durma cedo ou vai ficar cheia de olheiras amanhã.- Ela diz sem me olhar ainda estava chateada com ela por hoje, mas cedo, sem escolha eu tomo um banho bem demorado. Quando saio do quarto não vejo Lucrécia ela só deixou uma bandeja com comida e saiu. Eu como tudo e me jogo na cama eu não estava preparada pra ver Arturo não mesmo. Depois de horas cronometrando os horários de troca de guardas eu resolvo sair um pouco, Javier não costuma está em casa na parte da tarde então os empregados trabalham menos tensos, não que eles não estivessem em  silêncio o tempo todo mais pelos menos não estavam de cabeça baixa. Era assim que eu deveria ficar perto de Arturo. Eu já sabia das regras machistas da máfia as mulheres eram tratadas como lixo somente usadas para o prazer do homem além de ficar linda e feliz em todas as festas, é claro o que todos sempre queriam era um filho de preferência homem, a ideia de ter um filho com um homem como Arturo me dava pânico. Uma conversa de dois soldados chama minha atenção eles estavam perto dos escritórios falavam baixo em russo isso não era difícil pra mim tenho aulas desde cedo inglês Russo e um pouco de italiano. Olho para a tela do celular e vejo as três ligações perdidas de Marco, ele estava parado a duas quadras da mansão eu esteva tomando coragem para sair de casa. Uma parte louca da minha mente gritava que isso poderia ser os meus últimos momento de liberdade, a outra a parte racional gritava a todos os pulmões que isso era uma péssima ideia. Encaro uma última vez meu reflexo no espelho tomo coragem e saio do quarto, a casa estava escura e silenciosa já se passava das onze da noite Lucrécia estava dormindo e Javier estava com Arturo desde cedo, eu não queria nem pensar no tipo e coisa r**m que eles estavam fazendo. Tiro as sandálias altas e desço as escadas na ponta dos pés, assim que chego na cozinha saio pela saída dos empregados o vento gelado da noite quase me faz entrar de novo e trocar de roupa, uma calça seria bem mais confortável do que a saia curta de paetê que eu estava usando, e com certeza uma jaqueta seria bem melhor do que uma regata de seda. Espero atras de um arbusto enquanto os seguranças fazem a ronda, assim que eles somem de vista eu corro pelo longo jardim sempre no escuro tentando não sair aparecer em nenhuma das câmeras de segurança. Minhas pernas ardem pelo esforço o jardim da mansão era enorme por sorte eu vejo o portão por onde os empregados entram e jogam o lixo, pegou as chaves na minha bolsa e abro o portão á sentindo o gostinho da liberdade, encaro a rua deserta por longos minutos até tomar coragem e segui em direção ao carro de Marco. -Eu não acredito que estamos mesmo fazendo isso.- Digo assim que fecho a porta. -Você está muito quente.- Abro um sorriso cumplices assim que ele da partida no carro. -Eu me sinto livre, viva.- Grito assim que estamos longe da mansão. Marco estaciona a duas ruas antes da boate segundo ele era mais fácil para sair caso surgisse uma emergência. SENS era uma das melhores boates do México, depois de passar alguns minutos na fila entramos o barulho da música eletrônica invade meus ouvidos, o lugar estava lotado seguro na mão de Marco para evitar que me perca, a decoração era moderna meio dark e com várias luzes neon. -Vamos lá que tal agente esquecer essa história de casamento e dançar.- Ele me leva até o meio da multidão e começa a dançar, tento acompanhar seu ritmo acelerado, seguro em seus ombros e me movimento ao som da música meu corpo tinha vida própria eu estava me sentindo livre, viva pela primeira vez em anos. -Quer uma bebida?- ele grita para que eu possa ouvir, apenas concordo minha garganta estava seca, sinto mãos circulando minha cintura me viro assustada dou de cara com homem moreno e alto, ele abre um sorriso sensual quando me ve, eu não sabia o que fazer eu nunca estive com nenhum homem antes. -Oi lindinha está sozinha.- Pergunta sussurrando em meu ouvido, -Não, estou acompanha.- Digo empurrando seu peito e me afastando, ando em direção ao bar procurando Marco, mas não o vejo em lugar algum, uma garota loira passa por mim e pisa no meu pé a dor faz com que eu pare no meio da pista de dança. Merda! Saltos agulhas deveriam ser proibidos em baladas, depois que a dor no meu pé alivia um pouco me sento em uma cadeira no balcão, o barman rapidamente se aproxima. Depois de pedir uma bebida eu volto a olhar ao redor minha mente pintando vários possíveis cenários e nenhum deles era bom. Pego meu celular de dentro da bolsa e ligo para Marco, as duas vezes cai na caixa postal. Termino de tomar a bebida e volto para pista de dança quase salto de alegria quando vejo Marco dançando com o homem moreno que tentou se aproximar de mim. -Meu Deus, onde você estava?- Ele joga os braços em meus ombros assim que me ver. -Calma amor, apenas um desencontro.- Dançamos até meus pés doerem, depois de um tempo eu começo a sentir como se alguém tivesse me olhando, não demora muito e sinto mãos fortes se fechando ao redor do meu braço. -O que pensa que está fazendo menina?- minhas pernas paralisam quando eu reconheço a voz firme perto do meu ouvido Juan, o segurança particular de Javier. -Eu posso explicar.- Ele me corta antes que eu termine de falar. -Não diga nada.- ele me corta, medo invadindo cada célula do meu corpo se Juan falasse da minha aventura a Javier eu estaria morta, e o pior ele faria o mesmo com Marco. -Ei, cara ire as mãos dela.- Marco tenta se aproximar, mas Juan empurra ele para longe, eu já sabia o que aconteceria em seguida o homem moreno que estava com Marco tenta acertar um soco em Juan, ele devia e derruba o homem em minutos uma pequena roda começa a se formar no meio da boate, eu corro e entro na frente antes que as coisas fiquem piores. -Marco, por favor não! Eu sinto muito, mas eu tenho que ir.- Meu amigo, assim como várias pessoas me olham assustadas enquanto Juan me arrasta pela multidão dançante. Quando estamos do lado de fora suas mãos continuam me segurando. -Onde estava com cabeça quando resolveu sair de casa sozinha, tem ideia do quanto isso é perigoso.- Me livro de suas mãos e entro no carro. -O que vai fazer agora? Contar tudo ao meu pai, vai em frente eu não tenho nada a perder mesmo.- Grito frustrada, por um momento vejo algo se passar nos olhos dele confusão, pena. -Eu não vou dizer nada a seu pai, entenda não se trata só dele! por um momento pensou no que aconteceria se algum dos inimigos do seu pai pegassem você.- Eu encosto minha testa no vidro do carro e deixo que as lagrimas desçam dos meus olhos, -Se meus últimos momentos de liberdade foram mesmo hoje, eu não me arrependo valeu a pena.- Seus olhos escuros me encaram com a mesma carranca de sempre, Juan sempre foi sério e silencioso quando era criança sempre tive medo dele até entender que não era dele que eu deveria ter medo de verdade. Olhos incrivelmente escuros, barba escura e espessa, cabelos compridos e presos por um elástico, ele disso ele era alto e completamente tatuado. Quando avisto os muros da mansão meu coração quase pula pra fora eu estava voltando para meu inferno de novo. -Entre pelo mesmo lugar que você saiu, eu vou distrair os seguranças, e para o seu bem é melhor que isso nunca mais se repita.- Diz irritado, tiro os sapatos altos do pé e desço do carro faço o caminho em silencio atras dele sua sombra me cobrindo, quando estava perto da sacada um dos seguranças caminha em nossa direção olho para todos os lados procurando uma rota de fuga a única coisa que encontro é uma fonte, me jogo no chão e me agacho ate que meu rosto esteja a centímetros do piso. -Juan não sabia que estaria por aqui, o chefe chegou a alguns minutos ele precisa da sua ajuda com alguns prisioneiros.- O outro segurança fala. -Diga que já estou indo.- O outro segurança continua lá. -O chefe disse agora- brada insistente. -Tudo bem!- ouço os paços dos dois se afastando do meu esconderijo conto até dez antes de começar a correr para porta dos fundos, quando entro em casa saio as cegas pelas escadas meu corpo movido pela adrenalina. Eu só percebo que estava prendendo a respiração quando chego dentro do meu quarto, me jogo na cama e fecho os olhos seria uma longa noite. Antes de dormi envio uma menagem a Marco informando que estava tudo bem, ele ficou tão preocupado pela forma como fui tirada de lá que havia me ligado, mas de quinze vezes.   Acordo com o toque infernal do meu despertador, minhas mãos se atrapalhando na hora de desligar acabo derrubando-o no chão junto com meu celular. Sem escolhas eu apenas levanto e me arrasto para o banheiro não adiantava, mas fugir eu estava entregue ao d***o. Eu passei toda tarde trancada no quarto o medo de Javier ter me descoberto estava me matando, eu imaginava que a qualquer momento ele entraria no quarto e descobriria a minha mentira. Depois de muito me martirizar eu desci para comer alguma coisa, antes que eu chegasse na cozinha uma conversa entre dois soldados chama minha atenção. “Estamos com a v***a Italiana, você acha que vai demorar quanto tempo até a Cosa Nostra está no nosso pé.” “ Eles não têm chance toda fronteira do México está fechada, eles não seriam loucos de fazer um confronto direto." Minhas mãos começam a suar eles estavam falando de alguém eu não acreditava que Javier poderia ir tão longe. Eu saio devagar pra que eles não me ouçam eu estava proibida de sair do quarto até a noite, mas se tivesse mesmo uma garota presa aqui eu precisava saber, não era novidade ver meninas jogadas ou presas no porão. Eu já estava habituada a conviver com o tráfico humano, mas a ideia sempre me causava ódio e repulsa, eu queria matar todos esses idiotas da máfia e mostrar que as mulheres não eram apenas objetos sexuais. Eu sei que estava me metendo em uma grande encrenca, mas eu não aguentava mais ver isso e não fazer nada, a porta que levava ao porão estava aberta eu entro de fininho meu coração batendo como louco as memórias desse lugar preenchem minha visão, e por mais que eu tente tirar da minha mente eu estava quebrada de mais. imagens do meu pai me deixando sem comer me batendo por derramar um suco invadem minha mente, eu era obrigada a ver suas sessões de tortura e o pior, ele me fazia participar de algumas as memórias me atacam. Paro por alguns minutos e respiro fundo antes de continuar. Era troca de turno então eu tinha alguns minutos até que outro soldado viesse aqui embaixo, eu tento não olhar para as portas de ferro fechadas tendo não ouvir os gemidos e suspiros de desespero que estavam saindo pelas grades, ou o fedor de urina e morte que estava impregnado nesse lugar. Tinha garotas, muitas delas presas com correntes algumas sem roupa outras tão magras e machucadas que eu não tinha coragem de olhar. Só mais um corredor eu sabia que os últimos quartos eram onde ficavam as vítimas valiosas para Javier. Então eu vejo uma garota loira me olhando com olhos vazios e sem vida, era como um soco no estomago, seus olhos vagam através de mim como se toda sua esperança não existisse mais. Meus olhos estão ardendo para chorar eu sabia que teria pesadelos a noite eu estava quase voltando quando uma voz fina me chamou. Na última porta do corredor, eu forço meu corpo a ir até lá e encaro uma garota uma pouco mais velha que eu, cabelos loiros no ombro e olhos castanhos. Ela estava chorando seus olhos estavam vermelhos e inchados, seu rosto estava pálido e machucado. Ela começa a falar tão rápido eu não entendo quase nada, esse sotaque era... O meu Deus, essa menina era italiana, agora a conversa daqueles soldados faz sentido ela era filha do líder da Cosa Nostra.  -Mi aituti per favore.- ( Por favor me ajude.) Eu dou graças a Deus por ter suportado a senhora Martine e suas aulas intermináveis de italiano. -Espetta stai calmo ti aiuteró.- ( espere fique calma eu vou te ajudar.) Ela olha pra mim e concorda. -Sabe falar inglês?- Ela concorda. -Por favor eles vão me matar eu não aguento mais me ajude, meu pai ele pode te recompensar ele deve estar atrás de mim.- diz desesperada. Eu estava fazendo uma burrada sem chances que conseguiria ajudar essa garota onde eu fui me meter. -Seu pai e Enrico Barone.?- Ela concorda. p**a merda. -Esculta eu vou voltar eles não podem me ver.- Ela segura minhas mãos pela grade seu aperto tão forte que machuca. -Não me deixe aqui por favor meu noivo me dê um telefone é só isso que eu peço.- Eu já podia ouvir o barulho das botas se aproximando se me pegarem aqui ela não seria a única morta. -Sim, eu trago pra você eu prometo.- Ela ainda me encara com olhos angustiados então concorda. Eu me apresso em sair antes que alguém me veja quando eu estava quase chegando na porta alguém segura meu braço. Minha mente fica em branco que desculpa eu inventaria Javier descobriria do meu plano i****a em segundos, eu olho pro meu captor e fico em choque era o mesmo homem de mais cedo, os mesmos olhos escuros e frios me encaravam.     MIKHAIL MORETTI     Eu consegui descobrir onde eles haviam colocado Raicka a raiva estava me consumindo, eu precisava tirar ela urgentemente daqui. só que se eu tentasse agora provavelmente sério pego, não foi fácil me infiltrar entre os Russos o país inteiro estava fechado eu tinha que saber o plano dos  malditos, de todas as coisas que essa máfia suja fazia a pior delas era o tráfico de crianças a maioria era meninas no máximo de doze anos.  Sim, nos nossos clubes tinha muitas mulheres que estavam lá por serem obrigadas mais isso era outra história, nenhuma delas tinha entre treze ou quatorze anos, quando se devia a máfia ou você pagava ou uma vida seria entregue no lugar da dívida. divórcios não existiam no nosso meio, a famiglia vinha em primeiro lugar. Eu era o capô da Ndrangheta hoje considerada a maior máfia italiana, o único motivo da minha união com a Cosa Nostra era o nosso objetivo em comum os malditos Da Bratva e agora Javier Sanchez. Eu aproveito a troca de turno dos soldados para tentar chegar no porão era lá que Mia Ragazza estava, esse lugar era um lixo copos em decomposição o fedor de urina fezes e sangue, invade minhas narinas típico fedor de morte. Eu não vou mentir que isso me excita eu adorava torturar um traidor eu fazia questão de deixar minha vítima implorando pela morte, uma movimentação perto das escadas chama minha atenção, a  Ragazza de ontem. Ela estava ainda mais gostosa, seus longos cabelos escuros deixavam sua pele tão branca que me desafiava a tocar. Ela estava nervosa e eu me pergunto o que diabos ela faz aqui, e por que essa garota me fazia ficar duro feito rocha quando arregalava esses olhos verdes pra mim. Eu seguro em seu corpo pequeno e prendo ela contra a parede, seu corpo pequeno se encaixando perfeitamente com o meu. Ela me olha assustada coloco o dedo em seus lábios e mostro os dois soldados que acabaram de descer as escadas, ela acompanha meu olhar e um leve tremor passa por seu corpo. Porra de garota, ela estava tirando meu foco total nessa missão, meu amiguinho quase fura minha calça quando sente o corpo macio e cheio de curvas tão perto do meu, assim que os seguranças viram o corredor ela empurra meu corpo para longe e me encara com desconfiança. -Você como eu não deveria estar aqui, então a gente pode fingir que nada aconteceu.- levanta o queixo em desafio, era quase engraçado uma coisa tão pequena tentando me intimidar. Eu me aproximo até que suas costas batam na parede, eu estava adorava essa reação do corpo dela ao meu. Cheiro seus cabelos e sua respiração ficam acelerada um leve rubor sobe por sua pele, o cheiro dela era maravilhoso. -Ainda vamos nos ver Ragazza.- Ela me olha com medo e corre me deixando com um t***o da p***a e muita raiva, ninguém dava as costas pra mim eu queria pegar ela e jogar na minha perna e bater naquela b***a gostosa até ficar roxa. Eu saio dos meus pensamentos quando procuro meu telefone no bolso, Hernandes meu Consigueire estava esperando um sinal pra distrair os desgraçados e tirar Raicka daqui o plano estava indo perfeitamente bem até eu procurar a p***a do celular. Maldita Ragazza ela pegou meu celular, como eu fui me distrair tão rápido com um rostinho bonito agora mais do que nunca eu tinha que saber quem era essa garota.  
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