Brincadeiras perigosas

3243 Words
— Até o soro terminar e a febre baixar ele deve ficar aqui em observação. Pedirei para ligarem à mãe dele, então por favor avisem ao professor que o aluno irá se ausentar. — Mas você sabe o que ele? — Questionava um Milles preocupado, intercedendo o caminho da enfermeira escolar. A mulher beta olhara sobre os ombros em direção de Theodore, que negara com a cabeça. Milles engolia em seco ao perceber aquela troca de olhares, cerrando os dedos em punhos pra controlar a súbita raiva em ser deixado para trás em alguma coisa. — Não precisa se preocupar, conversarei apropriadamente com a mãe do estudante. Então, com licença. A enfermeira deixara os estudantes sozinhos na enfermaria, em uma atmosfera tensa e silenciosa. Theodore olhara para o amigo soltando um suspiro cansado, recebendo um afago em seu ombro de Gabriel. — Ele vai ficar bem, não há com o quê se preocupar. Theodore virou a cabeça sorrindo para o ficante. — Ele sempre fica bem. — O que é que ele tem? — Finalmente questionava Milles, em pé em frente a cama onde Nicolas adormecia. — Ontem o capitão estava bem. — Ontem? É claro que ele não estava bem. — Ria Theodore fuzilando o alfa loiro com frieza. Milles atentou-se ao deboche do ômega, cruzando os braços para ele — Por que ainda está aqui? — É assim que agradece depois de receber ajuda? — Muito obrigado por ter carregado Nico até aqui, mas pode voltar pra sua sala que eu ficarei aqui. Milles revirou os olhos soltando um riso nasalado. Não acreditava que aquele ômega ousava ser tão direto consigo depois de ter recebido sua ajuda. Fitando seu colega de time, aguardou Gabriel dizer alguma coisa, mas ele se limitou a deixar as mãos no bolso encarando o capitão acamado. — Theodore, você disse que colocou adesivos no capitão, isso seria... — Ei! Milles espreitava os olhos castanhos com a reação repentina de Theodore em impedir que o alfa terminasse sua fala. Adesivos? O que seria isso? Não conseguia pensar em alguma coisa que pudesse deixar Nicolas tão m*l e febril. — Desembucha! — Ordenava o alfa ainda de braços cruzados para o ômega. — Não arredo o pé daqui enquanto não saber. — Se você souber, o que pretende fazer? — Farei nada, apenas quero entender o que está acontecendo com ele. Theodore suspirava balançando a cabeça. Estava tão sério que chegava a ser estranho sua reação naquele assunto. Geralmente era um ômega considerado dócil, fácil de conversar pelo que Gabriel dizia. Milles achava aquilo uma bela mentira, pois o ômega claramente sentia algum ódio de si. Bem, não deveria agir como hipócrita em não saber o motivo. Milles, então, fora ao outro lado da cama de frente à janela onde poderia sustentar o olhar de Theodore e mostrar o quão sério estava sendo naquele momento. Não sairia dali até descobrir a verdade. — Direi a mesma coisa que disse ao Gabriel. O segredo não é meu pra contar. Se o capitão não te contou, é porque não confia em você. — Não confia? — Devo te lembrar das maravilhas que já disse para mim? — Calma, Theodore. — Apaziguava Gabriel, segurando a mão do loiro. — Não fiquem discutindo perto de uma pessoa doente. Deixem o capitão descansar. Milles sabia que Gabriel tinha razão, mas a sua raiva precisava ser ouvida. Ou melhor, ela queria ouvir todos os detalhes que pudessem esclarecer o motivo daquele capitão irritante estar doente daquela maneira. Preferia Nicolas saudável, falando palavrão, acertando as bolas em sua direção, o xingando e sendo debochado consigo. Era assim que as coisas deveriam ser, não era? Contudo, o capitão estava ali deitado de olhos fechados. Sua respiração era baixa e sua boca estava pálida. Tão vulnerável e indefeso que chegava a ser irritante. De maneira alguma Nicolas deveria aparecer assim para os outros. Nenhuma outra pessoa deveria ver sua vulnerabilidade. A tormenta de seus pensamentos faziam o cheiro do alfa ser exalado em grandes quantidades dentro da enfermaria. Gabriel imediatamente cobrira o nariz e a boca de Theodore, soltando um suspiro pesado encarando seu amigo. — Ei, controle o seu cheiro. Tem um ômega aqui. Milles não dera ouvidos à reclamação de Gabriel. Não seria fácil apaziguar tamanho descontentamento e fúria. Não quando, ao mesmo tempo, questionava o motivo de se sentir dessa maneira. Perdido nos próprios pensamentos, o alfa mais alto sobressaltava quando sentira uma mão gélida segurar seu pulso firmemente. Os três híbridos aprumaram-se em torno da cama, observando o capitão abrir os olhos escuros em direção do loiro. — Que merda é essa? O alfa erguera um sorriso ladino em ouvir aquele palavreado. Isso, era isso o que queria ouvir. O seu mau humor rotineiro. Nada poderia ser diferente. — Nico! — Theodore chamara abafado, ainda tendo a mão de Gabriel lhe cobrindo a face. — Como está se sentindo? Precisa de alguma coisa? Nicolas girou os olhos pelo quarto atentando-se à todos presentes em sua volta. Então soltara um riso nasalado erguendo o braço, tendo visto o acesso do soro perfurado sua pele. — Ah isso tá virando um circo dos horrores. Estou bem, só preciso dormir. Será que dá pra parar com esse cheiro? — Sinto muito, mas não controlo o meu cheiro tão facilmente assim. Nicolas revirara os olhos impacientemente. — Milles, pelo bem de Theodore... Ele é um ômega. — Estou com raiva justamente por causa desse ômega, então meu cheiro não para até eu ficar calmo. Theodore cerrava os dedos controlando a sua raiva. Seria a sua vez de exalar um aroma, porém Gabriel o abraçara por trás deixando que seu cheiro envolvesse apenas o ômega para mantê-lo calmo. O alfa moreno lançara um olhar afiado para o amigo, uma mensagem clara para se controlar ali. Milles realmente não tinha como controlar os seus instintos. Quanto mais aflorada forem suas emoções, mais sincronizados eram com seus instintos. E aquela discussão com Theodore não acalmava em nada, trazendo o efeito contrário. Seu cheiro se intensificava. — Milles, por favor. — Tem sorte de te respeitar por estar com o meu amigo. — Resmungava Milles, prestes a se esforçar em conter seu cheiro. — Quer dizer que se eu não estivesse com Gabriel, iria pouco se importar comigo? Bem, não é novidade, tem feito isso por um longo tempo. — Estou com dor de cabeça e sem paciência pra ouvir a discussão de vocês dois. — Rosnava Nicolas fitando o teto imóvel. — Grandalhão, pare com essa merda. Dá pra respeitar um ômega? — Até tu? — Estou falando de mim, seu i*****l. Milles congelara no lugar, arregalando os olhos para aquele capitão que mirava as pérolas escurecidas em sua direção. Até mesmo Gabriel parecia surpreso, apertando Theodore em seus braços. — O que disse? — Eu disse que sou um ômega. — Está zoando comigo? Só pode... Precisa chegar à esse nível só pra proteger teu amigo? — Isso não é um problema seu. Estou cansado demais pra discutir. O alfa loiro então virou-se para o ômega, ansiando que ele dissesse alguma coisa. Theodore, por outro lado, apenas levantou-se da cadeira em que estava sentado e segurou a mão de Gabriel. — Estamos voltando pra sala de aula. Avisarei ao professor que você irá embora daqui a pouco. Nicolas nada disse para o amigo, apenas piscara lentamente o assistindo deixar a enfermaria junto com o aluno novo. Ficando sozinhos na enfermaria, Milles se percebia ansioso. Não havia sentido alguma coisa estranha com Nicolas desde o momento em que se beijaram na quadra? Ficara encucado com o possível segredo que aquele maldito estaria escondendo de si, que poderia responder a pergunta do porquê Nicolas mexia tanto consigo. Agora a resposta parecia ter caído em seu colo de paraquedas. Um ômega. Nicolas era um ômega. — Não pode ser... Você não cheira a um. — Que comece a parte chata da conversa. — Está brincando com a minha cara, seu baixinho imprestável? — Adoraria, é o meu passatempo preferido inclusive. Mas estou deplorável na sua frente, e eu não chegaria a esse ponto só pra te sacanear. Certo, Nicolas tinha um ponto. Eles brigavam sim, sempre discutiam um com o outro. Não suportavam a presença do outro. Mas jamais Nicolas teria permitido Milles vê-lo vulnerável. Jamais. Era sempre forte. Sempre em alerta. — Então... Tu é um ômega? — Milles respirara fundo sentindo suas pernas tremerem subitamente. Precisou se encostar na parede para se apoiar e não cair pateticamente — Como eu nunca senti? — Você sentiu. Não foi por isso que fez o seu showzinho ontem? Não adianta fazer essa cara de espanto, à mim você não engana. — Te enganar? — O que pretende fazer agora, bonitão? Espalhar pela escola toda que sou um ômega, fazendo as mesmas babaquices que faz com Theo? Doía as palavras que Nicolas lhe direcionava. E como doíam. Iguais a chuva de flechas direcionadas em seu coração, uma sobre a outra aprofundando os machucados. Um gosto amargo subia em sua boca, deixando claro para si que o caminho à sua frente seria complicado. — Não pretendo fazer nada. — Admitira o rapaz, se sentando na beira da cama onde Nicolas se encontrava. Apoiando o braço entre as pernas do capitão, inclinou-se em sua direção. — Pretende continuar mantendo em segredo o fato de ser um ômega? Nicolas engolira em seco sem fugir do alfa. — Até onde eu conseguir. — E o que pretende fazer caso alguém do time descubra? Um sorriso malicioso surgira nos lábios de Nicolas. — Há alguém nessa maldita escola que terá coragem de vir pra cima de mim, só por eu ser um ômega? Milles rira baixo concordando com a cabeça. De fato, ninguém seria capaz de ir contra Nicolas, nem mesmo ele. Brigavam desde o momento em que se conheceram e até então jamais o vencera, da mesma forma que nunca fora vencido. Se alguém tentasse tornar a vida daquele baixinho um inferno, bem... Ele transformaria a escola no inferno e se colocaria como próprio d***o. Por que esse era o Nicolas. Alguém que jamais foge. — Tá certo. Guardarei o seu segredo então, capitão. E Gabriel o fará também. — Por quê? — Porque ele gosta do Theodore. — Não, estou perguntando o motivo de você aceitar guardar um segredo. O rapaz respirara fundo aproximando seu rosto ao do capitão, e então esboçara seu sorriso malicioso que se alargava na medida em que assistia o rosto pálido do seu capitão ganhar cor novamente. Isso não seria um sinal de que ele não era o único a ficar mexido? — Ainda temos uma disputa, Nicolas. Quem cairá de joelhos primeiro? Acho que hoje ganhei o primeiro ponto, já que o carreguei até aqui. Ah, mas espera... Ontem também ganhei pontos, já que te encobri durante a partida duas vezes... Estou na frente, capitão. — Está querendo contar vantagem? Grandalhão, você caiu aos meus pés depois de sentir meu cheiro no vestiário. — Não lembro de ter te visto fugir quando te beijei daquele jeito. Nicolas soltara um riso incrédulo. Revirando os olhos ele então se sentara na cama, aproximando seu rosto perigosamente do de Milles. Ambos estando tão próximos, com o cheiro do alfa ainda no ar e um ômega sensível à sua mercê. Era um cenário preciso para declarar uma rodada vitoriosa para Milles. No entanto, aquele capitão não estava preparado para perder. — Já que é assim que quer brigar, então vou te ensinar uma lição, seu pedaço de bosta gigante. Puxando Milles pela nuca, Nicolas beijara o alfa sem pudor algum. Um mover de lábios calmo e sensual, que brincava com a boca de Milles perigosamente. O alfa tinha todo seu corpo enrijecendo em um primeiro instante, e relaxando em seguida ansiando por mais. A mão de Nicolas estava quente em sua nuca, agarrando em seus cabelos loiros o deixando sem saída. Ele ainda estava febril, lembrava-se Milles, porém o calor emanado de sua respiração e pele pareciam uma luxúria sem igual. Por que, repentinamente, aquele baixinho parecia tão sedutor? Sedento por seu beijo, Milles entreabrira os lábios retribuindo ao beijo e o intensificando. O músculo quente e úmido ia de encontro ao seu, travando outra batalha por espaço. O gosto de Nicolas explodia em sua boca, trazendo à tona um alfa ansioso pra tomar posse de seu ômega. O barulho de suas bocas ecoava pelo quarto junto ao cheiro daqueles dois. Milles se inclinava cada vez mais naquela cama, contendo suas mãos que queriam apertar aquele corpo frágil e tomá-lo para si. Tudo graças às mãos quentes de Nicolas, que lhe apertavam contra si na medida em que o beijo ficava mais afoito. Seu coração acelerava. O sangue pulsava em um só ponto. Alguma coisa ganhava vida em Milles, sedento e pulsante pra dominar aquele ômega. Mas a brincadeira acabou quando Nicolas desfizera o beijo, tendo as bocas ligadas à um fio de saliva. No instante em que Milles abrira os olhos e contemplara aquela visão, fora difícil de controlar seus instintos. Nicolas respirava ofegante, com os lábios entreabertos vermelhos e molhados, seus olhos escuros miravam sobre si ainda se recuperando daquela onda de sensações. As curtas unhas de Nicolas arranharam a nuca de Milles, fazendo o alfa prender a respiração em pura excitação. O que era aquela atmosfera que se criava? Momentos antes estavam discutindo como sempre faziam, e agora não conseguia pensar direito. A boca de Nicolas fora de encontro ao pescoço do alfa, a ponta do seu nariz roçando seu lóbulo. Fora ali que o capitão passara a sugar a pele de Milles com vontade para deixar a marca roxeada tatuada. Para Milles aquela fora a melhor sensação já sentida. Já havia sido beijado por tantas outras garotas, várias delas deixaram suas marcas para demarcar seus espaços e deixar claro que aquele alfa fora dominado. No entanto, Nicolas estava o provocando, o excitando com sua boca. A respiração trêmula do alfa fizera o outro se afastar e abrir um sorriso largo e zombeteiro. Quando Milles abrira novamente os olhos para encará-lo, percebia que havia caído numa armadilha. — Se quer brigar, jogarei sujo até que caia. Iria retribuir. Não com palavras. Mas faria aquele maldito lidar com a ereção que ganhava vida entre suas pernas. Se Nicolas queria usar a boca para provocá-lo, deveria ensiná-lo a usá-la no lugar correto então. E talvez até tivesse coragem de dominar Nicolas ali mesmo, porém a chegada da enfermeira no cômodo o obrigou a conter seus instintos e desejos. Enquanto ela reclamava do cheiro dando bronca, imaginando que os dois estariam brigando, Milles fora obrigado a se retirar da enfermaria antes que fizesse um grande estrago. Milles não retornara para a sala de aula. Pelo contrário, fora para o vestiário tomar uma ducha fria e se masturbar fantasiando aquela maldita boca o chupando. Dessa vez a vitória fora do seu capitão.   「 • • • 」 — Isso quer dizer que vocês estão juntos? Theodore olhava para a garota baixinho, abrindo um sorriso leve ao concordar com a cabeça. Lilian soltara um gritinho e dera alguns pulinhos em pura felicidade, fazendo seu mais novo amigo rir. — Só estamos ficando. — Mas você está feliz! Isso que importa. Uaaau, meu plano foi muito bom. — Por favor, sem planos. Esse final de semana foi uma bagunça por causa disso. — Mas convenhamos, ele não resistiu a esse Theodore 2.0. Olha só como está bonito... Theodore coçava a nuca escondendo a pequena ponta de vergonha. Fora muito estranho que naquele dia, no instante que pisara na escola, os olhares foram para si. Olhares de surpresa. Theodore havia seguido as recomendações de Lilian em evitar usar moletom, e de dobrar a manga da camisa social até o cotovelo, além de deixar os dois primeiros botões da camisa abertos. Dicas simples, de certa forma. Theodore ficara se questionando que diferença faria aqueles detalhes são supérfluos. Agora compreendia. Os olhares iam para si. Estava acostumado em ouvir cochichos por onde passasse, agora encontrando silêncio. Até mesmo seus colegas de classe ficaram abismados em vê-lo diferente. Mas a reação que mais fazia seu coração acelerar era de Gabriel. Seu colega de classe, e agora ficante, não parara de olhá-lo durante a aula. Até pensou que algum bilhete seria jogado em sua mesa, mas não viera. Gabriel o admirou em silêncio. Certamente o evento do intervalo quebrara a atmosfera de doces sonhos de Theodore, mas ficara grato ainda por ter feito Gabriel ficar perto de si. O alfa não saíra do seu lado enquanto estivesse na sala de aula. Principalmente quando algumas meninas betas pararam em sua carteira, antes do sinal da saída, com seus rostos ruborizados e sorrisos bobos no rosto. — Estamos votando em você, Theodore! Nossa torcida é sua. — Oi? — Você consegue! — Ah, parece que terei de me esforçar mais um pouco. — Surgia Gabriel em meio à conversa com as meninas. — Sua atenção poderá ser roubada. Theodore havia compreendido as palavras escondidas ditas por Gabriel. E por isso não abafara o riso fazendo as garotas suspirarem ainda mais encantadas pelo seu mais novo charme. Gabriel, por outro lado, segurou a mão do loiro sorrindo gentilmente pras meninas. — Se me dão licença, o sequestrarei pra irmos ao treino. Não é... Assistente? E fora assim que Theodore fora sequestrado pelo seu paquera. Perceber a sombra do ciúme era algo que o ômega sempre temia em ver, mas que naquele dia saboreou como um doce. Os dois rapazes tiveram de separar quando Theodore avisara ir na enfermaria saber de seu amigo. Já Gabriel iria pegar sua bolsa com uniforme de educação física que deixara na sala por engano. No instante em que se separaram e Theodore passara a esperar por seu novo ficante, Lilian surgira sendo colocada à par das novidades. Parados no pátio onde os estudantes seguiam seus caminhos para casa, os dois amigos conversavam alegremente. — Mas você parece saber bastante dessa coisa de... Moda? Não sei se devo chamar assim. — Pretendo cursar moda um dia. De qualquer forma, aproveite minhas dicas enquanto estou disponível e anônima, porque quando eu ficar famosa me tornarei inalcançável. — Oh, farei bom proveito sendo seu bonequinho de modelo. — Gosto dessas palavras, querubim. Não há querubim mais bonito que tu. — Esse anjo querubim já está ocupado. — Sussurrava uma voz doce e ameaçadora atrás de Lilian. A garota dera um pulo se escondendo atrás de Theodore, que mantinha sua pose relaxada com as mãos no bolso mesmo com a chegada surdina de Gabriel. — Te deixei sozinho por um instante e já ficam em sua volta desse jeito? Theodore rira olhando para Lilian atrás de si, que lançava olhares ferozes para Gabriel. — Terminou o que tinha para fazer? — Gabriel erguera a bolsa esportiva em resposta. — Podemos ir então. — Ei! Está levando meu querubim pra longe de mim? — Provocava Lilian com um bico manhoso nos lábios — Eu te disse, ele já está ocupado. Gabriel passara o braço em torno dos ombros de Theodore o guiando pelo pátio em direção do ginásio. Assistindo aqueles dois garotos ao longe, Lilian suavizara sua expressão relaxando os ombros. — Faça o meu querubim feliz. — Respirando fundo, a garota girara sobre os calcanhares docemente, seguindo seu caminho para fora da escola em pequenos saltos. — Vamos para a segunda parte do plano, lalala.
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