Depois de jogar a sua mochila no chão, Theodore se jogara na cama fechando os olhos. Um suspiro lhe escapara dos lábios ao se dar conta do quão cansado se sentia, e do quão acelerado batia o seu coração.
— Por que você está assim hoje? — Sussurrava o rapaz ao acariciar o peito, onde podia sentir as fortes batidas.
Era tão vívido as sensações em seu corpo, o abraço em seu cintura, a m*l espalmada e o calor que dela emanava. Mas o que mais lhe fazia tremer ali na cama era lembrar da respiração quente de Gabriel contra o seu pescoço. Sua pele ainda se arrepiava só de recordar o quão próximo ambos estavam.
Cobrindo os olhos com as mãos, tentara afastar aquelas lembranças. Era difícil quando pareciam tatuagens em sua memória. Sua mente queria repassar o calor, e o sangue pulsava com aquilo. Suas bochechas logo ficaram vermelhas, e Theodore abrira os olhos focando no teto do seu quarto tentando manter o controle.
Estendendo a mão para o alto, fitara a sua palma ao se dar conta de que seus dedos pareciam se lembrar com perfeição a maciez dos cabelos escuros de Gabriel. A intenção, na hora, era apenas fazer um agrado mostrando ao seu colega de classe que não deveria se preocupar com uma história antiga.
Agora parecia que ele realmente tocava em seus cabelos.
Girando sobre a cama, Theodore puxara o seu travesseiro e o abraçara afundando o rosto. Queria se esconder. Queria fugir daquelas sensações e lembranças. Aquela tarde nunca acontecera, repetia o ômega em pensamento.
Gabriel era um garoto bonito, isso deveria admitir. O seu sorriso era brilhante, seu olhar era gentil e ele se portava como um cavaleiro. Isso, por si só, era algo difícil de perceber em rapazes daquela idade. Deveria ser esse o motivo de Gabriel ser tão popular e ter atraído a atenção de Mckenzie.
E quando estava em quadra, ele ficava concentrado. Fazia o seu melhor pelo time, treinava com afinco buscando melhorar o seu desempenho. Poderiam contar com Gabriel, pois se dedicaria.
Erguendo a cabeça, Theodore suspirava baixo.
— Engole Theo... Engole.
Sentando-se na cama, puxara a alça da mochila com o pé a arrastando até perto. Pegando um caderno e sua lapiseira, Theodore se ajeitava na cama abrindo as últimas páginas do seu caderno. Lá ele riscara o título de sua pequena lista.
“10 pontos brilhantes sobre ele”. Inclinando a cabeça, o loiro logo começara a escrever os tópicos.
— Inteligente, não tem preguiça para estudar. Gostei de ter feito trabalho com ele.... — Sussurrava enquanto deslizava o grafite no papel, formando um bico nos lábios. — Atlético...
O grafite parara quando Theodore se lembrava do foco na bola que Gabriel mostrara naquela tarde. A forma como a língua deslizava por entre os lábios e o suor escorria por seu rosto.
— Não é t***o é só admiração. Isso.. — Resmungava o loiro ao balançar a cabeça, batendo o caderno em sua testa — Só fiquei impressionado, isso...
Inclinando-se sobre o caderno para continuar a escrever, Theodore soltara um suspiro baixo desistindo por completo.
— Mas que merda. Me deixe em paz...
— Desculpa... Eu só queria ver o irmãozão.
Erguendo a cabeça rapidamente para a criança parada na sua porta, Theodore jogara o caderno na cama ao se levantar e ir até a irmã mais nova que o olhava com as bochechas rosadas.
— O que foi Lisa? O irmão não te viu aí, desculpa.
A menina baixinha balançara a cabeça para os lados e abrira um sorriso infantil ao abraçar o irmão mais velho. Um abraço apertado e aconchegante, que fora capaz de levar embora as nuvens escuras e tempestuosas da cabeça de Theodore.
— Você prometeu ver filme comigo.
Afastando para ver aqueles redondinhos olhos azulados, Theodore se derretia com a beleza de sua pequena irmã beta. Ajeitou-lhe os cabelos compridos para trás e sorriu para a menor.
— Espera o irmão ir tomar um banho? Não posso ir na nossa festa do pijama sem estar de pijama, certo?
A garotinha assentira com um doce sorriso banguela, aumentando a felicidade pueril de seu irmão mais velho. E então ela dera um pulinho para dar um beijo na bochecha de Theodore, saindo correndo para a sala esperá-lo.
Escondendo o rosto entre as mãos, um irmão mais velho entrava em colapso.
— Ah Lisa, você vai me matar com sua fofura.
Levantando-se para ir tomar o seu banho, Theodore esquecera momentaneamente de um certo colega transferido. Um sorriso doce e pueril pode ter sido a causa de sua repentina calma.
Estando com um short azulado e uma regata branca como pijama, Theodore logo fora para a sala onde encontrara a sua irmã mais nova sentada o esperando. Ao lado dela, a mãe cuja aparência era idêntica aos dois menores, arrumava o sofá com mantas finas preparando o ambiente para os filhos aproveitarem a noite.
Quando a mulher vira o filho mais velho ao pé da escada, ela lhe dirigiu um sorriso e o chamou silenciosamente com uma mão estendida. Theodore fora até ela segurando sua mão, a beijando docemente em cumprimento.
— Obrigada por cuidar da sua irmã essa noite.
— Não precisa agradecer, eu gosto de ter esses momentos. Então... Já sabem onde vão?
A mulher beta tivera suas bochechas avermelhadas e um sorriso tímido surgia em seus lábios, realçando a beleza dela. Theodore guardara aquela imagem em sua mente, do quanto a sua mãe estava feliz naquele momento.
— Ele quer me levar para o restaurante onde fizemos a festa de casamento. E nesse final de semana levaremos você e Lisa para comerem lá. Tudo bem?
— Bem... Sábado temos jogo à tarde.
— Prometo que te deixaremos no ginásio a tempo. Não precisa se preocupar.
— Mamãe, Lisa pode fazer pipoca?
— Pipoca do quê, minha querida?
— De chocolate.
A mulher reprimira o riso, olhando de canto pro filho mais velho que já escondia o rosto entre as mãos. Era tão óbvio que a doce menina queria agradar o irmão mais velho pedindo para fazer a pipoca doce favorita dele. Mas a mãe queria ver mais dos dois filhos interagindo daquela forma, e por isso fingira desentendimento ao se inclinar no estofado e questionar a filha caçula.
— Pensei que Lisa gostasse de caramelo...
— Mas Lisa vai comer com o irmãozão, então tem que ser chocolate! — Retrucava a menina ao ficar em pé no estofado para ir até o irmão e lhe estender os braços com seu sorriso angelical.
— Ela vai me matar de fofura, esse irmãozão é fraco do coração.
Theodore fora até a irmã a pegando no colo, enchendo o rostinho gordinho dela com beijinhos, ouvindo-a rir infantilmente.
— Se o pai dela ver isso ficará com ciúmes. Ah, antes que eu me esqueça, seu pai ligou...
A mera menção daquela figura fizera Theodore olhar assustado para a mãe. O loiro chegara a abraçar sua irmã mais apertado em seus braços, engolindo em seco quando vira a mulher lhe sorrir gentilmente.
— Que reação é essa?
— Não é nada... O que ele queria?
— Pediu que o visitasse qualquer dia desses, ficasse para dormir. Parece que ele tem algo para conversar contigo.
— Meu pai quer que eu vá dormir na casa dele sem ser um final de semana?
— É o que parece.
— Irmãozão não vai! — Resmungava a garotinha fazendo um bico emburrado, agarrando-se no pescoço de Theodore. — Irmãozão fica com Lisa.
— Que irmã ciumenta — Brincava a mulher, afagando os cabelos da menor, que emburrara ainda mais.
— Irmãozão não vai!
Percebendo que a menor estava prestes a começar a chorar quando os olhos redondinhos se encheram de lágrimas, Theodore a sacudira levemente em seu colo e lhe afagara as costas.
— Irmãozão vai ficar bem, certo? Não precisa chorar, nem ficar triste.
— Mas ele vai bater no irmãozão de novo!
— Lisa!
A garotinha logo escondera o rostinho emburrado no pescoço do irmão, o abraçando apertado. Erguendo os olhos claros para a mãe, Theodore sorrira tristemente ao lhe estender a mão para segurar a da mãe, erguendo-a até os lábios onde depositara um beijo.
Era compreensível a birra da menina. Theodore ainda se lembrava do espanto em seus pequeninos olhos quando chegara em casa em uma noite tempestuosa. Depois daquele dia não havia conversado mais com seu pai, e faziam um ano que pensava ter encontrado a felicidade.
Mas parece que problemas iriam continuar lhe perseguindo.
O som da porta se abrindo revelando o homem alto de cabelos ruivos quebrara o silêncio daqueles três. Percebendo a tensão, ele se aproximou olhando a esposa e os dois irmãos, inclinando a cabeça sutilmente para o lado.
— Aconteceu algo?
Theodore e a mãe trocaram olhares, tendo a mulher acariciando o braço do novo esposo balançando a cabeça. Apesar de ambos quererem omitir o motivo da tensão, a pequena garota não pensara o mesmo. Ela logo erguia a cabeça olhando tristemente para o pai beta.
— Aquele homem mau quer levar embora o meu irmãozão, papai.
O homem ruivo olhara para Theodore com surpresa, em seguida fitara a esposa que apenas balançara a cabeça. Mordendo o lábio inferior, o rapaz abrira um sorriso nervoso para o padrasto.
— Mamãe estava contando que meu pai ligou, só isso. — Os olhos do homem esbugalharam rapidamente para a esposa, que gesticulou sobre contar mais tarde os detalhes. — De qualquer forma, tenham um bom jantar. Irei colocar a Lisa pra dormir cedo, não precisam se preocupar.
— A-Ah... Certo. Eu trouxe cachorro quente para vocês comerem, mas se quiserem que eu traga alguma outra coisa...
— Não, tá ótimo. Iremos ver filme então cachorro quente combina. Não é Lisa? — Tentando fazer a pequena sorrir, Theodore ficara sem graça quando foi ignorado, mesmo que ela não soltasse de seu pescoço. — Ei, princesa, não ignore o irmãozão.
O homem ruivo entregara a sacola com os lanches para Theodore e então se inclinara para olhar a filha pequena, que continuava a não encarar o irmão. Sorrindo gentilmente para a menor, ele lhe acariciou a testa onde depositara um beijinho em seguida.
— Lisa ama muito o irmãozão, não é? Por isso tem que sorrir, se não ele vai chorar.
— Não quero que ele chore... — Resmungava a menininha, apertando os dedinhos na camisa do irmão.
— Então papai conta com você para fazer o irmãozão sorrir. Tire fotinhas, papai promete que vai emoldurar para gente fazer aquela surpresa pro aniversário dele, tudo bem?
Imediatamente o sorriso surgira nos lábios da menina, ela erguera a cabeça rapidamente concordando com a cabeça.
— Promete?
— Papai promete.
— Que surpresa é essa? — Questionava Theodore curioso.
Lisa e o pai trocaram olhares e deram risadinhas baixas se recusando a responder.
— Bem, então... Podemos ir? — Questionava o homem abraçando a cintura da esposa, que lhe dirigiu um sorriso alegre — O que foi?
— Você é incrível.
— Tenho alguns truques na manga ainda. Estamos indo crianças, se comportem e qualquer coisa liguem.
— Se divirtam!
A tensão fora embora graças a geniosidade de Peter, o padrasto de Theodore. O rapaz anotara mentalmente que deveria agradecê-lo mais tarde, por alegrar sua irmã e fazê-la esquecer do ocorrido.
Assim que o casal saíra de casa, Theodore deixara a irmã no sofá e fora preparar os lanches. Estando afastado de Lisa, a sombra de preocupação lhe tomara conta.
Theodore não queria se encontrar com o pai tão cedo. Seu corpo tremia só de lembrar o quanto aquela noite fora dolorosa. Respirando fundo, o loiro afastou as lembranças amargas de sua mente, tratando de estourar as pipocas.
No instante em que voltara para a sala, Theodore abandonara a preocupação para sorrir. Sua doce e amada irmã lhe esperava para assistirem High School Musical pela milionésima vez, e alguma coisa dizia que naquela noite eles iriam dançar e cantar até cansarem.
「 • • • 」
Eram onze da noite quando Theodore pegara Lisa no colo para levá-la até seu quarto e deitá-la na cama. A menina tinha caído no sono depois de dançar High School Musical, e ainda teve energia para dançar o filme The Cheetah Girls. Depois disso ela ficou quietinha enquanto Theodore penteara seus cabelos loiros e compridos, fazendo uma trança. E então ela dormira.
Encostando a porta do quarto com a plaquinha de unicórnios, o rapaz rira baixo em perceber o quão cansado estava. Não somente o dia tinha sido longo por causa do time de vôlei, como cuidar de uma criança de quatro anos pedia por muita energia.
No instante em que pisara no último degrau da escadaria, tivera de respirar fundo para encontrar mais um pouco de energia para arrumar a sala. Mantas estavam espalhadas junto com travesseiros, o sofá fora arrastado para terem mais espaço para dançarem. E ainda haviam as vasilhas de pipoca e os copos onde beberam refrigerante.
— Vamos lá!
Enquanto arrumava a bagunça, Theodore ouvira o som da garagem se abrindo e o motor do carro. Sorrindo levemente, esperou o casal passar pela porta, já imaginando que eles iriam rir do caos que instaurara na sua sala.
Não dera outra. Os dois riram em ver Theodore juntando a louça da mesa de centro e levar para a cozinha bem rapidinho.
— Se divertiram? — Perguntava o loiro ao voltar para a sala e dobrar uma manta.
— Bastante, e vocês?
— Nunca irei conseguir dançar quanto Lisa, provavelmente terei dor nas costas amanhã.
— Ela já foi pra cama?
— Uhum. Estava bem cansada.
O casal ajudara Theodore a arrumar a sala, e quando o rapaz fora pra cozinha lavar a louça, Peter se encostou na bancada ao lado do enteado cruzando os braços.
Percebendo o silêncio vindo do homem, Theodore já imaginava o que estava por vir. Ainda assim ficara em silêncio esperando a iniciativa do outro, que não se demorara.
— Sua mãe me contou sobre a ligação.
— Ah é?
— Você não é obrigado a ir, sabe disso.
Fechando a torneira e colocando o último copo no escorredor, Theodore enxugava as mãos no pano de prato enquanto se virava de costas para a bancada, ficando ao lado do padrasto. Por um instante percebera que estavam do mesmo tamanho, o que era estranho. Quando Theodore o conhecera, certamente batia em seu peito. As coisas teriam mudado tanto nesse último ano?
— Eu sei, mas também conheço meu pai muito bem. Então... Qual a história toda?
— Ele quer que você vá pra casa no final de semana. Não nesse, mas no próximo. Parece que ele vai se casar de novo, e a mulher quer te conhecer.
Theodore balançara a cabeça e soltara um riso abafado.
— Ela? Quer dizer que não é ele quem quer me apresentar à sua esposa, mas ela quem quer me conhecer?
Por que estaria chocado? Não seria essa a índole de seu pai? Já seria surpreendente demais ele ter ligado para sua mãe e feito o pedido, ao invés de ter ligado para o próprio filho. Theodore sabia que seu pai já havia enganchado em outro relacionamento, mas não estava esperando que conhecesse a pessoa.
— Não sabemos os detalhes... — Peter afagara o ombro de Theodore, fazendo-o lhe olhar. — Tem alguma coisa que eu possa fazer por você?
Theodore sentira os olhos arderem em perceber o quão preocupado seu padrasto estava. Certamente não poderia ser grato o suficiente pelo aconchego que aquele homem lhe dava. Agradecia aos céus por ele ter aparecido na vida de sua mãe.
Evitando chorar na frente dele, Theodore balançara a cabeça negando ao pedido.
— Vou ficar bem. É apenas um final de semana, não é mesmo? Eu aguento.
— Deixe o seu celular bem carregado, porque se acontecer qualquer coisa você deve me ligar. Irei te ajudar, sabe disso, não?
— Eu sei... Obrigado, Pete.
— Oh, vocês estão aí ainda. — Aline, mãe de Theodore, apareça na cozinha com um sorriso estonteante no rosto. Aproximando dos dois rapazes, ela cruzara os braços e arqueara a sobrancelha para o filho mais velho — Então...
— O quê?
— Antes da gente ter ido jantar, enquanto Lisa te esperava, ela falou algo bem curioso. — Explicava a mulher, se inclinando para sussurrar ao filho. — Que o irmãozão parecia um bobo apaixonado falando com as paredes.
Inicialmente Theodore não compreendera as palavras da mãe, até se recordar do que estava fazendo antes da chegada repentina de sua irmã no quarto. Imediatamente seu rosto ficara vermelho, e Theodore se remexia incomodado.
— E-Eu? Ela não deve ter dito isso, estava fazendo nada demais quando ela veio me chamar.
— Sua cara diz o contrário. Então... Está acontecendo alguma coisa interessante na escola?
— Nadinha. Apenas... Preparando o time pra partida amistosa.
Formando um bico nos lábios, das quais provavelmente Lisa herdara a manha, Alice batera o pé descalço no chão.
— Terei que coagir o meu espião para saber?
Fora a vez de Theodore arregalar os olhos.
— Mãe! Não ouse!
— Então me fale...
— Ela tem um espião na sua escola? — Ria Peter, recebendo o olhar pidão do enteado.
— O baixinho mais invocado da escola. Aquele dedo duro...
— Não precisarei recorrer ao meu fiel espião se você me contar... É algum garoto bonitão? Alfa? Beta?
Coçando a nuca, Theodore ainda não se acostumara a lidar com a a******a que sua mãe lhe dava para falarem sobre relacionamentos. Não por ser vergonhoso ou algo do tipo, apenas porque ainda tinha receio de que ela não estivesse tão orgulhosa quanto aparentava.
Ainda assim lá estava ela, o olhando com os olhos arregalados na grande expectativa em saber uma mísera fofoca. Theodore mordeu os lábios e suspirou derrotado quando se dera conta de que a sua mãe não lhe deixaria escapar tão cedo.
Tocando a orelha fria, Theodore então admitira.
— Esse ano chegou um cara na minha classe, e ele é ok.
— Como assim ele é ok?
— É gíria dos jovens, querido. — Retrucava Alice sem desgrudar os olhos do filho mais velho. — E então?
— Então... Nada demais.
— Ah que desperdício, esse meu filho não sabe contar fofocas.
Peter apenas ria balançando a cabeça, deixando mãe e filho conversarem seus assuntos. Theodore até pensou em seguir o padrasto só pra fugir, mas sua mãe fora mais rápida ao se colocar na sua frente mantendo os olhos arregalados sobre ele.
Rindo, o garoto então concordava com a cabeça.
— Tudo bem, tudo bem. Ahm... Ele é um alfa legal e é bom nos esportes. Entrou pro time de vôlei.
— Um alfa? Aaaah! Isso significa que ele vai estar lá no sábado?
— Sim, acho que é a primeira partida amistosa dele.
Alice tivera que reprimir o seu grito eufórico, mas não segurara os pés ao dar pequenos pulinhos de felicidade.
— E como ele é? Alto, baixo...
— Alto. Cabelos escuros, olhos castanhos... Não é muito forte, mas também não é magricela. Fica bem de uniforme.
— Qual o nome dele....
— Mamãe!
Alice e Theodore se viraram para a porta da cozinha, onde a pequena Lisa segurava um unicórnio de pelúcia e coçava os olhinhos com um bico manhoso nos lábios. Assim que ela viu a mãe, Lisa tratara de correr para abraçar sua perna.
— Oh minha querida, por que está acordada?
— Quero dormir com a mamãe.
Alice pegara a filha no colo e lançara um olhar para o loiro.
— Você não me escapa, mocinho.
Theodore apenas dera um sorrisinho acenando para a mãe, que logo deixara a cozinha para ir colocar a filha pra dormir. Estando sozinho, o rapaz se apoiara na bancada da pia sentindo o alívio de ter escapado da curiosidade de sua mãe.
Por ora.