Capítulo 34 - Dominante

1798 Words
Talvez Lucian não fizesse a menor ideia do efeito que ele tinha sobre Magnus, ou então ele sabia e o usava sabiamente. Fato era que Magnus simplesmente foi em sua direção. Ele tinha feito aquela pergunta apenas para provocá-lo, arrancar uma resposta com aquele sorriso b***a dele como sempre fazia. Afinal, Lucian sempre tinha uma resposta para as suas provocações, tornando as suas conversas em uma briga sobre quem deixa o outro sem palavras primeiro. No entanto, Magnus se deparou com algo novo naquele dia. A fragilidade do oitavo príncipe. Depois de ter ouvido aquela pergunta, Magnus apenas arregalou os olhos levemente ao perceber que o oitavo príncipe era… algo. Ele estava todo vermelho e ofegante por causa do efeito dos seus feromônios, os cabelos compridos esparramados pela cama e o encarando com descrença sem nem mesmo piscar. Era como se Lucian não acreditasse no que ouviu. A incredulidade expressa em sua face foi tão inédita, que Magnus realmente acreditou que Lucian choraria a qualquer momento. Como poderia um alfa ser tão… sensível a mera palavras? Ele agia feito um ômega! Só que aquilo despertou a curiosidade em Magnus… O que mais ele encontraria por trás da máscara de príncipe que Lucian usava, caso Magnus o desvendasse? Somente pelos feromônios, Magnus já tinha uma pequena noção do que o aguardava. Os feromônios de Lucian eram fracos com um aroma amadeirado e imperceptível, sendo necessário um grande foco para notá-los. E esse era o ponto: tratava-se de um feromônio sorrateiro que atrai atenção inteiramente para si e depois causava um efeito grande demais. Por isso, Magnus levantou-se da cama e tirou a sua gravata, amarrando na maçaneta da porta para avisar ao criado que o seu mestre estava em um momento íntimo. Por causa da gravata ter o brasão dos Grimwood, ele saberia que o príncipe estava em boas mãos. Depois, Magnus fechou as cortinas, começando a se sentir territorialista. Para finalizar todo o combo que faria Magnus realmente cair na tentação, ele viu aquela fragilidade sendo usada para seduzi-lo descaradamente. Com o sorriso mais doce e o rubor tão vermelho como uma maçã, Lucian sorria com alegria de poder ter o ômega para si naquele momento. Com apenas o estender dos seus braços e o tom de voz suave, ele tratou de seduzir Magnus do jeito mais descarado e adorável possível. — Hm… venha para mim, ômega. Magnus o encarou inexpressivamente sem realmente saber o que esperar de Lucian. Os alfas no cio geralmente eram incisivos, tentavam seduzir descaradamente um ômega para tocá-los de qualquer maneira. Sempre um bando de selvagens sem vergonhas que exalavam seus feromônios e faziam questão de prender os seus parceiros em suas camas. Só que Lucian estava o chamando, dando espaço para ele vir por vontade própria e tomar as rédeas. Ah, o doce ego. Como ficava o ego quando recebia uma carícia? Magnus deslizou os seus dedos pelos braços de Lucian, desde o ombro até o seu pulso. Ele sentiu a pele de Lucian se arrepiar com aquele suave toque até que seus dedos se entrelaçaram, assim Magnus levou as mãos do alfa acima de sua cabeça o prendendo contra a cama. Inclinando-se sobre ele, Magnus sentia cada vez mais o cheiro amadeirado, que mexia consigo sorrateiramente. Imediatamente ele foi para o pescoço de Lucian, onde sentiu o cheiro mais intenso junto com as batidas do seu coração. Ali, Magnus beijou o pescoço do alfa e sentiu debaixo de si a reação de seu corpo que se excitava com o menor toque. Apenas por curiosidade ele lambeu a pele do alfa, ouvindo-o gemer debaixo de si e reagir aos feromônios que o ômega liberava aos poucos. Magnus podia sentir o coração de Lucian acelerar, o seu cheiro intensificar, contudo o alfa continuava submisso. — Heh… que gracinha — Sussurrou o ômega. — O que? Erguendo a cabeça, Magnus lambia os lábios e sorria maliciosamente. — Estou dizendo que para um alfa, você é uma gracinha. Lucian piscou algumas vezes o olhando surpreso. — Isso foi um elogio? — Não. — Soou como um. — Mas não foi. — …Posso pensar que é um elogio? — Não. Lucian fez um leve bico nos lábios, mas Magnus sabia que no fim aquele sem vergonha ficaria contente e consideraria as suas palavras como um elogio. Não importava muito, na verdade, mas Magnus simplesmente se recusava a "perder". De qualquer forma, ele sorriu disfarçadamente e voltou a beijar o pescoço do alfa para provocá-lo ainda mais. Queria aproveitar enquanto Lucian agia sob controle, porque quando ele ceder para os instintos… A pele de Lucian era macia e fina, sendo fácil para Magnus sentir as suas veias em seus lábios. Não era apenas a reação de Lucian que ele podia sentir, mas sim todo um conjunto que entregava informações. Os dentes afiados de Magnus beliscaram atrás da orelha de Lucian, tomando todo o cuidado do mundo para não morder uma de suas glândulas de feromônios. Caso mordesse, o vínculo seria criado. Magnus queria evitar aquilo a todo custo. Só que era justamente naquele maldito lugar que Lucian era mais sensível e estremecia debaixo de si. Magnus ergueu os olhos carmesins para observar atentamente a forma como o seu noivo estava. Lucian parecia se conter, ele mordia o lábio inferior e até mesmo fechou os olhos. Que abusado! Como ele se atrevia a segurar quando tinha Magnus Grimwood beijando seu pescoço? Magnus ficou levemente emburrado e liberou uma grande quantidade de feromônios, o que fez Lucian respirar fundo e agarrar com força a sua cintura. Agora sim ele estava reagindo como deveria, e assim o ômega continuou a beijar o seu pescoço e a lamber suas glândulas atrás da orelha. — Haa… ômega. Seja obediente e libere mais feromônios. Um nervo foi atingido com aquela frase. Magnus se afastou do pescoço de Lucian e o encarou seriamente. — Repete se tiver coragem. O alfa apertou os dedos na cintura de Magnus. — Seja obediente… — Claro, isso é o que os alfas mais gostam: obediência — Interrompia Magnus, segurando firme o queixo de Lucian, notando as pupilas dilatadas e o seu cheiro ficando mais intenso — Não se esqueça com quem está se deitando, principezinho. — Você é impossível, sabia disso, Magnus? — Rebatia o príncipe, ainda perdido em seu instinto que parecia empurrar a razão para longe — É como se você me desafiasse só para me irritar. Magnus não respondeu, ele apenas deslizou os seus finos dedos pela orelha de Lucian, observando contente ele se arrepiar e desfazer a careta irritadiça. Ah, ele encontrou um ponto fraco daquele pequeno rato. — Você está jogando perigosamente, sabia disso ômega? Inclinando a cabeça calmamente, Magnus abriu o sorriso mais arrogante. — Não seja hipócrita, você não quer que eu pare agora, quer? O alfa precisou respirar fundo para manter a compostura na medida em que Magnus continuou a acariciar a sua orelha. Ele sabia que estava fazendo bem, principalmente em roçar os dedos na glândula de feromônios e usar a seu favor para amansar o ego alfa. A arrogância do ômega aumentou quando ele ouviu um gemido prazeroso sair do peito de Lucian. — Droga, ômega. Você realmente sabe como tocar, huh? — Heh — Magnus riu em escárnio. Ainda nem tinha começado. Só de brincar com seu pescoço, Magnus conseguiu arrancar mais gemidos e feromônios daquele dito príncipe. E ele queria mais. Ah, claro que Magnus queria ainda mais. Inclinando-se na direção dele, Magnus lambeu os seus lábios e o beijou profundamente. Imediatamente Lucian enroscou as suas línguas, tornando o beijo profundo e erótico. A saliva escorria entre seus lábios, eles se beijavam tão intensamente que o calor emergia entre seus corpos. Um gemido escapou dos lábios ocupados de Lucian, ele apertou os dedos em volta da cintura de Magnus, tendo leves espasmos de prazer. Magnus também ficou mais e******o na medida em que sentia a língua de Lucian explorar a sua boca e ser coberto com os feromônios do alfa. — Ômega, você está me enlouquecendo, sabia? — Foi apenas um beijo. — Só um beijo? Lucian soltou um rosnado, apertando ainda mais a cintura de Magnus e o puxando contra si, mantendo seus lábios a meros milímetros de distância um do outro. A respiração de Lucian estava tão quente, que Magnus se sentiu mais e******o. Droga, de adorável e submisso ele já evoluiu para o típico alfa no cio. E o pior de tudo… Era excitante. — Você sabe muito bem o que isso está me causando, ômega. Está me enlouquecendo. Claro que estava enlouquecendo, Magnus liberava seus feromônios também justamente para seduzir Lucian. E ele respondia tão prontamente que tornava aquela brincadeira cada vez mais perigosa. Os olhos de Magnus brilhavam de excitação. — E daí? — Magnus questionou ao morder o lábio inferior de Lucian Lucian respirou agudo com aquela mordida, e seus dedos entravam por baixo da blusa do ômega para apertá-lo mais e mais contra si. Entre rosnados, Lucian deixou a sua voz mais grave como uma ordem. — Você sabe o que está fazendo comigo, não sabe? — Que alfa mais reclamão — Zombou Magnus. O apertou ficou mais forte e Lucian jogou Magnus na cama para ficar em cima dele. A troca de posições foi repentina, pegando o ômega desprevenido. Jurou ter ouvido Lucian xingá-lo naquele meio tempo, só que o alfa esfregou a sua ereção contra a de Magnus, fazendo questão de mostrá-lo o estado caótico que a sua brincadeira o deixou. — Você está agindo feito um garotinho — Rosnava Lucian — Um lindo, enfurecedor e enlouquecedor garotinho. Piscando aturdido pela troca de posições, Magnus abriu um sorriso malicioso, puxando Lucian pelo pescoço para voltar a beijá-lo profundamente. Mais uma vez, Lucian gemia, sendo nítido que a atitude dominante do ômega e suas provocações era o que mais excitava. As suas mãos trabalhavam para tirar suas roupas, com extrema urgência na medida em que o beijo escalava junto com os seus feromônios. O cheiro deles se misturava no ar, levando ambos à loucura da atração onde nenhum deles cedia. Um queria ser o vencedor naquele jogo charmoso. Lucian interrompeu o beijo e afastou o rosto apenas o suficiente para recuperar o fôlego. O corpo de ambos queimava de desejo um pelo outro, os seus olhos escurecidos pela sombra da possessividade sem fim se chegar no cume do prazer. — Ômega — Lucian dizia entre ofego e sorria maliciosamente mostrando as presas como um lobo faminto — Você está me enlouquecendo. Eu te quero. Quero te possuir e te tornar meu de todas as maneiras possíveis. Eu te clamarei como meu. O seu instinto ômega gritava para ser possuído por aquele alfa ridículo. Trincando os dentes, Magnus não tinha como segurar mais o seu instinto. Magnus queria mais.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD