Capítulo 10 - Erro de uma droga

1687 Words
Ler sobre os instintos dos híbridos fazia parecer que era algo intenso e quente, a luxúria que cobria duas pessoas fazendo-as agir de acordo com os seus desejos. Para um leitor o cio dos híbridos parecia sempre ser apenas uma desculpa para o sexo entre os dois personagens. Algo que nem toda história precisaria, já que a atração entre duas pessoas era algo que qualquer um poderia entender facilmente. Só que agora Lucian percebia que era bem mais fundo do que pensava. Era… incontrolável. Dentro de si havia uma fera que saía do seu esconderijo para possuir um ômega independente se era da vontade do ego ou não. Pouco importaria para aquela fera se o alfa e o ômega se conheciam e se gostavam, o fato de serem híbridos liberando feromônios era o suficiente. Tudo era tão intenso que Lucian se sentia sem ar. O seu corpo movia sozinho, ansiando pelo calor da pele de Magnus. O aroma de vinho era como uma serpente que se enrolava no corpo de Lucian e o seduzia cada vez mais para a luxúria. A língua quente e úmida de Magnus se envolvia com a dele, explorando a sua boca com avidez. Mal ele conseguia pensar direito em como era a sensação de ter o seu personagem preferido em seus braços. Tudo o que passava em mente era o desejo ardente que crescia na medida em que o calor corria por suas veias. Um calor intenso que fazia aqueles dois homens tirarem seus paletós e desabotoar seus coletes e gravatas para sentir a pele um do outro. — Pare com esses… hmpf… malditos feromônios! — Gemia Magnus. As mãos de Lucian seguraram as coxas do ômega e o ergueu em seu colo, arrancando um ofego do Grão-duque. Caminhando por aquele pequeno quarto, Lucian carregou o ômega até deitá-lo no estofado e ficar sobre ele. — Não foi para isso que você colocou aquela droga? — Lucian sorria, abrindo os primeiros botões da camisa sentindo a sua pele suar de calor. Os olhos vermelhos carmesins de Magnus acompanhavam os dedos enluvados de Lucian, e ele engolia em seco respirando fundo toda vez que o príncipe liberava seus feromônios — Para que um ômega sentisse o cheiro dos feromônios de um alfa e ambos perdessem o controle? — Não eu e você! O polegar de Lucian limpou a saliva que escorria do canto da boca do outro rapaz. A visão daquele rosto todo envergonhado, seu peito subindo e descendo rapidamente e o cheiro dos seus feromônios enlouqueceram o príncipe. Voltando a beijá-lo profunda e intensamente, Lucian apertava as coxas de Magnus o cobrindo com o seu cheiro. Os dedos de Magnus deslizaram por baixo da camisa social branca do oitavo príncipe, vagando pelas suas costas e sentindo o seu calor. Suas respirações ficavam pesadas na medida em que a droga fazia cada vez mais efeito sobre eles e os guiasse para um caminho sem volta. A calça de Magnus foi aberta sem demora. O tecido deslizou entre as coxas do Grão-duque e um cheiro intenso aumentou a insanidade e desejo de Lucian. Puxando a luva com os dentes, Lucian finalmente teve suas mãos livres para deslizar na parte interna das coxas de Magnus, onde sentia o líquido transparente lambuzar suas digitais. Inclinando-se entre as pernas dele, o oitavo príncipe lambia a pele do ômega, que segurou fortemente os seus ombros e gemia alto. — Haa! O que… está fazendo aí?! Lucian não respondeu, a sua língua deslizou para cima aproximando da virilha de Magnus. Mordiscando sua pele, o cheiro adocicado se intensificava na medida em que o ômega ficava e******o. E mesmo que ainda usasse a sua roupa íntima, era nítido o quão duro ele estava. Lucian o beijou calidamente ali, tocando cada curva quente do Grão-duque e ouvindo os seus gemidos. — Haa… a-alfa… As pupilas dilatadas de Lucian se ergueram para o ômega, que parecia completamente entregue ao desejo de ser possuído. Sua expressão suavizou potencialmente e já não havia aquela sombriedade que Magnus Grimwood sempre carregava. Era como se houvesse outra pessoa possuindo o seu corpo. Mas Lucian não pensou muito a respeito, ele próprio parecia mais interessado em devorar o m****o rijo do ômega e fazê-lo gemer mais e mais. Os gemidos do ômega rechearam aquele cômodo. Pouco se incomodaram com o fato de estarem na residência de um Conde, e que do outro lado daquela porta haveria uma festa acontecendo com os maiores nobres da sociedade. Tudo o que importava para aqueles dois homens era saciar a vontade súbita de serem preenchidos um pelo outro. — O seu cheiro é tão bom — Sussurrava Lucian, lambendo o umbigo de Magnus, que estremecia abaixo dele. O elogio fez com que Magnus liberasse mais feromônios, e Lucian não tardou em regozijar. Ele lambia, mordia com força, marcava a pele daquele ômega enquanto o invadia. — Aaah! As costas de Magnus se curvaram ao alto, suas mãos se agarraram às costas de Lucian enquanto o seu interior era preenchido pelo príncipe. O líquido que escorria entre as pernas do Grão-duque tornava fácil do alfa deslizar para dentro, e quanto antes o seu desejo fosse saciado, maiores eram os gemidos que Lucian deixava escapar. Como se não bastasse invadi-lo e mover bruscamente para preenchê-lo, o oitavo príncipe lambia atrás da orelha de Magnus, mordiscando e chupando sua pele o fazendo se remexer em seus braços. Ele tinha o vilão sob sua posse, em uma completa bagunça de respirações quentes, gemidos e prazer na medida em que ambos os quadris se moviam no ritmo perfeito. — Mais… me dê mais, alfa! — Eu o farei, não seja ansioso, ômega. Lucian estranhou a própria voz, que soou mais grossa e rouca como um rosnado. Mas o seu timbre fez Magnus estremecer com força e ficar ainda mais submisso do que já estava. A visão era tão sexy para Lucian, que ele certamente ficou maior dentro do pobre ômega. — Hngh! haa…. alfa…. As curtas unhas de Magnus arranhavam as costas do alfa e seu quadril se moveu para continuar a ser atingido. Lucian ofegou e apertou a cintura de Magnus, urrando alto e deslizando fundo até acertar cada ponto fraco daquele ômega e fazer as suas pernas ficarem moles e fracas. Quanto mais Magnus apoiasse em seu corpo, maior era a satisfação de Lucian. Deslizando a ponta do nariz pela curvatura do pescoço de Magnus, o alfa sentia o cheiro de vinho emanando de sua pele. Ele não se cansava de lambê-lo, mordê-lo e beijar o seu pescoço, beliscando sua pele e deixando marcas avermelhadas espalhadas. — O seu cheiro é delicioso, ômega. Libere mais para mim. O ômega liberou mais dos feromônios, sua respiração ofegando e seus braços apertando o pescoço de Lucian. Ele estava tão preso naquela i********e e calor que m*l conseguia pensar em outra coisa que não ser preenchido por todo aquele volume dentro de si. O calor entre os dois continuou mesmo quando o céu estrelado tomou o lugar do céu alaranjado e somente quando chegaram ao ápice do prazer eles recaíram sobre o estofado ofegante e cansados. Aquilo foi… pura loucura. Luciano já havia dormido com seus ex-namorados antes de entrar naquela história e sabia muito bem como era sentir prazer. Mas nunca em sua vida tinha sentido tanto prazer e perda de controle. Ao mesmo tempo que ele sabia o que havia feito, existia aquela sensação surreal. Tinha mesmo feito aquilo? Os olhos claros de Lucian vagaram pelo teto decorado daquele quarto e recaiu sobre o Grão-duque que estava de olhos fechados ao seu lado. O peito de Magnus subia e descia rapidamente e ele, por si só, estava uma bagunça. A camisa aberta, seu corpo branco cheio de marcas de mordidas e chupões e um cheiro amadeirado o cobrindo. — Droga… — Murmurou Lucian sentindo a cabeça latejar. Fechando os olhos, o alfa suspirou se sentando no estofado. Encarando a própria mão, ele ainda tinha aquela sensação de pressão baixa — Mas que droga você usou…? — Calado — Ralhava Magnus com sua voz rouca, parecendo se recompor aos poucos. — Estou tonto — Lucian continuava a reclamar, fechando os olhos e sentindo o corpo pesar. — Só fique quieto que logo passa. Claro que Lucian não conseguiria ficar quieto, pelo menos não enquanto ele estivesse tão surpreso com cada sensação que ele tinha em seu corpo. Encostado no estofado, ele pelo menos conseguiu abotoar a sua camisa novamente enquanto observava Magnus e o seu estado de caos. Tão lindo mesmo com o cabelo bagunçado e a roupa toda amassada. Uma gota de orgulho surgiu em seu peito ao notar o quanto ele conseguiu deixar Magnus marcado e cansado ao ponto dele permanecer deitado no estofado e de olhos fechados. Ora essa, ele acabou de fazer uma rapidinha com o vilão da sua história preferida! — Lucian?! Você está aí?! A voz de Raven vindo da porta fez Lucian torcer os lábios. Claro que alguém iria estragar o seu doce momento de glória. Levantando-se do estofado sob tropeços pela leve tontura, ele vestiu suas calças e ajeitou a roupa branca que deveria parecer menos amassada possível. — Não conte a ninguém. Lucian olhou sobre o ombro e se inclinou sobre o estofado para olhar Magnus. Os olhos vermelhos carmesins se abriram para encará-lo, o que fez o oitavo príncipe sorrir levemente. — Não quer que ninguém saiba que você dormiu com o oitavo príncipe? — Isso dará aberturas para saberem o que realmente desencadeou tal situação. — Você pensa demais, apesar disso ser adorável — Lucian soltava um riso baixo enquanto sussurrava, o que fez Magnus franzir a testa. — O que quer dizer com isso? — Por que as pessoas iriam estranhar dois noivos estarem juntos? Os olhos de Magnus se arregalaram de surpresa. — O que? — Eu disse que te traria um problema. Você drogou o oitavo príncipe e dormiu com ele, agora precisa assumir a responsabilidade por termos feito sexo antes do casamento. — Lucian segurou a mão de Magnus e beijou seus dedos — Prometo ser um marido devoto, Magnus Grimwood.
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