5- Carolina

3607 Words
Eu me surpreendi ao ver o Sr. Christian sorrindo depois de te sido tão grosso comigo mais cedo, eu não entendi o porquê ele reagiu comigo daquela maneira e isso me obrigou a falar umas verdade na cara dele, não sou mulher de levar desaforos e deixar por isso mesmo, o meu sangue ferveu e eu tive que falar o que estava entalado na garganta, mas foi impossível não me surpreender ainda mais quando ele me pediu desculpas, eu não imaginária que aquele ogro arrogante me pediria desculpas depois de todas as grosserias que me fez. Começamos uma conversa até que bem agradável e animada e fiquei supre feliz com a idéia de poder fazer a minha faculdade, sei que ele só está fazendo isso porque o papai pediu e não porque ele realmente quer, mas também, se não fosse pelo pedido do papai eu jamais aceitaria que ele pague a minha faculdade, eu até me senti ofendida e insultada quando ele me deu aquele cartão de crédito, não é porque ele é meu tutor que vou aceita o seu dinheiro, não quero que mais tarde ele jogue na minha cara que sou uma interesseira por ter aceitado o seu dinheiro, ou até mesmo me cobrar por tudo que fizer por mim, mas eu não vou ficar de braços cruzados dentro dessa mansão, eu vou sim trabalhar ele querendo ou não, eu preciso de dinheiro para as minhas necessidades mas não vou aceitar nenhum centavo daquele i****a e******o. Tivemos uma calorosa discussão e eu realmente estava o odiando depois de tudo que ouvi, tentei sair e deixá-lo falando sozinho mas me surpreendo quando ele me puxa pelo braço me colando contra o seu corpo, não sei explicar o que está acontecendo comigo nesse momento, mas sinto algo de estranho com o meu corpo, minhas pernas tremem feito gelatina e milhões de bolinhas parecem estourar no meu estômago, me fazendo sentir uma sensação de aflição e ansiedade que me deixa bastante ofegante por estar tão perto dele, por sentir suas mãos me segurar com firmeza, o toque dos seus dedos na minha pele fazendo os meus pelos se eriçarem, seus olhos estão cravados nos meus até ele desviar para minha boca, é impossível não fazer o mesmo, sua boca está entre aberta e posso sentir sua respiração acelerada enquanto acaricia o meu rosto, ele se aproxima cada vez mais deixando os seus lábios a sentimentos dos meus, não vou negar que sinto uma imensa vontade de beija-lo, mas de repente ouço a voz da Carmen e o no susto o empurro abruptamente me afastando dele completamente envergonhada. — Com licença... — Passo por Carmen apressada sentindo o meu rosto pegar fogo de tanta vergonha que estou sentindo por ter sido flagrada nos braços do senhor arrogante. Não acredito no que acabou de acontecer dentro daquele escritório, e acredito menos ainda no que poderia ter acontecido se Carmen não tivesse aparecido, meu Deus o que deu naquele homem para agir daquela forma? E porque eu não o empurrei no começo de tudo aquilo? Porque eu senti todas aquelas coisas quando estava em seus braços? Será que ele iria me beija? Será que ele se interessou por mim? Ah qual é! Esse homem jamais se interessaria por mim, ele acha que sou uma criança, ele está acostumado com mulheres finas elegante e de acordo com a sua idade e classe social, eu não passo de uma morta de fome que não tem onde cair dura então como um homem desse se interessaria por mim? Nunca! A menos que ele esteja afim de brincar comigo como deve fazer com tantas outras, eu não sou mulher para ele e nem ele deve ser homem para mim, um homem lindo e milionário como aquele jamais me olharia de outra forma que não seja como uma irmã mais nova, ou algo do tipo, o melhor que eu tenho a fazer é não ficar imaginando coisas que não existem. Subo as escadas correndo e vou para o meu quarto, entro no mesmo e me despi ali mesmo indo direto para o banheiro, porque de repente comecei a sentir um calor insuportável, e olha que o tempo nem está assim tão quente. Passo alguns bons minutos ali em baixo do chuveiro tentando baixar a temperatura do meu corpo, que parece pegar fogo a cada segundo que me lembro da sua mão segurando firme a minha cintura, e seus dedos no meu rosto deslizando pela minha pele, eu não sei explicar o que está acontecendo comigo e no fundo até acho isso tudo muito estranho, já que nunca senti isso antes, pelo menos não dessa maneira tão intensa. Depois do banho coloco um vestido azul turquesa tomara que caia e ele é bem confortável, vou direto pra cama mas me deito no mesmo instante em que alguém bate na porta e eu peço que entre, poucos segundos depois Carmen já está dentro do meu quarto se aproximando de mim com um pequeno sorriso no rosto. — Oi minha querida, eu vim te chamar para descer o almoço vai ser servido em dez minutos. — Avisa parada ao lado da cama me encarando ainda com aquele sorriso no rosto enquanto estou extremamente envergonhada por ela ter me visto naquela situação. — Acho que eu não vou descer Carmen, não estou com fome. — Minto descaradamente só para não ter que olhar para o Sr. Colliman outra vez. — Me desculpe menina mas o patrão quem me mandou pedir pra você descer, nós temos visitas e ele quer você na mesa com a Clarinha, já que você está tomando conta dela. — Diz ampliando ainda mais o seu sorriso me deixando intrigada, sei que essa é só uma desculpa para ele me obrigar a descer. Droga! — Tudo bem Carmen, eu vou descer. — Me levanto da cama e vou em direção a porta com Carmen atrás de mim. Saímos do meu quarto e fomos em direção as ensacadas mas Carmen chama a minha atenção. — Carolina! Pode descer na frente, eu preciso chamar a menina Clarinha, ela está dormindo no quarto do patrão mas ele a quer na mesa ao seu lado. — Avisa se virando e vai em direção a porta no final do corredor, eu apenas concordo e sigo o meu trajeto até a sala de estar onde fico esperando por elas. Me sento naquele enorme sofá macio e me acomodo enquanto espero por Carmen e Ana Clara, me distraio mexendo no meu celular e nem percebo que tem alguém parado na porta me observando, me assusto ao ver aquele homem lindo me encarando tão fixamente que me levanto em um pulo indo para trás do sofá o encarando sem entender o porquê esse homem está ali praticamente me vigiando. — Me desculpe se te assustei, não foi essa a minha intenção... Eu me chamo Demétrio, sou amigo do Christian. — Se apresenta enquanto se aproxima me estendendo a mão, o encaro com receio mas resolvo me arriscar o cumprimentando, dou a volta no sofá apertando a sua mão. — Sou Carolina, prazer em conhecê-lo Sr. Demétrio. — O cumprimento, ainda receosa e ele beija a minha mão sem tirar os seus olhos dos meus. — Por favor, me chame apenas de Demétrio, não quero parecer tão velho com você me chamando de senhor. — Diz erguendo uma sobrancelha e eu sorrio com a careta que ele faz. — Minha nossa... Você é incrivelmente linda Carolina... Você tem namorado? — Pergunta encarando a minha boca e eu coro com os seus olhares sobre mim. — Obrigada... E não, eu não tenho namorado mas imagino que você deva ser casado, ou tem uma namorada bastante ciumenta... Acertei? — Me sento novamente e ele se senta ao meu lado. — Acertou, eu realmente tenho uma namorada bastante ciumenta mas, é impossível não admirar a sua beleza, que por sinal é magnífica. — Afirma se aproximando mais, me encarando fixamente nos olhos e isso me deixa ainda mais sem graça. — Demétrio! — Ouço aquela voz grave atrás de nós e o meu corpo fica tenso na mesma hora. — Pelo que vejo você já se esqueceu que tem uma namorada, ou então não estaria dando em cima da Srta. Fontinelli, não é mesmo? — O repreende irritado enquanto se aproxima dando a volta no sofá, ficando frente a frente conosco. Nossos olhares se cruzam e posso ver o quanto ele está irritado por ver Demétrio ao meu lado, flertando comigo descaradamente sem se importar com nada, mas uma coisa me chama atenção, o fato dele estar tão irritado com a aproximação de Demétrio em ralação a mim me deixa confusa, porque ele se irritaria com isso? Deve ser porque Demétrio tem namorada e não devia estar me cantando na cara de p*u. — Desculpa Christian, mas você não havia me dito o quanto ela é linda cara, eu estou simplesmente hipnotizado com tanta beleza, eu poderia me apaixonar fácil por Carolina. — Demétrio diz com os seus olhos ainda grudados em mim me deixando totalmente desconfortável com essa situação. — É melhor você se conter Demétrio... A Lívia não vai gostar de saber que você está dando em cima da minha protegida. — Diz cruzando os braços encarando Demétrio seriamente. — p***a aí você pegou pesado Christian, isso é jogo sujo você sabe disso, não é? — Rebate Demétrio se levantando frustrado e eu me seguro para não rir da cara que ele faz. Desvio os meus olhos até o Sr. Christian e vejo que ele ainda me encara sério então me dou conta do que ele havia acabado de dizer, "minha protegida", que história é essa de protegida? Bom, pelo menos não vou precisar chamá-lo de papai, sorrio com a minha teoria e vejo que Christian me encara intrigado como se quisesse ler os meus pensamentos, ainda bem que ele não pode fazer isso, ou já teria me expulsado da sua casa, ou não. — Vamos! O almoço logo será servido. — Avisa encarando sério Demétrio mas logo desvia os seus olhos para mim, colocando as mãos nos bolsos da calça. Me levanto indo na sua direção passando por ele e Demétrio que segura a minha mão me guiando até a sala de refeições. Nos acomodamos de frente um para o outro e o Sr. Christian que não tem com uma cara muito boa se senta na ponta da mesa. — Carolina! Eu quero me sentar com você. — Pede Ana Clara entrando na sala de refeições correndo e vem direto até a mim se sentando ao meu lado. — Mas é claro que você pode se sentar comigo meu anjo, e como você está? Você se machucou? — Pergunto me virando para ela encarando os seus bracinhos e as perninhas a procura de hematomas, mas não encontro nada graças a Deus. — Eu não me machuquei eu estou bem, eu sou forte igual ao papai. — Comenta com um sorriso lindo encarando o seu pai que agora tem uma expressão mais suave que antes. — É verdade meu amor, você é muito forte, mas não vamos mais poder correr pela casa está bem? — Alerto-a fitando os seus olhinhos que agora parecem mais tristes. — Porque não podemos correr dentro de casa Carolina? Eu gosto de brincar de correr. — Questiona abaixando a cabeça meio tristinha e eu seguro seu rosto a encarando com um pequeno sorriso. — O seu papai disse que não podemos mais correr dentro de casa... Mas ele não disse que não podemos correr no jardim, não é? Então nós só vamos correr lá fora ok? — Falo bem baixinho no ouvido dela que rapidamente abre um largo sorriso. — Eu posso saber o porquê estão de segredinhos, Srta. Fontinelli? — Pergunta o senhor arrogante, o que aconteceu com o "vamos deixar de lado as formalidades?" — Não é nada demais Sr. Colliman, é apenas coisas de mulheres. — O encaro com uma sobrancelha erguida e olho para Clarinha piscando para ela que pisca de volta, ainda sorrindo. O senhor ogro arrogante não diz mais nada, apenas me encara por alguns segundos e pede que o almoço seja servido, começando a comer tranquilamente enquanto Demétrio e o Sr. Colliman conversam entre si e eu e Clarinha conversamos baixinho para não incomodar o senhor ogro, o ogro mais lindo que já vi em toda a minha vida mas ainda sim, é um ogro. A sobremesa chega e tanto eu quanto Clarinha nos deliciamos na torta de pêssego e na salada de frutas, mas vi que Clarinha quase não tocou nas frutas e durante o almoço ela nem tocou nos legumes que havia em seu prato. — Clarinha, você não gosta de frutas? Você não comeu nada meu anjo, nem os legumes você não comeu, você também não gosta de legumes? É saudável e faz bem pra saúde. — Pergunto curiosa e ela me encara sem graça. — Eu não gosto de comer essas coisas Carolina, na casa da mamãe eu só como batata frita, hambúrguer, pizza com refrigerante e os meus doces favoritos. — Diz baixinho para o pai dela não escutar mas ela falha gloriosamente. — Que história é essa Ana Clara? É esse tipo de comida que a sua mãe dá para você comer? Você não come comida saudável minha filha? — Questiona Sr. Colliman a encarando preocupado e vejo que a situação é mais séria do que pensei. — Não papai, a mamãe não faz comida, ela pede pelo telefone e um moço vai levar lá em casa, eu como batata frita todos os dias. — Diz espontaneamente e Sr. Colliman agora tem uma expressão de raiva além de muita preocupação. Com certeza ele tem razão em se preocupar com a saúde da filha, não é saudável para uma criança comer esse tipo de comida diariamente, com certeza a mãe de Clarinha é uma irresponsável por não cuidar da filha como se deve. — Mas você precisa comer frutas e legumes minha princesa, não pode ficar comendo esse tipo de comida todos os dias porque faz m*l e sua mãe deveria saber disso. — diz Demétrio também preocupado e Clarinha parece amedrontada por todos a questionar sobre a comida. — Se me permitem falar, eu acho que não temos que questionar tanto a menina, ela não tem culpa de nada ela só come aquilo que dão a ela, então Sr. Christian, o senhor devia conversar com quem cuida da menina, ou seja, com a mãe dela, a mãe dela precisa cuidar com mais atenção da alimentação da filha. — O encaro também preocupada e ele parece pensativo sem dizer nada, mas pela sua expressão posso ver que ele não está satisfeito com nada disso, eu até pensei que ele me daria uma resposta rude mas me surpreendo. — Você tem razão Carolina, eu preciso ter uma conversa séria com a Esthela, essa situação não pode ficar assim. — Diz depois de um tempo calado e eu me surpreendo por ele voltar a me chamar apenas de Carolina. Mas que homem bipolar meu Deus! Deixamos aquele assunto chato em off pois percebemos o quanto essa questão perturbou o Sr. Christian, termino a minha sobremesa junto com Clarinha e resolvemos ir para sala de brinquedos, percebi o quanto essa menina é carente de atenção e sempre que pode ela me arrasta para brincar com ela, e é incrível ver o sorriso de satisfação em seu rostinho quando eu aceito brincar com ela sem questionar, Clarinha é muito sozinha mas no que depender de mim, seremos grandes amigas, pelo menos enquanto eu ainda estiver por aqui. Depois algum tempo brincando de bonecas com Clarinha nós tivemos uma conversa bastante tensa, mas enfim consegui contornar a situação, Clarinha tem medo que eu deixe de gostar dela mas depois de acalmá-la prometendo que não deixaria de gostar dela, ela parece mais tranquila e disse que está com sono, então a levo para o meu quarto e deito com ela por alguns minutos cantarolei uma música infantil qualquer e logo ela adormeceu, aproveitei para recolher alguns brinquedos que havíamos deixado aqui mais cedo e não são poucos, saí para colocá-los no lugar e deixei a porta do meu quarto aberta caso ela acorde. Desço para colocar os brinquedos na sala de brinquedos dela, passo pelo corredor e sigo em direção a sala da diversão, mas quando passo pela porta do cômodo me choco contra alguém saindo e com o impacto deixo os brinquedos caírem. — Me desculpe senh... — Tento me desculpar mas ele me interrompe me encarando furioso. — MAS QUE DROGA! PRESTA ATENÇÃO POR ONDE ANDA SUA DESASTRADA! — Grita me encarando ainda furioso e eu me assusto com o seu tom agressivo. É, ele trocou a ferradura e está novinha em folha! Cavalo! — Não grita comigo porque eu não sou surda, ouviu bem? E desastrada é a senhora sua vó seu ogro! — Esbravejo irritada também o encarando furiosa. — Agora toda vez que se aborrecer o senhor vai descontar a sua raiva em mim? O que eu tenho a ver com os seus problemas? Eu não sou tuas negas para o senhor me tratar assim, tá sabendo? — Confronto-o ainda irritada e aponto um dedo no seu rosto fazendo-o me encarar perplexo. — Como ousa falar comigo dessa maneira, sua atrevida? Seu pai não te deu educação não é? — Me enfrenta segurando com força a mão que eu aponto para o seu rosto e isso me desespera. — Me solta...! Me solta seu cretino...! O que vai fazer comigo, hein? Vai me bater? Então me bate que eu te coloco na cadeia por agressão... Me solta! — Peço enquanto tento me soltar mas é inútil, tento socar o seu peito com a outra mão mas ele também a segura. Sr. Christian me puxa para si colocando minhas mãos atrás das minhas costas prendendo o meu corpo ao seu, nossos rostos estão próximos, próximos demais e isso me deixa tensa e com a respiração pesada, ele me encara ainda mais surpreso pelas minhas palavras e meu ataque de fúria. — Porque você me afronta dessa maneira Carolina? — Sussurra encarando os meus olhos mas desvia para minha boca me fazendo engolir a seco. — Me desculpa... Me desculpa eu não queria... Não queria gritar com você... Não foi a minha intenção descontar a minha raiva em você. — Diz com a voz rouca e sinto sua respiração pesada contra o meu rosto. Não consigo dizer nada, ele solta as minhas mãos mas continua com os seus braços em volta do meu corpo me prendendo a ele, sinto o meu corpo mole em seus braços e aquela angústia e ansiedade volta com força me fazendo segurar os seus braços com força sentindo os seus músculos rígidos, nossos olhares estão presos um ao outro e de repente sinto uma de suas mãos acariciar de leve o meu rosto. — Você é tão linda... — Sussurra encarando a minha boca e desce sua mão do meu rosto adentrando os seus dedos em meus cabelos, ele me segura pela nuca e se aproxima lentamente da minha boca me deixando aflita pelo que ele vai fazer. — Carolina eu ouvi grit... — Ouço a voz de Carmen e por impulso empurro abruptamente o Sr. Christian me afastando dele. Carmen nos encara surpresa e eu nem imagino o porquê! — Oi Carmen... Eu vim guardar os brinquedos da Clarinha mas... Mas acabei esbarrando sem querer no Sr. Christian e derrubei tudo. — Comento ainda ofegante a encarando sem graça e me abaixo recolhendo os brinquedos do chão, então vejo Sr. Christian se abaixar para me ajudar. É sério isso? — Oh minha querida deixa eu te ajudar... Como você conseguiu trazer todos esses brinquedos de uma só vez, Carolina? — Diz sorrindo se aproximando mais e se abaixa nos ajudando com os brinquedos. — Nem me pergunte Carmen, porque eu também não sei. — Digo sem olhar para ela de tão envergonha que ainda estou. Terminamos de pegar todos os brinquedos e os colocamos na sala de brinquedos, já estava saindo da sala quando o Sr. Christian me chama. — Onde está a minha filha Carolina? Eu não a vi com você e nem com Carmen. — Pergunta parado com as mãos nos bolsos me encarando daquele jeito intenso. Droga! Esses olhares dele acabam comigo! — Ela está no meu quarto senhor... Está dormindo mas eu deixei a porta aberta caso ela acorde... Eu já vou voltar para ficar com ela, com licença. — O encaro sem jeito por ver que Carmen nos encara com aquele mesmo sorriso bobo de antes, novamente eu vou sair mas ele me chama. — Carolina... Obrigado por cuidar tão bem da minha filha... E mais uma vez me desculpe pelo acontecido. — Diz sem desviar os seus olhos dos meus e eu faço o mesmo. — Está tudo bem senhor, não se preocupe... Com licença. — Digo com um pequeno sorriso envergonhada e ele sorrir de lado de um jeito que me deixa aérea. Me viro saindo dali apressada e subo de volta para o meu quarto, pensando em tudo que aconteceu minutos atrás, mais uma vez ele quase me beijo e mais uma vez eu esperei por esse beijo, que mais uma vez não veio, "mas o que está acontecendo comigo? Porque estou desejando tanto beijá-lo? Isso é um absurdo ele é meu tutor, isso não é certo!" Mas como eu faço para expulsar esse desejo para fora de mim? Eu não acredito que isso esteja mesmo acontecendo comigo.
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