Capítulo XVI - Oportunidades

1070 Words
A convenção foi um sucesso. No terceiro dia Gabriela sentia que já tinha aprendido muito mais do que esperava. A palestra tinha sido apresentada por Adriano. Ele era incrível, e Gabriela estava cada vez mais certa de que o amava de verdade. Teriam uma pausa no resto do dia. Gabriela foi se arrumar para o seu almoço com Adriano. Isabella se divertia com o seu nervosismo. - Me ajuda Isabella. Eu estou perdida aqui. - Amiga você fica linda com qualquer coisa. Mas tudo bem, eu vou escolher algo que vai deixar o Adriano de queixo caído,e digo literalmente caído. Aqui está. O que achas?  - Isabella és melhor das amigas. Muito obrigada. Gabriela vestiu e tirou fotografias para que Paula também as pudesse ver. - Estás óptima. Vais dizer a ele amiga? - Não. Eu não tenho coragem de fazer isso agora. E faz pouco tempo que ele terminou com a Renata. - Sim. Porque ela é naturalmente insuportável. - Não é só isso. E se ele não me corresponder? - A sério Gabriela? Vais desistir agora e deixar o medo vencer? Se você não abrir o seu coração, nunca vais acabar com estas dúvidas. Estou enganada? - Claro que não. Veremos como as coisas vão correr. Eu direi a verdade. Mas apenas quando voltarmos para casa. Aqui não é o lugar. - Tudo bem. Eu respeito a tua decisão. Prometo que não digo nada. Agora vai amiga. Não o deixes esperando. Gabriela saiu e Adriano realmente a esperava. - Uau! Você está linda. - Obrigada. Espero não estar formal demais. - Não te preocupes. Esta parte já foi assegurada. Eles saíram e Gabriela teve que respirar fundo para controlar os seus batimentos cardíacos que estavam bem acelerados. A tarde foi bastante divertida. Aos olhos das outras pessoas eles não passavam de um casal feliz e apaixonado. Gabriela estava feliz e descontraída. Por algum momento ela não pensou mais no seu desejo de descobrir a razão pela qual a avó não citava nunca o nome de seus pais. Apesar de estar feliz por saber que amava Adriano, Gabriela ainda sentia um espaço vazio no seu peito, e o queria preencher, só não sabia como fazer isso Durante o jantar, ela viu Adriano conversar com um casal e foi até lá. - Hugo, Alícia! Quero apresentar a Doutora Gabriela Morales. - Boa noite. Muito gosto em conhecer vocês. - Igualmente Gabriela.vNossa! Você tem uma semelhança incrível com a minha irmã. O nome dela é Cissa. - A sério? Deve ser apenas uma coincidência. - Talvez. Mas ela era igual á você e na mesma idade. - É verdade Gabriela. Parece que estamos a olhar para ela. - Agora estou curiosa para a conhecer. - Eu estava a falar com o Adriano sobre isso. Em breve será o aniversário do meu pai. Estão ambos convidados. - Muito Obrigada. Podem contar com a minha presença. Me dão licença? Tenho que falar com alguém. Gabriela afastou - se e Hugo percebeu como Adriano a olhava com encanto. - Ela já sabe amigo? - Do que falas? - Por favor Adriano. Está na tua cara que gostas dela e muito. Não é meu amor? - Isso mesmo. Fala com ela amigo. Eu percebi que tu és correspondido. - Tudo bem. Eu estou sim apaixonado por ela. Mas, não quero perder o que temos. Não a quero perder. - Isto não vai acontecer. Apenas seja sincero. Nada mais do que isso. - Farei isso com toda a certeza. Mas não aqui. Viemos para a convenção. Vou esperar pelo momento certo. - Tens razão. Só não demores tanto. A convenção chegou ao fim. Gabriela estava ansiosa para por em prática tudo o que tinha aprendido. As inovações seriam uma mais valia para os seus pacientes. Com as malas feitas, ela foi até á entrada onde Adriano e Isabella já estavam. - Olá! Estou pronta. - Você está linda amiga.  - Obrigada. m*l posso esperar para chegar em casa. - Eu também. Vou passar o próximo final de semana com os meus pais. - Eu com a Vovó. Aliás, vou directamente do aeroporto para a casa dela. - Ela vai adorar a surpresa. No avião passaram o tempo conversando. Isabella tirou algumas dúvidas com Adriano. - Gabriela! O que você tem? - Não sei amiga. Tive uma sensação estranha. Como se fosse acontecer algo r**m. - Deixa eu examinar você...- Adriano sentiu a pulsação dela, e percebeu os batimentos bem acelerados. Pediu água com açúcar e mandou dormir. - Ela está bem Adriano? - Sim Isabella. Não é nada preocupante. Deve ser apenas por regressar a casa. Isso acontece. - Obrigada. Sabes! Ela confia muito em você. - Eu também confio nela. Aliás, em você também. Por isso decidi que te vou promover. - O quê? A sério? - Sim. Quero que além de ser a Chefe dos Enfermeiros da Clínica, sejas também minha assistente pessoal. O que me dizes? - Eu aceito. Obrigada Adriano. Não te vou decepcionar. - Eu sei que não. Falamos disso na segunda-feira está bem? Mas por enquanto mantenha o sigilo. - Por mim tudo bem. Gabriela estava com a sensação de que alguma coisa estava prestes a acontecer. A princípio não quis ligar. Mas em breve acabaria por descobrir que não era apenas uma sensação. Tratava-se de um sinal da tempestade que estava prestes a acontecer na sua vida. Uma tempestade com nome e sobrenome e que faria tudo para impedir que Gabriela pudesse fazer parte da vida de Adriano de qualquer maneira. - Amiga! Você está pálida. O que aconteceu? - Não sei Isabella. Estou com esta sensação horrível a alguns dias. Sei que alguma coisa errada vai acontecer. - Não penses nisso por favor. - Não consigo evitar. Estou com medo. E se for com o Adriano ou a minha Avó? - Por favor Gaby fica calma está bem? Não quero que o Adriano te veja neste estado. Acalma - te. Tudo vai passar. Gabriela bem que tentou, mas sentia que a tal sensa estava cada vez mais forte. Por outro lado, Elena também não passava por uma situação fácil. Já tinha feito a sua revelação para as filhas e não teve o apoio delas. Bem que Paula a tinha aconselhado. Ela assumiu que não as iria pressionar de forma nenhuma. Afastou - se dando tempo para as duas pensarem no que poderiam fazer após esta descoberta.
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