Capítulo XXIV- Sinal

1065 Words
Elena estava na sua casa quando a empregada trouxe até ela o telefone. - Licença Senhora. Tem uma ligação. - Quem é? - É um Senhor e disse chamar - se Pedro. - Obrigada. Vou atender. Alô! - Senhora Elena Camargo? - Eu mesma. Quem é o Senhor? - O meu nome é Pedro. E gostaria muito de falar com a Senhora pessoalmente. Tenho informações que a vão interessar. - A sério? E como o Senhor obteve o meu número de casa? - Digamos que sou um excelente investigador. Mas falo sério Senhora. A vida da sua filha Gabriela está em perigo. - O quê?! Que história é essa? - Parece que já tenho a sua atenção. Podemos falar pessoalmente? - Está bem. Vá ao meu escritório lá no Centro Comercial em 1 hora. Estarei esperando o Senhor. - Agradeço. Enviarei uma fotografia minha ao seu celular. Assim poderá me identificar. - Estarei esperando. Elena pegou na chave do seu carro, na bolsa e saiu. Recebeu a mensagem e soube exactamente quem era aquele homem, mas não diria nada para a sua própria segurança. Quando chegou na sua loja, Elena deu instruções ao seu pessoal de segurança. Não poderia correr riscos e Pedro nunca foi um homem digno ou merecedor de confiança. Ele chegou e Elena fingiu que era a primeira vez que o via. - Sente - se por favor. Bebe alguma coisa? - Não Obrigado Senhora. Eu vou ir directo ao assunto para não tomar muito do seu tempo. - Muito bem. O Senhor disse que a vida da minha filha mais velha está em risco. Como sabe disso? Ou como posso ter a certeza que está a falar a verdade? - A Senhora está certa ao duvidar de mim. Mas eu posso provar que estou falando a verdade. Mas a Senhora deve saber que não receberá estas informações de forma gratuíta. - Eu imaginei. Quanto você quer pelas informações? - 20 milhões de dólares. - O quê?! Você está louco? - Nossa! É claro que não. 20 milhões devem ser apenas trocados para a Senhora. Mas, como eu estou bem disposto, vou aceitar que me dê 10 milhões. - Está bem. Comece a falar. Vou começar por lhe adiantar 5 milhões. Caso a minha filha se safe, então dou o restante. E aqui vai um acordo extra: Se não me ocultar uma única vírgula, então serei generosa, e talvez lhe dê mesmo os outros 10 milhões. - Estou impressionado. Mas aqui vai. Neste envelope está um relatório completo sobre a pessoa que encomendou a morte da sua filha. Nesta pen - drive tem um vídeo que completa a informação. Elena tirou um laptop de uma das gavetas e colocou o pen drive. Após uma varredura para verificar a presença de vírus, ela finalmente começou a ver o vídeo. Reconheceu Renata imediatamente. Ela falava com Pedro e contava detalhadamente o plano que tinha para se livrar definitivamente de Ana Gabriela e ter a oportunidade de se reconciliar com Adriano. Quando desligou olhou novamente para Pedro. - Porque o Senhor decidiu trair a mulher que o contratou? - Porque eu posso não ser o mais honesto dos homens, mas jamais cheguei ao extremo de matar ou ferir alguém. Eu não mato, não dito e nem aceito trabalhos que envolvam crianças, idosos ou mulheres grávidas. - Certo. Envie - me o número da sua conta. Farei o p*******o agora mesmo. Quanto ela lhe pagou por este serviço? - 20 milhões. Adiantando 10. - Tudo isso para que mates a minha filha? - Isso mesmo. A Senhora não a deve confrontar. Tem as provas para que ela passe o resto da vida atrás das grades. - Sim eu tenho. Mas eu quero que ela seja pega em flagrante. Assim nenhum advogado a poderá salvar. - A Senhora tem algum plano em mente? - Claro que tenho. Mas antes de o contar preciso de beber alguma coisa. Tem a certeza que não quer? - Agora eu aceito. Estou disposto a colaborar para que o seu plano dê certo. - Agradeço. Quando tudo terminar, espero que o senhor delete esta colaboração. Ao contrário dessa mulher, eu não sou tolerante com chantagistas. - Não se preocupe. Elena serviu whisky para os dois No copo de Pedro deitou uma espécie de cristal quase invisível a olho nu. Mas na verdade o Cristal era apenas um localizador indetectável pelos aparelhos mecânicos. Por meio dele, Elena não só saberia cada passo de Pedro, como também poderia ver e ouvir detalhadamente o que ele fazia. Nada lhe poderia escapar. Ela entregou o copo e ambos beberam de um só gole. O celular de Pedro apitou com a chegada de uma notificação. Ele confirmou a entrada de 5 milhões de dólares na sua conta. - Agora que ambos cumprimos com a nossa parte do acordo, vou revelar o meu plano e qual será a sua parte. Elena contou o que supostamente seria o seu plano. Não confiava em Pedro e sabia que ele com certeza tentaria fazer alguma coisa para obter mais dinheiro dela. Mesmo que tivesse que dar a sua vida em troca, Elena não estava disposta a permitir que Renata tocasse num fio de cabelo de Ana Gabriela. Mesmo que não a aceitasse como mãe, ela a defenderia como uma leoa. Renata que começasse a se preparar, pois tinha mexido com a pessoa errada. Ela iria entender que Ana Gabriela mesmo sabendo defender - se muito bem, também tinha á sua volta pessoas dispostas a fazer qualquer coisa para a manter em segurança. Por outro lado, Renata seguia vivendo como se estivesse tudo normal. Não teve mais notícias sobre Gabriela e ficou furiosa. Ela também rejeitava todas as ligações e mensagems da sua terapeuta. No passado ela tinha magoado uma amiga por causa de um de seus ataques. A menina quebrou a perna. A cirurgia de correção foi um sucesso, mas a família dela foi embora e acusaram Renata de tentativa de assassinato. Isto a fez pensar muito. Renata só sentiu que era aceita quando conheceu os Botelho. Cissa não escondeu que não gostava dela, mas Adriano a tratava com muito carinho. No começo do namoro era tudo lindo. Mas ela começou a ter ataques de ciúmes até mesmo na rua e não podia nem ver uma menina perto dele. Agora estava sozinha e querendo se vingar. Daria certo o seu plano?
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