Gabriela seguiu com a sua vida.
Após ela e Adriano terem tornado pública a sua relação, Gabriela sentia - se mais forte e capaz de enfrentar qualquer coisa.
Ela apenas não gostava de tocar no assunto de Elena e de sua Avó.
Ainda não estava preparada para falar com elas, e por isso preferia não falar sobre algo que ainda a magoava.
Diante do espelho e arrumada para a festa de aniversário do seu pai, Gabriela apenas queria aproveitar a noite.
Alguém bateu na porta, e quando deixou entrar viu Gabriel.
- Papai!
- Olá querida. Você está linda.
Lembras - me a tua mãe nesta idade.
- O Senhor a amava?
- Sim. Mas não tive a oportunidade de dizer.
Você é a prova deste amor.
- Eu sinto muito Pai.
- Está tudo bem. Tu és a mais inocente aqui. Eu vim aqui por outra razão. Sei que é o meu aniversário, mas quero te dar um presente.
- Não precisa Papai.
- É claro que preciso dar. És uma Medina e hoje todos vão saber disso.
Tome! Abra e espero que uses na festa.
- Obrigada Papai!...- Gabriela recebeu a caixa e sorriu.
Ficou sem palavras quando viu as jóias que lá estavam.

- São lindas Papai. Muito Obrigada.
- Você merece meu amor. E realmente és a princesa da família Medina. Espero você lá em baixo.
- Desço em 5 minutos.
Quando finalmente desceu, Ana Gabriela chamou a atenção de todos os presentes.
Estava realmente linda.

- Mana! Você está deslumbrante.
- Obrigada Hugo. Fiz o meu melhor.
- E ficou muito bem.
Olha só quem acaba de chegar?
Gabriela sorriu e foi receber a família Botelho.
- Você está linda querida.
- Obrigada meu amor.
Sejam todos bem-vindos.
- Gabriela! m*l pude acreditar quando soube que eras uma Medina. Estás de parabéns.
- Obrigada Lucas. É muito bom fazer parte de uma família tão especial. Venham comigo por favor. A vossa mesa está pronta.
A festa estava animada.
Gabriela já tinha sido apresentada para quase todos os convidados. Ela falava com alguns quando viu Elena chegar.
Dava para notar de quem ela tinha herdado a beleza e determinação.
Só pela postura notava - se que Elena era uma mulher de fibra.
- Mana! Fica calma está bem? Foi o Papai quem a convidou.
- Estou bem Cissa. Ela não veio sozinha. Minhas irmãs e meu cunhado estão com ela.
- Então vai lá e comece a agir como uma Medina.
Gabriela foi até lá e abraçou suas irmãs.
- Estão lindas Manas.
E você também está óptimo cunhado.
- Obrigado. Aliás, esta casa é incrível.
- Sim. Eu também fiquei sem palavras quando a vi pela primeira vez.
Boa noite Elena.
- Boa noite. Licença! Vou falar com o Gabriel.
- Gabriela! Queremos contar que fizemos as pazes com a Mamãe.
- Eu fico muito feliz por isso Lúcia. Me sentiria culpada se não o fizessem.
- Você não a vai chamar de mãe?
- Não. Meu amor não é assim tão fácil. Por 25 anos tive apenas a minha avó, mas você sempre a teve por perto. Não é assim que as coisas funcionam.
- Está bem. Pelo menos não estão brigando.
- Isso mesmo. Eu adoro saber que tenho duas irmãs tão maravilhosas. Mas, chamar a Elena de mãe é algo que não estou preparada para fazer tão cedo. Para mim ela nunca foi uma mãe.
- Chega deste assunto Lúcia.
Nós não temos o direito de julgar as razões da Gabriela. E estamos na festa do pai dela.
- Tudo bem. Vamos?
O resto da noite correu tranquila.
Gabriela manteve - se longe de Elena.
Não estava a ser fácil para Elena ter sido rejeitada e agora desprezada por Gabriela, mas ela precisava entender que era a causadora de tudo o que estava a acontecer.
- Filha! Eu peço desculpa. Devia ter dito que convidei a Elena.
- Está tudo bem Papai.
Afinal, eu sou a vossa ligação. E vocês têm um passado em comum.
- É verdade. De tudo o que houve, você é a melhor parte.
Eu realmente queria que ficasse tudo bem.
- Eu também Papai. Mas não é tão fácil. Licença! Vou falar com o Adriano.
Gabriela afastou - se porque viu Elena caminhar na direção dela e do pai.
- Gabriel! Como ela está?
- Uma parte dela está muito feliz. Mas a outra tenta disfarçar a tristeza. Há um vazio no coração dela que nunca foi preenchido.
- Eu sei. Ainda bem que ela tem você.
- Elena! Ela só precisa de tempo. Aceita isso está bem? No final vai dar tudo certo. Mesmo que ela não te chamei de Mãe, com certeza poderão ter uma relação melhor.
- Eu realmente espero que sim.
Eles foram aproveitar a festa. Elena estava prestes a ter a sua oportunidade de pela primeira vez agir como mãe de Ana Gabriela.
Ela esperou 24 anos para ter a oportunidade de ser uma verdadeira mãe. Estava profundamente arrependida, e só desejava ter uma oportunidade de provar isso para a sua filha.
- Gostando da festa Elena?....- Gabriel aproximou - se dela.
- Sim! Está maravilhosa, mas eu não me sinto bem vinda aqui.
A Gabriela nem olhou para mim.
- Querida! Ela é jovem e está confusa. Mas eu não acredito que ela esteja te odiando.
- Não tenho tanta certeza. Eu já fui castigada pelo meu erro. Você não devia ter me perdoado.
- Mas eu perdoei. E agora está feito.
E como estão as coisas com a Ana Lúcia?
- Caminhando. Ela voltou para casa, mas ainda hesita para falar comigo como antes. Eu a decepcionei.
- E a Fátima?
- Está em casa por causa da gravidez. Mas se recusa a falar comigo quando a vou visitar.
- Perdão Senhor Gabriel! A senhorita Gabriela chama por si.
- Estou indo.
- Não saias daqui Elena! Por favor.
- Está bem.
Gabriel foi ter com a filha. Elena os viu sorrir de longe e sentiu - se triste. Por causa disso decidiu ir embora.
Tentou sair mas Isabella a viu.
- Indo embora Tia?
- Sim. Não costumo ficar onde a minha presença é desagradável.
- Falas da Gaby?
- Sim! Eu não a vou aborrecer mais. Depois eu falarei com o Gabriel.
Tchau Isabella.
- Elena!...- Gabriela a chamou.
- Sim?
- Por favor não vás por minha causa.
- Sabes Gabriela! Podes até me rejeitar como mãe, mas essa teimosia você herdou de mim.
Adeus.
Elena foi embora. Decidiu não fazer mais nada. Mas o destino não estava de acordo com ela.