Capítulo III - Bem - Vinda

1049 Words
A segunda-feira chegou de forma diferente para Ana Gabriela. Combinou encontro Isabella na clínica depois de deixar a Avó no médico de confiança. - Boa sorte filha. Vai dar tudo certo. - Obrigada Vovó. Hoje vamos sair para comemorar. Diante do imponente edifício que representava a Clínica Vida dos Botelho, Ana Gabriela estava ansiosa para fazer parte da equipe médica mais respeitada e admirada da cidade. Foi ate uma jovem recepcionista que usava um uniforme rosa com o logotipo da Clínica. - Bom dia. Sou a Ana Gabriela Morales. Tenho uma entrevista com o Doutor Adriano Botelho. - Claro Doutora Ana. Ele e a doutora Ariella estão à sua espera. Por favor pode dirigir - se ao elevador e subir ao oitavo andar. Alguém a vai receber. - Obrigada. Ana Gabriela foi até ao elevador com o coração acelerado. Conheceria dois membros da família Botelho ao mesmo tempo. Isto era para ela uma grande sorre. O andar era apenas para o serviço administrativo. Luxuoso e bem - equipado, tinha também alguns homens fazendo a segurança, mas eram bem discretos. - Doutora Morales?....- Uma mulher loira de profundos olhos azuis e cabelo encaracolado e ate ao pescoço foi ter com ela. - Sou eu mesma. - Seja bem-vinda. Sou Mariana Porto. A directora administrativa. Venha comigo por favor. Foram até uma pequena sala de reuniões. Lá estavam Adriano e sua irmã Ariella. Sem os jalecos não pareciam os médicos tão conhecidos e renomados. - Doutor Adriano. A Doutora Morales chegou. - Obrigado Mariana. Deixe - a entrar por favor. Ana Gabriela entrou e não conseguiu evitar o nervosismo. - Nossa! Eu realmente não imaginei que fosses tão jovem..- Ariella levantou e sorriu para ela, deixando Ana mais a vontade. - Obrigada. Eu esperei muito por esta oportunidade. - Sente - se por favor....- Adriano pediu. Ele agia de forma profissional, mas estava afectado. Ana Gabriela era linda e o seu sorriso natural e sincero o fizeram entender que nem todas as mulheres eram como Renata. A conversa foi bem natural. Ana Gabriela respondeu as perguntas. Ela tinha sido a melhor da sua turma, e as referências eram dos melhores médicos. - Não temos mais dúvidas. Seja bem-vinda á equipe Doutora Ana Gabriella. Eu mesma lhe mostrarei a sua sala. Era oficial. Ana Gabriela agora fazia parte da renomada equipe médica dos Botelho. - Muito Obrigada aos dois. Prometo que darei o meu melhor. - Não temos dúvidas. Pode começar amanhã. Esteja aqui às 7 horas. A Mariana vai tratar da papelada e podera dizer se nao estiver de acordo com alguma coisa. - Obrigada Doutor Adriano. Aqui estarei. Ela saiu da sala com Ariella que a apresentou para alguns médicos e outro pessoal que trabalhava. - Ana! Estarei ausente por duas semanas, mas podes contar sempre com o apoio do meu irmão. Aliás, a Isabella deve estar na copa à tua espera. - Eu vou ter com ela para agradecer. Estava mesmo a precisar de trabalho. - Saiba que serão muitas as vantagens de trabalhar aqui. Mas, deixarei que vejas essa parte no contrato amanhã. Chegamos. Esta será a tua sala. O que achas?  - É linda Ariella. Obrigada. E a sala de espera foi uma verdadeira surpresa. - Foi uma ideia do nosso arquiteto que por acaso é o meu marido.  - Mesmo?! Que maravilha. Mal posso esperar para o conhecer e dar os parabéns. - Não te preocupes. Ele está a caminho. Só mais uma coisa Ana, temos aqui a Doutora Renata. Não te deixes enganar pelo sorriso simpático dela, é uma cobra e das piores. - Tudo bem. Qual é a área dela? - Dermatologia. Mas estamos a tratar de a substituir. - Certo. Ficarei atenta. Será que posso ir á xopa agora ter com a Isabella? - Claro. Mais uma vez seja bem-vinda. Você chegou no melhor momento. Em breve faremos 25 anos de existência. - Eu sei. Tenho acompanhado de lingr cada um dos eventos para comemorar. São maravilhosos. - Com certeza. E este ano vais poder participar. Até mais Ana. - Ate mais Ariella. Obrigada por tudo. Ana Gabriela olhou novamente a sua sala e tirou fotos para que a sua Avó pudesse ver. Em seguida foi até a copa onde Isabella estava com algumas colegas. - Isabella! - Ana! E aí amiga. Como foi a entrevista? - Foi óptima. O Adriano e a Ariella são excelentes. Começo amanhã e farei também a assinatura do meu contrato. Devo tudo isso a você amiga. Obrigada. - Não me deves nada. Vamos comemorar? - Claro. Vou agora pegar a Vovó. Ela deve estar ansiosa para saber como tudo correu. - Está bem amiga. Nos encontramos no restaurante do Tai às 19 horas? Eu tenho que resolver algumas coisas para o Doutor Adriano. Já soubeste da festa de aniversário da Clínica? - Sim. A Ariella disse alguma coisa. Mas, quero detalhes. Afinal, para mim será a primeira participação. - Não te preocupes amiga. Eu farei questão de te fazer o relatório completo. - Obrigada querida. Falamos mais logo. Beijos. Ana Gabriela foi pegar o elevador. Antes de subir no carro ligou para a sua Avó que atendeu no segundo toque. - Olá filha. - Oi Vovó. Onde a Senhora está agora? - Estou esperando você na cafeteria ao pé do consultório. - Tudo bem. Chego em 20 minutos. Tenho óptimas notícias. - Que bom meu amor. Estou esperando você. Aproveito e peço um lanche para você. - Obrigada Vovó. Beijos. Ana dirigiu sentindo - se feliz por ter conseguido o emprego. Teria a sua comemoração com a Avó e Isabella. Elas eram a sua única família. Mas, Ana não contou para elas, mas iria fazer uma investigação para descobrir porque não sabia nada sobre os seus pais. Estará ela preparada para descobrir a verdade sobre o seu passado? Apesar das dúvidas que assolavam a sua mente e o seu coração, Gabriela não estava disposta a desistir. A sua Avó era a sua mulher de referência. Mas ela tinha o direito de saber a verdade. E se ela não tinha coragem ou vontade de revelar, então Gabriela faria essa descoberta sozinha. E se ao descobrir acabasse magoada, pelo menos ela estaria livre das dúvidas e do medo de descobrir porque não tinha crescido com a mãe.
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