Alicia Narrando
Eu estava amarrada e amordaçada, e a dor e o desespero eram quase insuportáveis. Aqueles monstros me forçaram a assistir a todo o sofrimento do meu marido, e as lágrimas corriam sem parar pelo meu rosto.
— E agora, Joé? — um deles pergunta, a voz carregada de sarcasmo.
— Vocês sabem o que fazer. Eu preciso voltar para o morro — Joé responde, olhando diretamente para mim. — É uma pena, ser tão bonita e acabar assim, por causa do sujeito do seu marido.
Senti um desespero crescente, tentando me debater mesmo com a mordaça me impedindo de fazer qualquer coisa. Joé sai do ambiente, e os outros homens começam a rir de forma c***l, comentando sobre minha aparência e meu corpo de maneira degradante. As lágrimas não paravam de rolar pelo meu rosto, misturando-se com o medo e a raiva que eu sentia. Sempre avisei a Fabinho sobre o perigo que ele enfrentava, mas nunca imaginei que eu acabaria passando por isso.
— Vamos lá, boneca — diz um dos homens, com um tom de voz brincalhão e ameaçador. — Hora de brincar.
Eu tento chutar e me mover, mas as cordas me imobilizam. Eles me tratam como um brinquedo, me jogando de um lado para o outro e me submetendo a horas de tortura. A dor era intensa, meu corpo parecia gritar em sofrimento, mas ao mesmo tempo, eu estava tão exausta que parecia não sentir mais nada. O sangue escorria, e a sensação de queimar o meu corpo era insuportável. Finalmente, eles me colocam no porta-malas de um carro, e eu vou perdendo a consciência.
Às vezes, abria os olhos e via apenas escuridão, outras vezes conseguia distinguir o interior do porta-malas. O carro para, e eu sinto um frio na espinha, ciente de que o pior estava por vir. Eles me puxam para fora do veículo com indiferença, me jogando no chão como se eu fosse um saco de lixo. Um deles pega uma pedra e começa a bater forte no meu rosto, cada golpe parecia penetrar na minha carne. Eu sentia o gosto metálico do sangue na boca, e a dor era tão intensa que parecia que o mundo estava desmoronando ao meu redor. Eles continuaram me espancando até que meu rosto estava quase irreconhecível.
Finalmente, eles me arrastam até uma ponte e me jogam no rio abaixo. O impacto com a água fria e turbulenta é chocante, e eu começo a me afogar. Cada respiração era um desafio, e eu lutava para manter a cabeça acima da água. O rio me arrastava e eu me debatia, tentando desesperadamente manter-me à tona. Meu corpo estava fraco e dolorido, quase sem forças para lutar contra a correnteza.
A sensação de afogamento era horrível. Meu corpo parecia ser sugado para as profundezas, e eu me sentia completamente impotente. A água entrava em meus pulmões, e eu tentava desesperadamente encontrar algo para me agarrar. Em meio ao desespero, eu consegui segurar uma pedra com a corda amarrada nas minhas mãos. O instinto de sobrevivência tomou conta de mim, e eu me agarrei com todas as minhas forças.
A cada minuto, eu sentia a correnteza tentando me arrastar para longe, mas eu estava determinada a sobreviver. Meus pensamentos se voltaram para a vingança, uma promessa de que, se eu saísse viva dessa situação, aqueles que me fizeram m*l pagariam por seus atos. Eu sabia que precisava encontrar uma maneira de escapar e me proteger, para que pudesse um dia enfrentar aqueles que me traíram e causaram tanto sofrimento.
Se eu conseguisse sobreviver a essa provação, eu prometi a mim mesma que buscaria justiça. Nada iria me impedir de alcançar a vingança que eu jurava, e eu faria de tudo para garantir que aqueles responsáveis pagasse por isso.