Elisa está de volta

3946 Words
Não pensei que seria tão fácil para a Sofia assinar o divórcio, pensei que seria difícil para mim convencê-la, dar-lhe alguns bens, ações, a casa, dinheiro, mas não, pelo contrário ela disse-me que eu podia manter o que eu queria. Eu sei que ela vem de uma família de prestígio, é uma das razões pelas quais eu me casei com ela, mas por mais frívola, vaidosa, ambiciosa e fria como ela é, eu pensei que ela ia exigir mais de mim , às vezes eu achava que ela se sentia algo para mim que justificasse porque ela estava obcecada, com o porquê de se casar comigo, porque ela armou uma mentira tão séria que machucou Elisa, minha doce Elisa, tão linda, inocente e pura; aquela mulher destruiu, acabou com nossos planos, nosso futuro, nossa família. Ela ainda teve a ousadia de me perguntar e agir como se não soubesse o que fez, embora seus olhos refletissem curiosidade, perplexidade; ela é uma boa atriz. Eu queria e quero me divorciar, então não entendo por que me incomoda que ele tenha assinado o divórcio com tanta facilidade e ele esteja no escritório de manhã? ... que atrevida, paqueradora, assumir a presidência com tanta superioridade como se eu não fosse necessário, como se meu trabalho lá não significasse nada e aqueles homens ficassem todos pasmos com ela, a forma como a olhavam, naquele vestido, não é? não sei, poderia colocar outra coisa? Será que ele sempre vai assim? Para chamar a atenção. Eu não a suporto, ainda bem que já me separei dela, será que ela já pegou as coisas dela na casa? O que ela quis dizer com aquela casa parecida comigo? Ela odeia, mas eu tenho gostado muito por esses anos. -Ángel! - gritam comigo, é minha mãe, ela me olha como se esperasse uma resposta, que eu deveria responder. - Não precisa gritar mãe, estou aqui. -Sim, mas aparentemente sua mente não está, eu estava dizendo que seria uma boa ideia não contar ao vovô que você já se separou da harpia da Sofia assim como seu pai, eles vão ficar bravos e embora eu esteja contente que a Elisa esteja de volta eles não vão aceitar bem por causa da prematuridade das coisas. - Mãe, não vou esconder minha separação, cedo ou tarde eles saberão, e os acionistas sabem disso. - Certamente aquela mulher má te pediu o último centavo, mas você não vai dar nada a ela. - Para sua tranquilidade e da família, estranhamente não pediu nada e não quero mais falar sobre isso, não é o momento. - Ela me olha surpresa com o que eu disse a ela. - Ainda assim, fique alerta porque com certeza vai te surpreender, você pode esperar qualquer coisa daquela mulher, ela não é como a Elisa, ela é educada, não se preocupe, ela é a garota para você. - Você não costumava dizer isso há cinco anos quando me fizeram casar com Sofia. - Filho, a decisão do seu casamento foi feita pelo seu pai, você o conhece, não há quem o contradiga, e também precisávamos estabelecer nosso status social para que as pessoas nos respeitassem e chegassem aos lugares nacionais e internacionais que nós não conseguíamos alcançar. - Sim, claro, a sociedade. Já temos isso, não preciso ficar casado, Elisa está aqui, ela acreditou que eu nunca a traí embora isso não mude o dano que Sofia fez a ela. -Eu sei filho, mas já é passado agora você vai reconstruir sua vida e esquecer que aquela mulher um dia já existiu em sua vida. Ouvimos Elisa e Angélica entrando no salão com alguns presentes. -Meninas, mas o que elas trazem lá? - pergunta minha mãe ao ver as mãos de Elisa e Angélica ocupadas com sacolas e caixas. - Ángel e eu trouxemos alguns presentes da viagem para vocês, esperamos que gostem né amor? Confirmo com um sorriso. Lembro que entramos em uma loja porque ela queria comprar um vestido e eu me lembrei de comprar presentes para minha família, mania que Sofia implantou em mim. Nas poucas vezes que viajávamos juntos a negócios ou íamos a reuniões, ela entrava em uma loja e comprava alguns presentes mesmo sabendo que meus pais e Angélica não a amavam, mas adoravam seus presentes, quando eu estava viajando ela me mandava um mensagem me lembrando de trazer um presente para a família então fiquei com o costume. -Não me surpreende, Ángel sempre nos traz presentes de suas viagens, o que ele não fazia antes. - São detalhes simples mãe. - Detalhes ou não, são preciosos, ele sempre me traz as últimas novidades da moda, mesmo algumas que nem chegaram ao país - Angélica interrompe, a verdade é que foi Sofia quem escolheu os presentes e quando eu estava viajando ela me enviaram sugestões do que devia comprar porque se for para mim, tudo funciona. - Ángel me deixou escolher o presente, espero que goste. - Claro, filha, você sempre teve bom gosto. - Olho para ela, ela parece tão fresca como se fôssemos os mesmos de sempre. - Boa noite. - Ouvimos meu pai entrar no corredor, ele olhou para Elisa e depois para mim. - Elisa, quanto tempo. Bem-vinda. - Obrigado Sr. Lemas- ela se levanta e o cumprimenta com um abraço. - Eu vim com Ángel. - Era de se esperar e ele trouxe presentes, você estava com ele na viagem? Elisa cora. - Nos encontramos em Londres papai e resolvemos vir juntos. - Que coincidência, então bem-vindo de volta para casa. - Boa noite - Vovô chega, ele continua muito sério quando viu Elisa por algum motivo estranho Vovô nunca gostou dela. - Boa noite! - Todos nós respondemos. - Vovô, você se lembra da Elisa? - digo-lhe afirmando- ela veio jantar conosco hoje e trouxemos presentes. - Ele os vê e depois nós sem dizer uma palavra. - Boa noite, Sr. Lemas. Elisa interrompe discretamente desta vez ela não se aproxima. O silêncio se torna constrangedor e minha mãe interrompe. - Estávamos esperando você para jantar, mandei servir a mesa e estávamos aguardando. - minha mãe sai dizendo algo para meu avô que só eles ouvem. - Nos sentamos? - Oferece meu pai enquanto todos prestamos atenção - Elisa nos conte sobre você. Angélica se diverte abrindo seus presentes, meu avô está atento a cada palavra de Elisa e seu olhar sobre mim, de toda a família ele é o que eu mais respeito, sempre confiou em mim e nas minhas habilidades e quando fui me casar Sofia foi o único que me disse que se eu não quisesse, não deveria fazer, ainda tenho as palavras dela na cabeça. *flashback* Eu estava me preparando para ir ao meu casamento, um inferno enquanto meu coração estava partido; fui ao altar com a mulher que odiava em vez de amar. Nunca pensei que ela faria algo assim. - Meu neto está muito bonito - entrou meu avô, me trazendo de volta dos meus pensamentos. - Vovô, você também parece um protagonista. Você parece o noivo. - Eu tenho um rosto mais feliz que o seu, parece que você está indo para um funeral ao invés do seu casamento. - Ele respondo com um sorriso zombeteiro. - Você sabe por que vou me casar, avô. - Por favor, seus pais, isso não está certo; na vida um casamento é sagrado e não por causa de cerimônias, mas pelo que representa. Eu não digo nada sobre e endireito minha gravata e terno. - É um compromisso onde você se junta a outra pessoa para compartilhar objetivos, gostos, dificuldades, felicidade e amor; se você não tiver isso, você vai viver o inferno. - É o que devo fazer. - Não, você não deve. Eu sei que você quer que a noiva seja outra pessoa, mesmo eu não gostando dela, mas você é um homem adulto, inteligente, não lhe faltam mulheres, que sabe conversar, brigar e exigir, assim você não pode me dizer que está sendo obrigado a se casar. Se você se casar é porque você quer. - Vô ... - Eu te conheço, quando você soube desse casamento absurdo você se opôs, você brigou e depois de um mês você decide aceitar, foi uma decisão sua, não dos seus pais. Você tem duas opções. Um: você liga para aquela mulher bonita que está do outro lado vestida de noiva e diz que não vai se casar, tenho certeza que ela não vai dizer não, ou dois: você coloca sua melhor cara, anda até o altar e concordar em fazer dela sua companheira de vida que eu também sei que não vai negar. - Ele sorri e me dá um beijo. -O que meus pais diriam se eu os envergonhasse? Você permite que envergonhemos nosso sobrenome? - É só um sobrenome filho, felicidade é tudo, vai passar. Ontem falam de uma família, hoje falarão de nós amanhã de quem sabe. Mas lembre-se que a decisão que você tomar, eu apoio você. - Obrigado vovô. - A propósito, devo lhe dizer que a noiva é muito, muito bonita – Ele me olhou e piscou para mim - embora não seja feio. - Nós rimos, talvez ela não seja feia fisicamente, mas por dentro ela é um demônio. *flashback* Então continuei pensando e minha decisão já é conhecida, talvez se eu devesse ter tomado a primeira. - Podemos ir para a mesa - minha mãe nos interrompe. Fomos para a sala de jantar e todos nos sentamos, Elisa se sentou ao meu lado como deveria, mas algo parecia diferente. -Elisa espero que goste da comida, quando soube que você viria decidi fazer seu prato favorito. - diz a mãe. -Onde está Sofia? - de repente ouvimos a voz do avô, a noite inteira ele não havia mencionado uma palavra. - Sogro é evidente... - Estou perguntando ao meu neto onde está a esposa dele, querida nora, é ele quem deve responder. - Minha mãe fica calada assim como meu pai e eles me olham, Elisa cora novamente. -Sofia não vai vir vovô. -Isso é óbvio Angel, eu sou velho, mas não e******o. Seria e******o e desrespeitoso ter sua ex-namorada jantando com a família e sua esposa em outro lugar. Onde está? Seria uma boa pergunta onde essa mulher está agora. -Angel! - Vovô grita comigo - Estou esperando uma resposta. - Eu não queria te informar assim, mas vou, Sofia e eu decidimos nos divorciar, aliás o acordo já foi discutido então você não vai mais vê-la por aqui. - Meu pai me olha como se fosse meu avô. Minha mãe e Angélica sorriem embora tentem esconder e Elisa me lança um olhar significativo - Elisa e eu decidimos tentar de novo assim que o divórcio terminar, espero seu apoio. -Claro, filho- minha mãe interrompe. - Irmão, pode sempre confiar em mim -Angélica a apoia e continua - além disso, Elisa sempre gostou mais de nós do que de Sofia. - Obviamente - interrompe meu avô - uma mulher com independência, poder, querendo comer o mundo não perde tempo com frivolidades como você. "Avô", ela alegou com os olhos, você não pode fazer minha namorada, minha mãe e minha irmã se sentirem m*l. - Não estou dizendo nada que não seja verdade. Vamos ver menina - ela se dirige a Angélica - o que você faz da sua vida além de ir às compras, ir a festas e estar com seus amigos? Porque você nem faz faculdade. E minha querida nora, você faz exatamente o mesmo está fazendo compras, no clube ou fofocando com as outras velhas desempregadas deste país. -Pai! -Ouvimos meu pai que não quis interromper antes. - Não grite comigo, estou errado? - me pergunta. - Não é hora de falar sobre isso, avô, depois falamos. - Você colocou o assunto agora que você não quer falar. - Acabei de notificá-los da minha decisão. - Está bem. E sua garota - aborda Elisa. -O que você está fazendo da sua vida? Desde que você chegou, só ouvi dizer que viajou pelo mundo. O que você trabalha, faz, estuda? - Eu gosto de arte, por isso decidi viajar, assim decidi que poderia estudar, mas me formei em contabilidade. - Entendo, quer dizer, você não estuda nem trabalha, você vive do que sua família tem. - Avô - Eu sei o que você está tentando fazer e não posso permitir isso. - Eu só quero saber o que você fez durante todo esse tempo que esteve fora. Elisa ficou desconfortável - voltei com esse objetivo senhor. É muito provável que eu trabalhe no negócio da família. - Isso me pega de surpresa, ele a olhou surpreso, Elisa nunca se interessou pelos negócios de sua família. - Que bom, isso é bom. Lembro que sua família se dedica à indústria da moda. meu pai interrompe. - Isso mesmo, meu irmão mais velho é quem dirige todos os negócios no momento e tem feito um bom trabalho, nossas empresas são reconhecidas mundialmente, isso não é fácil de conseguir. - Não é, seus avós e seus pais se esforçaram muito - ouvimos o avô - Conheço seu irmão, ele é David Lemas, certo? - afirma - um bom menino, com visão e projetos, concorre com as empresas Dente. -Sim, mas essa empresa é relativamente nova e está no mercado há apenas quatro anos, não pode competir com a nossa família. - Mas em seus quatro anos já é uma empresa reconhecida internacionalmente, ocupa um dos três primeiros lugares no mercado empresarial da moda, deixando sua família em sexto ou sétimo lugar. - Meu avô diz que ano passado me lembro que ele fez um lançamento que deixou todos surpresos. -Sim, lançou um novo modelo de bolsas, perfumes e calçados chamado nova era. - diz Angélica animada - Tenho vários são maravilhosos e você tem para todos os gostos e cores. É a minha loja preferida - minha mãe bate no braço com o cotovelo e Angélica só sabe dizer - mas a da sua família também. Meu avô ri. -Pelo que eu saiba, ninguém sabe quem é o dono dessas empresas, mas quem quer que seja é um bom empresário, ele fez sua empresa crescer em menos de quatro anos e ainda está em ascensão com as empresas Liándoos-tecnologia.- ele termina comentando meu avô - Ouvi daquela empresa - eu intervenho, criou um novo sistema operacional muito bom no nível de negócios e uma plataforma de comunicação muito avançada. Nada a invejar a quem já está. - Nós administramos este sistema em empresas e tem sido muito melhor, especialmente para conferências e Le.- expressa meu pai. -Também para os jovens, me ajuda a me comunicar com todos e tem um sistema de segurança muito bom para roubos ou bloqueios. - minha irmã intervém. - Eu gerencio essa plataforma e ela também oferece opções de localização, compras, vídeo e negócios. É muito boa. - diz Elisa, eu olho para meu avô rindo. -Vovô animado? - Encontrar um tema de conversa que todos gostem nesta mesa é digno de minha admiração - é verdade que ninguém pode se dar bem nesta mesa com o mesmo tema. - Outra das empresas que me estressa muito e está crescendo rapidamente é a Autos - lib – eu olho para o meu pai porque essa é a minha empresa - apesar de estar no mercado há pouco tempo, devemos admitir que ele criou bons carros e seu sistema está bem. Ele discutiu comigo para dizer que, talvez ele saiba que é minha empresa, Sofia deveria ter contado a eles quando descobriu. - Eu gostaria de saber quem é o dono? É bom enfrentar a concorrência, mas tem sido difícil. Ninguém sabe dar motivos. Você não sabe quem é Anjel? - meu avô terminou de dizer. -Seja quem for, ele sabe muito bem o que está fazendo porque se tornou famoso em menos de três anos em nível internacional. - diz meu avô, ou seja, eles não sabem que é meu. Mas por que você não contou para Sofia? O que você está jogando mulher? -Poderia ter algo a ver com empresas de tecnologia? - diz minha irmã - digo pelo nome. -Não - respondo sem pensar - se fossem seus modelos teriam um sistema mais avançado e desenvolvido, seria um grande golpe. - Sussurro este último, não tinha acreditado. - Você está certo filho - meu pai fica - nós temos que fazer parceria com essa empresa para que os novos projetos de carros saiam com um sistema operacional avançado e ninguém nos vença. Apenas o que eu estava pensando, como eu fui tão imprudente. - O que me leva a perguntar, já que vocês se separaram sem sequer pedir nossa opinião, a reprovação já chegou, estava demorando muito - como está a empresa? -Não se preocupe pai, tudo na empresa anda da mesma forma, ainda faço parte dela e do negócio. -Tem certeza, não quero minha empresa nas mãos dessa família. - Essa família é o que nos levou até onde estamos, relembro que se não fosse pelo poder, liderança e gostando ou não, a astúcia de Sofia para se mover neste mundo, suas mulheres não estariam gastando nesses lugares que elas tanto amam. Ele ficou agradecido. - Meu avô recrimina. - Meu filho é quem levou nosso nome ao topo, pai, por seu esforço e inteligência. - Não estou dizendo o contrário, meu neto tem a inteligência e astúcia do avô, mas - ele me olha - sem te ofender, você sabe muito bem que Sofia e sua família foram um pilar fundamental para chegar e conseguir tudo você queria, não pode errar agradecido e não ver. Ele olha para mim de uma forma significativa, talvez ele saiba o que eu tenho feito. - Sogro, isso já é passado, Sofia e Angel estão divorciados. Meu filho fez um grande sacrifício e conseguiu tudo o que se propôs a fazer, não é correto falar dessa mulher agora que ela saiu de nossas vidas, muito menos com a presença de Elisa, é um desrespeito, com ela - diz. - Dizer a verdade não é ser desrespeitoso, mas você esquece quando certos eventos combinam com você. Além disso, a jovem não pode se ofender porque estamos falando da esposa do meu neto. - Vovô, por favor. - Não estou ofendendo-a, ela deve saber que enquanto a resolução não sair, ela é e continuará sendo sua amante. -Estou surpreso que ele diga isso, Angélica deixa cair o copo d'água e meus pais se entreolham, vejo Elisa corar. - Com licença, tenho que ir ao banheiro - ela se levanta da mesa e Angélica a segue. - Sogro você foi ofensivo. - Vovô, você foi longe demais, Elisa é a mulher que eu amo, minha namorada você deveria respeitá-la e decidir vê-la mais vezes. - A mulher que não se respeita não merece ou pode exigir respeito. -Vô! -Há quanto tempo você está divorciado? Um dia, algumas horas ou mais e você não nos contou nada? - Isso é irrelevante você sabe que meu casamento é uma farsa, tudo foi um contrato. - Um contrato que esta família tem aproveitado muito bem, mas farsa ou não, Sofia é sua esposa, a senhora, a dama. Se você aparecer agora com sua ex-namorada e apenas anunciar seu divórcio, o que você acha que as pessoas vão pensar? Como ela deixa você e a família? Você foi infiel à sua esposa. Estou surpreso que eu não esperava que ele fosse o único a me dizer exatamente isso. - Meu sogro tem razão, filho, ser discreto por um tempo seria bom. - Não podemos nos envergonhar filho, não é que eu me importe se você se separar dessa mulher afinal já conseguimos o que queríamos daquele casamento, sim você se atrasou, mas não ficaria bem se você saísse com outra a poucas horas depois de anunciar sua separação. - isso é incrível. - Não se preocupe, eu não vou, não por você, mas por ela, por Elisa, não quero que a imprensa a humilhe acreditando que ela é minha amante ou a mulher que destruiu um casamento falso. - Ela se humilha por mexer com um homem casado ou vir casualmente jantar com sua família mesmo que você nem tenha anunciado seu divórcio para nós. - Vovô já chega! - Não chega, como Sofia aceitou o divórcio? Você disse a ela que é por Elisa. - Aceito muito bem para ser realista quando me lembro da facilidade com que ele assinou o divórcio ainda me incomoda. - Isso te preocupa? - Sim e não. - Sofia é sua esposa há quase cinco anos e goste ou não, se você pensa em costumes como trazer presentes de viagens e jantar nas sextas entre outras coisas, eu me preocupo como ela está levando, por outro lado, ela é uma mulher que nunca precisou de homens para progredir, ela é autos-suficiente, inteligente, astuta, até o pai percebeu que, você acrescenta que ela é uma das mulheres mais bonitas do país, aos homens não faltará que morram para ela. - Ela é livre para fazer o que quiser da vida dela e com quem ela quiser, não me importo. - Esse comentário me irritou muito mais, principalmente lembrando como ela estava flertando esta manhã na reunião. - Fico feliz porque conheço mais de um que vai pular em cima dela, inclusive seu agora cunhado. Ele ficará feliz em tê-la livre. - Minha raiva aumenta com cada palavra que ele diz. -Bem, bom para ela ver se ela consegue um homem que está à altura dela. - Não se surpreenda que ela já o tenha - interrompe minha mãe. -O que você quer dizer com isso? - Nós três olhamos para ela interrogativamente. - Você está me dizendo que Sofia foi infiel a mim?! -Não filho, só que conhecendo ela, seria muito estranho se ela não tivesse alguém, além disso, ela já foi vista várias vezes com um homem muito bonito em reuniões, restaurantes, até em festas. -Quem é esse homem?! - O que importa quem ele é? - comenta meu avô - você se divertiu com Elisa, você voltou com ela, Sofia tem o direito de fazer o mesmo. Você acha que uma mulher assim não teria mais de um a seus pés? - NÃO, ela é minha esposa. - Chega dessa conversa estúpida sobre quem ou quem não sai com Sofia - diz meu pai - Única filha é certo que a família não vai ficar quieta sabendo que você se separou dela. - Chegamos - Elisa e Angélica voltam. -Você está bem querida? - pergunta minha mãe, mas meu humor já está arruinado. - Elisa, vamos embora. Diga adeus. - Filho, mas ainda não falamos. - Mais tarde, pai, agora não. Vovô, falamos mais tarde . - Claro filho, estarei aqui. Elisa se despede da minha família e saímos no carro e passamos um bom tempo em silêncio antes de ela falar. - Não fique chateado com o que seu avô disse, é normal que ele pense que eu sou sua amante. -Não se preocupe, não quero que você se ofenda com o que ele disse. - Sorri para ela. - Não estou, só estou pega de surpresa, o importante é que o processo de divórcio acabou e logo você será só meu. - Claro, como deveria ter sido. - Ela sorri para mim, mas minha cabeça não pode deixar de acreditar no que meu avô e minha mãe disseram. Sofia com outra, por que me irrita saber disso? É por causa daquele homem que assinou o divórcio tão rápido, sem condições? Ela me enganou?
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