CAPÍTULO 04

3410 Words
ISABEL MITCHELL Como vou olhar para a cara do Adam de novo? Ou melhor dizendo, como vou olhar na cara do meu chefe? Meu Deus! Eu não pensei nisso. Adam é meu chefe! O que vão pensar de mim? Era só o que me faltava. Quando saio do banheiro, vejo que ele não está mais no cômodo. Olho em volta e vejo minha roupa arrumada em cima da cama. Não sei quem as trouxe e nem quero saber. Visto tudo rapidamente, procuro minha bolsa e a acho em cima do pequeno sofá que fica no pé da cama. Ao chegar na sala, dou de cara com Adam, impecavelmente arrumado num terno azul-escuro quase preto. Como pode ser tão gostoso? Como só pude reparar essas coisas agora? Ele está de costas para mim e não me viu entrar.  Nossa, que b***a! Controle-se, Isabel! Lembre-se de que ele é seu chefe. — Senhor Lavisck? — o chamo, ele se vira e... Deus! Que visão do paraíso. — Até que enfim... Vamos? — Olho para ele sem entender. — Para onde? — Como consegue agir tão naturalmente depois do que houve quase uma hora atrás? — Para a empresa, ué! Já estamos bem atrasados. — O quê? Eu ouvi bem? — O quê? Está louco? É óbvio que não vou com você! — Cruzo os meus braços. — E por que não? — Imagina quando me virem chegar na empresa com você? Vão pensar que passei a noite com o senhor — explico. — Mas você passou — diz maliciosamente. — Você entendeu o que eu disse. Não quero que pensem algo que não aconteceu. — Nunca ligo para a opinião dos outros, deveria fazer o mesmo. —  Adam, eu não vou com você e ponto. — Ele me olha por alguns segundos pensativo e depois pergunta: — Tem certeza? — Sim. — Está bem. — Quando dou por mim estou em cima de seus ombros. Adam começa a andar, me carregando para fora da casa. — ADAM! ME PONHA NO CHÃO, AGORA! — grito lhe dando vários socos que não adiantam nada. — Cala a boca! — Sinto quando ele me dá um tapa na b***a, me fazendo parar de gritar. — Você não tem esse direito. Está agindo como um homem das cavernas — digo irritada. Ele não me responde. Quando chegamos perto do carro, ele, sem me tirar dos ombros, abre a porta do carona e praticamente me joga no banco. Ogro. Adam dá a volta, entra no carro e começa a dirigir sem dizer uma palavra. — Não vai falar mais nada? — pergunto completamente irritada com o silêncio que se instalou por alguns minutos. — Não — responde friamente. — Sabia que você é estranho? Uma hora está todo mandão e brincalhão e agora parece que fez voto de silêncio. — Não sou obrigado a falar com você. Agora cala a boca. — i****a! — Aff, quanta infantilidade — murmuro. Adam não diz nada, e assim foi até chegar na empresa. Antes que ele abra a porta para mim eu mesma faço isso e saio andando, logo atrás vem ele. Olho em volta e todos estão me olhando e cochichando. Droga! Eles me viram sair daquele maldito carro. **** Hoje foi um dia muito estranho de trabalho. Muitas vezes o Adam me mandava ir até sua sala e me pedia para fazer diversas coisas que são obrigações de Abby. Não reclamei. De repente ele poderia estar me testando para ver se eu posso realmente trabalhar aqui e passar de estagiária para secretária. Tomara que sim. — Ora ora ora, se não é a interesseira da empresa — diz uma mulher ao entrar no banheiro feminino. Quando olho para trás, logo vejo de quem se trata. Tinha de ser a mais rodada da empresa, Jeniffer! — Não estou com paciência para aturar você hoje, Jeniffer — aviso sem olhar para ela, continuando a lavar as mãos. — Escuta aqui, garota. Acha mesmo que o Adam vai querer algo sério com você? — pergunta me virando bruscamente. Ah, ela não fez isso! Não espero nem um minuto para acertar um tapa estalado no meio da fuça dessa p**a. — Da próxima vez que vir falar comigo cheia de atitudes e me insultando, eu vou quebrar o seu nariz. — Lhe dou as costas e saio do banheiro sem dar chances de ela falar algo. Chego na sala bufando de ódio e Abby percebe, pois só faltei quebrar a porta pela forma brusca que a fechei. — O que houve, Bel? — pergunta preocupada. — Aquela v***a da Jeniffer veio cheia de atitude e insultos para cima de mim lá no banheiro — digo com raiva, andando de um lado para o outro. — E por que ela fez isso? — Porque é uma invejosa. Ela me chamou de interesseira e tenho certeza que é porque todos me viram sair do carro do senhor Lavisck. — Me sento à minha mesa. — Não dê bola para ela e muito menos para o que os outros dizem. Você me disse que nada aconteceu e mesmo se tivesse acontecido, ninguém tem nada a ver com isso. — Ela tem razão. — Eu dei um tapa nela e a ameacei dizendo que quebraria seu nariz se ela viesse falar comigo daquele jeito de novo — conto orgulhosa. Ela arregala os olhos. — Sério? Eu até achei estranho você não ter dito antes que tinha batido nela. — Ela ri e eu também. — Ainda bem que você sabe como sou — comento com um sorriso. — Verdade. Por isso somos melhores amigas. — Uhum — concordo. — Bom, agora vamos ao trabalho... — Assim que Abby termina de falar, o telefone dela toca e ela atende. — LAVISCK’S MARKETING E INVESTIMENTOS em... Senhor... Vou avisar, sim senhor... De nada. — Assim que desliga, Abby me encara e já sei o que vai dizer. — Ele quer que eu vá na sala dele? — pergunto mesmo sabendo a resposta. — Sim. — Isso está começando a me incomodar. Saio da minha sala e vou para a de Adam. Antes de entrar, respiro bem fundo, bato na porta e ele diz para eu entrar. — Me chamou, senhor? — pergunto séria. — O que aconteceu entre você e a senhorita Jones? — Aquela vaca fofoqueira! — Com certeza ela contou a versão dela. Aquela v***a — digo com desdém. — O que realmente aconteceu, então? — Ele cruza os braços e ergue as sobrancelhas.  Como pode ser tão fodidamente sexy só de terno e gravata? Ah querida, mas você já o viu de toalha e gostou! — Minha deusa interior dá pulos ao lembrar dessa cena. Adam é, sem dúvida, muito lindo. — Ela veio falar comigo cheia de atitude e me insultou, me chamou de interesseira — explico sem rodeios. — E por que ela te falou isso? — Adivinha? Eu avisei a você que todos iriam pensar algo que não aconteceu. A culpa é sua! — grito, irritada. — Oh! Calma aí. Eu sou seu chefe, então modere o tom ao falar comigo. Não tenho culpa de nada disso — diz, se levantando e se aproximando de mim. — Não?! Como o senhor é cínico. Eu só estou há dois meses nessa empresa e já vou ser vista como uma das mulheres que dorme com o chefe, isso é... — Chega! — Sou pega de surpresa quando Adam me agarra pela cintura e me coloca contra a parede. Meu Deus! — Adam, você... — Shiu... Não fala mais nada. — Ele leva uma de suas mãos até o meu rosto e se aproxima, mas quando vai me beijar, seu telefone toca e ele bufa, frustrado. — Sempre nos momentos inoportunos. Depois conversamos, Isabel — fala saindo de perto de mim, deixando-me ali no canto da sala com a maior cara de i****a. Filho da... — Com licença — digo saindo rapidamente daquela sala. Esse homem ainda me mata! **** A semana passou voando. Depois do que aconteceu na sala do Adam, o peguei várias vezes me olhando quando eu estava em uma reunião na qual, por um motivo muito estranho, ele me pediu para acompanhá-lo, assim como Abby. Hoje é sábado, então nada de aturar chefe bipolar. Fecho os olhos por alguns segundos e lembro quando subi naquele palco ontem. Com uma fantasia de colegial e uma máscara que cobria do nariz para cima. Eu rebolava, subia e descia naquele pole dance com maestria, e olha que nunca tinha dançado ali; aprendi tudo só observando as outras bailarinas. Meu show é um dos mais aguardados e lá me chamam de Bella, a encantadora de homens, apelido que os próprios frequentadores colocaram. Eu não fico exatamente nua na frente deles, mas as lingeries são minúsculas, é quase como se estivesse sem elas, mas enfim... Me sinto tão liberta, tão equilibrada e de bem com a vida quando subo naquele palco! Fecho os olhos e ignoro todos que estão ali e me deixo levar pela música. Nenhum passo ou coreografia é ensaiado, eu só deixo a música me levar. Pulo da cama assustada, quando uma doida chamada Abbygrey entra com uma cara nada boa e sem bater. — O que faz aí deitada? Já são três horas da tarde e você ainda não foi comprar seu vestido, não foi no salão, não... — Ei, ei, ei... Calma aí, doida varrida. Do que você está falando? Usou droga antes de vir aqui? — A questiono e ela me olha de cara feia. — Você não recebeu o convite? — Que convite, Abby? — Para o baile de máscaras. A senhora Lavisck dá essa festa todo ano. É o baile mais esperado, só haverá gente da alta lá, querida — diz com a maior cara de boba. — Nossa que legal..., mas eu não vou. — Ah poxa, Bel! Eu fui duas vezes nessa festa e é divertido, mas eu não tenho amizade com ninguém lá. Vamos, por favor! — pede fazendo cara de cachorro que caiu do caminhão de mudança. — Não gosto dessas festas, também não tenho vestido nem nada... E outra, você tem o Carlos, ele pode te fazer companhia. — Primeiro: Carlos e eu não assumimos o namoro e por agora não quero, então sem cogitação de ficar do lado dele o tempo todo. Segundo: a gente vai a um shopping, compra tudo e depois vamos a um salão. E terceiro: você vai sim! — Pretendia ir hoje à boate. — Ela faz beicinho. — Por favor, Belzinha, Hiz não vai achar r**m se faltar hoje. — Solto a respiração. — Tenho escolha? — pergunto, sentindo-me derrotada. — Não. — Sorri. — Está bem, vamos logo antes que eu me arrependa. Mas não tem que ter convite para entrar? — Sim.  Óbvio que tem. — Então cadê o meu? Eu estava falando sério quando disse que não havia recebido nada. — Impossível. Eu mesma enviei os convites que o senhor Lavisck havia me pedido para entregar e o seu estava no meio, mas não importa, eu tenho um reserva aqui. — Ela tira um convite de dentro da bolsa. O envelope é preto com as bordas prateadas. Já o convite é branco com a caligrafia linda escrita com alguma caneta dourada. — Eu só vou trocar de roupa e a gente vai ao shopping. — Vou até o meu pequeno guarda-roupa, pego uma calça jeans preta e uma regata amarela. Me visto, calço uma sapatilha preta, prendo os cabelos em um coque alto e já estou pronta. Detesto maquiagem. — Seu quarto nunca vai mudar? — pergunta apontando para o mesmo. — O que tem de errado com ele? — Pego a minha bolsa. — Esse quarto parece mais de uma adolescente de quatorze anos do que de uma mulher de dezenove. Meu quarto é todo branco, com vários tipos de flores desenhadas perfeitamente nas paredes, amo flores. Os lençóis, cobertores e travesseiros são roxos e uma escrivaninha também compõe o cômodo. Minha cama é grande, mas não igual à do Adam.  Meu Deus! Por que eu pensei nisso? — Vamos logo, Abby, antes que eu mude de ideia. — A puxo para fora do meu quarto.  Nos despedimos de Jena, Hiz e Pedro, e seguimos para as compras no carro de Abby. Quando estávamos prestes a entrar no shopping, fomos paradas por dois homens e uma mulher. Todos eles vestidos de terno e gravata escuros e camisa branca. — Isabel Mitchell? — A mulher m*l-encarada me pergunta. — Não — digo, tentando me manter firme, mas no fundo estou me borrando de medo. Eles não parecem ser boas pessoas, deu para perceber só pelo olhar frio dos três. — Conhece alguma pessoa com esse sobrenome? Julia, Isabel ou Benjamin? — Um dos homens questiona. — Não. Me desculpem. — O que eles querem com os meus pais e comigo? — Não é possível. Desculpe, senhorita, é que você se parece muito com uma pessoa que estamos procurando há anos — explica a mulher. — Não tem problema — falo. — Tudo bem, desculpe — eles dizem em uníssono e saem. — Bel, o que eles queriam com seus pais e com você? E por que não disse que você é filha deles? — pergunta Abby. — Porque uma das poucas lembranças que tenho deles foi a noite em que minha mãe me disse para jamais dizer que era filha dela ou do meu pai quando me perguntassem. Lembro muito bem disso... — Filha, ouça a mamãe. Tenho algo para te dizer e te pedir. — Sim, mamãe. — Filha, você sabe que vivemos nos mudando por sermos perseguidos por pessoas muito ruins, não sabe? Quero que, quando seu pai e eu não estivermos mais aqui, e se essas pessoas vierem atrás de nós, em nenhuma hipótese diga que somos seus pais. — Por que mamãe? Vocês têm vergonha de mim? — Não meu amor, nós amamos você! Somos capazes de dar nossas vidas por você, mas precisamos que faça isso pelo seu bem. —Tá bom, mãe. — Minha mamãe me abraça e posso sentir suas lágrimas, que escorrem do seu rosto e caem no meu. Então ela sussurra: — Te amo, meu amor. Faça o que a mamãe pediu para que você esteja protegida. ADAM LAVISCK  Hoje é a festa que minha mãe insiste que eu vá; sinceramente, não estou nem um pouco a fim de ir, mas sei que, caso eu não compareça, terei sérios problemas com dona Kátia. — Alfa, está na hora. — Um dos seguranças avisa, respiro fundo e caminho em direção ao extenso corredor escuro que dá para o ringue, lá vejo três homens algemados. Pelo que me foi passado, um deles era um aliciador de menores, o outro um espancador de mulheres e o último, um maldito estuprador. Todos são condenados e enviados pela própria polícia.  Sou dono de um dos de um dos maiores clubes secretos de Seattle, somente membros sabem da existência e, para se tornar m****o, deve ser convidado por um ou ser uma pessoa com ódio bastante para matar. Sim, aqui a pessoa só vai para ser morta. Polícia e autoridades maiores participam, todos lutam contra vermes acusados de crimes bárbaros. Ou, às vezes, colocamos esses vermes para lutarem uns contra os outros só para apreciarmos.  Sei que é sádico demais, loucura até, mas ao sentir os ossos desses vermes sendo quebrados, ouvindo seus gritos, é ótimo; no entanto, não chega nem perto do que causaram a suas vítimas. Antes de subir no ringue, a imagem de Isabel em cima daquele palco, com fantasia de colegial, vem a minha mente. Ontem eu a segui. Achei muito estranho ela sair nos finais de semana e sempre pegar um caminho oposto de onde mora; fora que, uma vez, eu ouvi a conversa dela com Abbygrey, comentando sobre uma boate. Não resisti e tive de segui-la. Chegando lá, a vi em cima do palco, com uma máscara, cabelo preso em um r**o de cavalo e uma roupa extremamente curta de colegial. Ver aquela cena me deixou louco, mas o que me deu uma raiva tremenda foi perceber que não fui só que que ficou louco. Pelo que percebi, ela é uma das dançarinas mais aguardadas da noite.  Ainda vou questioná-la, perguntar o porquê faz algo desse nível e por que o tal pai adotivo dela permite algo assim. ISABEL MITCHELL  Depois de um enorme interrogatório sobre o meu passado, Abby e eu fomos comprar nossos vestidos e máscaras para usar esta noite. Se estou animada? Não, nem um pouco. Mas fazer o que, né? Abby me fez andar por todo o shopping atrás do vestido perfeito para mim, pois já havia escolhido o dela, por mim qualquer um estava de bom tamanho. Quando saímos do shopping fomos em um salão ali perto, arrumamos nossos cabelos e quando vimos já eram dezoito horas; tínhamos duas horas para chegar em casa e nos trocar. Para mim parecia um tempo bom, mas para Abby estávamos atrasadas.  Passamos na casa de Abby para pegar suas coisas para ela se arrumar junto comigo. Assim que chegamos na minha casa fomos logo para o banheiro, primeiro ela, depois eu, tomar banho com todo o cuidado para não molharmos nossos cabelos. Depois do banho tomado, colocamos nossos vestidos.  O meu é longo, branco, com pequenas pedras brilhantes espalhadas pelo tecido; ele é fechado na frente e tem um decote V nas costas que vai até o final da minha coluna. Completo meu look com um salto preto, brincos de pérolas e uma leve maquiagem. Odeio maquiagem, mas como vou a uma festa de gala, não custa nada usar um pouco. O vestido de Abby é vermelho, lindo, com uma f***a que vai até o começo da coxa e um pequeno decote na frente; seus cabelos estão soltos e lisos, já os meus estão presos em um coque alto e perfeito. Quando terminamos de nos arrumar, pegamos nossas bolsas, nossas máscaras e saímos do quarto dando de cara com Hiz, Jena e Pedro, que estavam sentados na sala assistindo algum filme; eles começam a nos elogiar assim que nos vêm. — Meninas, como vocês estão lindas! —Jena diz com um sorriso nos lábios. — Realmente devo concordar com Jena, vocês estão lindas. Acho que vou precisar reforçar o meu armamento — Hiz comenta, fazendo todos rirem. — Hiz, também não é para tanto — digo. Alguns segundos depois, ouvimos a campainha tocar. Olho no relógio e vejo que são exatamente oito horas da noite. — Estão esperando alguém? — pergunta Jena indo até a porta para atender. — Sim. O Senhor Carlos e Senhor Adam ficaram de vir nos buscar. — Olho para Abby sem acreditar. — Eu não acredito nisso. — Os dois deuses gregos entram na sala parecendo que são o pecado em pessoa. Abby tem muita sorte em namorar Carlos. Ele é um pacote completo. — Boa noite senhor e senhora Lancaster. Viemos buscar as meninas — diz Carlos, olhando de forma maliciosa para Abby, que sorri com isso. — Só não traga minha irmã tarde — Pedro adverte, fazendo-me sorrir. — Pode deixar, Pedro. — Dou-lhe um abraço e logo em seguida um beijo na testa. — Tchau Jena, tchau Hiz, beijos. — Me despeço deles. Quando saímos de casa, damos de cara com um BMW M6 Gran Coupé, se não me engano. Nunca tinha visto um de perto assim, é lindo. Carlos abre a porta de trás para Abby entrar e ele vai em seguida. Quando vou entrar sinto a mão de Adam segurar meu braço e me virar para olhá-lo. Deus! Como ele está sexy nesse terno e gravata pretos. Seu cabelo está penteado para trás e sua barba menor, mas evidente. — Você está linda, Isabel — Ele me elogia, segura a minha mão e sinto meu corpo todo esquentar na hora. — Obrigada, você também está muito bonito. — Desvio o olhar. Odeio admitir, mas ele me intimida muito. Ele abre a porta do banco do carona como um perfeito cavalheiro, logo em seguida dá a volta no carro e entra, dando partida. Sabe quando você tem uma sensação de que alguma coisa não muito boa vai acontecer? Então, é exatamente isso que senti quando o carro parou em frente à enorme mansão de cor branca e creme, com detalhes em marrom.
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