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A ENCANTADORA BRUXINHA ENCANTADA

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Livro aborda a história de Julia Bentez, praticante da bruxaria branca, ensinada por sua mãe Juliana. O seu pai, Júlio Bentez, é praticante da magia n***a, sendo o conhecimento herdado do avô de Julia, conhecido como Chiquinho do tambor. Julia tem dois irmãos, o sensitivo espiritual Juliano, que se apegou aos Sombrios, e Jordan, que repugnava qualquer tipo e contato com almas vagantes de desencarnados. Assim como o irmão primogênito Juliano, Julia também era sensitiva e desde a infância conversava com os espíritos guias de sua mãe e de outros que se aproximavam, tendo assim os seus “amigos invisíveis”. No entanto, passada a adolescência, conhece o reservado filho do pastor Jonas Ransfield, o jovem Benjamim, que era popular na faculdade. Júlia sente forte atração por Benjamim, e vice versa, contudo não sabe a origem dessa forte atração, algo que, apenas um anjo poderia explicar. Será que vão conseguir se entender diante de tantas diferenças? Quem vencerá nessa estória: o amor ou o preconceito?

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01 – OI! EU SOU A JULIA BENTEZ
Oi! Inicialmente vou apresentar-me: sou Julia Bentez, considerada por muitos uma bruxinha. Você assustou-se quando revelei que sou conhecida como a bruxinha? Ou será uma ex-bruxinha? Não se assustem, pois, essa não seria a minha intenção, e sim falar sobre a minha vida, dos meus familiares, que eram envolvidos com todos os tipos de magias, brancas e negras, e de Benjamim, um filho de pastor, chatinho... kkkk, reservado, mas tornou-se o meu companheiro nas minhas inúmeras missões que realizamos pelo mundo. Julia: Para poder entender isso, teria que contar a minha história, para conseguir entender como uma bruxinha se relacionaria com o filho de um pastor... sendo que ambos pertencem a ambientes bem diferentes. Julia: Em um passado da nossa história, seria loucura alguém se declarar como bruxa, que por muito tempos eram caçadas, pela intolerância, por muitas pessoas que se intitulavam “os acusadores do bem” e, em julgamentos injustos, as consideravam pessoas malignas pelo prazer de executar a ordem de matar, em vez de ajudar. É certo que essa história é contada de formas diferentes, dependendo do lado que a narra, contudo, trouxe apenas derramamento de sangue e sofrimento para a sociedade. Julia: somente com o passar do tempo e o evoluir, a sociedade tornou-se mais civilizada e entendeu que bruxaria, magias, feitiçarias não tem poder de tirar a vida de ninguém, e nem tampouco há lei, pelo menos nos dias atuais e no meu país, que punam pessoas que fazem trabalhos de bruxarias, feitiçarias e magias, executados por almas que vagam nas trevas, pois, parte da sociedade, acredita no poder da magia e outra parte não acredita, sendo maioria predominante os que não acreditam. Loucura falar sobre isso né? kkkk Julia: Atualmente, as pessoas são livres para se declararem bruxas ou o que desejarem ser, pois, virou regra o direito de expressão e, contra isso, não há lei criminalizando, contudo, é sempre bom lembrar que existe uma lei celestial, ignorada por muitos, estabelecida a milênios e anunciada aos homens. Esta lei universal continua sendo executada nos planos, que alguns conhecem como céus dos céus, paraíso, hades, sheol, geena, inferno e outros nomes populares. Essa lei pode ser invocada tanto pelos carnais como pelas almas desencarnadas, bastando conhecer e nela crer, bem como saber como usá-la e para quem invoca-la. Não adianta receber o poder por meio de uma Lei e não saber usar esse poder. Essa lei não socorre os tolos. A Lei universal, pode ser comparada a uma constituição de um país, por ser a regra matriz válida nos diversos planos, por ser constituição universal, com regra simples e de grande abrangência. A regra de amar o próximo como deseja ser amado, serve para os encarnados como para as almas desencarnadas. Julia: Ah! Sim, é verdade que eu a ignorava muito, mesmo tendo mais conhecimentos que os céticos, no entanto, não sabia colocá-la em prática, porém aprendi com o Benjamim, o filho do pastor, quando juntos enfrentamos acontecimentos que me fizessem despertar e ver o verdadeiro elo. Infelizmente, dentre as pessoas que que se declaram bruxas, poucas realmente sabem o que é ser uma bruxa e quais pactos secretos são celebrados para a mantença da irmandade que transcende o plano carnal, e muitas nem conseguem distinguir os diversos tipos de bruxarias, como as que usam magias brancas e as que usam as magias negras, e no final, por mais que queiram ser diferentes, acabam praticando atos que se assemelham a feitiçarias, ao candomblé, a magia n***a, que prefiro chamar de “forças das trevas”, por manipularem almas perdidas que vagam no hades. Forças não é poder, você entenderá na história. Julia: Ah! Eu? Considerava-me uma bruxinha encantada com a magia branca e não me misturava com aqueles que praticavam magias das trevas, que infelizmente eram praticadas por meu pai Júlio e pelo meu irmão mais velho Juliano... e, por isso, não consegui ficar longe delas, por causa dos laços familiares que me envolvia. Brincava com as minhas amigas carnais, que praticavam as magias brancas comigo: não podemos ser seduzidas para “o lado n***o da Força”. Kkkk - Nesse momento Julia entona a voz para dar um ar sombrio a narrativa. Julia: Você deve se questionar quem sou eu nesse mundo de pessoas que estão vendo passando, procurando alguém diferente que demonstre ser uma bruxinha, para poder identificar-me, certo? Eu sou essa que está sentada, na pracinha dessa lanchonete, de calça creme, quase que corsário, sandália rasteira de couro sintético no pé, blusa branca de botão e gola cumprida, lábios com um batom vermelho forte, cabelo liso, longo e soltos, bem estilosa e bonita... deixando a modéstia de lado, sou uma bruxinha sedutora e seduzida por um lindo, tímido e reservado filho de pastor. Ah! Ele não gosta de ser titulado como “filho do pastor”, então vou chamar ele de... amor. Por que? vou explicar. Júlia: Surpreendi você? Pensava que me veriam de chapéu em forma de cone do poder, verruga no nariz, vestimentas pretas e sapato com bico horroroso e fora de moda. Que horror! Já mais me vesti assim, afinal, tenho as minhas vaidades, ainda sou jovem demais. Julia: Muitas bruxas não se vestem de forma antiquada, primeiro por ser uma moda horrorosa, e pelo fato de não ser as vestimentas usadas que te torna uma bruxa, maga ou feiticeira, contudo, seguir as tradições de conduta, conforme a crença de cada praticante, e no meu caso, que era praticante da magia branca, que aprendi com a minha mãe Juliana, podendo fazer tudo o que desejasse para me sentir bem, desde que não prejudicasse as pessoas próximas. Todavia..., antes de falar sobre esse lema, é melhor contar a minha história de vida e de como tudo começou, para compreenderem que entre a teoria e a prática, sempre existirá um abismo chamado “conveniência”, onde agirei conforme o “meu bem-estar”, em primeiro lugar. Na verdade, agia sempre com base naquilo que me fazia bem, no lema que difere da bíblia: amar-te-ei da forma que você me ama. Toma lá, o que antes me deu. Julia: Ah! ia esquecendo de dizer: enquanto aguardo o meu namorado, o Benjamim, que está resolvendo uns assuntos particulares com os pais, assim como você, estou observando as pessoas passarem, contudo, em virtude da sensibilidade espiritual, consigo ver as “almas vagantes” que a acompanham. Quando ele retornar, vamos sair para pacificar alguns “sombrios e assombrosos” que atormentam pessoas conhecidas e amigos. Entendo que você pode considerar impossível uma bruxinha, ou ex-bruxinha namorar o filho de um pastor e juntos trabalharem para ajudar pessoas presas nos encantamentos das almas obsessoras? Calma, explicarei isso, bem como, a minha história, e vocês verão se já praticaram alguma “magia” que consideravam “branca”. Você acredita no poder da magia? Julia: É sempre bom começar do ponto que antecede o meu nascimento, pontuando acontecimentos relacionados ao meu nascimento e sobre minha infância, a vida que vivia com os meus pais e os meus irmãos. Você entenderá que conforme as escolhas são feitas, a cada fase da vida carnal, vamos guiando o nosso futuro, independentemente daquilo que planejamos para nós, pois, somos senhores do próprio destino, quando conscientemente exercemos o livre arbítrio..., mas... será que não existem coisas que foram ligadas no céu e permanecem ligadas na terra, independentemente da vida? Acredita em reencarnação? Julia: Minha mãe chamava-se Juliana e era uma bruxa branca por tradição familiar, praticando simpatias para ajudar a minha vó Maria, nos “trabalhinhos” encomendados pelas clientes. Tudo aquilo que a minha mãe me ensinou, ela aprendeu com a minha vozinha. A prática da bruxaria veio por parte de mãe. Observando os rituais do meu pai Júlio e do meu irmão mais velho, Juliano, aprendi muito sobre as magias negras e, pode acreditar, são negras e, por isso, falar em magia das trevas. Julia: Você deve estar se questionando por qual motivo que todos os nomes da nossa família começam com a letra “J”, porém, tudo foi por acaso... Ou não? Kkk Sei que o nome da minha mãe foi herdado da minha bisavó, que também chamava Juliana, enquanto o do meu pai Júlio, o meu avô paterno escolheu, por ele nascer no mês de julho e ser homenagem a um líder espiritual que seguia. Desta coincidência dos nomes, eles resolveram de comum acordo da continuidade aos nossos nomes. Nada criativo, sei..., mas gosto do meu nome... Júlia. Tem vários significados, como brilhante, a fofa, a jovial, descendente de Júpiter, dentre outros. Todavia gosto da tradução que indica ser “aquela que transmite a luz”... Julia: Na verdade, o meu nome, quando foi escolhido, foi pelo nome do meu pai, Júlio, e o nome do meu irmão, Juliano, por causa do nome da minha mãe, Juliana. Como todos começavam com “J”, seguindo nessa ideia, o meu pai resolveu atribuir ao caçula o nome de Jordan.

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