Prólogo
Ouvir a palavra não, toda vez que eu se quer pensava nele, não era fácil. Ter que esconder aquele sentimento que estava queimando dentro de mim, para não ser julgada por todos, era a coisa mais difícil que eu já tinha feito na minha vida.
Tinha que colocar na cabeça que aquilo ali que sem querer começamos era um Lance Proibido, e que nunca daria certo.
Mas, eu não podia me impedir de pensar no toque dele em minha pele queimando como fogo, fazendo meu corpo todo esquertar de desejos por aquele homem tão proibido para mim.
Lembrar das noites que passamos juntos em motéis longe da favela para que ninguém soubesse daquele nosso rolo, me fazia questionar o porque da opinião alheia interferir tanto na nossa vida.
Pessoas que eu achava que iria me apoiar quando soubessem, foram os primeiros a me julgar assim que a bomba explodiu, os primeiros a me proibirem de continuar com ele.
Fizeram de tudo para me afastarem dele, de manter nós dois longe um do outro, proibindo aquele amor que era tão gostoso de se sentir.
Mas quanto mais diziam que não podiamos se quer chegar perto um do outro, mais a gente queria sentir nossas peles se encostando, e nossos lábios se tocando.
Nós somos proibidos por essa sociedade que se preocupa mais com a vida alheia, do que tomar conta de seu próprio rumo.
E com a opinião dos outros, e a ordem que meu falecido irmão, vulgo Sinistro deixou...tiraram ele de mim!