Cartas Sobre a Mesa

1052 Words
Mork observava a sua alcateia do penhasco, tudo parecia tranquilo e em paz, ele também precisava de paz para a conversa que teria com o seu irmão, não seria fácil, mas pelo bem de Elena ele faria. Elena era sua prioridade e como o seu companheiro seu maior objetivo era mantê-la segura, algo que ele não conseguiria se não resolvesse a suas antigas divergências. Mork não havia abandonado a ideia de se vingar, apenas o pensamento de matar Olisa já era suficiente para abrir um largo sorriso no seu rosto, ele nunca a perdoaria por ter matado a sua mãe, Olisa tinha uma dívida de sangue com ele, e ele pretendia cobrar cada gota derramada. Elena não sabia que Mork tinha ido encontrar Maruí, e ele preferia assim, uma que ele não gostava do olhar do seu irmão sobre a sua companheira, e também não queria assustar Elena caso a sua personalidade fugisse ao controle, o que foi mais um motivo para ter aquela conversa forra da alcateia. A única pessoa que Mork avia levado era Maison, ele confiava muito nele e sabia que se algo de r*im acontecesse ele deveria proteger Elena. Não seria nada fácil relembrar o passado e todo cuidado era pouco. Passos ao longe os alertam para a chegada de Maruí, e segundos depois ele surge da floresta acompanhado de Rick e Brook. _Estava me perguntando quando iria me chamar, confesso que foi mais cedo do que imaginei. - diz Maruí indo até ele. _Não te chamei por que gosto da sua cara Maruí, preferia estar em casa aproveitando os beijos doce de Elena. - diz o provocando, o semblante de Maruí se fecha, mas logo depois ele volta ao normal, Maruí não tinha mais controle sobre Elena e precisava se acostumar com isso. _Confesso que adoraria experimentar os beijos de Elena. - diz provocando o irmão. Um rosnado alto deixa o peito de Mork enquanto ele advertia Maruí para as consequências de mexer com a sua companheira. _Quer perder a língua? - pergunta com uma voz grossa, sinal de que Drago não havia gostado do seu comentário. _Chega vocês dois, parecem crianças, - diz Brook se colocando entre eles. - Não viemos aqui para isso, vamos manter as coisas calmas. _Ele está certo Alpha, esse não é nosso objetivo aqui hoje. - diz Maison se aproximando de Mork. Lentamente os olhos de Mork voltam ao normal. _O que quer saber, pergunte logo, antes que a minha paciência acabe. - diz Mork m*l humorado, Maruí o olha e revira os olhos ignorando a sua hostilidade. _Você matou o papai? - pergunta serio, Maruí temia aquela resposta, mas para que a conversa fluise entre eles era preciso que ambos fossem senceros. _Não! - responde seco. - Sei que não acredita, mas ainda é a verdade. _Está sendo sincero comigo? - pergunta ainda em dúvida. Mork retira uma adaga da sua bota e faz um corte na sua mão, ele a fecha em punho o derramando no chão. _Juro por minha vida que estou dizendo a verdade. - Maruí não via dúvida no olhar de Mork, nem mesmo um traço de que ele estava mentindo. _Tudo bem, mas o que você estava fazendo ao lado do meu pai quando ele morreu, a faca que havia sido usada para cortar a sua garganta estava nas suas mãos! - diz Maruí alterando um pouco a voz, mas um olhar para Brook e ele entende que aquela conversa tinha que ser pacifica. _Vou contar o que me lembro - diz tomando uma grande lufada de ar. - Naquele dia eu havia chegado em casa frustrado, tinha passado o dia inteiro investigando a morte da minha mãe, eu conhecia-a muito bem, e sabia que ela não tiraria a própria vida, ela amova o canalha do nosso pai e tinha esperança que um dia ele voltaria para ela, então segui algumas pistas e depois retornei para casa, lembro-me de estar muito cansado, então tomei um pouco de água e pretendia descansar, mas não me lembro de chegar até a cama, quando eu voltei a mim novamente, o pai estava morto ao meu lado e quando olhei para minhas mãos estavam cheias de sangue e eu segurava a adaga, mas antes que eu pudesse entender o que tinha acontecido vocês entraram e nem ao menos me deixou explicar o que tinha acontecido. Mork nunca esqueceria do desespero que o invadiu quando viu o seu pai morto ao seu lado, ele se lembrava de tentar acordá-lo, mais já era tarde, ele havia partido. _Você não se lembra? - pergunta Maruí tentado processar o que o seu irmão havia-lhe dito. _Não, e como foi preso, não pude investigar o que tinha acontecido. Não vou negar Maruí, eu odiava-o. - diz olhando nos olhos de Maruí. - Odiava ele por fazer a minha mãe sofrer mesmo sendo sua companheira, eu odiava-o por nos excluir da sua vida como se fossemos lixo, odiava a forma como sua mãe perseguia a minha e ele nunca fazia nada, sim, eu odiava-o, mas não desejava matá-lo, desejava que ele sofresse tudo o que passamos lentamente tape seu último dia de vida. Maruí olhava para o rosto do seu irmão chocado com as suas palavras, ele sentia na forma com que ele falava o quanto ele realmente odiava o antigo rei, e Maruí não podia culpá-lo, ele mesmo havia testemunhado muitas discussões entre a mãe dele e a sua. Olhando para Mork, Maruí via apenas ódio estampado no seu rosto, a aura de Mork havia se manifestado devido à intensidade dos seus sentimentos, os fazendo se submeter a ele, nem mesmo ele o rei Alpha havia escapado e simplesmente cai no chão expondo o seu pescoço em submissão, algo que ele nunca imaginava fazer em toda a sua vida. _Alpha! - choraminga Maison chamando a sua atenção, quando Mork vê Maison prostrado aos seus pés ele recolhe a sua aura os libertando da sua influência Alpha. Suspiros de alívio se ouvia enquanto eles se levantavam. _Eu nunca vou entender isso. - diz Maruí respirando pesadamente. _Ainda não entendeu por que sou mais forte que você irmão? - pergunta olhando nos seus olhos. _Não, eu não entendo. - responde sacudindo a cabeça. _È bem simples, a sua mãe nunca foi a companheira do nosso pai!
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