Mork observava em silêncio Elena mancar até a sua casa, a sua demora o irritando a cada passo que dava.
_Espere - Elena para e se vira para ele, Mork se abaixa e coloca a sua mão no seu tornozelo liberando um pouco de energia no local ele a cura.
_Nossa! Obrigada - diz Elena sorrindo, o tornozelo a estava incomodando terrivelmente.
_Você estava nos atrasando - diz indiferente.
Mesmo com a sua grosseria Elena estava feliz, se espera-se seu tornozelo curar naturalmente levaria dias e ela tinha muitas coisas a fazer não podia perder o seu tempo. Com passos rápidos ela guia-os pela floresta até a sua cabana.
Mork olha a pequena construção com cuidado, era cercada por plantas que pelo cheiro ele sabia serem medicinais, por dentro a cabana era minúscula só havia um quarto e uma pequena cozinha que estava abarrotada de ervas e frascos de remédios.
Elena entra e começa a recolher vários frascos de remédios das prateleiras coloca tudo numa cesta e sai novamente.
_A onde vai?
_Tratar dos meus pacientes - diz sem se virar para ele, com um movimento das mãos de Mork Elena para no lugar.
_Me solta - diz brava.
_É melhor você não ir.
_Você não é meu pai e não manda em mim - todas as vezes que ela o desafiava para Mork era como uma batalha por liderança e o seu instinto era justamente de submetê-la a sua vontade.
_Vamos deixar uma coisa clara, você é minha e não vai dar um passo sem mim, entendeu? - Elena tinha vontade de desafiá-lo, mas o brilho sutil nos seus olhos a fez mudar de idéia, ela só perderia tempo e havia pessoas que precisavam dela.
_Pode ir comigo se quiser.
_Tudo bem - sede contrariado.
Enquanto caminhava pela floresta Mork percebia que ela conhecia muito bem aquele lugar, o que o leva a pensar no motivo que a levou a caverna aquela noite.
_O que fazia aquela noite na caverna? - Elena fica surpresa com a sua pergunta.
_Estava coletando ervas, algumas melhoram as suas propriedades na super lua, quando estava para pegar uma erva rara o chão cedeu e eu caí na caverna - observando o seu rosto Mork sabia que ela estava a falar a verdade, Elena era muito transparente nos seus sentimentos," ela é tão fofa", Mork faz uma careta para a fala de Drago, "o que ouve com o lobo assassino que eu tenho?", ele bufa, "encontrou a sua companheira, é melhor se acostumar".
Após uma longa caminhada eles chegam a uma casa numa vila, a casa não era das melhores estava muito deteriorada e parecia que iria desabar a qualquer minuto.
_Senhor? Senhor eu estou entrando - Elena empurra a porta e entra devagar buscando por alguém dentro da casa.
_Até que enfim! Achei que iria apodrecer aqui até você aparecer - diz o velho bravo, Mork o olha com desgosto.
_Não seja dramático, não demorei tanto assim - diz Elena se sentando ao lado da sua cama, ela tira um frasco da cesta e uma colher, coloca um pouco de remédio e dá ao velho que faz uma careta.
_Que horrível.
_Não é tão r**m assim, e você está muito fraco precisa se recuperar bem - diz colocando o frasco ao lado da sua cama - Tem que tomar todos os dias duas vezes ao dia.
_Por que você trouxe alguém hoje? Não gosto de estranhos na minha casa - diz o velho encarando Mork com desgosto.
_Ele está aprendendo algumas coisas comigo por isso veio hoje.
_O que uma relés rejeitada pôde ensinar a alguém! - Elena não responde, mas através do feitiço de ligação das almas ele pode sentir o quanto aquilo a magoava. "Mateo", diz Drago irado com o velho, "bem que eu tenho vontade, nem um cachorro é tão ingrato", encarando o velho com ódio Mork deixa passar um pouco da sua aura para que o velho reconheça que ele é um Alpha, como Elena não tinha um lobo ela não sentiria, lentamente os olhos do velho se arregalam, mas Elena já não estava olhando mais.
_Semana que vem eu volto para trazer mais remédio - diz sem olhar para trás saindo da casa.
Enquanto se dirigem a próxima casa Elena permanece calada e Mork tenta dar-lhe um pouco de espaço, mas os sentimentos que vinham dela era tão forte que ele tinha vontade de voltar na casa velha e dar um fim da vida do velho.
A outra casa era um pouco melhor que a anterior, Elena entra e num quarto estava uma senhora acamada.
_Olá senhora, como está?
_Nada bem, graças a você, já viu que horas são, eu não tenho o dia todo - diz esbravejando.
_Na verdade tem, e eu tinha outro compromisso.
_Seu único compromisso é fazer o seu serviço e nem isso você faz que preste, acho que teria sido melhor se tivessem te banido, assim não precisaria de favores de uma qualquer - por mais que as palavras da velha senhora doesse em Elena ela ignora-a pegando alguns remédios da sua cesta e colocando ao lado da cama.
_Tem que tomar esses duas vezes ao dia, provavelmente em uma semana o seu ferimento irá melhorar, na semana que vem eu volto para ver como estará.
_Tomara que eu esteja morta para não precisar ver o seu rosto - o nível de raiva de Mork avia subido de forma astronômica, sua vontade era.de apertar o pescoço da mulher a sua frente até ela parar de respirar, ele não entendia como Elena se sujeitava aquele tipo de humilhação, ninguém devia passar por aquilo, quando já estavam a uma certa distância Mork não resiste e perguntar a ela.
_Como você aguenta esse tipo de tratamento? - o seu tom era seco demonstrando seu desagrado com aquela situação.
_Aquelas pessoas perderam os seus companheiros, elas perderam a razão da sua existência não querem viver, sempre que eu venho eles tratam-me assim para que eu não volte, mas não posso abandoná-los - diz ela com um sorriso triste.