— Ta indo aonde princesa?
— Estou indo almoçar.
— Posso te acompanhar princesa?
— Claro que não.
— Isso é por causa de ontem? Me desculpa princesa? — Falou implorando fazendo uma cara de cachorro sem dono.
— Você sumiu sem me dar nenhuma explicação, Júnior. — Falei séria encarando ele.
— Me desculpa princesa?
— Não. — Me afastei dele.
— Poxa Gabriela.
O Júnior me seguiu até o restaurante e acabou me acompanhando no almoço, e foi bem divertido, ele é muito simpático.
— Você é terrível Júnior, me fez esquecer que estou com raiva de você.
— Eu sou demais. — Disse com um sorriso de lado.
Voltamos para a empresa, entramos no elevador e assim que parou no nosso andar, Júnior diz que precisa falar com o meu chefe, vou até a sala dele e bato na porta.
— Pode entrar. — Respondeu do outro lado.
— Júnior está aqui para falar contigo.
— Gabriela... Eu quero te pedir desculpas pela cena que você presenciou mais cedo.
— Você não tem que se desculpar, eu que não devia ter entrado na sua sala sem bater. Posso pedir para o Júnior entrar?
— Sim.
Chamo por Júnior que entra me olhando e cochichando algo que eu não entendo direito, isso mostrou uma certa i********e entre nós dois, encaro o meu chefe que está nos olhando com uma expressão estranha.
— Obrigado Gabriela, pode se retirar. — Disse com a expressão séria.
— Tchauzinho princesa. — Júnior piscou e sorriu.
Saio deixando os dois a sós. Um tempo depois o Júnior sai da sala, passa olhando na minha direção dando uma piscadela.
Narrado por Henry
Acordo bem mais cedo que de costume, faço as minhas higienes e desço para tomar um café.
— Bom dia Naiara!
— Bom dia meu menino, dormiu bem?
— Dormir sim Naiara.
— Que bom.
Termino o café e vou para a empresa, vejo um envelope em cima da minha mesa, a Sabrina deve ter colocado aqui, abro o mesmo e vejo que é o contrato de trabalho da Gabriela, de repente a minha mente volta para noite de ontem, por que essa mulher mexe tanto comigo?Sempre faço uma investigação sobre todos os meus funcionários, e com a Gabriela não será diferente, então ligo para o investigador da empresa, o Peterson.
Chamada ativa
— Bom dia Peterson!
— Bom dia Henry! Você precisa de alguma coisa?
— Preciso que faça uma pré investigação de uma nova funcionária minha, o mesmo de sempre. Seu nome é Gabriela Antonelli.
— Certo, em dois ou três dias no máximo te entrego tudo!
— Obrigado, fico no aguardo.
— Até mais.
Chamada encerrada
Alguém bate na porta... Digo para entrar, é a Gabriela, peço para ela se sentar, depois começamos a tratar dos assuntos relacionados ao cargo dela, com tudo esclarecido Gabriela sai da minha sala, logo em seguida a Sabrina entra.
— Posso saber por que você entrou na minha sala sem bater, Sabrina? — Falei com a minha atenção voltada para o computador.
— Achei que tivesse essa liberdade. — Disse enquanto me alisava com suas mãos.
— Agora não Sabrina, estou muito ocupado. — Falei ainda mantendo o meu foco no computador.
Sabrina começa a beijar o meu pescoço, o meu mastro logo começa a dar sinal de vida, não consigo resistir por muito tempo e acabo me atracando com ela em cima da minha mesa. A Sabrina é apenas uma f**a, mas sei que ela acha que temos algo além disso, azar o dela, eu nunca disse que temos algo a mais, ela também não sabe que tenho uma noiva, que foi para o exterior estudar, acho que quase ninguém sabe, só os mais íntimos mesmo. De repente a porta da minha sala é aberta, a Gabriela nos flagra nessa cena erótica, ela se desculpa, fico meio sem jeito e pergunto se ela não sabe bater, Gabriela parece estar bastante constrangida. Sem saber o que fazer digo que era para ela estar no seu horário de almoço, e peço para que vá de uma vez almoçar, ela se retira da minha sala. Termino o que havia começado com a Sabrina, afinal quem tá na chuva é pra se molhar.
Uma meia hora depois, a Gabriela bate na porta da minha sala, ela me diz que o meu irmão quer falar comigo, antes dele entrar peço desculpas pelo constrangimento, Gabriela diz que tudo bem, que ela devia ter batido antes de entrar, depois o meu irmão entra na minha sala, e ao passar pela Gabriela cochicha alguma coisa, depois a chama de princesa, os dois parecem estar bem íntimos, não sei por que, mas isso me incomoda.
— E aí irmão, vou dar uma festança lá em casa, no meu aniversário. — Júnior disse animado.
— Que bacana.
— Você vai?
— Eu vou pensar.
— Tá brincando né? — Olhei para ele com a expressão séria.
— Claro que estou. — Falei rindo.
— Capricha no presente.
— Quem falou que vai ter presente? — Ele me encarou erguendo uma das sobrancelhas.
— E por que não?
— Estou brincando! — Falei rindo.
— Você tá muito engraçadinho hoje, o que aconteceu? Deu umazinha ontem. — Disse rindo.
— Me deixa trabalhar Júnior.
Encaro ele com a expressão séria, Júnior sorri, e logo depois sai da minha sala. Incrível como ele só pensa em festa, o meu pai fez muito bem em deixar o controle de tudo em minhas mãos, porque se fosse pelo Júnior essa empresa já tinha ido pro buraco, ele também trabalha aqui, mas do jeito dele, as vezes passa quase uma semana sem pisar na empresa, entra a hora que quer, vai embora no meio do expediente, não tem compromisso com nada.
Me recordo que a Gabriela tinha algo para me falar, então ligo para ela e peço que venha até a minha sala.
Narrado por Gabriela
Recebo uma ligação da sala do meu chefe, ele me pede que eu vá até ele, e assim faço.
— Sim chefe?
— Diga o que tinha para me falar mais cedo? — Perguntou me encarando.
Me aproximo e mostro a ele a sua agenda e falo sobre as duas reuniões que estão marcadas para o mesmo horário, falamos sobre isso em um papo bem descontraído, ele diz que provavelmente foi a outra assistente dele que errou, e me diz também que esse foi o primeiro erro dela.