Capítulo 2

3141 Words
Você alterou o nome desse contato de "Stalker" para "Bia" Toque para ver mais Eu: Bia? Bia de quê? Bianca? Bia: no no Eu: Beatriz? Bia: no Eu: Biara? Bia: também não desiste você não vai descobrir, mô e que diabos de nome é esse? Biara? Eu: É um nome Exótico, mas até que é bonito Bia: você tem um gosto diferente estranho por isso que você fala que não gosta de mim, porque seu gosto é estranho mas pode deixar que eu vou mudar isso, preocupa não Eu: Me deixa E você é louca se acha que vai fazer eu gostar de você apenas por mensagem Aliás, sobre o nome Se eu tiver uma filha um dia vou colocar esse nome Esse ou Beatrice Bia: já está pensando no nome da nossa filha, mô? que linda, até me emocionei aqui Beatrice é bonito Eu: É sim Pera Teu nome é Beatrice? Bia: não kk Eu: Tem certeza? Você falou que o nome é bonito Bia: agora só porque eu falei que o nome é bonito ele é meu? ata Eu: Não sei Vai que né Não custa tentar Bia: hum você é bonita, Day pronto, agora você é minha :) Eu: A Bia: pera você não falou nada Eu: Sobre? Bia: sobre eu ter dito que você está pensando no nome da nossa filha você não falou nada isso significa que você está :^) Eu: Que narigão f**o kk O teu é assim? E não, não estou Nem te conheço, cara Bia: moça** e não, o meu não é assim eu acho será que é? Eu: Não sei Me manda uma foto sua que eu digo se é ou não Bia: que esperteza, senhorita Lima mas não tenta outra outra melhor, por favor Eu: Ah pronto Agora até meu sobrenome você sabe É uma stalker mesmo Você alterou esse contato de "Bia" para "Bia, a stalker" Toque para ver mais Bia, a stalker: como eu disse: sei de mais coisas sobre você do que imagina Eu: Medo Mas então Faz algum tempo que estamos conversando e eu não te perguntei Como conseguiu meu número? Bia, a stalker: tenho meus contatos e você é bem relaxada né? uma pessoa desconhecida te manda mensagem e fica conversando com você e você só pergunta como ela conseguiu teu contato dias depois e se eu fosse uma assassina sanguinária vendedora de órgãos? Eu: Você é? Bia, a stalker: não algum tempo = 2 dias Eu: Fodase É algum tempo Eu já deveria saber que você não ia me dizer Como sempre Você nunca diz nada sobre você Tudo sobre você é um mistério para mim Achei que você gostasse de mim Bia, a stalker: eu gosto de você Eu: Não parece Se gostasse falaria sobre você VOCÊ NÃO GOSTA DE MIM!!!!! !!!!!!!! Bia, a stalker: ala o drama filma a dramática quem te vê na escola nem imagina o quanto você é dramática Jesus Eu: Não sou dramática Bia, a stalker: imagina se fosse Eu: Talvez eu seja um pouco... Só um pouco mesmo Bia, a stalker: aham, só um pouco mesmo seu pouco = o tanto que você é bonita Eu: Está dizendo que eu não sou bonita??? Bia, a stalker: não, lerda eu estou dizendo que o pouco de lerdeza que você diz que tem é igual a sua beleza e você é gata demais então seu pouco é muito tendeu, lerdinha? Eu: Hum Tendi Bia, a stalker: mas me diz sobre você e a ruiva quando vamos fazer o trabalho? vão*** corretor i****a kk Eu: Não sei Pera, como você sabe do trabalho? Bia, a stalker: ah é que eu tenho um amigo que estuda na mesma sala que a tua aí ele me contou do trabalho Eu: Ah E como você sabe que minha parceira é ruiva? Bia, a stalker: você me disse esqueceu? Eu: Não, não esqueci Mas, que eu saiba, eu falei apenas que a menina que eu conheci nova é ruiva E não que ela é minha parceira no trabalho Como você sabe? Bia, a stalker: meu amigo disse também : ) Eu: Ah, claro Aliás, quem é teu amigo? Bia, a stalker: o nome dele? para quê quer saber? Eu: Para saber (??) Bia, a stalker: aham Eu: Mas me diz Ou n******e também? Bia, a stalker: não pode também :) Eu: Ahhhh Sério? Até isso? Bia, a stalker: uhum Eu: Se você gosta tanto de mim vai me falar Bia, a stalker: sério? vai apelar para esse lado? Eu: Sim E se você não me disser vou te bloquear Bia, a stalker: de novo com esse negócio de bloqueio? tu não quer me bloquear, Dayane, supera isso sou legal demais para tu fazer isso comigo Eu: FALA LOGO 0 Bia, a stalker: ush, para quê tamanha agressividade? Eu: 1 Bia, a stalker: ah não, só mãe que faz isso quando quer que o filho faça alguma coisa Eu: 2 Bia, a stalker: Dayane Eu: 2,5 Bia, a stalker: é Bruno te odeio Eu: Aaa Odeia nada Ah, se bem que não ajudou muito Tem muitos Bruno's na minha escola e sala Nome comum da porra Bia, a stalker: se vira agora eaí? quando vão fazer o trabalho? Eu: Não sei Ainda tenho que marcar com ela Bia, a stalker: e não marcou ainda por quê? Eu: Sla Esqueci Bia, a stalker: ah, claro que esqueceu percebi que você é lerda e esquece das coisas rápido ainda bem que é bonita Eu: E o respeito? Bia, a stalker: condeu :) agora vai mandar mensagem para ela Eu: Vou lá Aliás, obrigada por me lembrar♡ Bia, a stalker: venci na vida com esse coração @Deus pode me levar já viu? sua filha está pronta 《...DAYANE MANDA MENSAGEM PARA CAROL...》 Eu: Oi Esse é o número da Caroline? Caroline: sim oi Day e pode me chamar apenas de Carol :) Eu: Como sabe que sou eu? Caroline: pela foto de perfil, dãã Eu: Ah, claro claro Então, sobre o trabalho Quando podemos começar? Caroline: pode ser amanhã? Eu: Claro Quanto mais rápido começarmos mais rápido terminamos Caroline: ok depois da aula? Eu: Pode ser Caroline: certo até amanhã então Eu: Até (...) Point Of View Caroline No outro dia, logo depois do sinal tocar avisando o fim das aulas do dia, eu e Bruno nos deslocamos para a saída da escola e ficamos sentados em um banco de madeira que havia ali. Eu tinha combinado com Dayane de nós nos encontrarmos aqui depois da aula. - Quando você e Victor vão começar o de vocês? - pergunto para Bruno, me referindo ao trabalho. Ainda não havia visto os dois conversando desde que o professor falou as duplas. - Não sei. - ele responde concentrado no celular. - Ainda não conversamos sobre isso. - Vão deixar para fazer na última hora? - cruzo minhas pernas em cima do banco. - Você sabe que esses tipos de trabalho requer tempo, são trabalhosos demais. - Tempo e talento também. - revira os olhos. - Não se preocupe, vai dar tudo certo - assegura. - Já está com algum lugar em mente para começar o de vocês? - Sim, eu anotei alguns pontos turísticos que acho legais e bonitos por aqui. - falo. - Como não conheço muito por aqui, tive que pesquisar na internet, foi fácil até. - Ainda não entendo como você mora aqui há anos e conhece apenas a rua onde mora. - Não conheço apenas minha rua, tem outros lugares também. - me defendo. Pode ser estranho. Eu moro aqui há uns bons anos, me mudei para cá com meus pais quando era adolescente, e não conheço nem um terço da cidade direito. Isso se deve ao fato de eu passar meu dia todo trancada dentro de casa, meus pais sempre brigam comigo por isso. - Só cuidado para não falar besteira na frente dela. - Bruno torna a falar. - An? - Da Dayane, na frente dela. - explica. - Não estava prestando atenção? - Não, desculpe. E por que eu falaria besteira? - Sei lá, você é meio língua solta. Vai que você não consiga se segurar e fale sobre as mensagens. - dá de ombros. - Deus me livre Bruno. Falar e acabar com meu plano cem por cento infalível? Nunca! - exclamo incrédula, mesmo sabendo que tem, sim, altas chances de eu fazer isso. - Falar o quê? Coloco um sorriso nervoso no rosto e viro para trás, me deparando com Dayane vestida com uma regata larga preta que deixava todas as suas tatuagens do braço à mostra, uma calça jeans clara e uma touca vermelha. - O quê, o quê? - olho-a nervosa. - Nada, esquece. - puxa algo dos bolsos. - Vamos? Peguei o carro da minha mãe emprestado para a gente não precisar pegar um táxi ou ônibus, demoraria demais. - chacoalha as chaves. - Vamos! - concordo. - Tchau, amigo. - Tchau. - acena sorrindo. Day também se despede dele e nós duas vamos em direção ao carro da mãe dela. - Anotei o nome de alguns lugares que acho interessante fazer as fotos. - falo assim que nos acomodando nos bancos do carro. Pego meu celular e coloco no bloco de notas. - Que bom, pois eu não havia preparo nada. Apenas trouxe o carro e a câmera da minha irmã. - Câmera? - Sim, minha irmã é apaixonada por fotografia. - fala concentrada na estrada. - Está no banco de trás. - se refere a câmera. Me coloco de joelhos no banco e estico-me para trás, tentando alcançar a bolsa em que a câmera estava. Point Of View Dayane Carol esta de joelhos no banco, usando uma maldita calça apertada que realçava ainda mais o tamanho de sua b***a, e um moletom das cores preto, roxo e verde. Até agora me pergunto como que eu nunca havia reparado nessa ruiva na escola. Sempre me considerei alguém bem observadora, que olha tudo que acontece ao seu redor, então como eu nunca havia reparado em Carol antes? - s*******m. - murmuro desviando o olhar rapidamente. - Disse algo? - se senta novamente no banco. Dessa vez com a câmera nas mãos. - Não! - minto. - Então, sobre o quê vamos falar no trabalho? - Eu pensei em nós falarmos sobre a natureza. É um assunto fácil e ao mesmo tempo importante. - concorda com a cabeça. - Podemos tirar fotos das praias mais desertas daqui, já que não tem muito da natureza por Miami. Depois procuramos algo à mais. - Certo. - sorrio. - Vemos aqui que você é a cabeça do g***o. A única coisa que estou fazendo é dando carona e a câmera. - Não pense que vou deixar você fazer apenas isso, nem começamos ainda. - sorri. - E a carona e a câmera são de grande importância, viu? - Se você diz. - dou de ombros. - Então, qual é a primeira parada? - Praia. - responde como se fosse óbvio. - Vamos nas mais próximas. - Ok! - concordo, agora sabendo para onde ir. - Vamos ao passeio. - Isso não é um passeio, Dayane! - afirma, me contrariando. - Vamos fazer um trabalho da escola. - Não sabia que era tão sem graça, Caroline. - a olho rapidamente. - E vai ser um passeio sim, porque eu quero que seja. Escuto ela bufar no banco, mas rir ao mesmo tempo. Gracinha! Point Of View Caroline - Já tinha vindo aqui alguma vez? Essa pergunta saiu meio aleatória, foi mais por não ter o que falar mesmo. Nós já havíamos chegado na praia e agora estamos andando tranquilamente pela areia. A praia está quase vazia, tem apenas algumas pessoas da nossa idade sentados na mesa de um quiosque, de resto aqui está fazio. - Não costumo vir muito à praia, mas já vim aqui sim, uma vez. - responde. - Antigamente minha irmã me trazia com ela, mesmo que eu dissesse que não queria vir. - Legal. - murmuro. - Não gosta de praias? - Não é que eu não goste, é que a areia fica entrando por dentro do tênis e das roupas, aí me incomoda. - faz careta, chutando a areia com os pés. - Não gosto da sensação. Ficamos em silêncio novamente por alguns instantes, apenas olhando tudo em volta enquanto caminhamos. - Que tal a gente começar a tirar as fotos? - ela volta a falar. - Acho que se tirassemos elas de cima daquela pedra vai ficar bom. - aponta. - Pode ser. O trabalho não era tão simples. Nós temos que escolher algum tema da nossa preferência, tirar fotos de lugares que mostram desse tema, depois produzir um seminário com as fotos que você e seu parceiro tiraram e falar sobre elas. Eu e Dayane escolhemos falar sobre a natureza, pois é um assunto importante e bem fácil de achar pela cidade. - Sabe... - pulo de uma pedra para outra. - A gente teve muita sorte. - Por que? - me acompanha. - Normalmente nesse horário o sol é escaldante. - pego a câmera da sua mão. - Hoje ele está amigo. - É. - olha pro céu. O pouco de sol que estava aparecendo hoje fez contraste com seu rosto meio bronzeado, seus olhos estavam brilhantes e completamente negros, e seu cabelo andulado caia pelos cantos do rosto. Posiciono a câmera em sua direção e aperto o pequeno botão dela, ouvindo o "click" em seguida. - O quê está fazendo? - vem para o meu lado. - Tirei uma foto sua. - a olho. - Veja, ficou bonita. Para olhar melhor a foto, ela se aproximou de mim e ficou com o rosto próximo ao meu pescoço. Senti sua respiração quente e suave bater contra a minha pele descoberta, pedi aos céus para que ela não tivesse notado meus pêlos arrepiarem. - É, você manda bem! - fala sorrindo enquanto me olha. Dessa vez ela sorria com os olhos. - Digo, você é boa com fotos, é boa em tira-las. - Obrigada. - agradeço envergonhada. Ela continua ali, naquele mesmo lugar, naquela mesma posição e eu também não me movo. Tiro as fotos daquele lugar mesmo, com ela atrás de mim observando tudo. - Acho que já está bom. - falo depois de alguns clicks. - Está! - se afasta de mim, fazendo com que o calor que estava sentindo sumisse. - A gente pode ir comer agora? Estou com fome. - Ah, ok. - dou de ombros. - Estou com pouca fome ainda. - Até chegarmos lá ela vai crescer. - bate no meu ombro levemente enquanto passa por mim, descendo da pedra. - Acredita em mim! - "Lá" aonde? - desço da pedra também. - Lá. - responde sorrindo e começa a correr pela areia, indo em direção ao carro, que não estava muito longe. Não acredito que ela vai me fazer correr nessa areia, eu já cai uma vez fazendo isso! Respiro fundo e reviro os olhos, seguro firme na câmera e corro atrás dela, pedindo à todos os deuses existentes para que eu não caia. Seria um tombo f**o! Eu nunca imaginei que Dayane Lima fosse assim, simpática, legal, divertida e até um pouco louca. Sempre via ela nos corredores da escola com aquela posse de durona, sem um mínimo sorriso no rosto. Mas vi que estava demasiadamente enganada. Ela é o contrário de tudo isso. É como aquela frase: Não julgue o livro pela capa. Eu não havia aplicado essa frase muito à minha vida, mas acho que vou passar a fazer isso com frequência. Nem tudo é o que parece ser! (...) - Seja bem-vinda à melhor lanchonete de toda Miami. O local é bem aconchegante. As paredes são pintadas com a cor creme, há várias mesas e cadeiras espalhadas por ali. John's Snack Bar. Esse é o nome. Dayane me leva até uma mesa que fica em um canto um pouco afastado das demais. Havíamos entrado aqui só depois de tirar toda, ou quase toda, a areia da praia que tinha ficado em nossas roupas e corpos. Logo um homem baixinho e gordinho aparece com um sorriso no rosto. - Day, querida! - John. - se levanta e o abraça. - Fazia tempo que você não aparecia por aqui, cheguei até em pensar que havia nos esquecido. - Nunca faria isso, John. É impossível esquecer vocês. - ela fala com ele de um jeito tão carinhoso, percebi que existe um carinho gigantesco entre eles. - Espero mesmo. - bateu de leve no ombro dela. - E quem é essa? - olhou para mim sorrindo. - John, essa é a Carol, uma amiga minha. E Carol, esse é o John, dono do estabelecimento e meu amigo! - nos apresenta. - É um prazer conhecer o senhor. - falo me levantando e apertando sua mão. - O prazer é todo meu, querida. E não precisa de chamar de senhor, me chame apenas de John. - diz simpático. - Okay, John. - Já decidiram o que irão pedir? - pergunta. Dayane volta a sentar na mesa, de frente para mim. - Pode trazer dois especiais da casa e dois milk-shakes, um de chocolate e outro de morango. - ele assente e sai de perto de nós, sem me dá a chance de pedir. Olho para Day confusa. - Não se preocupe, você vai gostar do pedido. - fala. - A não ser que você seja do tipo de pessoa frescurenta para comida. Aí vamos ter um probleminha. Ah, e você gosta de milk-shake de chocolate né? - Não, eu não sou frescurenta. - respondo. - E sim, eu gosto de tudo que tem chocolate. - Ainda bem. - apoia os cotovelos na mesa e se aproxima um pouco de mim. - Mas eai, me fala um pouco sobre você. - Não tenho nada de interessante para falar sobre mim. - respondo me arrumando na cadeira. - Ah, qual é? Tenho certeza que tem. - Pois não tenho. - sorrio cruzando os braços. - Okay, vou te fazer algumas perguntas sobre você, ai você me responde. Pode ser? - Vou poder fazer contigo também? - arqueio uma sobrancelha. - Vai! - concorda. - Então pode. - Certo. Nome completo? - Caroline dos Reis Biazin. - Idade? - Dezessete. - O tom do seu cabelo é natural? - pergunta com dúvida. - Sim. Por que a pergunta? - Estou acostumada com gente falsa. - dá de ombros. - Tem irmãos? - Tenho, dois mais velhos. - Onde nasceu? - Aqui mesmo. Não quer meus documentos? - Haha, engraçadinha. Não! - se encosta na cadeira, cruza os braços e fixa o olhar em mim, sorrindo. - O quê? - O quê, o quê? - Por que está me olhando? - Assim como? - Assim. - gesticulo com as mãos. - Por nada. - dá de ombros e continua me olhando. - Já te disseram que você é fofa? - Fofa? - É. Fofa. Você é fofa! A sua altura, o cabelo ruivo encoracolado curto e seus dois dentes da frente te deixam bem fofa. - O que é que tem de errado com minha altura? Ela é normal, okay? - cruzo os braços. - Ah, claro que sim. Você tem o quê? 1,50? - 1,56, mais respeito. - faço cara f**a. - Ah, melhorou bastante coisa. - sorriu. - E essa cara só te deixou mais fofa. - Ah, para com isso! - já estava começando a me envergonhar. - Eu ainda não fiz as perguntas para você! - lembro. - Meu nome é Dayane de Lima Nunes, tenho dezoito anos, moro com meus pais e tenho uma irmã, só que ela não mora mais com a gente, e sim com o noivo dela. Eu nasci e sempre morei aqui em Miami e não gosto de orégano! - Não gosta de orégano? - É, só achei importante avisar. - dá de ombros. Logo nossos lanches chegam. POUCAS HORAS MAIS TARDE... - Sabe... - subo em um pequeno muro e começo a andar sobre ele. - Você é diferente do que imaginei que seria! Logo depois da gente comer os deliciosos hambúrgueres e milk-shakes da lanchonete do John, Dayane me trouxe para um lugar que, segundo ela, é um dos mais bonitos de toda Miami, poucas pessoas conheciam ele. O lugar era em cima de um morro pouco frequentado. Na verdade, parece que há séculos ninguém vem aqui. Tem algumas árvores grandes, flores e uma construção abandonada um pouco distante. Ela é a única coisa que dá indício de que homens já passaram pelo local, ela e o muro baixo que fica quase na beirada do morro. Agora estou em cima dele, andando por de braços abertos enquanto me equilíbro. - Cuidado para não cair daí. - Dayane me acompanha andando ao meu lado, mas na parte do chão. - Como achou que eu era? - Sei lá. Uma i****a talvez? - i****a? Por que eu seria i****a? - Não sei. - dou de ombros. - Talvez porque a maioria dos populares são idiotas. - É, em partes talvez você esteja certa. - sorri. - Eu sou i****a na maior parte do tempo. - Na escola principalmente? - Na escola principalmente! - concorda. - Mas eu não tenho culpa. - Claro que tem. Você tem a escolha de não ser i****a. - sento-me no muro, de frente para a paisagem. - Ninguém é obrigada a ser o que não é. - Em alguns casos são... O sol já estava indo embora, isso fazia com que a paisagem ficasse ainda mais bonita. As cores rosa e laranja destacavam-se no céu, em um degradê lindo, fazendo-o parecer ter sido pintado pelas mãos de um grande pintor. Havíamos passado a tarde inteira juntas e arrisco dizer que talvez tenha sido uma das melhores tardes da minha vida. - Mas eu tenho escolha. - se senta ao meu lado e começa a balançar as pernas. - Mas não quero! Ainda mais com aquele bando de baba-ovo. - Não gosta deles? - arqueio a sobrancelha. - Não. - Sério mesmo? - pergunto surpresa. Ela concorda. - Não parece, você fica sempre cercada por eles, na verdade, por elas. - Eu sei que não parece, eu sou i****a, reconheço que sou. Mas é escolha delas ficarem me seguindo, pois eu não obrigo. Às vezes acho que elas gostam de serem tratadas como vadias. - Talvez elas gostem mesmo. - falo olhando para baixo. - Esse céu está lindo! Acho que uma foto dele vai ficar perfeita. - muda de assunto. Ela pega a câmera, que estava suspensa em seu pescoço. Eu havia deixado ela dentro do carro, no banco, não tinha visto Day pegando de volta. - Eu tenho certeza! Logo ela começa a tirar as fotos. Quando ela me disse que nunca havia usado câmeras como essa para tirar fotos, eu acreditei que ela não sabia realmente usar. Mas me enganei, pois ela leva muito jeito para a coisa. Hoje descobri coisas que eu realmente achava que não existia sobre Dayane. Ela fora da escola e longe daquelas pessoas se torna uma menina completamente diferente. - Ei, psiu. - olho para Dayane e a vejo com a câmera apontada em minha direção. - Ei, não é para tirar fotos minhas, e sim da paisagem. - coloco as mãos na frente da lente da câmera. - Relaxa. Olhe só, ficou linda. - se aproxima mais de mim, para me mostrar a foto. - É, realmente ficou... Na foto, meus cabelos ruivos estavam mais brilhantes e com um tom mais laranja que o normal. Atrás de mim, a paisagem se encontrava do mesmo jeito, com tons de rosa e laranja.
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