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Coringa narrando Eu tava puto. Não era só raiva, era ódio. Ódio de verdade. A cela parecia menor do que nunca, porque eu tava sem celular e não conseguia parar quieto. Andava pra lá e pra cá, enquadrado, pilhado, igual um leão enjaulado. E isso era o pior. Porque eu não sou assim. Eu sou o dono do jogo. Eu sou o cara que mantém a postura, que comanda, que nunca deixa transparecer fraqueza. Mas hoje? Hoje eu tava desesperado. 15 anos nessa p***a. Já fiquei sem celular várias vezes. Mas nunca por tanto tempo. No máximo, uma hora. No máximo, até alguém resgatar e devolver a p***a do telefone. Mas agora? Agora já era quase um dia inteiro. E nada. Nenhuma notícia. Nenhum resgate. Nenhuma movimentação. Porra nenhuma. Minha cabeça tava latejando. Minha mandíbula trincada.