Primeiro Selo

1576 Words
O outro dia raiou logo, Ethan devorava livros e mais livros para descobrir como poderiam entrar no inferno, e mais importante, como poderiam sair sem que ficassem presos, só pelas descrições o lugar não parecia nada amistoso. Saber que estavam prestes a entrar em um lugar onde cem por cento dos moradores queriam suas cabeças, ou pelo menos faze los de prisioneiros era terrível.    “Por que nossa vida valia menos do que qualquer um? ” Pensava sem parar, por que deveriam se sacrificar tanto por pessoas que nem apreciavam o trabalho que faziam, nem ao menos acreditavam. Mesmo pensando assim o seu senso de responsabilidade havia sido forjado em fogo, de jeito nenhum ele fugiria desse desafio, e era certo que não abandonaria Jensen, seu irmão de outra mãe.   - Está longe meu querido, o que houve? – Disse Amélia enquanto colocava açúcar em uma xícara de chá quente.- Você deveria comer alguma coisa.   - Não estou com fome tia, Jensen sinalizou se vai cumprir os desafios? Olívia disse alguma coisa?   -  Ainda não querido, mas vão decidir que sim logo, é o destino.   - E por que você perguntou se queriam cumprir os desafios? Não parece c***l deixar que pensem que tem escolha?   - Que escolha temos Ethan? Tirar deles o senso de que estão escolhendo fazer um bem? Não parece sensato...   - Tia Amélia, outra pergunta, lembra se do fantasma de Sioux Falls?    - Sim, tivemos que usar ouija para saber o porquê o doido estava matando.   - Preciso que faça isso com os Atkins.   - Nunca é bom mexer com os mortos Ethan.   - Precisamos descobrir o que estavam protegendo, e o que eles sabem sobre a profecia, por que estamparam presentes dados a Olívia com o símbolo, tia tem coisa aí...   - Você acha que eles sabiam que ela era a escolhida?   - A mantiveram reclusa caçando apenas vampiros, a coitada quase enfartou quando viu um demônio, objetos dados a ela com o símbolo, Os Atkins morrem misteriosamente por criaturas que com certeza não era vampiros.   - Precisamos pedir a Olívia Ethan. -  então faremos isso. Preciso entender todos os detalhes, só assim podemos ajudar.       No andar de cima, assim que Olívia abriu os olhos o seu primeiro pensamento foi verificar se Jensen estava bem, escovou seus dentes e cabelos o mais rápido que pode, nem se lembrou de tirar a camisola, correu para o quarto de Jensen sem avisos, abriu a porta e lá estava ele...dormindo, sem preocupações. Olívia suspirou de alívio, fechou a porta do quarto e pensou em sentar na poltrona para observa lo, se virou, desistindo da ideia, e foi em direção a saída do quarto quando ouviu a voz do seu amado...   - Olívia – Disse Jensen com a voz rouca – Não saia, se quiser, deite um pouco aqui comigo, está cedo ainda.   - Eu escutei Amélia falando na cozinha, devo descer e ajuda la.      - Acho que como estamos prestes a morrer para salvar o mundo podemos nos dar ao luxo de dormir um pouco mais. Deite comigo, por favor...   - Mas Jen... – Começou a dizer Olívia.     Quando foi interrompida   - Atkins, sem desculpas! Só não deite aqui comigo se realmente não quiser.   Olívia não conteve o riso, assim como Jensen, ele sabia o que ela queria. E ela também sabia.                       Olívia deitou se ao lado de Jensen com timidez, evitando encostar demais, Jensen a puxou para mais perto e a abraçou, Olívia podia sentir a pele de Jensen em seu corpo, Jensen o cheiro dos cabelos de Olívia em suas narinas.   Não ficariam inertes por muito tempo, era assim que funcionava a profecia. Não poderiam fugir.  Embora eles não conhecesse a profecia bem, sabiam que seus movimentos eram movidos por um magnetismo que só poderia ser descrito como celeste.   Olívia se virou para encarar Jensen nos olhos, ela amava cada detalhe nele, mas os olhos, eram com certeza a porta da alma de Jensen, olhando em seus olhos ela poderia enxergar o que estava oculto, o que ninguém mais sabia. Jensen acariciou delicadamente o rosto de Olívia, colocou a mão na parte de trás da cabeça de Olívia agarrando os seus cabelos com força, a puxou para mais e mais perto, esses movimentos que pareciam previamente ensaiados sendo feitos sem que parassem de se olhar nos olhos. O fogo crescente no olhar de Olívia que sentia o seu corpo derreter quando Jensen beijando seu pescoço disse “-Eu quero você”. Ela fechou os seus olhos, e seu corpo sinalizava querer ainda mais. Ela também o queria.   Olívia deitou em cima de Jensen e o beijou com força, toda aquela mistura de sentimentos entranhados em seus corpos, o desejo, o amor, o medo, agonia criando uma sinfonia de sentidos. Jensen já havia estado com muitas mulheres, mas nenhuma havia provocado aquela sensação, a sensação de estar com algo tão importante, bonito e frágil em suas mãos e simplesmente saber exatamente o que fazer e saber exatamente como proteger, e como possuir.   Jensen tirou a camisola de Olívia, beijou o seu corpo todo, lhe causou arrepios e quanto mais ela suspirava mais ele a invadia. Sabia exatamente onde tocar e o que fazer, pois aquele corpo havia sido feito para ele. E a cada beijo, a cada toque eles queriam mais, suas mentes e almas haviam sido invadidas. Quando Olívia finalmente alcançou o seu auge, Jensen também, eles poderiam jurar que naquele momento o mundo parou por alguns segundos, assim como aconteceu quando se conheceram. A Marca naquele momento se tornou mais vivida.   Olívia deitou sua cabeça sobre o peito de Jensen, e lágrimas escorreram por seus olhos.   - O que foi meu amor? Eu machuquei você?   - Não Jensen, eu estou bem. É que essa foi o momento mais assustador, mágico e especial da minha vida.   -  E se eu te disser que me sinto da mesma forma?   - Eu iria dizer que você está mentindo – Disse Olívia sorrindo   - Acredite, eu jamais me senti assim, me assusta o quanto eu amo você. – Disse Jensen   - A mim também, eu te amo tanto que só de pensar em te perder meu corpo arde em desespero.   - Você jamais vai me perder, ouça bem, eu arrasaria o inferno, céu, purgatório e a terra para voltar para você.     Os dois continuaram ali, não tinham intenção real de levantar, ali parecia um lugar seguro. Como se nada pudesse machucar qualquer um dos dois. Olívia considerou o Alaska, já não lhe parecia tão r**m viver a vida tomando chocolate quente ao lado de Jensen, em uma cabana simples, onde nunca mais teriam contato com monstros.   - Olívia, o que faremos com os desafios?   - Estava considerando o Alaska...   - Fala sério?   - Não, temos que cumprir os desafios. E você sabe!   - Certo e por que? Esses Leviatãs vão levar quanto tempo para varrer a terra?   - Não sei, mas o que tem a ver?   - Poderíamos ir embora, viver uma vida normal, ter uma penca de filhos, e morrer de velhice. Nesse meio tempo surgiriam outros coitados para a profecia importunar.   - Se apaixonar por mim então foi importunação?   - Você ouviu a tia Amélia, nos apaixonaríamos de qualquer jeito, só que poderíamos ter uma vida normal.   - E caçadores tem vida normal?   - Eu pararia de caçar.   - E faríamos o que? Jensen você está maluco! Vamos cumprir os desafios, não podemos colocar nossa vida acima da via das outras pessoas.   - Pode ter certeza que eu colocarei a sua vida acima de qualquer ser humano.     Assim mais uma parte da profecia foi finalmente cumprida, um calor infernal tomou a terra.   Amélia que já havia previsto a maioria das coisas que viriam a seguir viu flashes de cenas que ela não gostaria, riu, pois sabia exatamente qual era o aviso. A parte que faltava na pesquisa de Ethan, a chave para o inferno, Olívia e Jensen haviam acabado de abrir.   - Ethan querido, por favor, chame Jensen e Olívia para tomar café, mas bata na porta antes!    _______________________________________________________________________________________________________ A campainha tocou   Na porta estava Joanne, segurando uma espada prateada.   - Olá Amélia, preciso de ajuda.   Olívia e Jensen desceram as escadas sorrindo e se beijando, quando Jensen viu Joanne parada na porta, pode presumir o que viria.   - Entre Jô – Disse Amélia visivelmente sem jeito – Diga filha, do que você precisa?   - Antes um café Amélia, te explicarei tudo. – Disse Joanne encarando Olívia com um olhar predatório.  – Não vão me apresentar a magricela?   - O que você disse? – Disse Olívia sem acreditar na falta de educação.   - Seu nome, você tem algum nome? Sabe aquele que o seus pais te deram quando você nasceu, se é que você tem pais, não é? Me perdoe se estou sendo ríspida, é que em nosso tipo de vida não ficaria surpresa de Jensen tivesse te achado em uma floresta...   - Meu nome é Olívia Atkins, muito prazer! E você quem é?   - Atkins, bom, temos então uma celebridade, meu nome é Joanne May.  Prazer.   -  O prazer é todo seu,  vou oferecer minha ajuda ao Ethan.      Olívia se dirigiu até a biblioteca.   - Qual seu problema Joanne? - Disse Jensen - Um mês Jensen e já colocou a magricela em meu lugar.   - Nunca tivemos nada, coloque isso na sua cabeça! Eu amo Olívia não se meta com ela Joanne.   Ao falar isso Jensen virou as costas e saiu. 
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