VI

1338 Words
Após um belo tempo na água conversando com a minha amiga, ela vestiu-se e foi descansar, já exausta. E eu fiquei conversando com a lua, deixando-a recarregar o meu corpo com a sua luz. - Bem, bem no fundo eu sei que o meu pai não teria coragem de me obrigar a casar, se eu fizesse o devido drama. Ele não me entregaria à alguém, ainda mais sem amar a pessoa. - falo com a lua, que não me responde, mais ao menos me escuta atentamente. - Eu não entendo o porquê dessas regras estúpidas existirem e o pior de tudo é que parece que eu sou a única que pensa assim. - conto e suspiro. - Eu soube que a família Real, está em ameaça agora. O que é suposto eu fazer agora? Ficar quieta? - questiono inconformada. - Eu não posso ficar quieta, essa não seria eu. E o que eu tenho à perder? Ir para à forca me parece bem melhor do que viver essa vida cheia de injustiças. - falo, e sorrio. - Eu vou defendê-los, e irei para à forca, porque fiz algo à favor dessas sonsas que se deixam ser manipuladas por esses homens. - prontos, é isso. Nem pensar que ia deixar tocarem no Príncipe. Eu sei que ele teve aulas com os melhores mestres de artes marciais e que é muito bom em defender à si e ao Reino, como já provou em inúmeras batalhas, mas eu também posso ajudar. Não posso? Saio da água, limpo o meu corpo e me apresso em vestir, pois ouço movimentação de guerreiros. Acho que estão se preparando para o possível ataque. Eu preciso das minhas armas que o meu pai confiscou da última vez que me viu treinar com elas, lá no campo de madruga. Oro, para que ele as tenha guardado em seus aposentos aqui no castelo e não em nossa casa na Vila. Entro, pela cozinha Real, agora vazia, mas mesmo assim, muito cheia para o dia de amanhã, os guardas do lado de dentro, são meus amigos, por isso vou até a armadura fantasma e retiro a espada, presa nela. - Para quê isso Nirlian? - o Joseph questiona. - Vou ao aposento de meu pai, o devolverei daqui à pouco. - respondo indo passar pela porta, mas eles param em frente da porta, proibindo a minha passagem. - Eu não vou m***r ninguém e vocês sabem. - digo e eles suspiram. - Só não nos coloque em problemas com essas suas aventuras, Nirlian. - eles dizem me dando passagem. - Não se preocupem. - sorrio e pisco o olho saindo de lá. E vou em direcção ao aposento de meu pai, tenho certeza que ele não está lá, com essa situação. - Aonde vai? - um guarda questiona, quando vou adentrar no corredor que leva ao seu aposento. É uma das áreas restritas do castelo, sendo ele o cavaleiro real e guerreiro mestre do Reino. - Vou ao aposento do Mestre Edgard. - o respondo. - Ele não se encontra em seu aposento. - responde e argh. Eu deveria ter entrado sem que ninguém me visse. - É de meu conhecimento. - o respondo. - Foi ele mesmo quem me ordenara para vir deixar essa espada em seu aposento. - o respondo. E ele encara o colega. - Escutem, se acontecer algo de muito grave, por essa espada não estar no lugar em que me ordenaram, a culpa será unicamente vossa. - dramatizo e eles se encaram incertos outra vez. - Vocês sabem que o Mestre é meu pai, eu jamais o faria m*l, se é isso que temem. - falo exausta. - Espero que isso não nos traga problemas, entre. - o mesmo autoriza e eu pulo internamente. E me direcciono até ao aposento de meu pai. Assim que fecho às enormes portas de madeira, corro para o seu lugar secreto de armas, eu sei, pois não é a primeira vez que entro em seu aposento para levar de volta as minhas armas confiscadas. E graças à Deus, é aqui onde ele escondeu as minhas belas amiguinhas, dessa vez. - Que saudade! - digo às pegando e espalhando pelo médio sofá aveludado. E me baixo para ajustar a bolsa e a fita de flecha, em minha perna, para coloca-lás à todas em minha perna. Tive que levar emprestado, sua bolsa de flecha e sua respetiva fita, para colocar o que não coube na outra, e dessa vez teria que carregar duas espadas, à que levei da armadura fantasma e a minha na outra perna. Baixo meu vestido de noite e organizo o mais rápido possível o que desarrumei. Quando ia sair, as enormes portas de madeira se abriram bruscamente e por pouco não pulei de susto. - Porquê tanta demora? - um deles questiona e eu coloco a cara mais felina que possuo. - Porque eu tive de procurar o sítio que o meu pai explicou. - os respondo e eles se aproximam. - Precisamos lhe revistar. - eles dizem se aproximando, já tocando em meu braço. - Pois então o faça. - respondo. - Mas farei o meu pai saber que vocês homens me tocaram. - ameaço. - Meu pai mata qualquer homem que ousar me tocar. - não é de todo uma mentira. E foi o suficiente para eles assentirem. - Nos desculpe, com licença. - eles dizem e eu assinto, me retirando o mais rápido que consigo. Pois preciso de cuidado, ou alguma arma me fere, ou deixo cair no chão. Volto e devolvo à espada da armadura fantasma e vou ao meu aposento. Para a minha graça a Liana e a Fátima já estão dormindo, então guardo elas no meu esconderijo de sempre, e me deito, revendo todos os ataques em minha mente, até que eu durma. 《▪▪▪》 Praticamente, não dormi nada! m*l preguei os olhos e o sol, tanto quanto à agitação iniciara para a cerimónia que fará do Príncipe Alon, agora o Rei de Valoard. - Eu tomo primeiro! - me apresso, em ir tomar banho. - Sem problemas. - elas respondem ainda cansadas, arrumando suas camas. Leva tempo, para preparar o banho. Mas assim o tomo. Estou vibrante! Eu estou desejando para que não invadam o Reino, mas estou também desejosa de que isso aconteça! Meu corpo vibra! Após o banho rápido, gasto muita água para obrigar às duas à tomarem banho ao mesmo tempo. Decido fazer o r**o de cabalo em meus longos e escuros cabelos, o r**o de cavalo que sempre faço ao ir treinar, e perfeito para usar uma estrela de anis cortante, como acessório. - Acho melhor tomarem banho juntas, a água que economizamos está prestes à acabar e daqui à pouco a Senhora Safira, vem nos puxar daqui para fora! - as atiço, assim que adentro em nosso aposento. - Eu estou desejosa de assistir, nem que seja um simples instante a coroação do Príncipe, por isso apresse-se Fátima! - a Liana diz puxando a Fátima para dentro da área de banho. - Ele é o homem mais lindo que já vi em toda minha vida. - a Liana comenta lá de dentro. Mas dessa vez, seu comentário não me soou indiferente, meu coração apertou, não gostei nada dela falar o que é a verdade mais crua e nua. O que se passa comigo? - Gostaria de ter nascido princesa só para poder ter a chance de talvez ser sua esposa. - ela continua comentando e eu resolvo ignorar e me vestir, embora hoje eu trabalharei, por baixo do vestido de criada, coloco as minhas calças interiores, costuradas pela minha bela avó, e começo à munir-me. Ajeitando as bolsas e tudo debaixo da volumosa roda do vestido. Afinal, criadas também tem de passar boa impressão durante a cerimônia, não é um vestido como os das princesas, mas possui o seu volume que me está ajudar a esconder as minhas armas junto à mim. - Todas nós gostaríamos! - a Fátima comenta rindo.
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