O irmão adotivo do meu pai - série: Amores Proibidos

ensaio fotográfico sensual

Rafael havia chegado durante a noite de Paris, tinha viajado para lá, para a semana da moda, após vários dias longe de sua agência, mesmo muito cansado, logo pela manhã ele decidiu ir até lá, precisava saber como as coisas estavam correndo, ao chegar foi informado de que estava acontecendo uma sessão fotográfica, ele gostava de acompanhar de perto as sessões, para instruir suas modelos e ajudar com as fotos, sem demora, se dirigiu até a sala onde estava acontecendo a sessão, ao entrar, paralisou, o que viu o surpreendeu, Melissa, filha de seu irmão, estava fazendo um ensaio sensual, coisa que ele nunca havia permitido, rapidamente ele se aproximou e foi até o coordenador da sessão.

— quem deu permissão para Mel fazer esse ensaio? — ele perguntou.

— foi eu. — disse Ricardo, ele era o vice diretor da agência. — o dono da marca Hard sexy bateu os olhos nela e disse que queria ela pra fazer as fotos, até mostrei as fotos de outra modelos, mas ele não queria, disse a ele que Melissa não fazia ensaio sensual, que nunca havia feito, mas ele cismou, disse que só queria se fosse ela, se não fosse, iria rescindir o contrato, então aceitei, espero que não tenha problema.

— sabe que nunca deixe ela fazer esse tipo de foto, mas bem...dessa vez foi.

— deveria repensar, Melissa nasceu pra ser modelo, não importa o que vão colocar para ela fazer, ela vai fazer muito bem, olha só com esta bem nas fotos.

— não sei...

— Rafael, Melissa não é mais uma criança, como quando começou a trabalhar com a gente, ela tem dezenove anos, se tornou uma mulher linda e uma modelo talentosíssima, se ela fosse sua sobrinha de sangue diria que herdou o talento de você. — Ricardo disse o fazendo rir.

A sessão seguiu seu rumo, Rafael olhava com atenção as poses sensuais que ela fazia, Ricardo tinha razão, ela havia se encaixado muito bem, e as lingeries usadas, combinado perfeitamente com ela, os cabelos loiros que iam até cintura, os olhos azuis brilhavam, o rosto tão delicado, angelical que naquele ensaio havia se mostrado muito sexy, o corpo curvilíneo e atrativo, uma beleza de fazer muitos suspirar. Quando a sessão se encerrou, Melissa colocou um roupão, então foi até as pessoas que estavam ali.

— como me saí? — ela perguntou, então o fotógrafo se manifestou.

— incrivelmente bem Melissa, apesar de ter sido seu primeiro ensaio sensual, você transmitiu tudo que foi pedido pela marca, o dono da marca tinha toda razão quando disse que você era a cara da coleção.

— obrigada. — as pessoas ali começaram a se dispersar, restando apenas duas pessoas que estavam desmontando o cenário, Rafael e Melissa, ela se aproximou dele, então disse. — vai tio, pode me dar bronca.

— só não vou dar por que não foi de sua escolha.

— eu tinha o opção de recusar, não creio que fosse me obrigar a fazer essas fotos.

— eu não obrigaria.

— mas eu quis fazer, acho que essas fotos são o início de uma nova fase, uma fase adulta sabe.

— ainda é uma menina Mel.

— sempre serei, mas só pra você e para o papai, eu tenho dezenove anos tio, não sou mais uma criança, está bem claro na minha aparecia e nos meus documentos. — ela disse o fazendo rir.

— quero só saber como vou contar isso a seu pai.

— não precisa, eu contei, de início ele ficou meio calado, mas então ele disse “bem, é seu trabalho” juro que pensei que ele não ia aceitar.

— que grande avanço, ele é muito rígido.

— nem foi tão grande assim, pedi pra ir a uma festa no dia seguinte e ele não deixou.

— ele não muda, vai se vestir, te levo em casa, quero ver meu irmão.

— ótimo, já volto.

Minutos depois Melissa voltou já vestida, juntos eles seguiram para o estacionamento e entraram no carro, a caminho da casa de Melissa, Rafael estava a contar a ela como havia sido a semana da moda em Paris, ela estava encantada com tudo que ouviu.

— tio, ano que vem você precisa me levar com você.

— levo sim, mas talvez antes disso eu te leve para outra viagem.

— onde? — ela perguntou animada.

— Argentina, vai ter um desfile lá, tenho que levar duas moças e dois rapazes.

— que incrível.

— mas tem que ver se seu pai vai liberar.

— isso não é justo, eu já tenho dezenove anos e ainda não posso decidir pra onde vou sair ou com quem, mas acho que ele vai deixar sim, com você ele deixa sem reclamações.

— entenda seu pai Mel, você ainda é bem jovem, ele tem medo que algo aconteça, ou lhe faça sofrer, você é a única filha dele, ele só quer te cuidar.

— eu sei, mas acho um exagero.

Quando chegaram a casa, Melissa entrou junto a Rafael, Marco ainda não havia chegado da delegacia onde trabalhava, mas não tardaria em chegar, então ele sentou no sofá.

— vou pedir pra prepararem um suco pra gente, papai já deve estar chegando. — Melissa saiu em direção a cozinha, sentado no sofá, Rafael mexia em seu celular, foi então que a porta se abriu, por ela passou Marco, ele era um homem alto, moreno, olhos cor de mel, tinha um ar bem jovem.

— meu irmão, quando chegou? — ele perguntou indo até Rafael, então o deu um abraço.

— cheguei ontem a noite.

— como foi no seu congresso de maricas?

— você e seu humor ácido, mas entrando na sua, quem pega mais mulher, me diz aí?

— só por que você tem essa carinha bonita aí. — disse ele, então os dois riram.

— como está no trabalho?

— cansativo e estressante como sempre.

— não acha que esta na hora de se aposentar?

— pelo estresse estaria, mais ainda sou jovem.

— aqui o suco...papai, não vi que tinha chegado.

— cheguei agora querida.

— eu tinha colocado o suco pra mim, mas como você chegou, fica com meu, eu pego outro copo.

— obrigado, como foi as fotos?

— normal pai, como qualquer outra.

— nem tanto né, de roupas íntimas. — ele disse revirando os olhos.

— quando Melissa me contou que você tinha deixado eu até desacreditei.

— eu fiquei um pouco receoso, mas minha menina é talentosa e se é o trabalho dela, qual o problema né? É só trabalho.

— mas ainda estou triste com o senhor, não me deixou ir a festa que tanto queria ir.

— claro, sozinha não deixo mesmo.

— mas vai deixar eu dormir na casa da Maria amanhã, não é?

— claro querida, Maria é uma boa garota, de boa família.

— ótimo, vou mandar mensagem pra ela para confirmar. — disse ela que logo em seguida saiu.

— você prende ela demais.

— eu sei que sim, mas com o trabalho que tenho, já vi cada atrocidade com garotas como minha Melissa, apenas tenho medo que possa acontecer algo a ela.

— eu entendo, mas também não seja tão rígido, ela é uma boa garota, responsável, sabe se cuidar.