Storm/ Rebecca
Voltar para casa... Finalmente. Eu ainda mão sei se isso e um alivio ou não, olhar para os prédios antigos de Nova Orleans me trás algo de nostalgia, saudade e desespero, foi nessas ruas onde eu cresci, e onde eu descobri que os vivos são mais perigosos que os mortos. Há quase quatro anos atrás, King me mandou para o Japão com um único objetivo: tornar-me uma assassina profissional. Uma máquina de matar, um soldado alguém que não deixa rastro, uma tempestade de verão, daquelas que vem forte, faz os maiores estragos e depois vai embora sem deixar vestígio.
E foi no Japão que aprendi algo perturbador e fascinante ao mesmo tempo: tudo pode ser uma arma, até mesmo um pacote de batatas fritas. Como isso é possível? Melhor não perguntar, porque eu sou capaz de responder.
O treinamento não foi fácil, estar no berço da yakusa com homens tão perigosos que só com o olhar faziam pessoas de bem chorar, foi algo que eu nunca, nem em meus piores sonhos eu podia mensurar o que foi o que eu passei, fome, frio, surras, treinar ate os músculos doerem a ponto de eu não conseguir me mexer.
Essa foi a melhor parte, a pior foi a humilhação dos homens da organização em que eu estava, por ser mulher, por ser menor e pelo o que eles falavam " não estar treinando com o meu mestre porque mereci e sim porque King pagou "Porem eu lutei e venci, eu corri atrás e mostrei a cada um deles que eu merecia ser respeitada, que eu era honrada e merecedora de meu treinamento.
Em contrapartida Mikoto a minha baba alias baba de Lucca, era a melhor pessoa que eu poderia querer e na vida de meu pequeno e quando voltei para os Estados Unidos, a trouxe comigo.
King tem um trabalho para mim, um que carrega um peso pessoal imenso: vingar a morte da minha irmã, Guenevere. Otávio, o pai do filho dela, Lucca, o menino que amo como meu.
Otavio matou Guenevere de forma brutal. E eu, eu voltei para ajustar as contas. Otávio estava sob proteção do FBI, o que tornava tudo mais complicado, mas não impossível. Eu tinha uma missão, e estava determinada a cumpri-la.
Cumprir essa missão foi mais do que um trabalho; foi uma libertação, uma descarga de raiva e dor acumuladas ao longo dos anos. E, após vingar a morte de Guenevere, comecei a trabalhar para King. Eu me transformei em algo novo, algo mais implacável. Forte e c***l, como uma tempestade de verão.
A vingança trouxe um alívio momentâneo, mas não era o fim. Havia mais em mim, uma sede que a vingança não conseguia saciar completamente. Eu sabia que, apesar de ter alcançado o que mais queria, a minha jornada estava longe de terminar. A minha vida tinha se tornado um emaranhado de lealdades e objetivos, uma tempestade incessante de desejos e deveres.
Eu era Storm, uma força da natureza moldada pela dor e pelo poder. E enquanto enfrentava os desafios que vinham com meu retorno, sabia que, no fundo, ainda havia muito a descobrir sobre mim mesma e sobre o que realmente queria na vida.
A luz suave da manhã se infiltrava pela janela, espalhando-se pelo quarto e acariciando meu rosto. Abri os olhos lentamente e me deparei com Lucca, meu sobrinho adotado, dormindo ao meu lado. Sua presença na cama já havia se tornado uma constante desde que voltamos.
— Bom dia, pequeno gênio. — murmurei, observando Lucca, cuja mente superdotada superava até mesmo a de muitos adultos. Ele tinha uma habilidade incrível para montar e desmontar computadores e resolver equações complexas, algo que sempre me deixava impressionada.
Com cuidado para não acordá-lo, levantei e me dirigi para a cozinha. Lá, Mikoto, nossa babá trazida do Japão, já estava preparando o café da manhã. Com um tradico
— Ohayou, Mikoto. — cumprimentei, usando o pouco de japonês que havia aprendido.
— Ohayou, Storm. — respondeu Mikoto com um sorriso, enquanto virava os ovos na frigideira.
Não demorou muito para Lucca aparecer, esfregando os olhos sonolentos.
— Bom dia, Mamãezinha. — disse ele, sentando-se à mesa.
— Bom dia, campeão. Dormiu bem?
— Sonhei que estava montando um robô gigante! — exclamou Lucca, seus olhos brilhando com entusiasmo.
Enquanto tomávamos café, conversávamos sobre trivialidades, um contraste bem-vindo com as sombras do meu passado. Após o café, decidi visitar meu pai, Timothy, e minha madrasta, Lilith.
Chegando à casa deles, fui recebida com abraços calorosos.
— Storm, minha cadelinha, é tão bom ver você! — exclamou Lilith, me envolvendo em um abraço.
— Estou feliz em estar aqui. — respondi, retribuindo o abraço.
Sentamos na sala, onde meu pai se juntou a nós.
— Então, como você está se sentindo, querida? — perguntou Timothy.
— Estou... ajustando-me. — admiti. — Mas estou bem, principalmente por estar com Lucca.
— Falando nisso, Ca,dela Mor - disse a lilith que pode te ajudar a encontrar uma casa. — acrescentou meu pai.
— Sim, já comecei a procurar alguns lugares. — disse Lilith, entusiasmada. — Quero que você e Lucca tenham um lar confortável e seguro.
A conversa fluía naturalmente, e por um momento, os perigos do meu mundo pareciam distantes.
— Encontrar um lar... soa como um sonho. — falei, um sorriso se formando nos meus lábios.
— E será um lar lindo, você vai ver. — assegurou Lilith.
O restante do dia passou em um clima familiar e aconchegante. Falamos sobre planos futuros, lembranças antigas e os pequenos prazeres da vida cotidiana. Era um lembrete necessário de que, apesar dos desafios e perigos que me cercavam, havia um refúgio de amor e normalidade esperando por mim.
— Eu realmente senti falta disso. — confessei, enquanto observava Lucca brincar no quintal com meus irmãos.
— Nós sempre estaremos aqui por você, Storm. — disse Timothy, colocando a mão sobre a minha.
Com a promessa de uma nova casa e o calor da família, senti uma onda de esperança. Talvez, afinal, houvesse um lugar para a tempestade que era eu encontrar paz, mesmo que fosse apenas por um momento fugaz.
Lilith e eu achamos um lugar lindo bem no centro Historico, um casarão antigo que me fazia me sentir uma mocinha de época estilo o vento levou.
Comprei a casa, a primeira coisa a chegar foi minha coleção de motos, algo de dar inveja a qualquer um, algumas ganhei de ´resente de meu pai outras de king, mas a que eu mais amo foi me presenteada por lilith junto com bera e seu taco de beisibol.
Lilith e meu pai tem um rolo desde quando eles eram adolescentes, mas só depois que ele provou seu amor e que eles ficaram juntos, porem foi o fato dela ser forte, e me mostrar que só havia uma cad,ela Mor em nosso canil "lar" que me fez admira-la como mulher e mãe.
Falando em mãe a minha me abandonou com meu pai eu tinha apenas 4 anos, eu e Guenevere éramos quase gémeas de mães diferentes, éramos unidas, ela era minha segunda pele e hoje eu tento ser para o filho dela uma mãe melhor que a minha mãe foi para mim.
Eu e lucca estávamos voltando para o apartamento alugado quando eu passo no mercado, eu vejo as motos de Devil e seus amigos passando mas não estou aqui para dar ibope.
Quando estou quase saindo eu vejo Lucca e Devil conversando, o que esse projeto de Don Juan com gripe quer com meu filho?