capítulo 2: Meu primeiro beijo

1534 Words
Capítulo 2 Tudo era como uma seleção natural e os menos favorecidos eram desprezados, eu não tinha nada de diferente que pudesse chamar atenção de garotos, além de tudo era boba e não sabia conversar como as outras adolescentes, sentia vergonha de tudo e isso era terrível. Eu era tímida e sempre que ouvia alguma coisa sobre s**o ou homens não conseguia falar nada relacionada ao assunto, eu não me sentia confortável e não tinha nada para contar a elas. De todas as meninas da minha turma eu era a que não tinha sido beijada ainda. Hoje isso parece piada mais na época era motivo de piada a menina aos 14 nunca ter beijado alguém. Pelo andar da carruagem não iria conseguir esse feito por tão cedo já que eu não me dava bem com os garotos e por isso nunca me vi conversando abertamente com um. Eu até tentava mas preferia jogar futebol que me arrumar para impressionar os meninos, e mesmo assim quando tinha vontade sair de casa meu pai raramente deixava, quando isso acontecia eu me sentia m*l, hoje em dia até entendo o lado dele que era apenas me proteger de caras que poderiam muito bem se aproximar de mim e tirar proveito da minha ingenuidade. No Carnaval eu já tinha algumas amigas que moravam na mesma rua que eu, mesmo morando no interior era acostumado nessa época do ano termos festas de bloquinho de rua que arrastava muitas pessoas para se distrair, lá também tinha um grupo de pessoas que se fantasiava e se denominava os mascarados, eu sempre olhava tudo da porta de casa, mas a vontade está lá naquela festa era enorme e eu sempre pedi meus pais para deixar ir, até que fim chegou o grande dia eu me arrumei para ir e com minhas amigas, como aa pessoas eram todas mascaradas não conseguia reconhecer ninguém, um cara chegou perto de mim para conversar e eu dei bola para ele, começamos conversar e ele tinha um papo legal, fui me envolvendo na conversa dele até que quando percebi estávamos abraçados, ali era meu primeiro contato com um homem e eu me sentia muito nervosa, tinha uma contração na barriga e minhas pernas trêmulas, será que eu iria gostar dela quando tivesse aquela máscara? Realmente não sei se estava preparada para aquilo, várias coisas estranhas se passaram pela minha cabeça, será que eu iria saber beijar? E se eu ficar com vergonha e dar um piriri? E se ele não gostasse do meu beijo? Pior de tudo se quando ele tocar a máscara for um velho ou um cata sem dente? Meu Deus eram muitas coisas a serem pensadas e eu não tinha ideia de como respondê-las mesmo assim continuei a conversar com ele, até que ele me chamou para sair daquele lugar e ir para um lugar mais calmo, eu simplesmente fui para um outro local na praça que era mais calmo e não tinha tanto barulho, “ p**a que pariu” ele iria mostrar seu rosto agora, depois o que eu iria dizer, tenho que pensar em alguma coisa e rápido. Nos sentamos e ele fazia tanto suspense para tirar aquela máscara que eu já tinha pensado várias vezes em arrancar ela dá cabeça dele com minhas próprias mãos, eu sempre fui imediatalista e já estava me cansado de conversar com aquela criatura de marcaram “kkkkk”. Até que “bum” ele tira a máscara e nossa o carinha era mó gatinho “kkkk” era um loirinho de olhos azuis, eu babei ual, eu com certeza iria amar se ele me beijasse, com toda certeza eu chorei as bochechas na hora que ele se revelou porque senti elas queimarem, continuamos a conversar e isso ainda era dia, muito sol e eu não estava pensando em da meu primeiro beijo ali na frente de um monte de gente, mas ele foi mais rápido e me perguntou: Eu posso te beijar? Ahhhhhhhh o que eu podia responder? Nunca tinha sido beijada, c*****o naquela hora senti um sócio no estômago, e agora minha nossa travei!!! Não saia nada, até que eu disse: Você que sabe! p**a que pariu que resposta mais i****a foi aquela? Não existe, que mulher b***a eu deveria dizer; sim claro que quero, mas pelo menos não fui tonta ao ponto de dizer não, ele percebeu que eu queria tanto quanto ele e me beijou, eu beijei ele de volta mas na minha cabeça estava fazendo tudo errado, eu quase não curtir o momento porque fiquei o tempo inteiro pensando em ser perfeita, e depois daquele beijo nós dois saímos de mãos dadas, e meu coração acelerado acho que até ele ouvia as batidas, estava me sentido nas nuvens e queria demonstrar a todo mundo que eu estava “namorando,” simmm, naquela época não existia “ficante” ou “peguete” no primeiro dia já éramos namorados, hoje em dia eu até dou risada de o quanto eu era boba, meu maior medo era meu pai por acaso me encontrar na rua com aquele rapaz, ele não imaginava que eu tinha conhecido alguém e com certeza se eu contasse ele não iria permitir e não deixaria eu sair para lugar nenhum, e foi assim todos os finais de semana do carnaval eu pedia meu pai bem antes para sair e ele estipulava um horário para sair e voltar, eu ficava a semana inteira indo para o colégio e pensando nele, a gente só poderia se encontrar nos finais de semana e isso era terrível. Até que um dia ele começou a vim aqui no meu bairro, pertinho da minha casa como meu pai saia sempre a noite e minha mãe sabia que eu e ele estávamos juntos ela deixava eu sair e encontrá-lo na frente de casa, então sempre que meu pai saia eu e eles ficávamos um pouco juntos, era tudo muito complexo porque eu ficava o tempo todo em estado de alerta para quando a bicicleta dele aparecer em uma esquina que era mais distante de casa, eu deveria reconhecê-lo e correr para dentro de casa. Um dia quando eu não aguentava mais só vê-lo nos finais de semana tive a brilhante ideia de pedir a meu pai para me deixar namorar, mas eu me borrava de medo de conversar com ele e pior de começar a falar de homens fiquei mais de duas semanas tentando pensar em mil formas de entrar naquele assunto mas ele era rude e não dava oportunidade nenhuma para conversamos abertamente sobre nada, minha mãe já sabia de tudo mais eu não podia pedir a ela para falar com ele porque com certeza seria pior, então foi que tive a brilhante ideia de fazer uma carta e descrever tudo “ Meu pai eu sei que o senhor sabe que eu estou crescendo e já sou uma moça, preciso experimentar coisas diferentes na vida a pouco tempo conheci uma pessoa e estou gostando muito dela, não quero fazer nada escondido e preciso de sua permissão para namorar com ele” A foi h******l e quase eu não consigo entregar para ele a carta morria de medo dele me prender em casa e não me deixar sair mais para lugar nenhum, mas quando eu entreguei a carta senti um verdadeiro alívio, esperei ele ler e a resposta dele foi muito estranha” “ Experimentar coisas novas? Você tem que estudar não pensar em macho não você ainda é muito nova, meu medo e você pensar em experimentar novas e usar drogas, eu sei que você não é louca para me decepcionar assim” Meu Deus desde quando um pedido para namorar virou uma discussão sobre drogas? Ele foi para um lado completamente diferente da que eu propus fugindo completamente do assunto e colocando em pauta uma coisa totalmente nada haver e que certamente jamais iria fazer, como ele podia pensar que eu estivesse pensando naquilo, isso me deixou com muita raiva e acabou que ele não disse se eu poderia ou não manter contato com o rapaz. Mesmo sem saber se podia continuar com ele comecei me encontrar sempre com ele, só que sempre minha mãe falava para não deixar ele me apalpar e não da liberdade para ele pensar que era livre para fazer qualquer outra coisa comigo, então sempre que saí para encontrá-lo pedia uma amiga minha para me acompanhar, e fica lá de “ vela” para mim isso não era problema nenhum e eu confiava plenamente nela. Conhecemos a família dele e sempre que podia fugir um pouco de casa ia na casa dele, a mãe dele era super legal e sempre me tratou bem, eu ainda era mocinha e era muito tímida quando chegava lá sentava no sofá e não conversava muito, tudo que eu sentia por ele transmitia para cartas e nunca tive coragem de dizer olhando nos olhos dele, na maioria das vezes não estávamos sozinhos e talvez por isso não dizia nada sobre meus sentimentos por ele, ficamos juntos por um bom tempo mas não fomos além de beijos na boca e abraços e com certeza esse foi o motivo que ele teve para me trair.
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