capítulo 4: Vergonha

1171 Words
Então eu só queria ter uma amiga que pudesse confiar verdadeiramente, aquilo de não poder contar com ninguém durante minha vida doía, se rolasse alguma coisa que fosse íntimo não tinha ninguém para dividir comigo, a única que me ouvia era minha mãe porém com certeza eu nunca teria coragem de contar tudo a ela, e mesmo assim ela era minha melhor amiga e a maioria das vezes me apoiava em tudo e mesmo ouvido piadinhas só meu pai que culpava ela pelos meus tropeços e erros. Mesmo quando já era crescida tinha alguns hábitos de criança, eu não entendia nada sobre sexualidade ou contatos físicos com outras pessoas, em conversas com meninas da minha idade eu sempre ficava quieta e só observa elas se preocupavam em agradar os meninos, eu só pensava em me divertir e brincar, naquela época ninguém nos ensinava sobre e*****o ou abusos sexuais e agora eu percebo que com certeza a maioria daquelas mulheres foram duramente abusadas, minhas amigas normalmente tinham entre 14 e 17 anos e todas elas tinham ou tiveram um tipo de relacionamento com homens mais velhos e isso era algo para se orgulhar, mesmo tentando continuadamente eu não conseguia chegar aos pés delas, tenho certeza que com o contato e a experiência elas aprendiam a se arruma de alguma forma para que fossem notadas pelos garotos. Enquanto tudo era impossível para mim, mas eu tinha meus dotes meu corpo era especialmente bonito e depois de jogar tanta bola e correr pelos campos era o tipo de exercicios que fazia o corpo se transformar, minha pernas eram grandes e grossas, tinha cintura fina e 0arecia um violão, s***s pequenos e durinhos, porém eu me vestia tão m*l que nunca observei essas coisas em mim, até que certo dia um cara que era de outro colégio me viu jogando e se interessou por mim, naquela altura só imagina que era algum tipo de brincadeira e não acreditei em uma palavra dele. Ele fez minhas pernas ficarem bambas quando disse em meio a todos que queria sair comigo para um lugar mais reservado, com certeza minha bochechas se coraram imediatamente e eu senti meu estômago embrulhar, eu sorri timidamente e não aceitei, eu tinha medo de tudo e mesmo que anteriormente eu tive um certo relacionamento com um rapaz eu ainda era crua e não sabia lidar com nada daquilo, por isso mesmo querendo mundo preferi negar e mesmo sabendo que me arrependeria depois e que não iria ter aquela chance novamente continuei a jogar e finge demência, vendo isso as outras garotas vieram conversar comigo, elas achavam que eu era lésbica, porque nunca demonstrei nenhum tipo de interesse pelos meninos ali. Enquanto isso uma já se jogou para cima do cara que a meia hora atrás estava interessado em mim, incrível que o interesse dele sumiu em questão de segundos e não demorou nada para que os dois estivessem se agarrando atrás do muro, isso me inojava e ali eu tive a plena certeza que tinha feito a escolha certa. Não seria o último homem que ia conhecer e tinha calma sabia que o tempo iria ser generoso quando me apresentasse outros. Fui crescendo e mesmo assim era boba e ingênua, naquela época dinheiro era muito difícil e qualquer modinha que conseguíamos era maravilhoso, eu trabalhava e tinha orgulho disso e mesmo que fosse uma miséria aquele dinheiro era muito bem vindo, fazia quase tudo que podia para as pessoas me pagarem, mesmo quando nova, e foi aí que me abusaram a primeira vez. Os homens bem velhos que moravam lá sempre nos pagaram para fazer tarefas simples, como limpar sua casa ou quintal, regar as plantas ou ajudá-los nas feiras. Sempre estava disponível para fazer essas coisas e quando algum oferecia eu simplesmente aceitava, eu acordava aos sábados de madrugada e mesmo com muito frio eu saia para ganhar meus 20 reais trabalhando o dia inteiro nas feiras. Lá conheci um senhor que morava perto da casa dos meus avós, ele era conhecido e sempre nos dava moedinhas, ele pediu para que no dia seguinte eu fosse a casa dele ajudar a limpar seu quintal e também regar as suas plantas, eu fiquei muito feliz sabia que iria ganhar um bom dinheiro com aquilo e como não tinha maldade nenhuma aceitei, na casa dele morava ele e sua esposa os dois já eram bem velhos e pareciam inofensivos, assim que acordei sai para lá, ele foi muito gentil e me recebeu alegremente, lá tinha café da manhã e ele me ofereceu eu me senti bem e acolhida, eu sempre amei pessoas da terceira idade e sempre que tinha oportunidade ajudava eles mesmo que não ganhasse nada em troca, mas depois daquilo eu passei a duvidar da índole de todos. Conversei alguns minutos com eles e percebi que a esposa dele estava de saída, aquilo já me deixou com pé atrás imagine eu ficar sozinha com aquele homem ali, a esposa dele foi legal e disse que iria ao mercado e logo voltava, então eu me senti melhor, fui para fora limpar o quintal e retirar o lixo, nossa era enorme aquele lugar e deu muito trabalho até que consegui deixar tudo em ordem, depois roguei todas as plantinhas e fiquei muito feliz quando olhei para trás e vi o resultado, terminei já era quase meio dia e nem sabia que horas eram, eu não tinha relógio ou celular, fui direto para porta da cozinha onde o velho me esperava para fazer meu pagamento, acontece que a esposa dele não tinha chegado e ele se aproveitou disso para se aproximar de mim, aquilo foi realmente nojento e só de lembrar me causa náuseas, ele combinou de me pagar dez reais e eu estava pronta para receber quando ele foi se encostando e me agarrou, eu o empurrei e tentei puxar o dinheiro da mão dele, mas ele era forte e forçou um beijo, naquela hora meus músculos já não me respondiam eu senti uma enorme vontade chorar e gritar, ele me agarrou com mais força e eu senti o bafo daquele homem, era fétido e lágrimas desceram do meu olho, ele também apalpou meus pequenos s***s e aquilo me fez ficar tonta, quando eu consegui sair das garras dele corri para o portão e não pensei em mais nada, corri em direção a casa de minha vó e me joguei na cama, chorei por horas e horas, eu não fiquei lá e não recebi por meu trabalho. No dia seguinte o monstro foi com a maior cara de p*u para casa de minha vó ele chegou lá dizendo que eu sai sem receber o pagamento e acabou deixando o dinheiro lá com ela, eu não tive coragem de contar aquilo a ninguém e com certeza mesmo se contasse eles não acreditariam e era bem provável de ainda fingiram que nada aconteceu, hoje eu penso que se fosse esperta como sou agora tinha feito um inferno na vida dele e ele teria pagado por aquilo.
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