Jade narrando
Minha nossa, o maluco que foi ontem a noite na casa da Flor e o tal do Sombra. Eu sou uma i****a mesmo, eu nem perguntei o nome dele ontem, só bate à porta na cara dele.
Agora com certeza ele vai querer me matar ou então me colocar para fora do morro e eu não vou ter nem onde morar mais.
Eu preciso dar um jeito de controlar a minha língua, eu não posso ficar respondendo ele e nem o provocando.
Ele está me olhando de um jeito estranho, o olhar dele me intimida e parece que vai me despir aqui no meio da rua.
A Flor só falta me jogar em cima dele, ela está cheia de sorrisinhos e inventa uma desculpa atrás da outra.
Ela acha que eu sou boba, eu não vou falar nada por que gosto muito dela e sei que ela não está fazendo por m*l, mas eu tô de olho nela.
Eu tentei inventar uma desculpa, para não ir no carro junto com eles, mas o tal do Sombra é esperto, ele pegou a minha mentira no ar e ainda me provocou.
- Você se acha demais sabia?! Você nem é tudo isso. - eu não consigo controlar a minha língua e acabo o provocando de volta.
Ele da mais um passo na minha direção, fica bem próximo de mim, eu consigo sentir o seu perfume másculo.
- Acho que vou ter que te ensinar a me respeita. - ele fala bem próximo do meu ouvido.
Eu sinto o meu corpo inteiro se arrepiar e corresponder a sua provocação. O que está acontecendo comigo?!
Eu engulo seco, tento recuperar a minha respiração e dou um passo atrás, mas eu me desequilibro e quase caio.
O Sombra passa o seu braço na minha cintura e me puxa com força para o seu corpo, me fazendo arfar de prazer.
Os nossos olhos se encontram, ele me olha com desejo passando a sua língua por cima dos lábios e me fazendo sentir vontade de beija-lo.
A sua mão me segura com força, o seu corpo colado ao meu, me faz sentir muito desejo por ele e o jeito que ele me olha está me deixando completamente excitada.
- Ob.brigada! - eu falo tentando me conter, mas os olhos dele em mim, estão me levando a loucura.
Eu coloco uma mão em seu peito e tento empurra-lo, ele me ajeita em pé, mas não tira as mãos do meu corpo.
Ele vai me levando até a porta do carro, abre e me ajuda a sentar no banco, ele coloca o sinto em mim e as nossas bocas ficam quase coladas, eu consigo sentir o seu hálito fresco.
O Sombra se afasta de mim, fecha a porta do meu lado e da a volta no carro. Eu consigo respirar aliviada, sem sentir o seu corpo quente próximo ao meu.
Antes de entrar no carro, vejo ele atender o celular, ele fica andando de um lado para o outro e parece bravo.
- O que você achou dele?! - a Flor fala perto do meu ouvido, me fazendo assustar.
O que aconteceu fora do carro me deixou tão desconsertada, que eu até tinha me esquecido da presença da Flor.
Ela começa a gargalhar do meu susto, eu coloco a mão no peito tentando me acalmar, mas eu não tive tempo de respondê-la, pois o Sombra entrou no carro.
- Vocês tem que ir à mais algum lugar ?! - ele fala me olhando desafiador.
- Não meu filho! Vamo direto pra casa, hoje você vai almoçar com a gente. - a dona Flor fala e ele dá um sorriso convencido.
Eu fico quieta e não olho mais para ele, estou me sentindo intimidada por ele, não sei explicar o que ele está me causando.
Ele dirige até o morro, o carro tem os vidros todos insufilmados e não dá para ver quem está do lado de dentro, mas quando os homens veem o carro dele, já abrem passagem sem questionar.
Eu percebo que ele me olha de vez em quando, mas eu não me atrevo a olhar mais para ele, eu não consigo me controlar quando olho em seus olhos.
Ele estaciona o carro em frente a casa da Flor, desce primeiro que nós e vai abrir a porta para ela descer, eu aproveito e tiro o cinto de segurança, abro a porta para descer e dou de cara com ele do meu lado.
- Eu te ajudo patricinha. – ele fala com o seu sorriso convencido.
Eu juro que estou com vontade de arrancar esse sorriso dele com as minhas unhas, ele está me irritando com esse ar presunçoso dele.
- Eu tenho nome. – eu falo e desço do carro sem segurar na sua mão.
- Eu vou adorar tirar essa sua marra na cama. – ele fala no meu ouvido e eu fico corada.
Eu estou morrendo de vergonha das suas palavras, mas o pior é que eu sinto a minha i********e pulsar com a sua ameaça. Eu nunca senti isso antes, eu nunca passei dos beijos e abraços, pois ainda sou virgem e só de imaginar o que ele está insinuando, já me deixa excitada.
- Você só pode ser maluco. - eu falo e empurro ele para sair de perto.
Não posso deixar isso me afetar, não posso ceder ao charme desse i****a, ele vai me usar e depois nem olhar na minha cara, eu não vou me entregar a ele.
Eu preciso ficar longe dele, preciso dar um jeito de me ocupar e sair de perto sempre que ele aparecer na minha frente.
Caminho para dentro de casa rápido, a Flor já está na cozinha e eu vou direto para o quarto, encosto a porta e respiro mais aliviada.
Eu me sento na cama e fico pensando em tudo o que aconteceu até agora, como ele pode falar aquilo para mim sem me conhecer?!
- Menina, você tá bem? – a Flor fala me olhando da porta.
Estava tão imersa nos meus pensamentos, que eu nem me dei conta que ela estava parada na porta.
- Estou sim, só vim trocar de roupa. – eu falo tentando disfarçar.
- Ta bem, eu vou começar a preparar a comida. – ela fala e fecha a porta.
Eu tiro os meus sapatos, caminho até o guarda roupa e pego um short jeans, uma regatinha básica e coloco em cima da cama, tiro o vestido que estou usando.
Dobro o vestido e vou coloca-lo de volta no guarda roupas, quando volto para perto da cama a porta do meu quarto é aberta bruscamente e eu levo um grande susto.