Prólogo

922 Words
A história se passa no Rio de Janeiro, mais especificamente no complexo do Alemão e conta a vida turbulenta de Jade Sanches e Caio Mancini. Os dois se conhecem depois que a vida de Jade vira de ponta cabeça. Jade é uma moça de 20 anos, ela esta no terceiro ano da faculdade de direito. A sua família é formada por ela e seus pais ambos advogados, os seus pais eram os melhores advogados do país e ela cresceu fascinada pela profissão. Ela tinha uma vida perfeita, era muito amada pelos pais, estava se dedicando cem por cento a faculdade, mas um trágico acidente de avião tirou a vida dos seus pais, tornando a sua vida um verdadeiro caos. A família Sanches, é uma família muito influente no país, porém a Jade só tinha os pais em sua vida, ela é filha única e devido a um desentendimento entre as famílias paternas e maternas, ela cresceu sem ter contato com eles. Com o falecimento dos pais, a Jade passou a morar com a sua tia Sandra, irmã do seu pai, ela fez de tudo para ficar com a Jade, mas não se engane achando que foi por amor, essa mulher é muito ambiciosa e odeia a Jade, ela só queria o seu dinheiro, pois ela acusa a Jade de ser a causadora da discórdia familiar. Os pais de Jade deixaram uma enorme herança para ela, eles batalharam muito por anos, construíram um verdadeiro império e deixaram para a sua única filha, mas a sua tia tirou tudo dela e ainda a deixou na rua. Jade fica completamente sem chão, ela já esta sofrendo com a dor do luto e agora esta sem onde morar. Sem saber para onde ir, ela começou a caminhar sem rumo, até que se encontrou andando pela orla da praia. Ela resolveu sentar na areia e apreciar a vista imensa do mar, o sol já estava se pondo e ela ficou perdida no tempo, quando se deu conta, já esta escurecendo. Ela está aflita, não sabe para onde ir e nem o que fazer, ela sentou em um banco de uma praça e sentiu as lágrimas quentes escorrerem em seu rosto. - Moça você esta bem? – uma mulher mais velha a questiona. Ela aparenta ter uns 60 anos, os seus cabelos são negros e ela tem um sorriso simpático no rosto. - Sim – Jade fala chorosa. A mulher fica olhando para ela sem muita confiança, ela se senta ao lado da Jade e coloca as mãos sobre as pernas. - O que você esta fazendo uma hora dessas na rua sozinha? – ela fala tranquila e com um olhar terno. A Jade acaba caindo no choro novamente, ela chora compulsivamente por se lembrar de tudo o que vem acontecendo na sua vida. - Se acalme menina, me conte o que aconteceu. – a senhora fala com calma. - Eu perdi... os meus pais... e agora... a minha casa também... – Jade fala embargada no choro. - O meu Deus, mas o que provocou tudo isso? – a mulher fala com tristeza a questionando. Jade respira fundo, tenta controlar o choro e se acalmar para poder contar a mulher, ela está sentindo confiança na mulher ao seu lado. Ela se abre e começa a contar tudo o que aconteceu nos últimos dias, o acidente dos seus pais, a mudança da sua tia, os maus tratos, por fim a briga que ela e a tia tiveram, desencadeando na sua situação atual. - Senhor... como essa mulher pode ser tão r**m assim?! – a mulher fala indignada – Vamos menina, eu vou te levar para minha casa. É muito simples, mas pelo menos você não vai morar na rua. – ele termina de falar e puxa Jade pelo braço. Jade não sabe o porquê, mas se sente bem lado dessa senhora e sente um ponto de esperança. Elas seguem conversando e caminhando até acabar o asfalto, Jade se assusta quando vê, que alguns homens armados ficam encarando elas. - Venha menina, não precisa ter medo deles, eles fazem a segurança aqui do morro. – a dona Flor fala tranquila. A mulher que esta ajudando Jade se chama Florinda, mas disse que todos a chamam de Flor. Jade segura firme no braço de Flor e elas continuam caminhando para cima do morro. Elas param em frente a uma casinha simples, mas Jade ainda está assustada com o lugar em que elas estão. Ela nunca se quer chegou perto de um lugar como este. - Não se acanhe, entre menina, eu vou preparar algo para você comer. – ela fala calma e vai até a cozinha. - A senhora mora aqui?! – Jade fala olhando tudo ao seu redor. - Sim, não é a mansão que você deve estar acostumada, mas aqui você vai ter um teto e comida. - a mulher fala. - Me desculpe, eu não quis ofender, é só que... - Jade começa a se explicar, mas a mulher a interrompe. - Eu sei minha querida, não precisa se desculpar. Logo você se acostuma. Quer tomar um banho? – a Flor questiona e ela concorda. - Mas eu não tenho roupa. - Jade fala triste. Dona Flor pega um vestido em um guarda roupa e entrega para a Jade, entrega também uma toalha e a leva até o banheiro. Jade a agradece, entra no banheiro e toma o seu banho, claro que não chega nem perto do que ela está acostumada, mas ela está se sentindo bem ali.
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