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Uma Nova Chance - Série Meu Coração é Seu Livro 4

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intro-logo
Blurb

Patrícia Ferrari é uma mulher linda e encantadora, apaixonada por seu noivo e também por sua enteada, a quem tem como uma filha.

Herdeira de muitas ações milionárias e sócia do homem com quem acabará de se casar, ela tem a sua vida radicalmente mudada ao sofrer um acidente de carro no dia do seu casamento, enquanto seguia para sua lua de mel, lhe custando uma perda de memória onde se esquece das pessoas que mais ama, a sua família e amigos.

Miguel Ferrari é dono de uma rede de concessionárias de carros de luxo espalhadas pela mundo, sua atual esposa e sócia acaba de perder a memória deixando-o desolado, ao descobrir que ela está grávida e não se lembra dele.

Decidido a reconquistar a sua esposa, Miguel Ferrari não medirá esforços para reconquistar a sua amada esposa. Mas será que Patrícia Ferrari se lembrará do amor que sente pelo seu marido? Miguel Ferrari conseguirá reconquistar e ter uma vida normal com a mulher que tanto ama?

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1- Patrícia
Acordo sentindo uma imensa dor de cabeça e meu coração acelerado, ponho a mão na cabeça e percebo uma faixa enrolada na mesma, vejo tudo a minha volta girar mas consigo perceber que estou em um quarto de hospital, o que aconteceu comigo? O que estou fazendo aqui? Vejo alguns médicos conversando com um homem que está de costas para mim e tento me sentar na cama, mas uma imensa dor na costela me atinge. — Ahh... Porque estou tão dolorida? — Gemi de dor pondo a mão no local dolorido e todos nesse quarto se aproximam da minha cama preocupados. — Graças a Deus você acordou, meu amor, tente não se mexer tanto, você ainda está se recuperando. — Me aconselha o homem muito bonito se aproximando um pouco mais, com um olhar aflito. Ele acaricia o meu rosto me pegando de surpresa com o seu ato. Porque ele está me chamando de amor? Será que ele me conhece? Porque a sua cabeça também está enfaixada? Porque estou aqui? — Me desculpe, mas... O que eu estou fazendo aqui? O que aconteceu? Você me conhece...? Sabe o porquê eu estou aqui? — Pergunto atenta ao homem, curiosa para saber o que aconteceu. — Nós sofremos um acidente, amor, estávamos saindo do nosso casamento quando um caminhão atingiu a nossa Limusine... Mas porque você está perguntando se eu te conheço? Eu sou o seu marido, acabamos de nos casar... O que está acontecendo com você, Patrícia...? Porque está me encarando como se não me conhecesse? — Questiona me olhando fixamente nos olhos e parece tão confuso quanto eu. — Sofremos um acidente...? Eu e você somos casados...? Não pode ser, eu não me lembro de você, eu não posso ser casada! Eu não me lembro de nada... Ahh... A minha cabeça dói muito... — Rebato perplexa ainda mais confusa e ele parece chocado. — Do que você está falando, Patrícia? Que história é essa de não se lembrar de mim? De não se lembrar de nada? Eu sou Miguel Ferrari, seu marido! Pelo amor de Deus, Dr. Cláudio, o que está acontecendo com a minha esposa...? Você não pode fazer isso comigo, Patrícia! Não pode...! Você é minha mulher, está me ouvindo? — Questiona o homem alterado com uma expressão decepcionada, mais uma vez me pegando de surpresa com a sua reação. Não estou entendendo nada meu Deus! Eu me chamo Patrícia? — Vamos ter que refazer os exames da sua esposa, Sr. Ferrari, ela sofreu uma pancada forte na cabeça e isso pode ter causando algum dano a parte do cérebro que comanda as memórias... Ela não se lembra de ninguém, não se lembra do acidente, então... Bom, eu não quero apressar o diagnóstico, mas, tudo indica que ela está com amnésia mas ainda não temos como saber se ela teve perda total ou parcial da memória, e se será permanente ou temporário, precisamos refazer os exames antes de qualquer coisa. — Explica um dos médicos enquanto me examina, me deixando atômica com as suas palavras. Aquele homem lindo me encara com lágrimas nos olhos. — Eu quero sair daqui! Quero ir embora, eu não quero mais ficar nesse hospital... Droga! Eu não me lembro onde moro... Há quanto tempo estou aqui? — Mais uma vez tento me levantar da cama mesmo sentindo a minha cabeça martelando, e minhas costelas parecem trincar de tanto que doem. — Se acalme Sra. Ferrari, no seu estado não é bom a senhora se agitar tanto, a senhora precisa repousar... E infelizmente eu ainda não posso te dar altar pois vamos precisar refazer os seus exames, então tente descansar um pouco, o seu marido vai lhe fazer companhia como ele tem feito nesses três dias. — Diz o médico me irritando com essa história de marido. — Esse homem não é meu marido! Eu não sou casada...! E sim! Você pode me dar alta porque eu quero ir embora... Espera...! Você disse três dias? Eu estou nesse hospital a três dias...? É por eu estar aqui a tanto tempo que você não quer me liberar? Eu não quero mais ficar aqui, eu quero ir embora! Eu não suporto hospitais. — Retruco impaciente e mais uma vez tento descer da cama, mas aquele homem que se diz meu marido se aproxima rapidamente pondo-se na minha frente. — Sra. Ferrari, acalme-se! A senhora não pode se agitar tanto, na verdade só estamos mantendo-a nesse hospital para garantir que a sua gravidez não se interrompa... Não queremos que perca o seu bebê, entende? — Revela o outro médico se aproximando e eu encaro-o perplexa e com os olhos arregalados. — O que... O que você... Do que você está falando doutor...? De que bebê o senhor está falando? — Pergunta o homem a minha frente boquiaberto com seus olhos fixos em mim, e eu ainda tento assimilar o que acabei de ouvir. — A sua esposa está grávida, Sr. Ferrari, o senhor não sabia...? Não dissemos nada antes pois estávamos mais preocupados em resguardar essa gravidez devido ao acidente que vocês sofreram, mas a Sra. Patrícia está grávida de aproximadamente cinco semanas, por isso não podemos lhe dar alta agora, Sra. Ferrari. — Explica o médico atento mas eu m*l consigo reagir, não posso estar grávida de um estranho, isso é um absurdo. — Eu não posso estar grávida... Eu não me lembro de nada, vocês estão cometendo um terrível engano. Vocês estão examinando a paciente errada, essa é a única explicação, eu não posso estar grávida de alguém que eu não conheço! — Contesto apavorada evitando encarar o homem a minha frente. Encaro a minha barriga tentando ver uma lógica para tudo isso. — Gravida...? A minha esposa está grávida...? Eu vou ser pai de novo e a minha esposa nem se lembra de mim, é isso? Não se lembra que tem uma família? Não se lembra que eu a amo...? Não se lembra que nos amamos? — Questiona o tal Miguel Ferrari deixando algumas lágrimas cair e se aproxima lentamente de mim, me deixando sem jeito. Não sei o que dizer pois ainda não acredito em tudo que está acontecendo, abro a boca para contestar o médico mas nesse momento vejo algumas pessoas entrarem no quarto, mas um fato me chamou atenção. — Espera! Como assim você vai ser pai de novo? Já temos outros filhos? Se já temos uma família porque acabamos de nos casar...? Eu não estou entendo nada, eu não posso estar grávida! Meu Deus, isso é muito confuso. — Questiono me segurando para não chorar, vê-lo chorando me encarando com tanta dor nos olhos me deixa m*l. — Mamãe! Você acordou! Poxa vida você dormiu muito igual a bela a adormecida... Você beijou a mamãe pra ela acorda papai? — Diz uma garotinha linda vindo correndo na minha direção e a encaro surpresa, ela deve ter uns cinco ou seis anos. — Não filha... O papai não beijou a mamãe, ela acordou sozinha. — Diz decepcionado e eu não consigo sustentar o seu olhar, ele está realmente ferido com essa situação mas o que eu posso fazer se não me lembro dele? Encaro aquela garotinha linda e volto a encaro o homem a minha frente, encaro aquelas pessoas se aproximando com um largo sorriso no rosto mas eles percebem que algo está errado, pois o tal Miguel Ferrari parece arrasado e eu sinto muito em vê-lo assim, mas não o reconheço. — Como você está se sentindo Patrícia? Está tudo bem querida? Está sentindo muitas dores na cabeça...? O que está acontecendo aqui? Porque estão com essas caras? — Pergunta uma senhora se aproximando mais de mim apreensiva, mas eu não consigo dizer nada, eu não a conheço também e não sei o que dizer. — Filha, está tudo, bem amor? O que aconteceu? Porque ninguém diz nada? — Questiona uma outra senhora também se aproximando confusa. — Patrícia perdeu a memória e não se lembra de ninguém... Ela está grávida e não se lembra do pai do filho dela... Não se lembra de mim. — Dispara Miguel com a voz rouca embargada por um misto de tristeza e alegria, me olhando atento, sinto os meus olhos marejados mas me seguro para não chorar. — Como assim grávida, Miguel...? A minha filha está grávida e perdeu a memória...? Não... Isso não pode estar acontecendo, filha, você precisa se lembrar da sua família você acabou de se casar, meu amor... Eu vou ser vovó...? você está mesmo grávida, querida...? — A senhora que me chama de filha pergunta já com a voz chorosa e as outras pessoas atrás dela me encaram chocados. — Me desculpe mas eu preciso ficar sozinha... Estou me sentindo sufocada, eu quero ficar sozinha...! Me desculpem mas eu não me lembro de ninguém aqui, eu não sou casada e não estou grávida! Vocês entraram no quarto errado então por favor, me deixem sozinha...! Estou confusa, a minha cabeça dói e eu só quero sair daqui... Por favor! Por favor me deixem sozinha! — Tento controlar o meu tom de voz mas aos poucos sinto a emoção me dominar. Estou em pânico sem saber o que está acontecendo, sem me lembrar de nada e nem de ninguém dentro desse quarto. — Por favor senhores! A paciente precisa descansar, ela ainda está se recuperando então eu vou pedir que aguardem na sal... — Diz um dos médicos se aproximando mas o meu suposto marido o interrompe. — Eu não vou sair daqui! Não vou deixar você sozinha, Patrícia! Você é minha mulher, está esperando um filho meu então eu não vou sair daqui...! Por favor...? Por favor, meu amor? Tenta se lembrar de mim...? Tenta se lembrar da nossa família por favor...? — Suplica Miguel me encarando seriamente e a garotinha estende os braços para mim com lágrimas nos olhos. Meu Deus eu quero muito me lembrar dessas pessoas, mas não consigo! Minha mente está vazia como se a minha vida passada não existisse mais. As outras pessoas no fundo do quarto me encaram ainda surpresos, as duas senhoras choram em silêncio enquanto um senhor que está ao lado delas tenta confortá-las. — Você não se lembra de mim, mamãe...? Você não gosta mais de mim...? Você está triste comigo porque eu peguei o docinho da festa sem permissão? — Pergunta a garotinha começando a chorar ainda estendendo as mãozinhas para mim, me fazendo chorar ainda mais por não me lembrar dela. — Você é mesmo a minha filha...? Me perdoe, anjinho... Eu não sei o que aconteceu, eu não me lembro de nada e nem de ninguém... Mas você é tão linda... Eu sou mesmo a sua mãe, meu amor? — Tento conter as minhas lágrimas admirando esse rostinho lindo ao lado da minha cama. Me inclino para pegá-la e colocá-la sentada ao meu lado, mas sinto a minha costela doer e vomito a posição anterior, o homem a minha frente pega ela no colo colocando-a ao meu lado, ele me encara fixamente e posso ver em seus olhos uma imensa decepção com essa situação toda. — Ela é minha filha, fruto do meu primeiro casamento... Mas você sempre a tevê como sua filha por isso ela te chama de mãe... Ainda não acredito que você não se lembra de mim, que está gravida e não se lembra do nosso casamento. — Deus olhos atentos estão em mim e sinto seus dedos tocarem o meu rosto, mas me esquivo encarando a menina ao meu lado. — Você já foi casado? E sua ex mulher aceitou bem o fato da sua filha me chamar de mãe...? Há quanto tempo estamos juntos? Quando foi o nosso casamento? — Pergunto curiosa mas evitando encará-lo tanto. — Estamos juntos a dois anos e nos casamos a três dias, foi uma cerimônia linda do jeito que você planejou... E sim, eu já fui casado antes, mas fiquei viúvo quando a minha filha nasceu. — Conta sem tirar os olhos de mim e vejo as pessoas um pouco mais distantes conversando entre si, chorando em silêncio, apreensivos. — Por favor, Pati...? Me diz que tudo isso é uma brincadeira, meu amor? Diz que se lembra de mim, por favor...? Você está esperando um filho nosso, minha vida, não faz isso comigo...? Por favor...? — Pede ele novamente acariciando o meu rosto, fazendo a minha pele se arrepiar com o seu toque. Miguel se aproxima para me beijar mas em fração de segundos eu me esquivo, focando a minha atenção na menina ao meu lado. — Me desculpa... Eu não posso fazer isso, eu não te conheço, não conheço ninguém nesse quarto, tudo isso é muito confuso pra mim... Eu preciso de um tempo, eu preciso ficar sozinha por favor? — Sinto as minhas lágrimas rolarem mas tento forçar um sorriso para garotinha ao meu lado, me encarando triste. — Tudo bem... Eu não vou mais insistir por hoje, vou deixar você sozinha como deseja mas ainda não terminamos a nossa conversa... Você precisa se lembrar de mim, Patrícia... Precisa se lembrar de nós. — Diz sério e se aproxima para pegar a filha, mas a menina me abraça forte me fazendo gemer de dor. — Eu não quero ir papai, eu quero ficar com a mamãe... Eu não quero ir... Não quero papai... Por favor mamãe? Me deixa ficar com você...? Por favorzinho mamãe...? — Pede a menina chorando agarrada a mim e eu sinto que posso desmaiar a qualquer momento pela dor que estou sentindo. — Se acalma, filha. Depois você vem ver a mamãe outra vez, está bem? Ela está dodói e precisa descansar, querida. — Explica pegando a menina mesmo preocupado comigo. Eu me deito me ajeitando na cama, a menina deita nos ombros do pai ainda chorando. — Depois eu volto para ver como você está. Se precisar de mim é só mandar me chamar, vou estar na cantina. — Ele avisa acariciando as costas da filha sem desviar os seus olhos dos meus, ele se afasta da cama para sair mas chamo por ele. — Espera...! Deixe a menina ficar...? Eu quero ficar com ela, ela pode ficar aqui deitadinha comigo. — Peço me ajeitando na cama com dificuldade por causa da dor, mas deixo espaço para a garotinha se deitar ao meu lado. — Tem certeza? Ela não vai te incomodar? — Pergunta surpreso mas se aproxima novamente. — Tenho certeza. Ela não vai me incomodar porque ela vai cuidar de mim, não é, minha linda...? Você vai se comportar, não vai? — Forço um meio sorriso pois ainda sinto muita dor de cabeça, além de muita dor na minha costela, e se eu estou mesmo grávida não posso ficar me mexendo tanto. — Tudo bem então, mas obedeça a sua mãe, minha filha, ela precisa de carinho pois está dodói e você tem que se comportar, está me ouvindo...? Não quero receber reclamações suas, estamos entendidos? — Ele encara a menina atento e ela abre um largo sorriso enchendo ele de beijos. — Está bem paizinho! Eu prometo me comportar. — A menina abre os bracinhos para mim mas não posso pegá-la devido a imensa dor que estou sentindo. Miguel coloca a menina ao meu lado enquanto as outras pessoas deixam o quarto junto com os médicos, fazendo perguntas sobre a minha situação, inicio uma conversa com a garotinha e descubro que o seu nome é Olivia, em homenagem a mãe dela, Miguel fica ali parado nos encarando atento mas quando se vira para sair, eu deixo a minha curiosidade falar por mim. — Como foi o nosso acidente? Você também se machucou? Está ferido...? Para onde estávamos indo na hora do acidente? — Chamo a sua atenção para mim e ele volta na minha direção. — Como eu disse antes, estávamos saindo do nosso casamento, estávamos a caminho do aeroporto seguindo para nossa lua de mel, quando um caminhão atingiu a nossa Limusine... No impacto você foi jogada contra a porta do carro mas bateu a costela no frigobar, eu tentei amortecer o impacto do seu corpo com o meu, mas, bati a cabeça em algum lugar assim como você... Já estávamos na ambulância quando eu acordei e me deparei com o seu vestido de noiva encharcado de sangue e isso me desesperou. — Conta com lágrimas nos olhos e mais uma vez me deixando m*l por não me lembrar de nada. — Seus dedos incharam então tiveram que tirar a sua aliança, mas está comigo e colocarei novamente no seu dedo quando você a quiser de volta. — Ele tira do bolso uma linda aliança de ouro com um anel solitário de diamante lindíssimo. Afinal, quem é Miguel Ferrari? Ele parece ser alguém importante e também muito rico!

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